segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ECONOMIA DE MOÇAMBIQUE INDICADORES MACROECONÓMICOS DO PAIS, COM DESTAQUE PARA O PIB E A INFLAÇÃO MANTEM UMA TRAJECTÓRIA FAVORÁVEL E CONSISTENTE, CONSIDERA O BANCO DE MOÇAMBIQUE

O Comité de Política Monetária (cpmo), órgão do Banco de Moçambique, considera que a evolução dos principais indicadores macroeconómicos do país, com destaque para o Produto Interno Bruto e a Inflação, mantêm uma trajectória favorável e consistente com o programa estabelecido para o presente ano e com perspectivas de ser replicado em 2015.
Em face do comportamento favorável destes indicadores e das suas previsões de curto e médio prazo que indicam uma inflação baixa e estável, inferior à meta anual de 6,0%, aquele órgão decidiu intervir nos mercados interbancários de modo a assegurar o cumprimento da meta da Base Monetária para Novembro de 2014, fixada em 54.250 milhões de Meticais.
Na sua décima sessão ordinária do presente ano, o CPMO também decidiu reduzir a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência em 75pb, para 7,5%, com efeitos imediatos, manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos em 1,50% e Manter o Coeficiente de Reservas Obrigatórias, fixado em 8,0%.
No encontro de carácter mensal, foram analisadosos desenvolvimentos da conjuntura económica e financeira internacional e regional; a evolução dos principais indicadores macroeconómicos e financeiros de Moçambique, com destaque para a inflação, agregados monetários e creditícios; as projecções de curto e médio prazos para a inflação; e as medidas de política monetária necessárias para garantir o cumprimento do programa macrofinanceiro de 2014.
No primeiro ponto, o banco considera que no mercado cambial, o dólar norte-americano voltou a fortalecer-se face às moedas das restantes economias do bloco. Os bancos centrais deste grupo de países decidiram manter as suas taxas de juro de política no mês de Setembro, num cenário em que o Federal Reserve dos EUA anunciou o fim do seu programa de compras mensais de activos financeiros, enquanto o Banco Central do Japão o manteve com vista a estimular a actividade económica.
A nível regional, as economias locais registaram em Setembro, uma desaceleração da inflação anual, com a excepção de Angola, onde este indicador observou um ténue incremento. Informação preliminar referente a Outubro indica um aumento da inflação anual na Zâmbia (7,9%) e uma redução em Moçambique (1,28%).
Ainda em Setembro, todas as moedas da região registaram perdas nominais face ao dólar dos EUA, com destaque para o kwacha do Malawi, que aumentou a depreciação nominal para 27,9%, enquanto o Rand sul-africano reduziu para 10,3%. Os bancos centrais destes países decidiram manter as suas taxas de juro de política, com a excepção de Angola e do Malawi, que incrementaram as suas taxas em 25 pb e 2,5 pp, para 9,0% e 25,0%, respectivamente.
Cintando a informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) referente a Outubro de 2014, o Banco Central considera que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) da cidade de Maputo registou uma variação positiva de 0,06%, após cinco meses consecutivos de variação mensal negativa, contra a variação de 0,23% em igual período de 2013. Desta forma, a inflação acumulada acelerou para 0,05%, enquanto a inflação anual e média mantiveram o comportamento de desaceleração, fixando-se em 1,28% e 2,63%, respectivamente. O comportamento da inflação mensal na cidade de Maputo continuou a reflectir a variação dos preços da classe de bens alimentares e bebidas não alcoólicas, cuja contribuição foi igual à variação mensal do índice geral (0,60 pp). Os produtos com as maiores contribuições para a variação mensal positiva de preços foram o tomate, os veículos automóveis, o repolho, a alface e o arroz.
Seguindo a trajectória do IPC Maputo, o IPC de Moçambique, indicador que incorpora os índices de preços das cidades de Maputo, Beira e Nampula, registou em Outubro uma variação mensal positiva de 0,13%, após -0,17% em Setembro de 2014, tendo a inflação acumulada incrementado para 0,85%.
Contudo, a inflação anual e média anual reduziu para 2,12% e 2,88%, respectivamente. A trajectória do IPC Moçambique foi influenciada pela classe de alimentação e bebidas não alcoólicas, tendo contribuído com 0,12 pp positivos para a variação do índice geral."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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