quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PEMBA - CABO DELGADO - 3 - NOVA ERA NO TURISMO

"Nova era no turismo!. PEMBA, a capital provincial de Cabo Delgado, assistiu recentemente, àquilo que na prática se pode considerar do lançamento de uma nova era do turismo no nosso país. A conferência sobre o investimento neste importante sector da vida económica nacional, serviu, no fim de contas, para dizer que há mais uma nova maneira de ver o futuro do turismo no nosso pais, a partir da selecção e declaração de zonas de interesse turístico, que se pretende venham a ser a base do seu desenvolvimento e não só.Maputo, Quinta-Feira, 9 de Dezembro de 2010:: Notícias . Fernando Sumbana, Ministro do Turismo, justificou em termos quase anedóticos o porquê de ser Pemba a acolher o evento que trouxe a ideia de que afinal, temos nove zonas de interesse turístico aonde devem ser direccionados todos os esforços, incluindo financeiros, se quisermos olhar para o futuro do sector como de facto importante contributo para o desenvolvimento de Moçambique: “A escolha de Pemba tem um grande significado pelo facto de ser esta parcela do país que nesta pérola do Indico vê primeiro o Sol nascer todos os dias. Assim, pretendemos que Pemba também seja o primeiro lugar a implementar, com a vossa cumplicidade, o novo paradigma de desenvolvimento do turismo, baseado em estâncias integradas”. Quem não perdeu tempo foi o Governador provincial, Eliseu Machava, que aproveitando a “deixa” “vendeu” a sua província nos seguintes termos: “Estamos efectivamente numa das zonas de interesse turístico, onde a natureza nos abençoou com riquezas incomensuráveis, onde poderemos citar, apenas como exemplos, a cidade de Pemba que é agraciada por uma baía cujo encanto a humanidade rendeu homenagem declarando-a uma das mais belas do mundo”.
“ A nossa flora e fauna oferecem, igualmente, um encanto que tem atraído turistas de todo o mundo que aqui vem deliciar as maravilhas que este nosso planeta Terra ainda tem para nos surpreender. Aqui encontramos um diversificado património histórico-cultural, onde podemos observar a história colonial e as culturas locais, a cultura afro-islâmica e a indelével herança da Luta de Libertação Nacional”. Machava dizia, enfim, que a província dispõe tanto no mar como na terra, de uma enorme riqueza cultural e uma biodiversidade sem par, sendo desafio permanente fazer com que as tais zonas de interesse turístico sejam lugares onde o Estado, os empresários, trabalhadores, os turistas e as comunidades locais se sintam realizados e, consequentemente, dêem um contributo real na luta contra a pobreza que teima em flagelar o pais em geral e esta região, em particular. A este propósito, o governador disse que aposta agora será harmonizar esforços que permitam a capitalizar a valiosa contribuição do sector público e privado. “Nos seus programas o governo continuará a prestar atenção as acções que contribuam para o desenvolvimento do turismo, assegurando que os programas de investimento tenham o impacto desejado na vida das comunidades”. Porém, o titular do pelouro do Turismo, Fernando Sumbana, já havia dito que a nível central o governo de Moçambique assume o turismo como um dos instrumentos impulsionadores do desenvolvimento nacional, pela capacidade que este sector possui de gerar emprego, no aumento da renda das famílias e catalisação do desenvolvimento de outros sectores económicos. “ O turismo contribui para a viabilização de infra-estruturas básicas e criação de oportunidades de negócios afins, concorrendo assim para o bem-estar social, ao elevar a auto-estima do povo moçambicano pela valorização do seu tecido histórico-cultural e riqueza natural”. Explicou que no quadro legal e institucional, para permitir a obtenção de maiores ganhos do sector do turismo, foi concebida a politica e Lei do Turismo em Moçambique, e para garantir a sua implementação, foi desenhado o plano estratégico para o seu desenvolvimento, que fixa prioridades específicas, define produtos e mercados, assim como identifica 18 áreas prioritárias para o investimento. É aqui onde nasceram os programas Âncora e Arco-Norte, ambos com o propósito de acomodar e acelerar o desenvolvimento turístico em tais zonas. A justificação vem também do facto de o seu raio de acção atingir lugares com um grande potencial em termos de recursos naturais e histórico-culturais, capazes de originar correntes de turistas, cuja dinâmica económica poderá assentar no desenvolvimento deste sector. ZONAS DE INTERESSE TURÍSTICO. Maputo, Quinta-Feira, 9 de Dezembro de 2010:: Notícias . É pois assim que foram seleccionadas e declaradas as zonas de interesse turístico. Em Cabo Delgado temos a cidade de Pemba, que por sua vez tem focalizadas a cidade velha, a zona do porto, a marginal, a praia do Wimbe, a costa Leste, constituída por Chiwiba e Murrébuè e a Ilha do Ibo. Em Nampula está a Ilha de Moçambique, o Lumbo e Sancul, distrito de Mossuril, enquanto que em Niassa, foi elegível a sua capital provincial, Lichinga e a praia de Chuanga, em Metangula, na sede do distrito de Lago. No resto do país, fora dos limites fisico-geográficos do Norte, só encontramos Inhaassoro, na província de Inhambane. No respeitante aos locais que interessavam aos participantes à conferência de Pemba, nomeadamente as províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, foi dito que a