quinta-feira, 31 de março de 2016

FUNDO BIBLIOGRÁFICO DE LINGUA PORTUGUESA PRETENDE COLOCAR UMA BIBLIOTECA EM CADA DISTRITO DE MOÇAMBIQUE

Fundo Biliográfico de Língua Portuguesa quer colocar uma biblioteca em cada distrito

Literatura

O Fundo bibliográf ico de Língua Portuguesa – organismo que tem por objectivo divulgar o livro e hábitos de leitura – tem vários projectos na manga, mas todos focados para os distritos. O pri­meiro objectivo desta institui­ção é apetrechar uma bibliote­ca em cada distrito e, inclusive, formar bibliotecários naqueles locais.
Dos 152 distritos, apenas 38 estão devidamente apetrecha­das. Nataniel Ngomane, presi­dente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, diz que será difícil completar todos os distritos para depois concen­trar-se nas escolas. Portanto, está em curso um projecto pa­ralelo, que é das bibliotecas es­colares. No primeiro momento, a ideia é apetrechar uma escola em cada zona de influência pe­dagógica, para que seja uma es­pécie de escola-mãe (a nível de biblioteca) em relação às escolas que estão a sua volta. A Escola Primária Unidade 10, no bairro de Chamanculo, é a primeira a ser apetrechada na cidade de Maputo. No segundo momento, “vamos ver que escola pode es­tabelecer uma rede com esta”, acrescenta Ngomane.
A outra escola que já está no circuito é a Secundária Graça Machel, situada em Massingir. Além de colocar uma biblioteca entanto que tal, haverá aquilo que Ngomane chama de biblio­teca-caixa. Esta escola terá uma determinada actividade com uma caixa contendo cerca de 100 livros durante o primeiro trimestre. No segundo trimes­tre a caixa viaja para uma escola próxima e assim o projecto cor­re por mais escolas.
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FONTE: JORNAL O PAIS DE MOÇAMBIQUE.

JOSÈ PÁDUA UM DOS MESTRES DA PINTURA MOÇAMBICANA FALECEU AOS 81 ANOS

O Autarca – Jornal Independente, Quinta-feira – 31/03/16, Edição nº 3049 – Página 4/4 Morreu o pintor português José Pádua que nasceu na Beira a 81 anos Na biografia de José Pádua pode ler-se que, em 1966, foi eleito pelo jornal A Tribuna o "Artista Plástico Moçambicano do Ano", pelo "assinalá- vel e multifacetado conjunto de obras que, nesse mesmo ano, realizou como pintor, decorador, ilustrador e gravador". Segundo a mesma fonte, entre 1974 e 1978, trabalhou exclusivamente para a Galeria de Arte R.Rennie, em Harare, Zimbabué. A partir de 1977, passou a residir em Portugal, mas expôs pintura por duas vezes em Moçambique, em 1996 e 1998. José Pádua foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, de 1979 até 1981, num curso de litografia e gravura em metal. Em 1980 e 1981, foi distinguido pela Câmara Municipal de Lisboa com o 2.° e o 1.° prémios, respectivamente, em exposições colectivas sobre temas de Lisboa. O artista plástico é autor de ilustrações em jornais, revistas e livros e de trabalhos na área da escultura e da azulejaria, assim como de murais em cimento, em Moçambique, designadamente nos aeroportos de Maputo e da Beira, em delegações bancárias, no Cinema Novocine e na piscina do Complexo Desportivo dos Caminhos de Ferro da Beira. José Pádua tem também peças em várias residências particulares e no Bank of Lisbon & South Africa, em Joanesburgo, segundo a mesma fonte.■ (Redacção/ Lusa) O pintor José Pádua, de 81 anos, nascido na cidade da Beira, em Moçambique, onde ganhou um prémio de Artes Plásticas, morreu esta terçafeira (29), no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, nos arredores de Lisboa, confirmou à Lusa um familiar. O velório do pintor realizou-se no mesmo dia, nos paços do concelho da Amadora, de onde saiu o funeral na quarta-feira, ao cemitério de Carnaxide, no concelho vizinho de Oeiras. "O José Padua que todos conhecíamos e amamos deixou de estar fisicamente presente... O seu Ser continuará nos seus traços e na forma bela como nos mostrava o mundo! Como ele amava a vida e principalmente o ser humano!", diz a mensagem que foi pu O pintor José Pádua blicada na sua página do Facebook no dia da sua morte"
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE

CPLP REPÚBLICA CHECA SOLICITOU ESTATUTO DE OBSERVADOR ASSOCIADO DA CPLP


República Checa solicitou estatuto de observador associado da CPLP

Lisboa – A República Checa oficializou, em 10 de março, o pedido para o estatuto de observador associado junto do Secretariado Executivo da CPLP, justificado pelo “interesse que o mundo lusófono” desperta no país.
“O pedido de atribuição do estatuto de observador vem confirmar o interesse pelo mundo lusófono manifestado pela República Checa na prossecução das atividades desenvolvidas nos tempos da Checoslováquia”, refere uma nota do Governo de Praga, enviada à Lusa através da sua representação diplomática em Lisboa
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE

FORUM TERRA APROVA PRESERVAÇÃO DAS FLORESTAS INICIATIVA LEVADA A CABO PELO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE

