sábado, 24 de março de 2012

MOÇAMBIQUE E ANGOLA DEFENDEM QUE ÁFRICA DEVE EXPORTAR PRODUTOS PROCESSADOS, NO ÂMBITO DA 5ª REUNIÃO PREPARATÓRIA ANUAL DOS MINISTROS DAS FINANÇAS DE ÁFRICA

"Economia. África deve exportar produtos processados - defendem Moçambique e Angola. O CONTINENTE Africano deve investir na indústria transformadora de modo a começar a exportar produtos processados localmente e, consequentemente, conseguir mais rendimentos e criar mais postos de trabalho. Maputo, Sábado, 24 de Março de 2012:: Notícias . Esta posição foi apresentada pela delegação de Moçambique, secundada pela angolana, no encontro do comité de peritos que estão a preparar a 5ª reunião anual dos ministros das finanças de África.Intervindo no debate sobre o tema “Materializar o potencial de África como um pólo de crescimento global”, Mussa M. Usman, do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD), disse que os países africanos ganham mais exportando produtos já processados do que em forma de matéria-prima.Para tal, apontou a necessidade de se apostar seriamente no investimento da indústria e nos recursos humanos capazes de contribuir para a evolução progressiva da indústria transformadora para que esteja nos mesmos níveis que dos continentes já evoluídos.Apontou, como exemplo, o caso da madeira no país, cobre na Zâmbia, de ferro e platina do Zimbabwe que poderiam contribuir mais para o Produto Interno Bruto se fossem exportados já processados.De acordo com Mussa M. Usman, os países africanos podem associar os seus recursos para fazer evoluir a sua indústria e criar mais postos de trabalho localmente e consequente aumento dos rendimentos.“Moçambique tem potencial para produção de energia que pode ser muito bem usado no desenvolvimento de uma indústria transformadora de minerais na região Austral por exemplo”, disse a fonte, acrescentando que o nosso continente tem tudo para continuar a servir de pólo de crescimento global.Posição similar foi apresentada por Arlete Sousa, do Ministério das Finanças de Angola, para quem a criação da indústria transformadora deve ser alargada a todas as áreas cuja matéria-prima pode ser produzida localmente.Arlete de Sousa acrescentou que o processo de desenvolvimento de África deve ser acompanhado de políticas bem estruturadas para não transformar o continente em pólo de crescimento de outras regiões.“O continente está a assistir, desde 2008, a imigração de quadros europeus para a África fugindo das crises que afectam os seus países. São quadros de elevado nível de conhecimentos, daí serem preferência em detrimento dos africanos. Esta é uma das razões para a necessidade de criação de políticas que defendam os nacionais”, acrescentou.
Para ela, também será preciso acompanhar se os relatórios, dos últimos anos, que indicam que o continente está a registar um elevado nível de crescimento se reflecte no desenvolvimento económico.Alcídes Tamele" Jornal NOTICIAS.

Sem comentários:

Enviar um comentário