quarta-feira, 9 de março de 2016

NACALA CORREDOR FERROVIÁRIO VITAL PARA O SUCESSO DE EXPLORAÇÃO DO CARVÃO DE MOÇAMBIQUE

O FUNDO Monetário Internacional (FMI) considera que as negociações entre o Governo e os investidores para a conclusão do corredor ferroviário de Nacala serão vitais para o sucesso da exploração do carvão em Moçambique.
“No sector do carvão será preciso firmar contratos para desbloquear o financiamento para a conclusão do corredor ferroviário de Nacala, que triplicará o volume de exportação do produto até 2017”, refere o FMI, num relatório sobre Moçambique recentemente divulgado.
Ainda de acordo com a fonte, no final de Outubro as negociações entre o Governo e os investidores para a conclusão do referido corredor avançavam a bom ritmo.
“As perspectivas económicas de Moçambique continuam favoráveis. A previsão de crescimento é de 6,5 por cento em 2016, ainda abaixo do seu potencial, devido, sobretudo, à estagnação do sector extractivo e às políticas orçamental e monetária mais restritivas. A médio prazo, a projecção de crescimento é de 7,5 a 8 por cento, apoiada pelo investimento maciço em projectos do gás natural e pelo aumento da produção do carvão, se forem firmados contratos-chave para o desenvolvimento do sector do carvão e do gás”, estima o FMI.
O Fundo Monetário Internacional refere também que a depreciação do metical realçou a vulnerabilidade da dívida de Moçambique, sugerindo a necessidade de cautela com futuros empréstimos. Com a maioria da dívida pública emitida em moeda estrangeira, a depreciação aumentou o valor presente da dívida externa para quase 40 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2015, contra 30 por cento no final de 2014.
O FMI realça ainda que a classificação da dívida externa de Moçambique continua moderada, mas os indicadores de nível da dívida aproximaram-se da classificação de alto risco. “O risco da dívida pública global tornou-se mais elevado. Manter a sua sustentabilidade exigirá forte disciplina orçamental, coerente com o programa das autoridades, um foco acrescido na contratação de empréstimos, sobretudo em condições concessionais e a maior priorização dos projectos de investimento”, refere a fonte.
Entretanto, o FMI entende que o valor presente da dívida deverá diminuir para menos de 40 por cento do PIB em 2016-19, antes de cair abaixo de 20 por cento até meados da década de 2020, devido à elevação do PIB resultante da produção do Gás Natural Liquefeito (GNL)."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE

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