A PLATAFORMA das organizações da sociedade civil que advogam a favor das comunidades o direito do uso e aproveitamento sustentável da terra encoraja o Governo central a prosseguir os seus esforços tendentes à preservação das florestas através da fiscalização conjunta dos recursos, reflorestamento e combate às queimadas descontroladas.
Luísa Hoffman, directora executiva do Fórum Terra em Nampula,lembrou, por exemplo, que os desmatamentos como um procedimento normal no maneio dos recursos naturais são responsáveis por cerca de 17 por cento das emissões de dióxido de carbono, um dos gases que contribui para o aquecimento global.
A fonte, que falava há dias no quadro das celebrações do Dia Mundial das Florestas naquela província, que teve como palco o distrito de Mecubúri, reconheceu o desempenho do Executivo na promoção da gestão sustentável dos recursos naturais, tendo manifestado o desejo da plataforma de apoiar o esforço do Governo no sentido de melhorar os mecanismos de canalização dos valores correspondentes às taxas exploração florestal para as comunidades.
No âmbito das celebrações do 21 de Março foram plantadas 45 mil mudas de espécies de chanfuta e jambire, precisou que a utilização dos instrumentos legais na denúncia das actividades de furtivos é um êxito alcançado que merece louvores ao Governo pelas acções desenvolvidas na sensibilização das comunidades.
O reflorestamento das áreas desmatadas é uma realidade mercê da abnegação das entidades governamentais, do sector privado e comunidades em vários pontos, particularmente na província de Nampula. No entanto, a entrevistada entende que a massificação do reflorestamento clama pela injecção de mais fundos com vista a dar mais dinâmica ao processo, apelando maior rigor da dedução da sobretaxa da exploração florestal fixada em 15 por cento.
A plataforma avança mais propostas no sentido de reforçar os mecanismos de gestão dos recursos naturais com maior ênfase para a adopção de medidas adicionais que concorram para o abrandamento do abate ilegal das florestas que constituem cerca de 30 por cento da superfície terrestre. Adicionalmente, o redimensionamento da maior reserva florestal do país localizada no distrito de Mecubúri com vista à protecção dos recursos existentes no seu interior que estão ameaçados, como plantas medicinais e espécies raras. 
Por seu turno, Ussene António Salimo, oficial de advocacia e recursos naturais e indústria extractiva na Associação Nacional de Extensão Rural - AENA, em Nampula, exalta o papel das autoridades governamentais que consiste na promoção da agricultura de conservação no seio dos camponeses, a qual tem um forte impacto na conservação da natureza, pois reduz os níveis de desmatamento.
A AENA, em coordenação com o sector da Agricultura e Segurança Alimentar, leva  às comunidades a sensibilização dos camponeses para aderirem à lavoura mínima, sendo que os resultados começam a produzir efeitos positivos quão os apelos para efectuar novos plantios de mudas de espécies florestais comerciais e nativas, cuja multiplicação conta com envolvimento das entidades governamentais e de parceiros.
Ussene António Salimo salienta ainda avanços na redução das queimadas descontroladas através de ensinamentos às comunidades de práticas relacionadas com a agricultura de conservação que têm como ganhos o esforço mínimo que o camponês despende no processo de lavoura. “As queimadas são práticas tradicionais e a viragem com vista ao seu abandono vai levar tempo, enquanto são aprimorados os procedimentos para desencorajar”, admitiu.
No entanto, defende que o Governo deve ser mais prático no processo de implementação da legislação vigente sobre a gestão dos recursos naturais para se precaver dos furtivos, cujas acções comprometem e ameaçam a existência de algumas espécies, sobretudo de alto valor comercial, e sua comercialização, obedecendo o circuito oficial, pode garantir a sobrevivência das gerações vindouras.
Luís Sande, chefe do serviço provincial de Florestas e Fauna Bravia na Direcção local de Agricultura e Segurança Alimentar, garantiu que apesar da exiguidade de fiscais todo esforço está sendo desenvolvido no sentido de reduzir o campo de acção dos operadores furtivos.
Instou, por outro lado, os operadores licenciados no sentido de seguirem o exemplo daqueles que oferecem mobiliário escolar, pois esse gesto estimula as comunidades onde os estabelecimentos se localizam a cooperar na denúncia dos furtivos."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

CORREDOR DO CRESCIMENTO AGRICOLA DA BEIRA; SOFALA MOÇAMBIQUE, PEQUENOS CAMPONESES DESENVOLVEM ACÇÕES COMERCIAIS DOS SEUS PRODUTOS

CAMPONESES do sector familiar do corredor da Beira estão a ser potenciados com vista a desenvolverem acções viradas para a agricultura comercial.
Trata-se de uma iniciativa governamental que se enquadra na parceria público privada que decorre sob auspícios do projecto “Corredor do Crescimento Agrícola da Beira” (BAGC).
De acordo com o coordenador do BAGC, José Bombe, o pensamento de atrair camponeses de pequena escala para a agricultura comercial funda-se no facto de a subsistência não pagar a renda.
“A agricultura de subsistência têm sua relevância, mas não paga a conta. Vamos para a agricultura comercial, aí se consegue dinheiro e capacidade para ter comida todo o ano”, explicou a fonte.
Para José Bombe, os praticantes da agricultura de subsistência constituem uma maioria ao longo do corredor da Beira, por isso se idealizou um fundo de mecanismos de iniciativas inovadoras enquadradas em três vertentes, designadamente produção sob contrato, serviços de apoio e apoio institucional.
A atracção do empresariado para fomentar e comprar todo o produto produzido pelos camponeses é uma das iniciativas primordiais da organização.
Estando a vender seus produtos, os camponeses tem a previsão de aumentar as suas áreas de cultivo e têm estado a desempenhar as suas actividades pensando na qualidade e do bem-servir.
No esforço de integração destes pequenos produtores na rota de comercialização, José Bombe exemplificou os contactos feitos com a Açucareira de Mafambisse, da empresa MAEVA, onde o grupo de camponeses produz e fornece seus produtos àquela firma.
No que toca ao apoio institucional, aquele especialista em agro-negócios referiu que a dinamização dos camponeses só é possível quando estão unidos, daí o contacto com a união provincial dos camponeses de Sofala, que abarca mais de seis mil produtores.
Falou de serviços de apoio que a BAGC tem prestado, concretamente na edificação de armazéns, fortificação de clubes de negócios e incubação de estudantes nas escolas agrárias. “Temos focos em escolas agrárias no componente de saber fazer. Os estudantes saem com competências que irão transmitir aos outros. É um exercício que todos procuram assimilar com dinamismo porque o bom negócio e rentável está na agricultura”, conclui.
Rodrigues Luís"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