Ilha do Ibo é considerada área de alta procura turística, onde os projectos do Governo, de transporte/acesso, o que implica aeroporto, porto marítimo, melhoramento de estradas e uma consistente informação turística, devem encontrar uma correspondência com o investimento privado. Na verdade, pretende-se que no Ibo este sector crie facilidades acomodação para curtas estadias, restauração, serviços financeiros, guias turísticos e provedores de serviços de turismo. A cidade de Pemba, sendo na óptica destes projectos, centro de serviços turísticos de primeira ordem, o governo é obrigado a melhorar igualmente o acesso e transporte, sobretudo no que tange ao aeroporto internacional, o porto marítimo, o sistema de transportes públicos e o melhoramento de estradas. Por outro lado, aconselha-se a existência de um hospital de trauma, segurança reforçada, bem como uma sempre presente informação turística, um funcionamento irrepreensível das Alfândegas e Migração, para além de instituições bancárias para operações com a moeda nacional e divisas. Em Lumbo, Sancul e Ilha de Moçambique, incluindo Crusse Jamali, considerado centro de serviços turísticos da segunda ordem, precisam-se projectos que incluam um aeroporto doméstico, novo porto de pesca, no Lumbo, sistema de transportes públicos, melhoramento de estradas, casa de câmbios, serviços de informação turística, um hospital com centro de trauma e serviços policiais à altura. Ainda em Lumbo pede-se ao sector privado que invista nos serviços de autocarro e taxi, aluguer de viaturas e equipamento, serviços de manutenção de viaturas, instalações de acomodação para curtas estadias, restauração, locais para entretenimento, bancos e auto-bancos, guias turísticos e clínicas e serviços de segurança privados. A situação dos dois lugares da província do Niassa apresenta-se quase igual, mas tal como Pemba, considera-se centro de serviços turísticos de primeira ordem, pelo que as exigências estão acima das que foram apresentadas em relação aos locais de interesse turístico da província de Nampula. É que também necessitam de um aeroporto internacional, de uma funcional estação ferroviária, sistema de transportes públicos, melhoramento das estradas, um hospital nas condições acima citadas, uma segurança e administração de informação turística a contento, instalações financeiras onde se possa fazer câmbios e Alfândegas e Migração viradas para a importância do futuro que se pretende. Conforme apurou o “Noticias”, pretende-se induzir nestes locais um desenvolvimento económico integrado e acelerado, atrair investimentos de vulto, de modo que a contribuição do turismo para o PIB moçambicano seja, até 2025, igual ou superior a 10 porcento, com aumento do número de quartos, turistas e receitas cobradas. Ainda nesta senda, pretende-se reordenar alguns destinos emergentes e criar condições para o desenvolvimento de novos produtos turísticos, bem assim, melhorar a utilização sustentável de recursos nos quais Moçambique pode competir com outros, tanto a nível da região, assim como internacional. Se Moçambique não pode fazer avião, diz o ministro do Turismo, tem, todavia, um bom povo, rica história e cultura, encantadores recursos naturais e vontade de fazer. A LINGUAGEM DOS DÓLARES E A FORÇA DA INDIGO, SA
Maputo, Quinta-Feira, 9 de Dezembro de 2010:: Notícias . Há muito dinheiro em jogo para a viabilização dos projectos que desagúem na implementação prática das zonas de interesse turístico, a partir dos programas Âncora e Arco-Norte. Para exemplo, o primeiro, que se crê venha a ter um grande impacto sócio-económico no país, não tanto pelos valores envolvidos, vai ter um investimento estimado em um bilião e 200 milhões de dólares americanos. Este valor encontra-se dividido para o desenvolvimento de Resorts em Inhambane e Nampula e eco-turismo na Reserva de Gilé/Ilhas Primeiras, com um um bilião e 100 milhões USD e 100 milhões USD, respectivamente. Por outro lado, prevê-se ainda o desenvolvimento de infra-estruturas de acesso e comunicação, energia e água, assim como ligações com as comunidades locais e pequenas e médias empresas para o fornecimento de produtos e serviços. O Arco-Norte, que já vai na sua segunda fase, abrange as províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, tendo como objectivo transformar o turismo num sector importante naquelas regiões do país, capaz de atrair grandes investimentos do sector privado e parcerias, estimado em 2 biliões de dólares americanos. A ideia é com isso conseguir estimular negócios relacionados com o turismo, incrementar as oportunidades de emprego, contribuir para o enriquecimento e reforço do poder das comunidades e, finamente, posicionar Moçambique como destino turístico de classe mundial, competindo efectivamente com outros importantes do mundo. Para desenvolver estes projectos está a MOZAICO DO INDIGO, SA. Trata-se de uma sociedade de capital social, criada pela escritura pública de 30 de Abril de 2009, cujo objecto é dirigido para a promoção de parcerias nacionais e internacionais para o desenvolvimento da indústria do turismo, estratégias de participação das comunidades em projectos turísticos na área onde a sociedade exerça as suas actividades, fora o facto de poder gerir recursos financeiros e participações em outras sociedades. Pedro Nacuo." Fonte Jornal NOTICIAS.

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