segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MOÇAMBIQUE NO BOM CAMINHO

"Moçambique no bom caminho rumo à prosperidade: Guebuza sobre o estado da Nação . 20/12/2010
O Presidente da República, Armando Guebuza, traçou hoje, em Maputo, um quadro promissor sobre o estágio geral da nação, afirmando que o actual quadro revela que a nação moçambicana está no bom caminho e rumo à sua prosperidade. Contudo, o estadista moçambicano adverte que os avanços alcançados exigem uma sustentabilidade para o seu crescente impacto, razão pela qual exorta a todos os cidadãos a responderem com um maior dinamismo aos desafios para o ano de 2011 impostos pelo Plano Económico e Social (PES), o instrumento de operacionalização do programa quinquenal do Governo. No seu primeiro informe a Assembleia da República (AR), o parlamento, depois das quartas eleições gerais de Outubro de 2009, Guebuza disse que o diagnóstico da situação actual do país demonstra que a auto-estima dos moçambicanos cristaliza-se no quotidiano. Paralelamente, consolidam-se a unidade nacional, a cultura de paz e a democracia multipartidária. Segundo o Presidente, mais instituições de ensino e de formação de todos os níveis foram construídos no país; mais empregos foram criados pelos investimentos públicos e privados; a segurança alimentar melhorou “de forma notória”; as instituições públicas também melhoraram a sua prestação e registam avanços no combate ao burocratismo, espírito de “deixa-andar”, corrupção e ao crime. Numa sessão solene em que a Renamo, o maior partido da oposição parlamentar, mais uma vez, abandonou a sala do plenário, Guebuza disse que a luta contra a pobreza urbana e rural regista progressos assinaláveis; a estabilidade macroeconómica e o ambiente de ordem, segurança e tranquilidade públicas propiciam a atracção de mais investimento. Esta é a terceira vez que a Renamo boicota o informe sobre o estado geral da nação. No seu informe, Guebuza elegeu como maior acontecimento do ano prestes a findar a festa dos 35 anos da independência nacional e considerou a presidência aberta e inclusiva uma das actividades no centro do plano quinquenal. Sobre os Sete Milhões de meticais (cerca de 206 mil dólares), um fundo atribuído anualmente a todos os 128 distritos existentes em Moçambique e que, doravante, vai também beneficiar os distritos urbanos, Guebuza disse que o mesmo promove a inclusão, gerando emprego e aumento da produção. Segundo Guebuza, o desempenho macroeconómico medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em termos reais na ordem de 8,5 por cento até ao terceiro trimestre. Contudo, reconhece que houve depreciação do metical, a moeda nacional, devido a conjuntura económica e financeira internacional; pressão inflacionária associada ao descongelamento dos preços dos bens e serviços de alguns produtos com destaque para os combustíveis líquidos. Para Guebuza, o comportamento dos preços dos produtos nos mercados nacional e internacional, influenciados pela crise económica e financeira internacional, tiveram impacto negativo no “nosso custo de vida”, o que resultou em actos de “agitação” a 1 e 2 de Setembro último, causando até mortes. Pelo facto, o estadista moçambicano solidarizou-se com as famílias que perderam os seus entes queridos e referiu que face as causas destes acontecimentos, o Governo tomou medidas tendentes a reduzir impacto nos orçamentos familiares. Guebuza referia-se a política de contenção de despesas, que visa gerar poupanças que possam ser reorientadas para o financiamento de bens essenciais, incluindo insumos para a produção alimentar. “Os resultados até agora alcançados são positivos e encorajadores”, disse Armando Guebuza. Na área da saúde, o Presidente destacou, que em 2004 apenas 62 distritos tinham pelo menos um médico. A situação registou melhorias significativas e, actualmente, todos os 128 distritos já têm pelo menos um médico. De acordo com o Presidente da República, o país tem vindo a registar progressos na luta contra o HIV/SIDA, Tuberculose e Malária. Quanto ao HIV, Guebuza disse que a actual taxa média de prevalência é de 11,5 por cento, contra os 16,2 por cento de 2004. Porém, explicou o Presidente, a meta não é 11,5 por cento, pois esta cifra serve apenas como inspiração para prosseguir a lutar contra a pandemia. Na área da agricultura, o Presidente falou de importantes passos dados, incluindo no apetrechamento dos centros zonais de investigação agrária, cuja responsabilidade é a formação do capital humano com capacidades técnicas para o reforço e ampliação da rede de extensão agrária, bem como o aumento da cobertura e qualidade de assistência técnica aos produtores agrários, cuja cifra se situa em mais de 40 mil famílias camponesas. Paralelamente, segundo o Presidente, foram criados sistemas de rega em 27 mil hectares para a produção de culturas alimentares, acrescido ao aproveitamento das zonas baixas e dos recursos hídricos existentes. O estadista moçambicano falou ainda de avanços na área pesqueira, comercialização agrícola, pecuária, e da melhoria de condições logísticas e técnicas no corredor de desenvolvimento do Norte e na linha de Sena. A electrificação rural, o turismo, abastecimento de água saneamento do meio, também mereceram destaque. No tocante ao saneamento, o Presidente citou o exemplo da cidade da Beira, Centro do país, que está a beneficiar de um projecto avaliado em 72 milhões de euros, um valor que ultrapassa os 60 milhões de euros investidos na construção da ponte sobre o rio Zambeze. Sobre a recente descoberta técnica de gás natural e da presença do petróleo na bacia do Rovuma, Guebuza disse serem questões que encorajam a contínua prospecção e pesquisa para apurar as quantidades reais destes hidrocarbonetos. Guebuza disse, contudo, que os problemas da pobreza não serão resolvidos com o petróleo e gás, independentemente das quantidades existentes, sublinhando que “por isso, devemos continuar a apostar na produção agrária, na indústria de serviços e logística e na promoção de uma sociedade de conhecimento”. (RM/AIM)" Fonte Rádio Moçambique.

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