ERÁTI DISTRITO DA PROVINCIA DE NAMPULA MOÇAMBIQUE DINAMIZA RECURSOS MINERAIS, HIDRICOS; AGRICULTURA E TURISMO

O DISTRITO de Eráti, na província de Nampula, está a implementar uma estratégia visando assegurar a exploração sustentável das potencialidades existentes, sobretudo nos domínios dos recursos minerais e hídricos, turismo e agricultura.
Tal estratégia preconiza, entre outros aspectos, a manutenção de estradas do distrito, que constituem a principal fraqueza para a transformação do potencial em riqueza para a população local.
Araújo Momade, administrador de Eráti, referiu que no que respeita à manutenção de estradas o seu Governo vai recorrer a experiências bem-sucedidas noutros pontos do país.
“Na manutenção das vias de acesso aprovámos o envolvimento de 1200 beneficiários inscritos no programa de acção social produtiva. As pessoas envolvidas nos trabalhos contarão com o apoio do equipamento que o distrito possui, nomeadamente tractores e niveladoras. O trabalho vai iniciar em finais de Maio”, explicou Araújo Momade.
Nas obras serão priorizadas três troços, nomeadamente Namapa-Namiroa, Alua-Namiroa e Namapa-Odinepa, um triângulo no qual se localizam os entroncamentos para as localidades que também serão intervencionadas.
O programa de acção social produtiva é financiado pelo Banco Mundial. A implementação da sua estratégia pelo país está descentralizada para as delegações do Instituto Nacional de Acção Social (INAS).
O Governo de Eráti está apostado em transformar o distrito numa referência na produção de tomate. Tratando-se de um condimento indispensável na cozinha, a sua comercialização contribui para o incremento da renda das famílias de camponeses e do Estado.
Araújo Momade referiu que o distrito de Eráti possui vastos recursos hídricos para materializar o projecto de produção de tomate em moldes comerciais, destacando as margens das bacias do rio Lúrio e Namapa.

AVIAÇÃO CIVIL EM MOÇAMBIQUE A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA APROVA REVISÃO À LEI COM VISTA A GARANTIR UMA MAIOR SEGURANÇA, REGULARIDADE, COMPETITIVIDADE E EFICIÊNCIA DAS OPERAÇÕES DO TRANSPORTE AÉREO

A ASSEMBLEIA da República (AR) aprovou ontem, em definitivo e por consenso, a proposta de revisão da Lei de Aviação Civil com vista a garantir uma maior segurança, regularidade, competitividade e eficiência das operações de transporte aéreo.
À luz da nova lei, o país passa a ter uma Autoridade Reguladora da Aviação Civil, em substituição do Instituto de Aviação Civil de Moçambique. Para além de regular, a nova entidade terá as funções de fiscalizar, sancionar e representar o sector.
A entidade deverá ainda assegurar o ordenamento e licenciamento das actividades no âmbito da aviação civil, regulando e fiscalizando as condições do seu exercício bem como a protecção dos respectivos utentes.
Será ainda competência desta entidade assegurar a regulação económica e de segurança  bem como promover e defender a concorrência no sector da Aviação Civil em Moçambique.
Sobre a promoção e protecção dos utentes dos serviços de aviação civil a nova lei refere, por exemplo, que nos casos da não realização, interrupção ou antecipação de um voo, bem como na eventualidade de as reservas excederem a capacidade da aeronave para esse mesmo voo os passageiros têm o direito de ser ressarcidos.
Entre as compensações destaca-se o reembolso da passagem aérea, na medida do percurso não realizado, e ao pagamento de despesas ordinárias de deslocação, alimentação, alojamento e comunicação para os casos da não realização ou interrupção de voo.
Para os casos de antecipação de voo que impeça o passageiro de embarcar, a nova Lei de Aviação Civil prevê que, à sua escolha, o passageiro opte pela devolução do valor da passagem ou então pela realização da viagem no primeiro voo disponível para a mesma rota, por conta do mesmo operador aéreo ou de outro.
Entretanto, a lei refere que a não comparência ou atraso no embarque não confere ao passageiro o direito à devolução integral do preço da passagem aérea, nem ao pagamento de quaisquer outras despesas.
A norma institui ainda que o operador aéreo é responsável pelos danos aéreos, como destruição, perdas ou avaria, causados às mercadorias registadas e que possam ocorrer durante o seu transporte.
No entanto, a lei esclarece que neste último caso o transporte aéreo deve compreender o período durante o qual as bagagens e mercadorias se encontram sob a responsabilidade do operador aéreo, seja num aeródromo, a bordo de uma aeronave, ou nas respectivas instalações, bem como em caso de uma aterragem fora do aeródromo.
Falando após a aprovação da proposta, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, presente ontem na AR, disse que a mesma vem responder à necessidade de modernização dos serviços de transporte aéreo no país para fazer face ao mercado internacional.
“Também vai contribuir para uma melhor fiscalização do sector e prestação de cada vez melhores serviços aos utentes da aviação civil”, afirmou Mesquita, acrescentando que o seu sector já está a trabalhar em vários elementos como fiscalização e regulamentação, com vista a uma correcta implementação desta norma.
Entretanto, ainda na sessão de ontem a Assembleia da República aprovou na generalidade e por consenso as informações relativas ao processo de revisão de execução de penas e medidas privativas e não privativas de liberdade, bem como do processo de revisão do Código do Processo Penal."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

