domingo, 28 de novembro de 2010

MOÇAMBIQUE E O ALGODÃO

"Algodão com potencial para atrair micro-finanças . Fonte: Jornal Notícias . 26 de Novembro de 2010
O SECTOR do algodão em Moçambique tem um elevado potencial para atrair instituições vocacionadas às micro-finanças, todavia, o financiamento do sector é garantido apenas pelas empresas de fomento agrário. No país, cerca de 250 mil famílias estão envolvidas no cultivo de algodão, enquanto que 10 grandes empresas se dedicam exclusivamente ao fomento daquela cultura. O director do Instituto de Algodão de Moçambique (IAM), Norberto Mahalambe, explicou que embora este ano, ainda se façam sentir os efeitos da crise económica internacional, o algodão irá contribuir para a receita do país com cerca de 40 milhões de dólares norte americanos. “As empresas de micro-finanças têm uma janela de oportunidades no sector do algodão. Podem fazer empréstimos directos aos produtores; trabalhar em ligação com as empresas de fomento; fazer a promoção da poupança nas zonas algodoeiras, entre outras iniciativas”, disse Mahalambe.
A fonte, que falava ontem, na cidade da Matola, província de Maputo, no segundo e último dia da V Conferência de Micro-finanças em Moçambique, disse ainda que 95 produção nacional provem do sector familiar.  “Existem oportunidades para as micro-finanças porque o sector familiar não tem capacidade para financiar as suas actividades e não podem, de certa forma, processar o algodão para ter acesso ao mercado. Essa é uma das razões que liga aquele sector às empresas de fomento”, disse o director do IAM. Norberto Mahalambe, afirmou também que as empresas de fomento aceitam adiantar recursos que os produtores de pequena escala necessitam para fazerem as suas campanhas. “Portanto, a empresa de fomento compartilha o risco desta operação que é feita pelo produtor e há sempre o compromisso dela (empresa) comprar a produção independentemente do preço do mercado internacional, de forma a recuperar os investimentos feitos”, disse. A Conferência, que este ano decorreu sob o lema “Com as Finanças Inclusivas, Promovemos o Desenvolvimento do País, tinha como objectivo fazer uma retrospectiva da situação de micro-finanças; reflectir sobre a bancarização no meio rural e inovação dos serviços financeiros; bem como analisar a responsabilidade social das instituições financeiras. Participaram no evento, representantes de diversas organizações financeiras, quadros de agremiações da área de finanças e bancas de alguns países." Fonte TVM.

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