quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ARROZ, PRODUÇÃO, MATUTUINE, MAPUTO

"Descasque de arroz em Matutuíne: Construção da indústria arranca dentro de dias. AS OBRAS de construção da fábrica de descasque e processamento do arroz no distrito de Matutuíne, província do Maputo, poderão iniciar dentro dos próximos dias. Com efeito, foi esta segunda-feira lançada a primeira pedra para a construção do empreendimento que terá uma capacidade de processar 600 toneladas daquele cereal, por dia.Maputo, Quarta-Feira, 1 de Dezembro de 2010:: Notícias . Para a materialização do projecto, foram aplicados 133 milhões de dólares norte- americanos, disponibilizados pelo fundo do Governo líbio para o investimento e desenvolvimento de África. A nossa Reportagem soube que a construção da indústria de descasque deste cereal estará pronto em 2012, coincidindo, desta forma, com as primeiras colheitas da produção em moldes comerciais. O projecto resulta de uma parceria entre uma empresa moçambicana, a Ubintu, SA e o Fundo Líbio de Investimento (LAP), devendo empregar na fase de pico, pelo menos 450 pessoas entre trabalhadores eventuais e efectivos. A empresa foi baptizada pelo nome de “Bela Vista Rice Project” e, neste momento, na componente de produção está na fase de ensaio de sementes, um processo de selecção que tem em vista identificar a melhor variedade em função dos objectivos preconizados, nomeadamente altos níveis de rendimento por hectare. Segundo a governadora da província do Maputo, Maria Jonas, a partir de 2012, espera-se que “Bela Vista Rice Project” venha a colocar no mercado pelo menos 27 mil toneladas de arroz, por ano, tendo em conta o plano de fazer duas campanhas anuais, nomeadamente na estação chuvosa e na época seca, sendo que nesta última recorrer-se-á às águas do rio. O lançamento da primeira pedra para a construção da fábrica de descasque de arroz realiza-se num momento em que tanto ao nível mundial como no nosso país se procuram soluções adequadas para a produção de alimentos, através do uso racional das terras aráveis disponíveis. “Neste momento, a luta que travamos é pela independência económica e este empreendimento faz parte da estratégia acordada entre Moçambique e Líbia”, disse, acrescentado que “a construção desta indústria se insere igualmente num contexto em que o nosso país e a província do Maputo se encontram numa fase bastante avançada na implementação de soluções locais de produção de alimentos”. A governante precisou que a província do Maputo dispõe de terras aráveis e rios que interferem nas várias pré-condições para uma boa produção de alimentos e o distrito de Matutuíne é um grande exemplo. “Esta fábrica não só irá melhorar a vida da população deste distrito como também criará vários postos de trabalho. Este empreendimento vai empregar no global 450 postos de trabalho”, disse.Por seu turno, Alexandre Dago, presidente do Conselho de Administração da Ubuntu, disse que a ideia de produzir arroz neste distrito surge no âmbito da revolução verde, como materialização do plano de acção para a produção de alimentos, instituída pelo Presidente da República de Moçambique, que instou a comparticipação de todos os agentes económicos, privados no combate à pobreza no país. Referiu que a razão da escolha desta cultura se deve as pesquisas efectuadas no mercado que apontam para o grande potencial do país na produção de arroz, sendo um dos elementos bases para cerca 19 milhões de moçambicanos. Mais de 75 porcento do arroz consumido pela população moçambicana é importado. Dago disse ainda que, numa primeira fase, irão explorar cinco mil hectares de terra produzindo cerca de 30 a 40 mil toneladas de arroz nos próximos quatro anos. “A nossa tecnologia foi adquirida no Vietname. Esta técnica nos permite produzir 7 toneladas de arroz por hectare, contra os actuais 1,4 que se praticam no país e muito superior a colheita por hectare nos outros países da África Austral ”." Fonte Jornal NOTICIAS.

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