quarta-feira, 30 de março de 2016

BERNARDO LIDIMBA NOVO CHEFE DO PROTOCOLO DE ESTADO, UMA ÁREA QUE É O CARTÃO DE VISITA DE MOÇAMBIQUE

O PRESIDENTE Filipe Nyusi disse ontem, em Maputo, que a nomeação de novos governantes para os sectores de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos; da Economia e Finanças e do Protocolo do Estado deve revelar-se no fortalecimento da capacidade de resposta aos desafios institucionais do presente e do futuro.
Falando no acto de tomada de posse de Isaque Chande, para o cargo de Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos; de Maria Isaltina de Sales Lucas, como Vice-Ministra da Economia e Finanças; e de Bernardo Tshombe Constantino Lidimba, para o cargo de chefe do Protocolo do Estado, o Presidente disse que a nomeação teve em conta a competência, entrega e dinamismo que imprimiram nas anteriores funções.
“Conhecendo os vossos percursos, é nossa expectativa que essa continuará a ser a vossa maneira de ser, a vossa postura. Devem partilhar os vossos conhecimentos com as equipas que vão integrar, equipas estas que carregam consigo muita experiência, muitos conhecimentos. Ao escolher-vos para as novas funções, no meio de tantos moçambicanos capazes, fizemo-lo acreditando que estamos a apostar em dirigentes certos para o lugar certo e no momento certo. A nossa maior esperança é que criem espaços para que os vossos colaboradores se sintam parte da vossa liderança e direcção. O ministério não é o ministro ou o vice-ministro. O ministério é o conjunto, onde a parte dominante são os funcionários que encontrarão e permanecerão depois de cumprida a vossa missão” – apontou Filipe Nyusi.
Na sua intervenção, o estadista acrescentou que os três dirigentes assumem funções em áreas nas quais a liderança política deve estar, inevitavelmente, associada ao profissionalismo. São valências diferentes que, segundo o Chefe do Estado, um bom líder deve possuir e capitalizar.
“Por isso, e para que a vossa missão seja bem-sucedida, devem primar por uma governação participativa, explorando as competências de cada um dos vossos colaboradores e envolvendo todos os actores relevantes na definição das prioridades e na construção dos resultados. O povo quer dirigentes presentes e que trabalhem para ele. Esperamos que no vosso trabalho diário sejam dialogantes, dirigentes que sabem ouvir, apostem no trabalho em equipa e num sistema de comunicação eficaz” – disse.
Falando-se especificamente de Isaque Chande, Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, o Presidente Nyusi observou ser um jurista com rica carreira de advocacia e de assessoria jurídica em empresas estratégicas. Dele espera que preste particular atenção ao seu papel como assessor do Presidente da República e do Governo na fiscalização preventiva e sucessiva da constitucionalidade dos actos normativos praticados pelos órgãos do Estado, e garanta que a relação entre o Governo e a Assembleia da República decorra dentro dos marcos legais.
“Respeitando o princípio da separação e interdependência dos poderes de Estado, articule, de forma permanente, com os órgãos de administração da Justiça, designadamente os tribunais, o Conselho Constitucional, a Procuradoria-Geral da República, a Ordem dos Advogados e a Polícia da República de Moçambique. Assegure que todos os cidadãos moçambicanos, em particular os carentes economicamente, tenham a devida assistência jurídica e patrocínio judiciário” – instruiu o Chefe do Estado.
Sobre a nova Vice-Ministra da Economia e Finanças, Maria Isaltina Sales Lucas, o Presidente disse ser uma funcionária que viajou no sector de Finanças e, portanto, conhecedora dos “cantos da casa” e bastante acarinhada pelos colegas, esperando-se que coadjuve o titular da pasta da Economia e Finanças, em particular na melhoria do processo de formulação, implementação e monitoria de políticas e estratégias de desenvolvimento integrado e manutenção do equilíbrio macro-económico.
Quanto ao recém-empossado chefe do Protocolo do Estado, Bernardo Lidimba, Nyusi disse ser um quadro com experiência, e que se espera que dê continuidade ao trabalho do seu antecessor e que imprima maior dinâmica e rigor no funcionamento do Protocolo do Estado, uma área que é o cartão-de-visita do nosso país"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

PORTUGAL BANCOS REGRESSARAM À RENDIBILIDADE EM 2015 APÓS QUATRO ANOS NEGATIVOS - BANCO DE PORTUGAL

Bancos regressaram à rendibilidade em 2015 após quatro anos negativos - Banco de Portugal

Lisboa - O sistema bancário português voltou a apresentar rendibilidade em 2015, após quatro anos negativos, divulgou terça-feira o Banco de Portugal, justificando sobretudo com a redução do fluxo de imparidades.
O Banco de Portugal publicou um documento com os Desenvolvimentos Recentes do Sistema Bancário Português, referente ao último trimestre de 2015."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

PORTUGAL GOVERNO QUER CAPITALIZAR 9.300 EMPRESAS ATÉ 2020

Governo quer capitalizar 9.300 empresas até 2020

Lisboa – O Governo quer capitalizar 9.300 empresas entre este ano e 2020, segundo o Programa Nacional de Reformas que foi apresentado terça-feira em Lisboa pelo primeiro-ministro, António Costa.
A capitalização das empresas é um dos pilares do Programa Nacional de Reformas e o executivo socialista pretende capitalizar 9.300 empresas nos próximos quatro anos e aumentar os capitais próprios das empresas portuguesas em 2.780 milhões de euros, segundo um documento sobre o Programa Nacional de Reformas divulgado à comunicação social."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

BRASIL ASSINA ACORDO COM OMC ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMèrCIO PARA REDUZIR CUSTOS DE TRANSACÇÕES COMERCIAIS EM 14,5%

Brasil assina acordo com OMC para reduzir custos de transações comerciais em 14,5%

Brasília - A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, aprovou terça-feira a entrada em vigor do Acordo de Facilitação do Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC), que permitirá reduzir os custos das transações comerciais com outros países em 14,5%.
Segundo o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, citado num comunicado da Presidência brasileira, a medida, para além de diminuir o custo das transações comerciais, permitirá desburocratizar o comércio exterior e tornar as exportações brasileiras mais competitivas."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE

terça-feira, 29 de março de 2016

PAZ EM MOÇAMBIQUE, "PRESIDENTE NYUSI POR OCASIÃO DA PÁSCOA : NADA SUPERA CLAMOR PELA PAZ"

O PRESIDENTE da República, Filipe Jacinto Nyusi, afirma que o clamor do povo moçambicano pela paz supera o ódio e todos os argumentos que possam ser evocados para sustentar o seu adiamento.
Na mensagem que endereçou à comunidade cristã por ocasião da Páscoa celebrada ontem, o estadista moçambicano reitera que o Governo continua firme na busca de uma paz efectiva para o país.
“Os clamores pela paz do nosso povo superam o ódio e todos os argumentos que possam ser evocados para sustentar o seu adiamento. Como Governo, continuamos firmemente empenhados na busca da paz efectiva, uma paz que deve residir no coração de cada um de nós, acima de quaisquer diferenças que possam existir”, sublinha Nyusi na sua mensagem.
O Presidente faz votos para que a razão da Páscoa viva em todos os moçambicanos, fazendo brotar a esperança de que no meio da união e em paz se construirá uma nação a ser festejada por todos como pertença comum.
O mais alto magistrado da nação moçambicana explica que a Páscoa é um dos mais importantes acontecimentos do calendário cristão que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, o Salvador, um momento em que os cristãos exaltam valores nobres, como o perdão, a tolerância, a solidariedade e a paz.
Encoraja a comunidade cristã, e não só, a celebrar a Páscoa como “uma luz para as nossas vidas e para os nossos caminhos e que inspirados no espírito pascal cultivemos o amor ao próximo e a reconciliação entre todos os moçambicanos, afastando a vaidade e a violência, vivendo em harmonia e construindo o projecto de nação de todos nós”. (AIM)"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

NAMICONHA, DISTRITO DO RIBAUÉ, PROVINCIA DE NAMPULA REPRESA DINAMIZA ECONOMIA, ÁGUA PARA GERAÇÃO DE EMPREGO

UM grupo de 15 famílias do distrito de Ribaué, província de Nampula, conseguiu melhorar o seu padrão de vida graças ao seu empenho, dedicação e criatividade, produzindo vários milhões de meticais.
Para o efeito, estas famílias residentes em Namiconha, arredores da vila sede do distrito de Ribaué, decidiram juntar os seus esforços e criar uma agremiação designada por Associação Nova Vida que se dedica   àprodução de hortícolas nas bermas de uma represa local. 
A colectividade que possui mais de 10 anos de existência e produz repolho, pimento, cenoura, alface e tomate. 
Como resultado, ano após ano, a associação vem engrossando as suas receitas, algo que está a melhorar a condição de vida dos afiliados e suas famílias.
Em entrevista  à AIM, por ocasião do Dia Mundial da Água, uma efeméride que foi recentemente assinalada no mundo inteiro, sob o lema “Água Para Geração de Emprego”, o presidente daquela associação, Américo Francisco, confidenciou que na campanha 2014/2015, onde a área cultivada foi de 15 hectares, foi possível comercializar 175 toneladas de produtos diversos, que resultaram numa receita superior a quatro milhões de meticais. 
Esta é a receita que contribuiu para a melhoria do padrão de vida dos membros da associação e seus dependentes, bem como para a expansão da área cultivada.
“Parece inacreditável, mas a água é uma grande fonte de emprego. Somente para ilustrar, com água irrigamos cerca de 15 hectares e produzimos muita hortaliça que, para além de abastecer a população local, fornecemos as grandes cidades da zona norte como Nampula e Pemba”, disse Francisco.
Esta associação tem a particularidade de não ter beneficiado de nenhum financiamento do Governo.
Como forma de reconhecimento, uma delegação do Executivo de Nampula, chefiada pelo governador da província, Victor Borges, visitou a associação a quem ofereceu uma motobomba para estimular as suas actividades. 
Falando num comício perante para população local, Borges incentivou  toda a província e não só a seguir o exemplo da Associação Nova Vida. 
Fundada a 5 de Março de 2005, por um grupo de 11 famílias, a associação cresceu para 15 agregados familiares, incluindo cinco dirigidos por mulheres.
No ano passado com resultado da massificação da piscicultura, a Associação Nova Vida iniciou a construção de um tanque piscícola, que foi povoado com cerca de 3.200 alevinos (peixes recém saídos do ovo e que já reabsorveram o saco vitelino)."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE

segunda-feira, 28 de março de 2016

QUALIDADE INDUSTRIAL E ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PME) GOVERNO DE MOÇAMBIQUE REVÊ POLITICAS

O GOVERNO está a rever as políticas de Qualidade Industrial e a Estratégia para o Desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas (PME), a fim de adequá-las às actuais necessidades e desafios do país, que passam por uma indústria que coloque produtos de qualidade no mercado interno e internacional.
Esta revisão visa igualmente aperfeiçoar o Sistema de Normalização e Certificação de Qualidade dos produtos, bem como contribuir para o desenvolvimento e competitividade da indústria nacional.
De acordo com a secretária permanente do Ministério da Indústria e Comércio, Carla Soto, a revisão destes instrumentos “enquadra-se nos esforços do Governo para criar condições para que Moçambique tenha uma infra-estrutura de qualidade e cumpra os requisitos internacionais”.
Carla Soto falava recentemente, na cidade de Maputo, num seminário alusivo aos 23 anos do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ).
Sobre o INNOQ, a secretária permanente referiu que o Governo está a investir no sentido de esta entidade ter equipamento e pessoal para que possa desempenhar o seu papel, nomeadamente a implementação da Política Nacional de Qualidade, através da concretização das actividades de normalização, metrologia, certificação e gestão de qualidade.
Por seu turno, Alfredo Sitoe, director-geral do INNOQ, afirmou que embora a instituição tenha registado significativos avanços nos últimos anos ainda enfrenta enormes desafios.
Um dos desafios tem a ver com a “capacitação dos funcionários para que possam responder à demanda do mercado dos serviços de calibração e verificação de instrumentos de medição nas mais diversas áreas”. 
O evento contou com a participação do vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, que na sua intervenção se referiu ao papel desempenhado pelo INNOQ na certificação e padronização da qualidade dos produtos.
“O INNOQ permite que os nossos produtos e serviços tenham certificação e padronização de ponto de vista metrológico, assegurando assim maior qualidade e confiança do consumidor”, concluiu Agostinho Vuma.
O INNOQ assiste actualmente 97 empresas e cinco laboratórios para fazer calibrações dos instrumentos de medição, tendo já certificado 13 empresas em sistemas de gestão e 4 produtos, para além de possuir 932 normas técnicas aplicáveis a diversas áreas, como por exemplo alimentos, combustíveis, gestão de qualidade, entre outras"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

NHAMATANDA INAUGURADO REGADIO MUDA MASSEQUECE PELA GOVERNADORA DA PROVINCIA DE SOFALA HELENA TAIPO

MAIS de 80 mil produtores do distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, dispõem desde semana finda de um regadio com capacidade para 5500 hectares.
Trata-se do regadio de Muda Massequece, inaugurado quinta-feira pela governadora da província de Sofala, Helena Taipo, e que foi construído no âmbito da Projecto de Desenvolvimento de Irrigação Sustentável (PROIRRI), com o objectivo de apoiar o aumento da produção e do comércio de produtos agrícolas.
Intervindo na inauguração da infra-estrutura, Helena Taipo explicou que o Governo pretende desenvolver iniciativas inovadoras e sustentáveis de produção orientada para o mercado.
“Este empreendimento foi construído no âmbito dos esforços que o nosso Governo tem estado a envidar para apoiar as comunidades nas diversas áreas, incluindo produção agrícola como estamos a testemunhar”, explicou a governante.
O empreendimento custou um total de 1.175.667 de meticais, disponibilizados pelo Banco Mundial e pelo Governo japonês.
Usando da palavra, o representante dos camponeses beneficiários do regadio, David Alficha, assumiu que o Governo ajudou a resolver os principais problemas que afectam a agremiação.
“Estamos felizes por o Governo nos ter ajudado. Assim poderemos aumentar as nossas áreas de cultivo e aumentar a nossa renda”, congratulou-se.
David Alficha referiu que a sua organização, que conta com 60 membros, na sua maioria mulheres, produz cana sacarina, que é matéria-prima para a produção de açúcar.
O coordenador de PROIRRI em Sofala, Manuel Magombe , disse, por seu turno, que o empreendimento entregue é o primeiro de muitos outros que ainda se vão colocar à disposição dos camponeses, devendo irrigar nove mil hectares."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

domingo, 27 de março de 2016

AS MARIAS OU AS 7 MARIAS BANDA MUSICAL FEMININA DE MOÇAMBIQUE NASCE NA ECA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTE DA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Há um ditado que diz: “é de pequeno que se torce o pepino”. Que o diga Timóteo Cuche, saxofonista e professor de música na Escola de Comunicação e Arte (ECA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
Sentou-se em casa, respirou fundo, da mesma forma que o faz quando quer soprar, e imaginou a criação de uma banda feminina moçambicana… e assim nasceram As Marias!
Oprojecto da criação da banda também foi discutido com Nataniel Ngomane, ex-director da ECA e o professor João Cabral. “Mas eu pratica­mente é que criei”, diz Cuche. O elenco de criação havia atri­buído o nome de 7 Marias, em virtude de serem exactamente 7 mulheres. “Hoje são As Ma­rias”, diz.
Deve ser simples de imagi­nar o homem que foi o mentor da ideia ao assistir aos ensaios. Cogitamos o professor Cuche a dizer “aqui a nota está errada; você não pode soprar o saxofo­ne com demasiada força; que ela tem de dedilhar com mais sua­vidade; que a outra estaria a ar­ranhar a guitarra com tamanhos tons graves; que o violino estava a ser mal manuseado”. Mas Ti­móteo não o faz. Ele simples­mente toma um gole de água, nalgumas vezes dá uns sopros, ajeita aqui e ali e demonstra a maturidade que a banda tem para ensaiar sozinha.
DOIS ANOS DE ESTRADA
A banda já sentiu o sabor dos palcos e por conta disso a doçura da fama. Cauteloso, Cuche fala com serenidade quando o assun­to é sobre a produção artística da banda por ele comandada. Já com dois anos de estrada, a banda ainda não trouxe o fruto da relação que mantém com a fama e os palcos: “tem algumas obras, mas não estão prepara­das para serem apresentadas em público”, justifica-se.
Embora o professor Timóteo prefira dizer que já existem cer­ca de seis obras da banda, Júlia Manuel (22 anos), violinista e um dos primeiros membros da banda, prefere dizer que a banda ainda está a criar as músicas.
A banda foi sonhada para dar mais visibilidade às mulheres. Era preciso quebrar estereóti­pos. Cuche sublinha que “está­vamos a pensar na integração da mulher em todas as áreas profissionais. Tentamos in­cutir nelas que devem ser sociais, devem usar a música como meio de comunicação, olhar o que acontece no país e usar deste meio na constru­ção de uma sociedade”.
Mas como toda banda artísti­ca, sempre passam por adversi­dades, brigas e desentendimen­tos. Cuche, diz ser algo compli­cado, “são pessoas com carác­ter diferentes uma da outra e isso influencia na discussão das músicas.
Para Joyce Cármen (23 anos), violinista e líder da banda, dirigir mulheres é uma das tarefas mais complicadas que já assumiu. Com suor a escorrer pelo cor­po devido aos ensaios, Cármen conta que “a experiência é boa e sempre tenho de arranjar maneiras de gerir as meninas, mas é interessante”.
De sete, o número passou para onze. “Cada uma tem sua ideia”, realça Cármen. Jú­lia acrescenta: ”mas tentamos melhorar nesses aspectos sempre
SONHOS
Um dos planos que a banda tem é alargar o espaço da for­mação da mulher em termos musicais. Cuche explica ainda que pretende levar a banda aos estúdios de gravação. Para já, o plano do professor é fazer com que a banda produza suas pró­prias músicas.
Mas os sonhos são resulta­dos de muito trabalho. Que o diga Xixel Langa, que no momen­to em que acompanhávamos os ensaios ela também encontrava­-se lá. Xixel, embora reconheça a qualidade do trabalho que está sendo feito pela banda, toca na agressividade do mercado: “ Aposto nelas. Estão engajadas e têm tudo para dar certo”, co­menta com firmeza.
Para Júlia, a qualidade dos trabalhos da banda é que vai ditar o caminho. Crizalda Chi­rindza (24 anos), guitarrista da banda, sublinha que tudo não passa de uma questão de cons­ciência do que se faz: “a par­tir do momento em que nos consagramos como banda, no mínimo a procura de fazer uma nossa, já temos isso em mente que o mercado será agressivo e que não tocamos só para nós”.
A banda é meramente aca­démica e não tem um carácter comercial. Para Crizalda, o foco deve ser de criar uma banda mu­sical com excelência. A banda é constituída também por duas bateristas, uma percussionista, uma pianista, baixista e duas sa­xofonistas."
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.

ÁGUA CANALIZADA EM ESPUNGABERA, DISTRITO DE MOSSURIZE, PROVINCIA DE MANICA, MOÇAMBIQUE CHEGA A 400 FAMILIAS

Quatrocentas famílias da vila de Espungabera, sede do distrito de Mossurize, sul da província de Manica, passarão a consumir água potável canalizada. Para o efeito, está para breve a entrada em funcionamento de um sistema para o fornecimento deste líquido, cujas obras são visíveis no terreno. As mesmas enquadram-se nos esforços do governo visando a melhoria das condições de vida dos cidadãos.
Em Espungabera, actu­almente a população recorre a furos e pe­quenos sistemas de abastecimento de água implantados, como fontanários, que em período seco não che­gam a responder cabalmente às necessidades da população. Como alternativa, as pessoas, sobretudo mulheres, são obri­gadas a percorrer grandes dis­tâncias à procura de água para o consumo diário.
O governador da província de Manica, Alberto Mondlane, falando na abertura da III ses­são da Assembleia Província de Manica, não avançou detalhes quanto ao projecto que conta com o suporte financeiro do Estado, mas assegurou que os trabalhos decorrem sem gran­des sobressaltos e a conclusão está prevista para finais do ano em curso.
“Quatrocentas ligações se­rão feitas, brevemente, com a entrada em funcionamento dum sistema de abastecimen­to de água potável, no âmbi­to da resposta do Governo neste capítulo. Os residentes de Espungabera deixarão de percorrer grandes distâncias para encontrar água que por vezes tem sido imprópria para consumo humano. É a mate­rialização do que prometemos na campanha eleitoral passa­da que hoje virou Plano Quin­quenal do Governo”, disse Al­berto Mondlane.
Para além de ter apresentado este projecto, Alberto Mondlane também assinalou o crescimento da província em vários domínios, em 2015, ten­do apontando para o desenvol­vimento da economia, expansão da rede sanitária, educação e produção agrária, como sendo áreas que mais contribuíram para o crescimento em Manica. No encontro, fez-se o balanço do plano económico, social e do orçamento do Governo Pro­vincial de Manica, referente ao ano findo.
Domingos Boaventura"
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.

GREEN RESOURCES FABRICA DE CAPITAIS NORUEGUESES PRODUZ ESTILHAS DE MADEIRA NA PROVINCIA DE NAMPULA MOÇAMBIQUE

A empresa Green Resources, de capitais noruegueses e com interesses empresariais em Moçambique, Uganda e Tânzania, pretende estabelecer nos próximos dois anos uma unidade fabril na província de Nampula para a produção de estilhas de madeira, também chamadas aparas, que constituem matéria-prima para a produção de polpa de papel e painéis.
Segundo Arlito Cuco, director geral da subsidiária da Green Resources em Moçambique, a construção da referida fábrica está inserida num contexto mais amplo de investimentos que a empresa está a realizar nas províncias de Nampula e Niassa, os quais vão culminar com a edificação de uma indústria local de papel e de outros produtos de origem florestal.
Conforme disse, numa primeira fase a produção de estinhas ou de aparas de madeira estará orientada para a exportação uma vez que no país ainda não existem empresas capazes de absorver este tipo de material. “Vamos exportar enquanto esperamos gerar matéria-prima suficiente para ser absorvida por uma empresa de papel a nível interno.
Enquanto essa fase não chega, Arlito Cuco revela que aquela empresa tem estado a proceder a um investimento estimado em 15 milhões de dólares em diferentes frentes que visam o estabelecimento de plantações de eucaliptos nas duas províncias onde já possui o título que lhe confere o Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT).
Tal investimento tem estado a ser orientado para estudos de solos, Estudos de Impacto Ambiental (EIA), análises aéreas, consultas comunitárias, construção de viveiro, aquisição de equipamentos, instalação de rede eléctrica e de redundância, meios motorizados como tractores e camiões, equipamento para maneio do solo e plantio, treinamento dos colaboradores protecção contra incêndios, para além da construção e manutenção de vias de comunicação.
A título de exemplo, presentemente decorre a preparação da campanha 2016/2017 que consiste no levantamento das áreas que terão sido afectadas por queimadas no último inverno e outras que diversas razões carecem de renovação, para depois se seguir a elaboração de um plano detalhado de intervenções de maior escala.
Félix Matavele, biólogo responsável pelo viveiro de Namaíta, na província de Nampula, disse à nossa Reportagem que as intervenções naquele espaço iniciaram no ano 2010 e que até 2012 a produção era feita manualmente. “Na altura produzíamos apenas 900 a um milhão de mudas por campanha”, disse.
Entretanto, graças à mecanização introduzida pela Green Resources a produção de mudas passou de um milhão para um milhão e meio, em 2013, e até três milhões de mudas em 2014 e 2015. “A espécie que estamos a produzir basicamente é eucalipto, mas temos várias espécies puras e algumas híbridas”.
MECÂNICA DO VIVEIRO
Segundo Félix Matavele, a maior parte das sementes são adquiridas no Brasil e uma pequena quantidade é conseguida junto de uma instituição de pesquisa florestal para eucalipto, pinho, entre outras espécies florestais do género.
Aliás, da aludida instituição, a Green Resources recebe igualmente sementes de várias partes do mundo, com ênfase para o Brasil, África do Sul, Tanzânia e Zimbabwe na perspectiva de determinar a melhor procedência para o agro-clima de Nampula e de Niassa.
Conforme referiu, as sementes vindas do Brasil são as mais usadas, presentemente, para o plantio com fins comerciais por serem oriundas de regiões com características climáticas similares às daquelas duas províncias.
A nossa meta costuma ser de três milhões e quinhentas mudas, mas o viveiro tem capacidade para seis milhões de mudas”, disse Félix Matavele para depois ajuntar que aquele viveiro é operado por 50 trabalhadores permanentes, dos quais 40 por cento são mulheres.
A máquina oferece-nos uma maior produtividade por ser tecnologicamente avançada. Antes fazíamos a sementeira manualmente e tínhamos muitos problemas com a produtividade em si. A nossa capacidade era de 500 a 600 bandejas semeadas por dia, onde cada bandeja possui 128 tubetes com várias mudas. Com a máquina podemos semear até 1500 bandejas por dia e ganhamos mais tempo para fazer selecções, adubações e monitoria do crescimento”, disse.
Matavele refere ainda que o resultado do uso daquele equipamento electrónico na sementeira tem sido bom porque com a máquina é possível colocar uma semente por tubete e reduzir intervenções como desbastes ou repicagens. “Era muito mais trabalho e bastante moroso. Aliás, até mesmo para a plantação em si temos vantagens muito grandes, pois o pessoal de campo recebe uma planta por cada tubete e, por essa via, torna-se mais fácil fazer o plantio”.
Gracindo Sayal faz parte da equipa de gestão da Green Resourses e descreve que os procedimentos que aquela empresa segue do viveiro até ao campo, onde a maior parte das actividades são desenvolvidas em estreita ligação com os membros das comunidades circunvizinhas.
Depois do processo da sementeira tiramos as bandejas que contem os tubetes já semeados para as zonas de crescimento, que são as camas, e as plantas permanecem aqui entre três a quatro meses para ficarem prontas para irem ao campo”, disse.
Entretanto, antes de irem ao campo, as plantas, com cerca de 10 centímetros de altura começam a receber uma aplicação de adubo foliar que estimula o desenvolvimento da raiz porque, conforme referiu, nesta fase a planta precisa alimentar-se muito.
Passado cerca de 21 dias colocamos um adubo de crescimento que é para as plantas ganharem altura e diâmetro. Depois deste tratamento, deixamos estar por cerca de 20 dias e, no fim, colocamos um adubo que é para rustificação. A partir desta altura reduzimos as regas e a aumentamos a intensidade de luz que entra pela estufa para que as plantas se prepararem para vida adulta”, referiu.
Porém, conforme tivemos a oportunidade de observar, ao final de cerca de dois meses, as plantas apresentam um desenvolvimento diversificado, o que resulta do facto de cada semente possuir a sua carga genética o que faz com que o vigor no crescimento varie bastante.
LIGAÇÃO COM A COMUNIDADE
É nesta fase que começa a ligação com as comunidades locais que são estimuladas de diferentes maneiras a colaborar com a empresa. Por exemplo, são contratadas mulheres para procederem à selecção das plantas com um nível de crescimento aproximado para coloca-las nas mesmas bandejas. “Isso é bom porque é como se dessemos oportunidades iguais de crescimento às plantas”.
Com cerca de 100 mil hectares disponíveis, a Green Resources ocupa até agora cerca de quatro mil mas, segundo Gracindo Sayal, “já criamos as bases para o projecto andar. Temos os DUAT´s, mas temos que ir ao campo concluir a demarcação”.
Mesmo a propósito da posse de terra e com o objectivo de minimizar o risco de conflitos, Sayal afirma que a empresa procura manter contactos permanentes com os mais variados intervenientes e actos com a finalidade de assegurar a edificação sem lapsos de comunicação.
Repare que temos cerca de 500 trabalhadores e quando chega a época de plantio esse número sobe exponencialmente, o que requer da empresa uma capacidade redobrada de lidar com os mais variados interesses e expectativas”, frisou.
Para tornar possível uma convivência minimamente sã, Sayal afirma que a empresa promove e estimula a criação de comités de gestão integrados por membros das comunidades e se relacionam directamente com o departamento comunitário da empresa.
Eles reúnem uma vez por mês para saber como está a ser feita a interacção entre a comunidade e a empresa. Vermos quais são os problemas que existem e tentarmos resolvê-los antes que se tornem maiores”, sublinhou.    
Graças à colaboração que tem havido entre as partes, foram estabelecidos programas de apoio comunitário que compreendem um banco de sementes que são entregues às comunidades para a produção de feijão, gergelim e soja. “Nesse sentido, também temos os extensionistas que depois dão apoio técnico para as comunidades possam produzir melhor essas culturas”, disse.
Para além disso, a Green Resources apoia as populações das cercanias das suas plantações com programas de acesso aos Bilhetes de Identidades (BI´s) e esta acção é desenvolvida em coordenação com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Embaixada da Suécia.
Esta actividade, segundo nos foi revelado, visa permitir que, no futuro, quando houver bancos e outras instituições públicas e privadas, as populações possam ter fácil acesso a serviços financeiros, entre outros.
O mais importante é que eles têm que ter identificação de forma a facilitar o processo de recrutamento e também a nível do instituto Nacional de Segurança Social (INSS) para se beneficiarem dos serviços porque é necessário ter um documento de identificação”, apontou.
Por outro lado, consta que a Green Resources está a estimular as comunidades a fazerem o plantio de eucaliptos nas suas áreas. Para o efeito, a empresa fornece mudas de eucaliptos, a título gratuito e respectiva assistência.
Futuramente vamos entrar com fruteiras. Já existe um processo para termos uma unidade de fruticultura, de forma a expandirmos as fruteiras para todas as comunidades. Também temos o processo de furos de água nos três distritos, em Ribaue, Mecuburi e Rapale, na província de Nampula”, sublinhou.
Gracindo Sayal terminou dizendo que nestes três distritos decorre a produção de feijão, gergelim e soja, há cerca de com o apoio de extensionistas que estão a dar apoio as comunidades no sentido destas produzirem estas culturas de rendimentos e a empresa facilita o acesso ao mercado e serve de intermediária nas vendas.
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE