sábado, 30 de julho de 2022
ANGOLA, TOTAL ENERGIES ANUNCIAM INVESTIMENTO NA RESERVA PETROLIFERA DE BEGONIA
29-07-2022 16:31
Concessionária angolana e TotalEnergies anunciam investimento na reserva petrolífera de Begónia
Concessionária angolana e TotalEnergies anunciam investimento na reserva petrolífera de Begónia
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Luanda, 29 jul 2022 (Lusa) – A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) angolana, a TotalEnergies e parceiros do Bloco 17/06 decidiram pelo investimento para a Área de Desenvolvimento Begónia, na bacia marítima do Baixo Congo, cerca de 150 quilómetros da costa.
De acordo com uma nota da ANPG, o reservatório Begónia vai ser desenvolvido através de cinco poços submarinos, dos quais três de produção e dois de injeção de água, ligados à unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga FPSO [Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência] Pazflor, em produção desde 2011 no Bloco 17.
O documento salienta que o primeiro óleo, previsto para o primeiro semestre de 2025, vai aumentar a produção do FPSO Pazflor em cerca de 30.000 barris petróleo por dia.
“O Begónia é o segundo projeto operado pela TotalEnergies em Angola a beneficiar de uma engenharia inovadora e de um novo quadro contratual para a padronização do Sistema de Produção Submarino, capaz de reduzir os custos até 20% e acelerar o processo de aquisição”, sublinha-se na nota.
O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, citado na nota, considerou a decisão final de investimento do Begónia "fundamental para sustentar a produção de Angola, otimizando os ativos e recursos existentes”.
“A concessionária nacional tudo continuará a fazer para que os operadores e os seus parceiros tenham as melhores oportunidades para expandirem e incrementarem a sua atividade no nosso país e para que contribuam para o aumento da produtividade e da eficiência do nosso setor petrolífero", referiu Paulino Jerónimo.
Por seu turno, o diretor-geral da TotalEnergies em Angola, Olivier Jouny, sublinhou que "este primeiro desenvolvimento submarino de conexão interblocos vai maximizar a utilização da infraestrutura do Pazflor, reduzindo os custos e a intensidade de carbono, em linha com a estratégia da TotalEnergies”.
“Neste emblemático bloco, a TotalEnergies mostra a sua liderança em águas profundas, a baixo custo (menos de 20 dólares [18,6 euros] por barril), graças à padronização do equipamento submarino", disse.
Olivier Jouny frisou que "esta decisão final de investimento antecede a assinatura prevista da concessão da central de energia solar Quilemba, no Lubango, evidenciando a aposta e o desenvolvimento multi-energia da TotalEnergies em Angola".
Com um investimento de 850 milhões de dólares (793,5 milhões de euros), o projeto de desenvolvimento vai envolver 1,3 milhões de horas de trabalho, das quais 70% serão executadas em Angola, principalmente na base industrial de Luanda, e no offshore.
A TotalEnergies opera o Bloco 17/06, com uma participação de 30%, juntamente com a Sonangol P&P (20%), SSI (27,5%), Somoil (10%), ACREP (5%) Falcon Oil (5%) e PTTEP (2,5%).
NME // VM
Lusa/Fim
FONTE LUSA
SAO TOME E PRINCIPE TERMINA AMANHA 31 DE JULHO ESTADO DE CONTINGENCIA, A PARTIR DE 01 DE AGOSTO GOVERNO SUSPENDE TODAS AS MEDIDAS RESTRITIVAS RELACIONADAS COM COVID 19, APENAS PARA ENTRAR NO PAIS SERA OBRIGATORIO A APRESENTACAO DO TESTE.
29-07-2022 18:50
Covid-18: Restrições terminam em 01 de agosto em São Tomé e Príncipe - Governo
Covid-18: Restrições terminam em 01 de agosto em São Tomé e Príncipe - Governo
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São Tomé, 29 jul 2022 (Lusa) – As medidas restritivas impostas por causa da covid-19 em São Tomé e Príncipe terminam a partir da próxima segunda-feira, dia 01 de agosto, anunciou hoje o Governo são-tomense.
“Foi decidido a partir de 01 de agosto suspender todas as medidas restritivas que o Governo vem aplicando a nível de combate à covid-19”, disse o ministro da Presidência, do Conselho de Ministros, Novas Tecnologias e Assuntos Parlamentares, Wuando Castro, que falava no final da reunião do Conselho de Ministros.
Wuando de Castro justificou o levantamento das medidas restritivas com a taxa de imunização da população e o número de novos casos semanalmente.
O atual estado de contingência termina no próximo dia 31 de julho.
A partir de 01 de agosto, a exceção será a continuação da obrigatoriedade de apresentação do teste de antigénio negativo por quem pretende entrar no país, detalhou.
“Para esses casos, passageiros a partir de 12 anos de idade têm que apresentar o teste de antigénio negativo realizado até 48 horas antes da viagem”, afirmou.
A utilização de máscaras em espaços fechados passa a ser facultativa.
“Deixa de ser obrigatório nas lojas, nas reuniões, nos locais de trabalho. Passa a ser facultativo para quem queira ainda sentir-se mais seguro. Mas deixa de ser obrigatório, assim como a necessidade de higienização constante das mãos”, acrescentou o governante.
Segundo Wuando Castro, a abolição das medidas restritivas tem a ver com os dados de imunização e de contágio no arquipélago.
“Neste momento, constatamos que nas últimas semanas tem havido uma taxa de positividade de cerca entre 2 a 3% de casos positivos, o que nós consideramos bastante aceitável. Por outro lado, a nível da vacinação, nós já temos mais de 101.000 pessoas com as doses completas de vacina, ou seja, com duas doses de vacina, embora esteja ainda em andamento, a aplicação da dose de reforço”, salientou.
Nas últimas semanas São Tomé e Príncipe regista entre 10 a 13-14 casos ativos por semana e atualmente há três doentes internados no Hospital Central, mas sem apresentarem “um quadro sintomático grave”, elucidou.
“O Governo passado este tempo todo ponderou e achou que já é altura de começarmos a tentar voltar àquilo que nós podemos chamar a nossa vida normal (...). Aprendemos a conviver com elas nos últimos anos, mas a partir de agora, atendendo aos dados que nós analisamos, achamos que já não faz sentido manter essas medidas restritivas”, disse.
Semanalmente, o governo são-tomense continuará a monitorizar a evolução da doença e, caso se justifique, adotará “as que se impuserem como necessárias”.
“Mas até lá acreditamos que passado este tempo todo, com este nível da população imunizada, com a vacina, compilando os dados dos últimos dois a três meses, acreditamos que estamos agora numa fase descendente e vamos voltar assim ao novo normal”, concluiu.
EL // JH
Lusa/Fim
FONTE LUSA
A CIDADE DA BEIRA, PROVINCIA DE SOFALA, MOCAMBIQUE ÉUM DOS CENTROS URBANOS PRIMÁRIOS A NIVEL MUNDIAL MAIS EXPOSTO AOS EFEITOS DAS MUDANCAS CLIMÁTICAS, ALBANO CARIGE ANTÓNIO, PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA BEIRA, DEFENDE ACCOES CONCRETAS E DE CURTO PRAZO NO APOIO ÀS CIDADES AFRICANAS FACE À MOBILIDADE CLIMÁTICA!
Carige defende acções concretas e de curto prazo no apoio as cidades africanas face a mobilidade climática Beira (O Autarca) – O Presidente do Conselho Autárquico da Beira, Albano Carige, participou, anteontem, da Conferência Virtual de Iniciativa de Mobilidade climática da África, evento que decorreu sob o lema “Moldando o futuro da mobilidade”. Na ocasião, o Presidente AlbaCarige interagindo na Conferência virtual de Iniciativa de Mobilidade climática da África no Carige, painelista, defendeu a introdução de acções concretas e de curto prazo para apoiar as cidades africanas à estarem na linha de frente relativamente as questões ligadas a mobilidade climática. A Beira é um dos centros urbanos primários a nível mundial mais exposto aos efeitos das mudanças climáticas.
FONTE JORNAL O AUTARCA, DE MOCAMBIQUE
MANGA, BAIRRO DA CIDADE DA BEIRA, PROVINCIA DE SOFALA, MOCAMBIQUE, RUAS MELHORAM ESTADO DE TRANSITABILIDADE, FELIZMENTE E PARABENS!
Ruas da Manga melhoram estado de transitabilidade Beira (O Autarca) – O Conselho Municipal da Beira está a promover intervenções de vulto no quadro
do melhoramento do estado de transitabilidade das ruas da Manga. São obras que compreendem a terraplanagem e implantação de sistemas de escoamento de águas pluvias, para garantir a durabilidade das obras em curso.
FONTE JORNAL O AUTARCA, DE MOCAMBIQUE
quinta-feira, 28 de julho de 2022
SAO TOME E PRINCIPE CECAB COOPERATIVA DE EXPORTACAO DE CACAU BIOLOGICO REALIZOU A TRANSFORMACAO DO SEU CACAU DE ALTA QUALIDADE EM CHOCOLATE PURA ORIGEM E DE EXCELENCIA, FANTASTICO, PARABENS!
ECONOMIAChocolate biológico da CECAB já é realidade
ByTéla NónPosted on 21 de Julho de 2022
A cooperativa de exportação de cacau biológico(CECAB) de São Tomé e Príncipe, realizou na quarta feira, 20 de Julho, um dos principais sonhos da sua existência. A transformação do seu cacau de alta qualidade, em chocolate pura origem e de excelência.
A primeira fábrica de chocolate dos produtores de cacau biológico, foi inaugurada no mês da independencia nacional, julho, no dia 20. O Banco Africano de Desenvolvimento(BAD), em parceria com a CECAB financiou a construção e apetrechou a fábrica de chocolate.
CECAB, é uma cooperativa que congrega 3100 famílias de agricultores distribuídas por 42 associações. Apostada na produção de cacau de qualidade, e certificada no mercado internacional, a CECAB, tem elevado o rendimento e a qualidade de vida dos seus associados.
O Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus, que inaugurou a fábrica de chocolate definiu a cooperativa de cacau como sendo o maior exército «nessa luta contra a pobreza e de dignificação do mundo rural».
Chocolate CECAB
António Dias, membro fundador da CECAB, juntou a sua mão a do Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus para cortar a fita da inauguração da fábrica. Na qualidade de director executivo da cooperativa, António Dias disse que a fábrica de chocolate, espelha a convicção tenaz, e a incalculável capacidade de realização humana.
«Salientar a natureza filantrópica da obra ora inaugurada, que consiste na mitigação da pobreza, ao reservar os seus proveitos no investimento nas obras sociais das comunidades afectas aos membros da CECAB..», frisou António Dias.
A direcção executiva da CECAB garantiu que sem o apoio do Governo, do BAD e da sua parceira KAOKA, o sonho não teria sido realizado.
António Dias – Director executivo da CECAB
Sebastien Balmisse, representante da empresa francesa de produção de chocolate KAOKA, confirmou para o público que a fábrica da CECAB era um sonho antigo. KAOKA, participou na fundação da CECAB.
Formou os agricultores, deu assistência técnica em matéria de produção biológica, e posicionou-se como o único comprador de toda a produção de cacau biológico de São Tomé e Príncipe.
«Para a nossa família CECAB / KAOKA, é uma grande responsabilidade tornar esta aventura num sucesso. Não só a nível de São Tomé e Príncipe, , mais também a nível sub-regional e internacional. Estamos confiantes do sucesso da fábrica», referiu Sebastien Balmisse.
Produtores de cacau biológico revelam capacidade de transformação local do produto, acrescentando valor. O governo reagiu em massa. Quase todos os membros do executivo acompanharam Jorge Bom Jesus, na inauguração da fábrica de chocolate.
«Vamos passar a exportar o produto acabado. Vamos exportar chocolate de alta qualidade, chocolate biológico. A nossa maior ambição, não é só exportar as nossas matérias-primas, mas também exportar produtos, e experiências para este grande mercado da sub-região», declarou o Primeiro Ministro.
Em janeiro de 2023, começa a produção de chocolate biológico exclusivamente para o mercado nacional. A CECAB prevê para julho-agosto de 2023 o início da exportação do chocolate bio.
Interior da fábrica de chocolate
A fábrica erguida nos arredores da cidade de Guadalupe, no distrito de Lobata, custou 464 mil euros.
A CECAB comparticipou com 124 mil euros. Investimento que permitiu a construçáo do acesso à fábrica de chocolate, a terraplanagem do terreno para construção, a construção do depósito de água, o estudo de viabilidade técnica e financeira, assim como a formação dos operários da fábrica, e outras acções.
Cerimónia de inauguração da fábrica de chocolate
O BAD através do projecto PRIASA(Projecto de Reabilitação de Infraestruturas de Apoio à Segurança Alimentar), comparticipou com 340 mil euros. Verba que garantiu as obras de construção da fábrica e o apetrechamento com equipamentos modernos para fabricação do chocolate.
Abel Veiga
RELATED ITEMS:CECAB, DESTAQUE
FONTE TELA NON
SAO TOME E PRINCIPE, UM DIVIDENDO NATURAL PARA O PRINICIPE.
SOCIEDADEUm Dividendo Natural para o Príncipe
ByTéla NónPosted on 27 de Julho de 2022
Mark Shuttleworth, um investidor em projetos de conservação, ecoturismo e desenvolvimento social no Príncipe nos últimos 12 anos, delineou hoje uma nova iniciativa para partilhar os benefícios da conservação diretamente com os residentes da ilha.
Ele propôs um dividendo natural pessoal pago trimestralmente em dinheiro à população da ilha em reconhecimento do valor do ambiente natural único e biodiverso do Príncipe (uma Reserva da Biosfera da UNESCO desde 2012). O dividendo natural seria baseado na conservação e melhoria dos seus ecossistemas.
Após este anúncio, um período de consulta conduzirá a um plano finalizado, e o sistema de dividendos naturais está previsto começar em 2023 se for apoiado pelo povo do Príncipe.
Mark Shuttleworth – no púlpito numa sessão na ilha do Príncipe(Arquivo)
Um Dividendo Natural para o Príncipe
Benefício Económico Directo e Universal dos Recursos Naturais e Serviços Ecológicos Partilhados
Resumo da Proposta
Propomos a criação de um Fundo que pagará um dividendo natural em dinheiro ao povo do Príncipe a cada três meses, para reflectir o valor dos ecossistemas naturais locais.
Os recursos naturais pertencem legalmente à população de um país, e os benefícios desses recursos devem fluir para eles e para as gerações futuras. As espécies nativas – plantas e animais – também têm o direito de existir e de partilhar da abundância de um lugar.
Estes direitos estão em tensão uns com os outros. Deverá a actual geração de pessoas beneficiar à custa das gerações futuras e do ambiente? Como devem os direitos das outras espécies ser equilibrados com os direitos humanos? Como podem os benefícios abstractos como a conservação, recreação e beleza tornar-se benefícios concretos e tangíveis nas mãos das pessoas daquele lugar?
Reconhecemos os direitos das pessoas a fazerem as suas próprias escolhas sobre o seu próprio país.
Essas escolhas podem fortalecer os ecossistemas naturais, ou podem enfraquecê-los. Vamos calcular o dividendo natural através da análise dos dados que reflectem estas escolhas.
Vamos aumentar o dividendo natural da terra onde os proprietários, utilizadores da terra e vizinhos façam escolhas que fortalecem esses ecossistemas.
Aumentaremos o dividendo natural onde as pessoas se comprometam a longo prazo com a qualidade e disponibilidade dos serviços ecossistémicos, e reflectindo a capacidade dos ecossistemas de se repararem ao longo do tempo.
Aumentaremos o dividendo natural onde as escolhas criem ecossistemas maiores e mais contíguos que podem suportar teias de vida mais resilientes e complexas.
Algumas escolhas conduzem a resultados permanentes – eventos de capital. Podem explorar um recurso não renovável, fazendo com que este não esteja disponível para as gerações futuras. Minerar, construir uma casa, ou estabelecer uma quinta, e a sua localização, são escolhas de capital. Estas escolhas podem também aumentar o valor de um ecossistema. Empenhar uma região na conservação a longo prazo é uma escolha de capital.
Vamos criar um orçamento de capital como parte do Fundo, para fazer pagamentos únicos em dinheiro àqueles que fazem escolhas de capital que reforçam permanentemente os ecossistemas para benefício de todos.
As pessoas poderão receber dividendos naturais sem fazer qualquer trabalho, uma vez que isso reflecte a sua participação numa sociedade que faz escolhas para equilibrar as suas próprias necessidades com as da natureza.
Reconhecemos a necessidade humana de habitação, alimentação, água, trabalho, recreação, e actividade económica. Reconhecemos as necessidades de outras espécies de habitat, água, e espécies interdependentes.
Propomos um plano de zoneamento para maximizar tanto o valor do ecossistema a longo prazo para o homem e outras espécies numa base sustentável e renovável, como a capacidade da região para apoiar as necessidades directas da sua população. O nosso objectivo é dar às pessoas o máximo dividendo natural possível, como rendimento livre(?) que reflicta as suas escolhas, com o mínimo de perturbação.
Beneficiários
Todos os membros registados do sistema serão beneficiários.
A adesão é voluntária; não existe qualquer obrigatoriedade de participar. A adesão é gratuita, mas requer uma conta bancária local e informação actualizada para receber pagamentos.
Pode haver alguns critérios associados à adesão, que podem incluir idade, local de nascimento, local de residência, títulos de propriedade e utilização, ou outros factores. Aspiramos à participação universal, mas esperamos que ela seja alcançada por fases. Os critérios podem evoluir para reflectir a nossa capacidade de lidar com a escala de operação para uma dada base de membros.
Dividendo natural
O dividendo natural é um fluxo de rendimento para a população local que reflecte o valor dos serviços ecossistémicos renováveis na sua propriedade, no seu bairro e na sua região. Reflecte em dinheiro o valor que o Fundo atribui a benefícios abstractos. É um fluxo de rendimento que reflecte as escolhas ecológicas de um indivíduo enquanto parte interessada na sociedade, e as suas acções como proprietário de terras, concessionário ou residente.
O rendimento de dividendos naturais complementa a utilização económica da terra, para a agricultura ou outras actividades. A terra pode gerar valor tanto económico como ecossistémico.
Forneceremos um dividendo natural que reflecte escolhas detalhadas ao longo do tempo – da mesma forma que a agricultura biológica produz um valor acrescentado. Escolhas detalhadas poderão ter consequências ambientais mensuráveis reflectidas no dividendo natural.
Por exemplo, na agro-florestação, a diversidade de espécies de copa e a densidade de copa afectaria tanto os animais como os agricultores. Um dividendo natural mais elevado para uma maior diversidade de árvores e uma maior densidade nessa terra compensaria o agricultor pela sua escolha em preservar essas espécies, e a perda de produtividade económica devido à sombra. O dividendo natural deveria fazer escolhas ecológicas economicamente produtivas.
Aspiramos a reflectir o valor dos ecossistemas marinhos, mas inicialmente só teremos dados terrestres para análise, a fim de determinar o dividendo natural.
Tal como os investidores valorizam a certeza num negócio, nós valorizamos a estabilidade do ecossistema a longo prazo. Um ecossistema pode reparar-se a si próprio, se tiver tempo e o espaço, sem ser perturbado. Um ecossistema também pode ser enriquecido ao longo do tempo – criando teias mais complexas e resilientes de serviços e relações entre espécies.
Aumentaremos o dividendo natural onde houver a certeza a longo prazo de que os ecossistemas aí existentes terão a oportunidade de se aprofundar, reparar e fortalecer com o tempo. Quando as pessoas se comprometerem a deixar a sua terra à natureza por um período mais longo, aumentaremos o dividendo natural dessa terra para reflectir a certeza da reparação dos ecossistemas.
Uma área maior e contígua pode suportar ecossistemas mais ricos e complexos do que a mesma área, espalhada por muitos fragmentos. Reconheceremos a consolidação e agregação de ecossistemas naturais através do aumento do dividendo natural que flui de toda essa área. De forma inversa, estradas, edifícios, quintas e torres eléctricas fragmentam ecossistemas e reduzem a complexidade, resiliência e diversidade dos serviços que podem prestar.
A água é um recurso partilhado e renovável particularmente importante para os seres humanos e outras espécies. A actividade a montante tem consequências para o ecossistema a jusante. Para considerar um curso de água saudável e intacto, toda a área de captação acima desse ponto deve ser saudável e intacta. Daremos particular valor a áreas de captação de água inteiras, e aumentaremos o dividendo natural das mesmas para reflectir o estado e a certeza de toda a área de captação.
Certas áreas têm um potencial valor ecossistémico muito mais significativo. Cursos de água, estuários, mangais, praias, pântanos, recifes, falésias e áreas com condições raras ou distintas, tais como tipo de solo ou microclima, podem ser substancialmente mais importantes para determinadas espécies, ou para a biodiversidade como um todo. Iremos identificar estas áreas e reflectir um dividendo natural superior a partir delas.
Por vezes, as pessoas podem acelerar explicitamente a criação de ecossistemas mais fortes, através do reflorestamento e do seu retorno ao estado selvagem.
Estas escolhas activas aumentam o valor do ecossistema mais rapidamente do que simplesmente deixar a natureza a reparar-se a si própria. Representam investimentos de capital quando ligados a compromissos a longo prazo, pelo que pagaremos montantes de capital a equipas e indivíduos que reabilitem e se comprometam com a floresta nas suas terras, e aumentaremos o dividendo natural que dela resulta.
Onde a escolha for explorar permanentemente um recurso, de uma forma não renovável, isso representará uma retirada de capital da região. Reflectiremos isso numa redução do dividendo natural, reflectindo a perda permanente desse recurso e a sua capacidade de beneficiar as gerações actuais e futuras.
Algumas actividades, tais como a construção com materiais não renováveis, estão associadas a danos permanentes ao ambiente natural. Outras, tais como a construção em madeira, reflectem um impacto mais sustentável. Reflectiremos estas escolhas no dividendo natural.
Reconhecemos também que o ambiente regulador desempenha um papel significativo na saúde global dos ecossistemas naturais. As leis que regem a utilização de produtos químicos, por exemplo, e o grau de conformidade para com elas, definem o palco em que os ecossistemas naturais actuam. Reflectiremos as mudanças no ambiente legal e regulamentar no orçamento anual para o dividendo natural.
Para além dos serviços dos ecossistemas, valorizamos a estética do ambiente. A capacidade da região para atrair ecoturismo sustentável é aumentada se a área for apreciada pela sua beleza. Uma área suburbana com cobertura arbórea – um subúrbio frondoso – servirá mais espécies e será mais atractiva para os ecoturistas. Embora possa não ser um ambiente natural imaculado, ainda assim será reconhecido com um dividendo natural.
Os recursos naturais são limitados. Se houver mais pessoas para partilhar o recurso limitado, então cada pessoa deve receber menos.
Uma parte do dividendo natural deve ser partilhada por todos os residentes da área. Podem participar e receber pagamento, ou não. O seu pagamento reflectirá a sua quota parte como residentes do dividendo natural atribuído à sociedade em que residem.
Utilizaremos um sistema de zoneamento para calcular o dividendo natural, para reflectir as diferentes actividades ancoradas no terreno – habitação e recreio, subsistência, produção e conservação.
O sistema de zoneamento irá reflectir estas preocupações de larga escala, e também oportunidades para optimizar os benefícios tanto para o homem como para outras espécies, graças ao terreno e à história da região. Por exemplo, numa região zoneada para habitação, podemos identificar uma bacia hidrográfica que, se utilizada para horticultura biológica ou parque público em vez de habitação, geraria um dividendo natural para os proprietários, vizinhos e todos os residentes.
Alocação de capital
O Fundo manterá dois orçamentos anuais de financiamento separados – um para os compromissos de capital e outro para o dividendo natural. O orçamento de dividendos naturais será suficiente para satisfazer as necessidades previstas com base na metodologia de avaliação, dados actuais, e projecções para o ano.
Serão feitas deduções do orçamento de capital para reflectir acções, mudanças, escolhas, ou eventos que tenham impactos negativos permanentes ou a longo prazo sobre os recursos naturais partilhados da ilha. Por exemplo, uma nova estrada numa zona de conservação prejudicaria permanentemente os ecossistemas naturais à sua volta e, consequentemente, reduziria o orçamento disponível para compromissos de capital. A justificação para quaisquer deduções de capital será publicada trimestralmente.
Serão solicitadas propostas para iniciativas de capital. Por exemplo, uma comunidade poderá propor a reabilitação de terrenos agrícolas antigos na sua vizinhança, plantando uma mistura diversificada de espécies florestais, e comprometer-se a mantê-la inalterada durante um período de tempo. Um indivíduo poderá propor a mudança da sua casa de uma área zoneada para a horticultura para uma área zoneada para habitação.
Estas propostas seriam avaliadas e priorizadas, para maximizar o aumento do dividendo natural resultante para todos.
Por exemplo, se dois proprietários propõem ambos mudar-se para uma zona urbana, mas um está a sair de um ambiente estuarino raro e o outro de uma zona hortícola, o aumento do dividendo natural partilhado seria muito mais elevado em relação à proposta estuarina devido ao valor suplementar que atribuímos aos ecossistemas raros. Seria dada prioridade à opção de dividendos mais elevados, para benefício de todos os beneficiários registados.
Os pagamentos de capital iriam para aqueles que fizeram a mudança a longo prazo, e os pagamentos de dividendos seriam aumentados para todos. Os pagamentos de capital seriam suportados por um contrato que reflecte o compromisso de capital.
Quando são assumidos compromissos a longo prazo, estes serão controlados durante o período do compromisso. As regressões nos compromissos incorrerão em deduções significativas tanto do orçamento de capital como dos dividendos naturais para reflectir a importância de tais compromissos.
Distribuição de dividendos naturais
Cada dividendo natural individual é calculado separadamente para cada beneficiário e pago directamente ao indivíduo. Os pagamentos seriam acompanhados por uma declaração que mostra exactamente quais os factores que influenciaram o dividendo natural real pago no trimestre, e em que medida, juntamente com as formas como o dividendo natural poderia ser materialmente aumentado para essa pessoa especificamente, através de escolhas que ela poderia fazer ou nas quais ela é uma parte interessada.
Cada dividendo natural individual reflectirá as escolhas feitas por essa pessoa, pela sua família, pelos seus vizinhos, pelo seu empregador, por toda a região onde vive, e pelo país como um todo.
O dividendo natural em si seria calculado com base em dados trimestrais actualizados e no trabalho da equipa local de monitorização e avaliação. Se os dados necessários não estiverem disponíveis, então o fluxo de dividendos naturais seria pausado até que esses dados pudessem dar certeza dos factos.
Uma determinada área de terra irá gerar um dividendo natural baseado na sua zona, condição e utilização. Por exemplo, numa área onde a agro-florestação é possível, a terra com maior copa de árvores e densidade de espécies gerará um dividendo natural, a terra que for deixada em pousio gerará um dividendo natural mais elevado, e a terra que tiver sido sujeita a um programa de reabilitação florestal ainda mais. Se a área for parte de uma área contígua maior, o dividendo natural será maior. Se fizer parte de uma área de captação de água intacta, o dividendo natural será ainda mais elevado.
As condições negativas relativas ao plano de ordenamento, tais como o corte de árvores em zonas de agricultura florestal, a utilização de produtos químicos venenosos, ou lixeiras, reduzirão o dividendo natural.
Os impactos ecológicos não são contidos por linhas de propriedade. Os elementos negativos reduzirão o dividendo natural nas áreas à sua volta. Um proprietário de terras a jusante receberá um dividendo natural mais baixo se houver poluição a montante da água que corre através das suas terras.
O dividendo natural de uma área irá reverter a favor das pessoas através da sua relação com a terra. Parte dele fluirá para os proprietários ou concessionários, parte dele fluirá para os seus vizinhos. Alguns irão fluir para os residentes na zona habitacional, e outros irão fluir para todos os residentes.
A porção do dividendo natural que é atribuído aos residentes de uma região será dividida pelo número de residentes, quer sejam ou não beneficiários. Isto reflecte a limitada capacidade de carga e a natureza partilhada dos recursos naturais.
As escolhas ecologicamente prejudiciais em áreas sensíveis incorrerão numa maior dedução ao dividendo natural pago aos vizinhos, família, empregados, residentes regionais, e a todos os residentes.
Iremos avaliar pesquisas acerca dos resultados de programas especificamente projectados para apoiar mulheres, e considerar a alocação de uma porção superior do dividendo natural partilhado pelos residentes, às mulheres.
Se estes mecanismos levarem as pessoas, em média, a fazer escolhas que melhorem a saúde dos ecossistemas, então aumentará o dividendo natural total para todos através da consolidação e conservação dos ecossistemas naturais, restauração do habitat em áreas estratégicas, e escolhas colectivas e pessoais cuidadosas sobre onde as actividades têm lugar.
Governação e operações
Será feito um investimento significativo na governação e funcionamento desta iniciativa. Serão estabelecidas uma entidade internacional e outra local, que providenciarão supervisão e coordenação, e coordenarão os recursos humanos para implementar o programa.
O Fundo será gerido com dados e infraestruturas de acesso aberto sempre que possível.
A monitorização e a avaliação local fornecerão os dados em que se baseiam os cálculos do valor dos serviços ecossistémicos e o montante do dividendo natural.
Os dados e a experiência adquirida também informarão o contínuo aperfeiçoamento e melhoria de toda a iniciativa. Os factores que determinam o cálculo dos dividendos naturais devem evoluir ao longo do tempo através da iteração, à medida que novos conhecimentos e fontes de dados são encontrados.
Se quisermos encorajar as pessoas a fazer escolhas a longo prazo com base nesta iniciativa, teremos de construir confiança na durabilidade de quaisquer fluxos de rendimentos de dividendos naturais. Daremos orientações sobre a metodologia para criar certeza, com compromissos sobre o orçamento e a base de cálculo para o próximo trimestre, ano, ou no futuro, década.
Serão publicadas e fornecidas informações a todos os beneficiários sobre o cálculo do dividendo natural; os factores que aumentam e diminuem os fundos a distribuir; os orçamentos trimestrais, anuais e de período alargado; e todos os compromissos relacionados com o dividendo natural.
Será estabelecido um conselho consultivo comunitário de partes interessadas que incluirá representantes designados das regiões, do comércio e do governo.
Será criada uma entidade local para contratar com os beneficiários para compromissos a longo prazo e de capital. Um líder para esta entidade será baseado localmente, apoiado por uma equipa especializada em envolvimento económico e social, trabalho de campo ambiental, contratação e educação.
As funções remotas incluirão desenvolvimento de software, análise de dados, modelação matemática e económica, apoio académico, finanças, administração e comunicações.
Princípios de zoneamento
No esquema de zoneamento pretendemos maximizar o dividendo natural potencial para as pessoas da região, e minimizar a perturbação pessoal e institucional necessária para o conseguir.
Temos necessariamente de reflectir os padrões existentes e históricos de utilização da terra. Será perturbador para as pessoas mudá-los, mesmo que haja um retorno por fazê-lo. A floresta secundária leva muito tempo a tornar-se floresta primária. Quanto mais mudanças forem necessárias para alcançar um resultado, maior será também o custo do capital. É sensato estabelecer a direcção que mais poderia alcançar, para a maioria das pessoas e para a maioria dos ecossistemas, de forma mais eficiente.
Devemos também reflectir a própria geografia – as bacias hidrográficas e os cursos de água que derivam da sua topografia, os tipos de solo e características costeiras que originam da sua geologia, os padrões de chuva e microclimas que provêm dos ventos predominantes e da localização.
Este património cultural e natural é essencial para reflectir no plano de ordenamento.
Devemos também considerar a tecnologia e a capacidade disponíveis para satisfazer as necessidades da população – alimentação, energia, abrigo e emprego.
Estes determinam a eficiência da utilização económica da terra. Politúneis bem tratados irão cultivar culturas alimentares de forma mais eficiente do que a horticultura gerida de forma intermitente. As árvores de crescimento rápido produzirão mais carvão do que as espécies florestais de crescimento lento. As parcelas de permacultura produzem mais do que monoculturas.
É também necessário reflectir os custos e complexidades da prestação de serviços sociais e cívicos. A educação depende do transporte para estudantes e professores. A prestação de cuidados de saúde é mais fácil a nível central, mas também exige que os doentes se desloquem.
As condutas de água são caras e requerem manutenção – encurtar a distância necessária para transportar água limpa melhora a qualidade do serviço para a comunidade. As telecomunicações são também mais fáceis de fornecer em ambientes mais densos. As estradas são dispendiosas de manter. Os esgotos são difíceis de transportar de forma fiável.
É mais eficiente fornecer serviços cívicos a uma comunidade compacta. Uma comunidade compacta oferece também mais oportunidades sociais. Em todo o mundo, a urbanização está a acelerar numa base voluntária – a mudança para a cidade é um passo celebrado entre as novas gerações para o progresso social e económico. A densidade também cria desafios. Aumenta o preço da terra, altera a dinâmica social, e pode sobrepor-se à resiliência dos ecossistemas naturais à poluição.
Nesta proposta, apresentamos um esquema de zonamento para consulta. Reflecte uma primeira abordagem à análise geoespacial e a compreensão das condições históricas, geográficas, ecológicas e tecnológicas actuais, bem como o potencial de melhoria ao longo do tempo à medida que as pessoas fazem escolhas para melhorar tanto a produção como os ecossistemas.
Chamamos a atenção para quatro grandes categorias de uso da terra – habitação e recreação, alimentação e energia, agro-florestação e ecoturismo, e conservação. Dentro dessas amplas categorias reconhecemos a necessidade de uma estrutura detalhada baseada no terreno e solo, na história, e na riqueza dos ecossistemas e das necessidades económicas.
Esperamos que isto constitua uma componente primária do processo de consulta que se segue à publicação da presente proposta.
Para habitação e recreação reconhecemos tanto as necessidades urbanas como suburbanas, e espaços recreativos associados, tais como parques, praias, e instalações desportivas. Esperamos ver o valor imobiliário aumentar significativamente nas áreas de habitação, e proporíamos mecanismos para assegurar que os benefícios daí resultantes se acumulem amplamente na sociedade.
Para a alimentação e energia, reconhecemos tanto os padrões actuais de abastecimento, com a agricultura de subsistência e informal, como as possibilidades de uma horticultura mais estruturada. Será necessária uma análise detalhada para ganhar confiança na proposta final.
A eficiência é encorajada onde tanto os custos como os retornos são medidos. Ao reservar espaço dedicado à produção e fornecimento, e ao mesmo tempo fornecer um fluxo de rendimento monetário de terras em pousio e inactivas, esperamos encorajar investimentos partilhados e individuais em tecnologia de produção. Quer se trate de plantações sustentáveis de madeira para carvão vegetal, ou iniciativas de jardinagem comunitária, ou simplesmente forças de mercado em acção, o nosso objectivo seria permitir às pessoas beneficiar de uma maior eficiência na sua utilização económica e de subsistência da terra, aumentando assim o dividendo natural que também podem receber da terra que não exploram directamente.
Monitorização e avaliação
Um conjunto abrangente de dados de referência será gerado com base em levantamentos, mapeamento do sistema de informação geográfica (SIG) existente, e consulta.
O Fundo realizará regularmente um levantamento do uso do solo em toda a região. Esperamos ser capazes de identificar com precisão o uso do solo e a actividade económica, juntamente com as espécies de árvores individuais e a área do telhado das estruturas. A equipa local também trabalhará com a comunidade e os beneficiários para verificar os resultados da análise de dados.
Os inquéritos físicos repetidos serão realizados trimestralmente para detectar alterações que afectem o valor dos ecossistemas. A análise desses levantamentos será subcontratada a especialistas.
A modelação matemática, por pessoal e especialistas consultores, será utilizada para determinar os fundos a serem distribuídos como dividendo natural, reflectindo tanto as escolhas sustentáveis como não sustentáveis feitas na região. Procuraremos o contributo de ecologistas e economistas na iteração do modelo.
Filosofia
Esta proposta é inspirada e construída sobre uma série de ideias-chave. Reconhecemos que a economia pessoal é um motor principal das escolhas a nível individual, e procuramos ligar benefícios partilhados e abstractos à economia pessoal directa.
Estamos interessados no rendimento básico universal, e em explorar a relação entre os serviços ecossistémicos universais e a ideia de rendimento básico universal.
Estamos interessados em construir uma ponte entre realidades económicas muito diferentes. Por um lado, o Ocidente rico, que expressa uma paixão pela sustentabilidade, sensibilidade climática, desenvolvimento ecologicamente sensível.
Por outro, as comunidades economicamente mais desfavorecidas, mas que também têm ecossistemas intactos que poderiam ser protegidos.
Desafiamos os grupos que manifestam preferência por resultados particulares – turistas e interessados em ecologia, clima, equidade, desenvolvimento – a darem um valor firme às suas preferências e a transformá-las em benefícios directos para aqueles que podem influenciar esses resultados através de escolhas individuais e colectivas. Estamos interessados em perceber se podemos transformar uma visão moralista das escolhas – “as pessoas devem” – numa visão económica – “eu vou financiar isto”.
Da mesma forma, trabalhamos para construir uma ponte entre o curto e o longo prazo. A curto prazo, pequenas escolhas pessoais são baratas de redireccionar.
A longo prazo, as escolhas colectivas são muito difíceis de redireccionar. Se conseguirmos influenciar pequenas escolhas precocemente, poderemos orientar-nos para um melhor resultado a longo prazo.
Reconhecemos a resiliência da natureza, dado tempo e espaço para reparar e regenerar, e a engenhosidade dos humanos para encontrar eficiências na satisfação das suas necessidades num ambiente complexo.
Reconhecemos também o benefício dos serviços sociais da densificação e urbanização, e a importância da felicidade a par do desenvolvimento económico. Pensamos ser possível encontrar formas de optimizar as quatro medidas-chave – saúde do ecossistema, produção económica, serviços sociais, e felicidade.
A con
FONTE TELA NON servação estrita que proíbe o impacto humano nos ecossistemas é um instrumento essencial. No entanto, é simplista sugerir que ela pode ser aplicada numa parte significativa do mundo. Exploramos as escolhas que são feitas na fronteira entre áreas de conservação e áreas habitacionais, e se estas podem ser direccionadas em benefício de todos.
Grande parte do mundo está em tensão entre natureza e economia; talvez os mecanismos aqui propostos possam vir a ter interesse numa escala mais ampla.
É comum descrever a natureza como uma parte interessada, mas é uma que não tem voz, não tem voto e não tem poder económico. Aqui expressamos os interesses dos ecossistemas em termos económicos. Um dividendo natural é, em certo sentido, o aluguer, pago pelas outras espécies numa rede ecológica, aos seres humanos.
Existe uma falha de mercado com a natureza selvagem que é percebida como improdutiva, quando na realidade está a fornecer serviços ecológicos valiosos. É percebida como vazia, quando de facto está cheia de vida. É percebida como sendo livre de explorar sem custos. O nosso objectivo é tornar a natureza selvagem produtiva – gerando um fluxo de rendimentos. A exploração dessa natureza selvagem tem então um custo de oportunidade.
Acredita-se amplamente que ecossistemas saudáveis proporcionam benefícios aos seres humanos, sob a forma de água limpa, mitigação de cheias, e outros serviços. Aqui, tentamos tornar esses benefícios tangíveis para aqueles que vivem nas margens da economia.
Financiamento e sustentabilidade
Mark Shuttleworth fornecerá o financiamento inicial para um período piloto de avaliação, com um orçamento anual de dividendos naturais de $1-3 milhões USD para 3 anos. Se o projecto-piloto for bem-sucedido, há um elevado grau de certeza de que o financiamento a este nível continuará por vários anos.
Outras organizações e indivíduos poderão participar no financiamento futuro.
Isto poderia tomar a forma de contribuições pessoais dos ecoturistas que visitam o local, crowd-funding, subvenções institucionais, uma taxa de turismo, e muito mais.
FONTE TELA NON
CABO VERDE PRESIDENTE DA REPUBLICA DE CABO VERDE JOSE MARIA DAS NEVES DEFENDE QUE OS ESTADOS TUDO DEVEM FAZER PARA PERMITIR A IMIGRACAO
28-07-2022 14:46
PR de Cabo Verde defende que Estados tudo devem fazer para permitir a imigração
PR de Cabo Verde defende que Estados tudo devem fazer para permitir a imigração
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Lisboa, 28 jul 2022 (Lusa) – O Presidente cabo-verdiano defendeu hoje, em Lisboa, que os governos e os Estados devem tudo fazer para abrir os canais da mobilidade, permitindo a circulação dos imigrantes, essenciais para responder às necessidades do desenvolvimento.
“É sempre importante o contributo desses imigrantes, tanto em Portugal como para Cabo Verde”, disse José Maria Neves aos jornalistas, no final de uma reunião com o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu primeiro dia da visita oficial a Portugal.
Questionado sobre a importância para as economias portuguesa e cabo-verdiana desta circulação de imigrantes, José Maria Neves indicou que os dois países já estão a trabalhar para permitir essa mobilidade para o trabalho.
“Vivemos num mundo cada vez mais interdependente. Hoje, os emigrantes são transmigrantes, vivem em vários Estados ao mesmo tempo, e cabe a nós criar as condições para que haja essa rápida mobilidade para colmatar as necessidades existentes num estado ou criar novas oportunidades em outros estados”, acrescentou.
E revelou que recentemente esteve em Cabo Verde uma missão da Região de Turismo do Algarve, “precisamente para analisar e identificar as necessidades e trabalhar mais de perto com o governo de cabo Verde sobre esta matéria”.
“É uma política muito bem-vinda para responder à demanda da sociedade civil em relação às necessidades de desenvolvimento”, acrescentou.
No final de 2021, um estudo realizado por João Cerejeira, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Minho, indicava que a escassez de mão de obra em Portugal pode ser explicada pelos fluxos internacionais de trabalhadores imigrantes, que ficaram "praticamente congelados" devido à pandemia de covid-19.
Já em 2018, o Observatório da Emigração tinha alertado que Portugal "precisa desesperadamente" de imigrantes e que, para resolver o problema de falta de mão-de-obra, devia facilitar a entrada de estrangeiros e fazer campanhas de recrutamento no exterior.
O acordo de mobilidade na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente para a circulação com os objetivos de trabalho e educação, poderá facilitar a resolução do problema da falta de mão de obra em Portugal e do desemprego em Cabo Verde, que se situava nos 14,5% no final de 2021.
José Maria Neves, eleito em outubro de 2022 e primeiro-ministro de Cabo Verde de 2001 a 2016, iniciou hoje a visita de Estado a Portugal, onde estará até domingo, acompanhado pela primeira-dama, Débora Carvalho.
SMM // JH
Lusa/Fim
FONTE LUSA
PORTUGAL, UNIVERSIDADE DE COIMBRA LIDERA UM CONSORCIO EUROPEU CONSTITUIDO PARA PROMOVER A INVESTIGACAO NA AEREA DO ENVELHECIMENTO ACTIVO E SAUDAVEL,COM NA PREVENCAO E REABILITACAO DE DOENCAS CEREBROVASCULARES, ANUNCIOU HOJE A UNIVERSIDADE, PARABENS!
28-07-2022 13:29
Coimbra lidera consórcio europeu com foco na prevenção de doenças cerebrovasculares
Coimbra lidera consórcio europeu com foco na prevenção de doenças cerebrovasculares
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Coimbra, 28 jul 2022 (Lusa) – A Universidade de Coimbra (UC) lidera um consórcio europeu constituído para promover a investigação na área do envelhecimento ativo e saudável, com foco na prevenção e reabilitação de doenças cerebrovasculares, anunciou hoje aquela instituição de ensino superior.
O projeto, que vai envolver cientistas, autoridades regionais e de saúde, e a sociedade civil, em Portugal e na Grécia, decorre durante quatro anos e conquistou um financiamento de cerca de cinco milhões de euros, em resultado de uma candidatura apresentada ao programa Horizonte Europa, sublinhou a UC, em nota enviada à agência Lusa.
“Vai contribuir para criar evidência científica para os benefícios de estilos de vida saudável associados à dieta mediterrânica para promover a saúde e prevenir doenças cerebrovasculares”, adiantou, citado na nota, João Malva, coordenador do consórcio e investigador da Universidade de Coimbra.
O objetivo central do consórcio europeu quer concretizar-se através de um “forte investimento na investigação científica de qualidade, na formação de recursos humanos muito qualificados (ao nível do doutoramento), na transformação do conhecimento em inovação e com impacto no mercado, bem como na capacitação dos cidadãos para ajustar os seus estilos de vida, de modo a promover a saúde e evitar a doença, contribuindo para um envelhecimento ativo e saudável”, destacou o investigador.
O consórcio é composto por dois polos, um português - coordenado pela Universidade de Coimbra, com a participação do Instituto Pedro Nunes, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Laboratório Colaborativo Colab4Ageing e da Glintt, empresa tecnológica da área da saúde – e outro grego, que integra a Universidade de Creta, a Fundação para a Investigação e Tecnologia Hellas e o Hospital Universitário de Heraklion.
De acordo com um comunicado de imprensa, o trabalho do consórcio vai incluir sete principais áreas de atuação, desde logo “na criação de sinergias entre e dentro dos dois polos”, em Portugal e na Grécia.
Outro objetivo passa pela “promoção de um projeto conjunto para identificar mecanismos celulares e moleculares, bem como alvos terapêuticos para a prevenção e tratamento de doenças cerebrovasculares”.
A formação avançada, inovação e empreendedorismo “de uma nova geração de cientistas e profissionais” e a “aceleração da inovação e do desenvolvimento de produtos e serviços para o mercado associado à dieta mediterrânica e a estilos de vida saudáveis”, são outras metas enunciadas pelo consórcio europeu.
Estas incluem ainda a “implementação de um projeto-piloto para disseminação de literacia em saúde e sensibilização de cidadãos em torno dos benefícios de estilos de vida saudáveis e da dieta mediterrânica na prevenção da doença cerebrovascular”, a implementação de um “demonstrador de desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras para melhorar o tratamento das patologias cerebrovasculares e sua reabilitação”, para além da comunicação e disseminação de informação sobre o projeto “para criar impacto na sociedade e nos decisores para promover a saúde ao longo de toda a vida”.
Também citado na nota, Amílcar Falcão, reitor da UC, considerou a coordenação do consórcio europeu “mais um marco da importância que o tema do envelhecimento ativo e saudável tem tido, nos últimos anos, na estratégia para a investigação da Universidade de Coimbra” e, “indiscutivelmente, um tema absolutamente central para a sociedade: longevidade com qualidade de vida”.
JLS // SSS
Lusa/Fim
FONTE LUSA
quarta-feira, 27 de julho de 2022
CARLOS VILA NOVA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE SAO TOMÉ E PRINCIPE PARTICIPOU NA XXI SESSAO ORDINARIA DA CONFERENCIA DA CEEAC COMUNIDADE ECONOMICA DOS ESTADOS DA AFRICA CENTRAL, QUE DECORREU EM KINSHASA
Carlos Vila Nova regressa de Kinshasa e diz que “Cimeira decorreu bem e de forma positiva”
Julho 26, 202215 0
Ricardo Neto, jornalista da Agência STP-Press
São-Tomé, 26 Jul 2022 ( STP-Press ) – O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova regressou hoje ao País, preveniente de Kinshasa, Congo-RDC, onde participou na XXI Sessão Ordinária da Conferência da CEEAC, tendo declarado que “ os trabalhos decorreram bem e de forma positiva”.
“ Conseguiu-se aquilo que era esperado”, disse Vila Nova, sublinhado que os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) acabaram por adotar o relatório de trabalho do Conselho de Ministros após algumas correções e alterações finais realizadas no evento.
Tendo destacado questões relativas as infraestruturas, Carlos Vila Novas, disse que os Estadistas da CEEAC deram uma atenção especial “ao sector dos transportes nas três vertentes, designadamente, área, marítima e terrestre”.
O Chefe de Estado são-tomense disse ainda que “ prevê-se a realização no próximo mês de Novembro em Kinshasa de uma cimeira sobre sol e oceano” numa perspectiva das suas vantagens para a economia azul.
A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) é um grupo económico sub-regional integrado por 11 países, nomeadamente Angola, Burundi, Camarões, Gabão, Chade, Guiné Equatorial, República Centro Africana, São Tomé e Príncipe, Congo, República Democrática do Congo e Rwanda.
Esta comunidade tem como finalidade a implementação de uma política comum, visando eliminar impostos alfandegários entre os Estados-membros, estimular o livre movimento de bens, serviços e pessoas, bem como fazer avançar o desenvolvimento industrial, entre outros objectivos.
Fim/RN
FONTE STP PRESS
CELSO CORREIA MINISTRO DA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL DE MOÇAMBIQUE DESTACA QUE O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE SEMENTE NAS ULTIMAS DUAS CAMPANHAS EM MAIS DE 100% MOSTRAQ A VITALIDADE DO SECTOR DA AGRICULTURA NO PAIS E DEFENDE CONTINUAÇÃO DO CRESCIMENTO COM ESTABILIDADE E QUALIDADE
Uma boa produção e produtividade agrária passa pela capacidade do país dispor de insumos de qualidade - Inspirado nos resultados do Sustenta, Ministro Celso Correia destaca que o crescimento da produçāo de semente nas últimas duas campanhas em mais de 100% mostra a vitalidade do sector da agricultura no país e defende continuação do crescimento com estabilidade e qualidade Maputo (O Autarca) – Respondendo ao desafio do Governo que define como prioridade estratégica o de senvolvimento e transferência de tecnologias de uso de insumos aos produtores para inverter o quadro de baixa produtividade e rendimento no sector agrícola, há que destacar o empenho e resultados do subsector de insumos, cuja actividade está a ser amplamente impulsionada no âmbito da implementação do Programa Sustenta, que foi responsável pelo Está cada vez mais claro que uma boa produção e produtividade agrária passam pela capacidade do país dispor de insumos de qualidade, sendo que fomento de cerca de 50% da semente certificada usada na presente campanha, no volume de 5.930 toneladas a semente que representa uma grande diferença a sua produção cresceu em 100% nas última duas campanhas, o que na óptica do Ministro Celso Correia mostra a vitalidade do sector da agricultura no país e promove a continuação do crescimento com estabilidade e qualidade. Dados tornados públicos ontem pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, a produção de semente certificada na presente campanha foi de 12.061 toneladas, um crescimento de 18,3% face à campanha 2020|2021, onde se registou uma produçāo de 10.196 toneladas. As províncias de Manica, Zambézia (centro) e Nampula (norte) são as maiores produtoras de semente de Moçambique. Segundo revelações do MADER, o crescimento da produção foi impulsionado pela demanda de sementes das culturas eleitas do Programa SUSTENTA, nomeadamente milho, soja, gergelim, feijões, arroz e amendoim. Por outro lado, o sector agrícola usou 11.969 toneladas de sementes, registando um crescimento médio de 58% nos últimos 3 anos. A necessidade de uso de se-mentes no país é de 90.000t; o uso de semente certificada corresponde a 13,3% do total das necessidades de Moçambique. Por sua vez, o uso de fertilizantes em Moçambique registou um crescimento médio de 5 vezes mais, relativamente aos últimos 3 anos, passando de 6,38 kg/ha em 2019 para 29,9 kg/há em 2021. O uso nacional de fertilizantes cresceu em 12% face a campanha ante-rior, tendo o Programa SUSTENTA representado 11% da demanda nacional. E, o uso de pesticidas em Moçambique tem crescido a uma média anual de cerca de 31%. No período em análise, o volume de pesticidas usado decresceu em 33% face a campanha anterior, cenário que não afectou significativamente a produção agrícola, por não se ter registado ocorrência de pragas de grande impacto económico. O preço médio de pesticidas aumentou em 37%, quando comparado com a campanha anterior.■ (Redacção)
FONTE JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE
GORONGOSA PARQUE NACIONAL DA GORONGOSA, PR$OVINCIA DE SOFALA, MOÇAMBIQUE, UMA EQUIPA DE CIENTISTAS DA GORONGOSA REGRESSOU DE UMA EXPEDIÇÃO NO INICIO DE MAIO À SERRA DA GORONGOSA COM UMA SÉRIE DE NOVOS DADOS E DESCOBERTAS SOBRE A VIDA SELVAGEM!
Expedição científica à Serra da Gorongosa leva a novas descobertas Chitengo (O Autarca) – Uma equipa de cientistas da Gorongosa regressou de uma expedição no início de Maio à Serra da Gorongosa com uma série de novos dados e descobertas sobre a vida selvagem. A expedição foi fundamental para avaliar o estado da biodiversidade da Serra. O Dr. Piotr Naskrecki, líder da expedição e Director-adjunto do Laboratório de Biodiversidade E.O. Wilson, disse que a Serra da Gorongosa é única em muitos aspectos, especialmente com a presença de várias espécies endémicas e subespécies de vertebrados. “Encontrámos um número surpreendentemente alto de musaranhos e roedores, incluindo duas espécies potencialmente novas para a ciência”, disse Naskrecki, líder da expedição e Director-adjunto do Laboratório de Biodiversidade E.O. Wilson. A Serra da Gorongosa – altitude máxima de 1863 metros – contém a extensão mais a sul de uma floresta tropical Afromontana, que também é importante para a hidrologia de todo o Parque Nacional. As florestas Afromontanas o correm geralmente em áreas bem irrigadas, incluindo ravinas e encostas viradas a sul. da a família parece ser neotena, ou seja, consistindo de espécies que retêm características juvenis na idade adulta. Merlyn Nomsa Nkomo, uma ornitóloga do Zimbábue, também fez parte da expedição de 11 membros. “Foi uma grande honra estar nesta digressão inovadora que é fundamental para o futuro da (Serra da) Gorongosa. Estávamos a viver nas nuvens e experimentámos toda a variação atmosférica que daí advém”, disse Nkomo. Nkomo acredita que a instabilidade política dificultou o acesso e a protecção da Serra da Gorongosa. Pessoas que fugiam de conflitos armados refugiaram-se na serra, vivendo de recursos naturais e desmatando as florestas para o cultivo de milho. Nos prados submontanos do planalto da serra, o Beija-flor do Miombo Oriental (Cinnyris manoensis amicorum – acima à esquerda) é um habitante comum e barulhento, enquanto as manchas restantes da floresta tropical abrigam uma população do belo Papa-figos de Cabeça Verde da Gorongosa (Oriolus chlorocephalus speculifer, acima à direita). “Além destes lindos animais, a nossa equipa científica da Gorongosa conseguiu adicionar à lista algumas espécies de aves não registadas no Parque anteriomente”, disse Naskrecki. “Agora precisamos garantir que essas duas espécies e o resto de seu incrível ecossistema sobrevivam”. Naskrecki também registou a esperança, Ovonotus aubreae, uma espécie endémica. Ele encontrou a esperança enquanto estava poisada numa planta rara, Streptocarpus brachynema, outra espécie endémica da serra.O menor gafanhoto da Gorongosa também é uma espécie nova para a ciência. A equipa de cientistas encontrou um Usambilla sp.n. de 5 mm de comprimento no topo da Serra da Go-rongosa. Incapaz de voar e até agora encontrada apenas nos prados submontanos da serra, esta pequena jóia é provavelmente uma endémica estrita do nosso parque nacional. É um membro da família Lentulidae, cujos membros são completamente sem asas e podem ser facilmente confundidos com estágios ninfais de outros gafanhotos. De facto, toda.
FONTE JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE
CONSELHO AUTARQUICO DA BEIRA PREMIADO ESTA MANHA PELA PMR - ÁFRICA, PARABENS!
Conselho Autárquico da Beira premiado esta manhã pela PMR-África Beira (O Autarca) – A PMR África realizou esta manhã, em Maputo, a gala de premiação de entidades públicas e privadas que se destacam pela promoção de boas práticas de governação e inovação. O Conselho Autárquico da Beira (CAB) foi distinguido com dois prémios (diamente e ouro) que Elenco do Conselho Autárquico da Beira presente esta manhã, em Maputo, na gala de premiação promovida pela PMR Áfrrica que reconhem a iniciativa local de governação, destacando-se o empenho da edilidade na criação de condições para emprego local, atitude proativa de edificação de infraestruturas sociais, atracção de investimento local, e o combate a criminalidade com o envolvimento da “Polícia Comunitária”. A distinção promove, consolida e encoraja a governação da Beira sob liderança de Carige.■
FONTE JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE
terça-feira, 26 de julho de 2022
AMILTON FLORENCIO ALISSONE NOMEADO VICE MINISTRO DOS TRANSPORTES E COMUNICACOES DE MOCAMBIQUE, PARABENS!
O PRESIDENTE DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE FILIPE JACINTO NYUSI NOMEOU HOJE AMILTON FLORENCIO ALISSONE PARA O CARGO DE VICE MINISTRO DOS TRANSPORTES E COMUNICACOES, PARABENS!
CABO VERDE BANCO MUNDIAL ESTIMA QUE CABO VERDE REDUZIU A POBREZA EM 6.5% EM 2021
26-07-2022 20:20
Banco Mundial estima que Cabo Verde reduziu pobreza em 6,5% em 2021
Banco Mundial estima que Cabo Verde reduziu pobreza em 6,5% em 2021
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Praia, 26 jul 2022 (Lusa) - O Banco Mundial estima que o crescimento económico registado em 2021 em Cabo Verde permitiu reduzir em 6,5% na pobreza no arquipélago, apesar de reconhecer que a pandemia fez reverter os ganhos dos últimos anos.
De acordo com o relatório “Cabo Verde Economic Update 2022”, apresentado hoje na Praia pelo Banco Mundial, a taxa nacional de pobreza - segundo a instituição estabelecida num rendimento inferior a 5,4 dólares (5,3 euros) por dia, por pessoa - aumentou no arquipélago de 28% em 2019 para 35% em 2020, “revertendo o progresso feito desde 2015”.
“A recuperação económica em 2021 levou a uma ligeira redução da pobreza” em Cabo Verde, que segundo o Banco Mundial rondava no final do ano os 33%, tratando-se por isso de uma “redução da pobreza efetiva de 6,5% em comparação com 2020”.
O arquipélago enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística desde março de 2020 – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e do emprego -, devido às restrições impostas com a pandemia de covid-19.
Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística, sobretudo no último trimestre. Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo cabo-verdiano baixou a previsão de crescimento de 6% para 4%.
O relatório do Banco Mundial, intitulado "Potenciais Dividendos Digitais de Cabo Verde", centra-se na importância de se retornar à sustentabilidade fiscal e, nesse quadro, no papel que as Tecnologias de Informação e Comunicação podem assumir no fortalecimento das bases para uma recuperação económica inclusiva e sustentável, explica a instituição.
Segundo o documento, nas áreas rurais, “por causa da retoma do crescimento na agricultura e pesca, a pobreza reduziu três pontos percentuais, de 45% em 2020”. Já a pobreza urbana “também diminuiu”, mas dois pontos percentuais, para 28% em 2021, “refletindo a recuperação das atividades de serviços (particularmente comércio), transportes e serviços públicos”.
Para o Banco Mundial, a campanha de vacinação contra covid-19 iniciada em março de 2021 e que se veio a revelar “abrangente”, com praticamente toda a população adulta atualmente com pelo menos uma dose da vacina, operação alargada em dezembro passado aos adolescentes (12 a 17 anos) e apoiada financeiramente por aquela instituição, foi “fundamental para a recuperação durante o segundo semestre” do ano passado.
“Cabo Verde administrou cerca de 700.000 doses de vacinas obtidas pelo mecanismo Covax e doações de países parceiros. Grande parte do progresso foi feito entre junho e outubro e, em meados de abril de 2022, 74% da população adulta elegível havia recebido duas doses, 76,9% dos adolescentes elegíveis pelo menos uma dose e reforços tinham sido aplicados a 15,8% dos adultos elegíveis”, descreve o relatório.
O Banco Mundial sublinha que as doses de vacinas administradas em Cabo Verde “são muito superiores às médias mundiais e da África subsaariana”, ocupando o país o quarto lugar naquela região africana, com 108,85 doses administradas por 100 pessoas.
Ainda sobre a recuperação económica, o relatório do Banco Mundial recorda que o PIB de Cabo Verde cresceu em 2021 (7%) “a partir de um nível excessivamente baixo de 2020, refletindo uma recuperação económica gradual”.
“O consumo público e privado impulsionou o crescimento económico, apoiado pela reabertura gradual da economia e por medidas tomadas pelo Governo para apoiar negócios e setores mais afetados”, reconhece o relatório da instituição.
Acrescenta que o comércio e a construção “impulsionaram o crescimento económico, enquanto a hotelaria e a restauração permanecem em níveis bastante baixos”, e que “globalmente, o desempenho do setor dos serviços melhorou, refletindo a reabertura gradual do setor do turismo, com repercussões noutros setores”.
PVJ // JH
Lusa/Fim
FONTE LUSA
ANGOLA ELEICOES ANTIGO PRESIDENTE DA REPUBLICA DE CABO VERDE VAI DIRIGIR MISSAO DE OBSERVACAO DA CPLP
26-07-2022 15:55
Angola/Eleições: Ex-Presidente de Cabo Verde vai dirigir missão de observação da CPLP
Angola/Eleições: Ex-Presidente de Cabo Verde vai dirigir missão de observação da CPLP
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Luanda, 26 jul 2022 (Lusa) – O antigo Presidente de Cabo Verde Jorge Carlos Fonseca vai liderar a missão da observação da CPLP às eleições gerais angolanas, anunciou hoje o ex-chefe de Estado, após ter sido recebido pelo Presidente angolano, João Lourenço, em Luanda.
Em declarações à imprensa no final da audiência, Jorge Carlos Fonseca disse que abordou, com João Lourenço, questões ligadas à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e adiantou que a visita a Angola visa também encontros com a comunidade cabo-verdiana no país.
Jorge Carlos Fonseca informou que em breve regressará a Luanda para dirigir uma missão da CPLP de observação das quintas eleições gerais que Angola realiza no dia 24 de agosto próximo.
Angola detém atualmente a presidência da CPLP, organização lusófona que, até 2021, foi presidida por dois anos por Cabo Verde.
NME // VM
Lusa/Fim
FONTE LUSA
SAO TOME E PRINCIPE JORGE BOM JESUS PRIMEIRO MINISTRO A BIENAL DE ARTE E CULTURA DE SAO TOME E PRINCIPE COLOCA NOS NO CENTRO DA LUSOFONIA!
26-07-2022 13:54
PM são-tomense considera bienal como palco de promoção e encontro da cultura
PM são-tomense considera bienal como palco de promoção e encontro da cultura
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São Tomé, 26 jul 2022 (Lusa) – O primeiro-ministro são-tomense defendeu que a bienal de arte e cultura de São Tomé e Príncipe, que encerrou na segunda-feira, é palco da promoção e encontro da cultura do arquipélago e colocou o país no centro da lusofonia.
“Graças à nona bienal da Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe, há um mês que nós estamos no centro do mapa da lusofonia, e da lusofonia africana sobretudo, naturalmente que é um momento alto da cultura […] a bienal tem sido um palco de promoção, de encontro da cultura, de congregação dos são-tomenses porque a cultura cimenta a nacionalidade e a identidade do povo de São Tomé e Príncipe”, sublinhou Jorge Bom Jesus.
O evento, que decorreu de 25 de junho a 25 de julho, promoveu várias atividades culturais, juntando em São Tomé e Príncipe artistas, grupos culturais, atores e escritores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), numa iniciativa de João Carlos Silva através da Roça Mundo e da Casa das Artes, Cultura, Ambiente e Utopias (CACAU).
“Naturalmente que o João Calos Silva tem sido o nosso grande e eterno embaixador - como eu digo - um incondicional missionário da cultura”, assinalou o primeiro-ministro são-tomense.
Jorge Bom Jesus realçou que “é preciso uma grande teia de colaboradores” e “muita sinergia” e apoios, incluindo da comunidade internacional para preservar e valorizar a cultura do país, considerando que “há muita coisa para fazer” e “salvar aquilo que é mais valioso, mais profundo” e que “o são-tomense tem de mais importante, que é a sua cultura, a sua alma”.
“Infelizmente, apesar de nós dispormos de uma lei de mecenato, não temos um tecido empresarial com pujança necessária e suficiente para apoiar um bocado mais a cultura, porque a cultura não pode ser deixada só para os governantes”, lamentou Jorge Bom Jesus, defendendo que “São Tomé e Príncipe é muito rico” e tem “um leque muito grande de manifestações culturais […] fruto da miscigenação, do encontro de culturas do leque de africanos e europeus que passaram pelo país.
O primeiro-ministro também defendeu o repto lançado pelo mentor da bienal considerou que é necessário “repertoriar no leque do património nacional”, as principais manifestações culturais do país, nomeadamente o Tchiloli, o Auto de Floripes, o Danço Gongo, e outras, para depois “poder inscrever esse leque de património e de manifestações na lista do património mundial da UNESCO”.
“É um dia feliz para todos: todos aqueles que subiram ao palco, aqueles que foram homenageados, os artistas jovens que foram formados, os artistas seniores de dentro e de fora que vieram fazer uma grande festa em São Tomé e Príncipe nesta nona bienal de São Tomé e Príncipe”, afirmou o coordenador da CACAU e mentor da bienal, João Carlos Silva.
Segundo o responsável, durante o evento, foi possível juntar os “são-tomenses de todas as cores políticas, de todos os credos, de todas as filosofias, de todas as origens e todas as sensibilidades” num “exercício fundamental” para “encontrar caminhos interessantes juntos”.
O coordenador da CACAU afirmou que o espírito da nona bienal que decorreu sob o lema “À (re) descoberta de nós” continuará em 2023 até chegar 2024, para a décima edição do evento.
João Carlos Silva sublinhou que há “uma mão cheia de projetos” que serão desenvolvidos no próximo ano, no âmbito de projeto Entreposto das Artes em parceria com o Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura (M_EIA), de São Vicente, Cabo Verde e a “folha de medronho, de Algarve, Portugal, através de uma subvenção denominada Diversidade no âmbito do projeto PROCULTURA, financiado pela União Europeia, cofinanciada e gerida pelo Camões, I.P. e cofinanciada pela Fundação Calouste Gulbenkian para a promoção do emprego e atividades geradoras de rendimento no setor cultural dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.
A nona Bienal de Artes e Cultural encerrou com o primeiro desfile de moda baseado nos trajes dos figurantes do Tchiloli.
“Nós queremos que o Tchiloli seja património imaterial da humanidade, e então vamos usar isso também para acrescentar. Já temos outras vertentes, a pintura, o artesanato […] já fizemos quase tudo com o Tchiloli, menos a moda, então acrescentando a moda no processo, eu penso que será mais fácil conseguirmos isso”, explicou a estilista luso-são-tomense Eva Tomé, que organizou o desfile.
JYAF // VM
FONTE LUSA
Lusa/Fim
sábado, 23 de julho de 2022
CABO VERDE ALTERA A LEI DE ESTRANGEIROS PARA APLICAR ACORDO DE MOBILIDADE DA CPLP, As alterações em Cabo Verde vão permitir garantir a "reciprocidade" com o que for aprovado por cada um dos restantes Estados-membros da CPLP, com o governante a dar o exemplo de Portugal como o país com o processo mais avançado para a implementação deste acordo, preparado durante a presidência cabo-verdiana da comunidade e ratificado por todos os Estados-membros na última cimeira de chefes de Estado da organização, em julho do ano passado, em Luanda.
MUNDO
22 Julho 2022, 15:45
Cabo Verde altera lei de estrangeiros para aplicar acordo de mobilidade da CPLP
por Lusa
O Governo cabo-verdiano aprovou em Conselho de Ministros alterações à lei sobre os estrangeiros, permitindo acomodar na legislação nacional as normas do acordo de mobilidade dentro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), aprovado há um ano.
"Um ano depois da sua assinatura e numa altura em que oito dos nove Estados-membros da CPLP concluíram já o seu processo de ratificação do acordo, aprovando a estrutura e os princípios essenciais propostos por Cabo Verde desde a primeira hora, o Governo dá mais um passo decisivo ao proceder à alteração da nossa lei de estrangeiros, visando incorporar na lei interna o acordo de mobilidade", anunciou hoje o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
Em causa está um projeto de proposta de Lei que procede à terceira alteração à lei que define o regime jurídico de entrada, permanência, saída e a expulsão de estrangeiros do território cabo-verdiano, bem como a sua situação jurídica, "de modo a incorporar as disposições normativas do acordo sobre a mobilidade entre os Estados-membros da CPLP, ratificado em agosto de 2021" pelo parlamento de Cabo Verde, nas modalidades genéricas de estadias de curta duração, estadias temporária com duração de um ano e residência.
"Ontem [quinta-feira] tivemos a boa notícia que Portugal aprovou, na Assembleia da República, a sua alteração à lei de estrangeiros, visando também a incorporação do acordo de mobilidade na sua lei interna, com apenas uma condição: a reciprocidade. O Governo [de Cabo Verde] aprovou ontem a proposta de alteração da nossa lei de estrangeiros, que agora segue para o parlamento visando a aprovação e subsequente promulgação, garantindo também a reciprocidade como princípio no âmbito da mobilidade na CPLP", acrescentou Paulo Rocha, ao apresentar, em conferência de imprensa, a proposta de alteração legislativa aprovada em Conselho de Ministros.
As alterações em Cabo Verde vão permitir garantir a "reciprocidade" com o que for aprovado por cada um dos restantes Estados-membros da CPLP, com o governante a dar o exemplo de Portugal como o país com o processo mais avançado para a implementação deste acordo, preparado durante a presidência cabo-verdiana da comunidade e ratificado por todos os Estados-membros na última cimeira de chefes de Estado da organização, em julho do ano passado, em Luanda.
"Contamos que da parte dos outros países haja uma simplificação gradual, mas evidente, dos procedimentos. A lei aprovada ontem na Assembleia da República, daquilo que conhecemos, dá perspetivas bastante positivas daquilo que é a abertura de pelo menos um Estado-membro, de Portugal. Há que ver ainda como é que evoluiu em relação aos outros Estados-membros, mas para já, relativamente a Portugal, pode não ser necessária a assinatura de nenhum outro instrumento adicional de parceria, desde que Cabo Verde também faça esta alteração na sua lei interna", acrescentou.
Sem entrar em detalhes, o ministro afirmou que as alterações agora provadas pelo Governo visam sobretudo a "tramitação" dos processos, os prazos e "uma definição melhor daquilo que são as categorias", embora o acordo de mobilidade tenha como base que cada Estado avança à velocidade e nível que entender, na sua aplicação.
"Na perspetiva de Cabo Verde, a CPLP ganha cada vez maior relevância se funcionar como efetiva instância de estreitamento das relações entre pessoas, empresas e instituições da sociedade civil dos diferentes países que compõem a comunidade, se as restrições ao fluxo de entrada e permanência em territórios de povos que se consideram amigos e irmãos, forem progressivamente simplificadas e reduzidas", explicou.
Integram a CPLP, além de Cabo Verde e Portugal, também o Brasil, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.
"Cabo Verde passará a estar em condições de estabelecer mobilidade com os diferentes países da CPLP por duas vias: através da assinatura de instrumentos adicionais de parceria, isto é, uma espécie de acordo Estado a Estado, e também diretamente, pela via do regime da reciprocidade assegurado pelas respetivas leis internas", disse ainda Paulo Rocha.
FONTE RTP
GÁS DE MOCAMBIQUE ESTÁ ENTRE AS ALTERNATIVAS PARA A EUROPA, ADMITE UNIAO EU ROPEIA, LUSA E DW.
MOÇAMBIQUE
Gás de Moçambique está entre as alternativas para Europa, admite UE
Embaixador cessante da União Europeia em Moçambique defende que gás natural de Cabo Delgado está entre as alternativas da Europa na diversificação de fontes de energia. Guerra na Ucrânia fez acelerar procura de soluções.
Antonio Sánchez-Benedito Gaspar
"O gás de Moçambique, com a presença de grandes companhias multinacionais europeias, tem agora um valor ainda mais importante e estratégico", declarou Sánchez-Benedito Gaspar, em entrevista à Lusa em Maputo.
Segundo o diplomata, com a invasão Russa da Ucrânia, a Europa chegou à conclusão de que "não pode confiar no parceiro antigo [a Rússia, entre os maiores exportadores de gás no mundo], que é autoritário e usa o gás como instrumento de guerra", estando a envidar esforços para garantir fontes alternativas.
"Temos adotado uma nova estratégia na Europa, designada "RePower EU", que tem vários elementos [...] No que diz respeito ao gás, que é considerada uma energia de transição, estamos a procurar fornecedores alternativos [...] Moçambique está entre as alternativas", frisou Sánchez-Benedito Gaspar.
Embora o gás dos três projetos até agora aprovados já tenha destino, Moçambique dispõe de reservas comprovadas de mais de 180 triliões de pés cúbicos, segundo dados do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
Totalenergies | französisches Mineralölunternehmen
A TotalEnergies é uma dos gigantes do gás em Moçambique
Apesar das perspetivas promissoras, a insurgência armada que começou em 2017 na província de Cabo Delgado é uma ameaça, mas a entrada de tropas estrangeiras para apoiar as forças moçambicanas em meados do ano passado melhoraram a situação de segurança, recuperando posições importantes, como é o caso da vila de Mocímboa da Praia.
"Foram grandes os avanços sobre o terreno. A insurgência já não tem esta capacidade de controlar permanentemente territórios-chave", observou Sánchez-Benedito Gaspar.
Ataques no sul da província
Desde início de junho, novos ataques na faixa sul da província começaram a ser registados, visando pontos recônditos do distrito de Ancuabe, tendo as incursões provocado pânico também em alguns distritos próximos, nomeadamente Metuge, Mecúfi e Chiure.
Suspeita-se que as ações registadas em diferentes locais do distrito de Ancuabe sejam desencadeadas por rebeldes em fuga da ofensiva militar que está em curso desde julho de 2021, com apoio internacional.
Para o embaixador cessante da UE, apesar dos avanços, a ameaça terrorista vai continuar por algum tempo no norte de Moçambique.
"Penso que infelizmente, de forma localizada, a ameaça vai continuar. Tudo indica que algumas destas forças [rebeldes] estão misturadas com a população e que estão a chegar também terroristas de outros lugares", afirmou Sánchez-Benedito Gaspar.
Mosambik Flüchtlinge aus Palma in Pemba
Há cerca de 800 mil deslocados internos em Cabo Delgado devido ao conflito
O diplomata espanhol termina a sua missão em Moçambique no final de julho e será substituído pelo embaixador italiano Antonino Maggiore.
800 mil deslocados internos
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio.
SISTEMA CONSULAR DE PORTUGAL ESTA A SER PREPARADA A SUA REFORMA DISSE HOJE A LUSA EM BOSTON NOS ESTADOS UNIDOS O SECRETARIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES PAULO CAFOFO, TEXTO DA VISAO.
"secretario-de-estado-das-comunidades-diz-que-esta-a-preparar-reforma-do-sistema-consular/
Secretário de Estado das Comunidades diz que está a preparar reforma do sistema consular
Lusa
O secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, disse hoje à agência Lusa, em Boston, nos Estados Unidos, que está a ser desenvolvido um plano de reforma do sistema consular para o tornar mais digital
“Oque está a ser preconizado é uma reforma do sistema consular com uma parte que diz respeito à digitalização e desmaterialização, que vai possibilitar que determinados atos possam ser feitos no consulado virtual e dispensar a presença física das pessoas nos consulados”, adiantou.
O governante termina hoje uma visita de quatro dias aos Estados Unidos, que passou pelos estados norte-americanos de Nova Iorque, Nova Jersey e Massachusetts, onde residem algumas das maiores comunidades de portugueses e lusodescendentes naquele país.
“Os serviços consulares são importantíssimos no apoio que dão à nossa comunidade. É uma ligação direta que têm com o Estado português”, afirmou Paulo Cafôfo, que se reuniu com funcionários e chefias dos postos consulares.
“Estamos a trabalhar para que os problemas possam ser resolvidos”, assegurou, referindo-se aos atrasos causados pela pandemia de covid-19.
Além da criação de mais serviços consulares acessíveis ‘online’, o governo planeia uma reestruturação nos recursos humanos, processo que inclui “uma valorização das carreiras dos funcionários”, com revisão da tabela salarial e um novo mecanismo de correção cambial, agora que o euro e o dólar estão perto da paridade, precisou o secretário de Estado.
Estão também em análise concursos para a contratação de mais funcionários nalguns consulados, algo que visará responder a “necessidades de caráter permanente” nos postos.
“Estamos a trabalhar de forma séria e espero que possa ser uma mudança para estes funcionários do Estado, que desempenham uma função administrativa mas também social perante a nossa comunidade”, afirmou o secretário de Estado.
A visita de Paulo Cafôfo, que termina hoje em Boston, aconteceu numa altura em que Portugal regista “um aumento substancial do pedido de nacionalidade portuguesa” a partir dos Estados Unidos.
“Eu diria que Portugal está mesmo na moda e estas novas gerações têm procurado aproximar-se do nosso país”, disse o governante.
O reforço das ligações entre Portugal e a comunidade luso-americana foi o grande objetivo da deslocação de Paulo Cafôfo, a primeira aos EUA desde que assumiu o cargo.
“A comunidade, apesar da distância temporal e física, acaba por ser um importante ativo da afirmação do nosso país aqui. Há aqui portugueses e portuguesas que nunca foram a Portugal e que mantêm laços afetivos com o nosso país. São americanos autênticos, mas passados tantos anos continuam a ter esta forte ligação”, frisou.
A existência de espaços culturais e de memória ajuda a manter esses laços, pelo que outro projeto em curso é a criação de uma rede digital museológica dedicada à emigração portuguesa, algo que foi iniciado durante o mandato da antecessora Berta Nunes.
O projeto tem financiamento e está a ser trabalhado em termos de conceito e conteúdo, com horizonte de lançamento possível em 2023.
Além da componente da cultura portuguesa, o ensino da língua estive também em destaque nesta deslocação.
“Temos feito um investimento na língua, não só como língua de herança, virada para as nossas comunidades, mas o português é cada vez mais apetecível para os próprios americanos”, frisou Cafofo-
O governante referiu que há agora 189 escolas norte-americanas onde se leciona o português no currículo, com mais de 400 professores num universo de 20 mil alunos no ensino básico e secundário.
O governante participou ainda na abertura e numa mesa-redonda do Diálogo de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável de África na ONU, que “foi muito importante”, segundo avaliou.
“Portugal acaba por ter aqui um papel de dianteira, também pelas relações privilegiadas que temos nos países de língua portuguesa, e há aqui um compromisso das Nações Unidas no sentido do desenvolvimento sustentável do continente africano ser uma realidade e passarmos das palavras aos atos”, destacou.
Num contexto de crise energética e da distribuição alimentar, “a solução é esta ação multilateral com a bandeira das Nações Unidas”, afirmou.
ARYG // MCL"
FONTE VISAO E LUSA
MOCAMBIQUE JAPAO OFERECE EQUIPAMENTO PARA GESTAO DE RESIDUOS SOLIDOS NA MAIOR LIXEIRA DE MOCAMBIQUE, HULENE
22-07-2022 21:27
Japão oferece equipamentos para gestão de resíduos sólidos na maior lixeira de Moçambique
Japão oferece equipamentos para gestão de resíduos sólidos na maior lixeira de Moçambique
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Maputo, 22 jul 2022 (Lusa) – O Governo do Japão ofereceu hoje máquinas para a gestão segura de resíduos sólidos na lixeira de Hulene, a maior do país e onde em fevereiro de 2018 morreram 16 pessoas soterradas.
“Com a receção deste equipamento, passamos a estar melhor posicionados para assegurar a operação da lixeira de Hulene de forma segura e menos onerosa”, disse o presidente do Município da Cidade de Maputo, Eneas Comiche, durante uma cerimónia simbólica para a receção do material.
O donativo é composto por quatro escavadeiras e duas retroescavadoras, equipamentos que vão permitir que a lixeira poupe cerca de 13 milhões de meticais (quase 200 mil euros) que eram despendidos mensalmente para alugar este tipo de máquinas, segundo o autarca da capital moçambicana.
O apoio “permitirá que os recursos até agora despendidos sejam orientados para outras intervenções de igual importância”, acrescentou o autarca.
Na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte da maior lixeira da capital, com a altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro em redor.
Dezasseis pessoas morreram no local, das quais sete eram crianças.
Desde o incidente de 2018, as autoridades municipais têm estado a receber diversos apoios para gestão de resíduos, com destaque para iniciativas apoiadas pelo próprio Governo do Japão, mas o encerramento, orçado em cerca de 110 milhões de dólares, segundo dados daquele ano, não tem ainda data prevista.
EYAC// RBF
Lusa/Fim
FONTE LUSA
MACRON PRESIDENTE DA REPUBLICA DE FRANCA DESLOCA SE A GUINE BISSAU, BENIN E CAMAROES ENTRE 25 A 28 DE JULHO.
23-07-2022 09:36
França tenta abrir novas portas na África Ocidental a partir da Guiné-Bissau – Analista
França tenta abrir novas portas na África Ocidental a partir da Guiné-Bissau – Analista
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Bissau, 23 jul 2022 (Lusa) – O analista guineense Armando Lona considerou que a visita do Presidente francês, Emanuel Macron, na próxima quinta-feira a Bissau deve ser entendida como uma tentativa de a França abrir novas portas na África Ocidental a partir da Guiné-Bissau.
Para o analista de assuntos políticos na rádio privada Bombolom FM de Bissau, a França sentiu que está a perder terreno em vários países da Costa Ocidental africana e decidiu jogar as cartas também a partir da Guiné-Bissau.
“Por não ter uma porta aberta no Mali, por não ter uma janela na Guiné-Conacri, por não ter uma janela no Senegal, a França tem de abrir um novo caminho. Está a tentar fazê-lo utilizando todas as cartas para continuar presente nesta parte de África”, defendeu Armando Lona.
A visita de Mácron acontece num momento particular para aqueles países e também, observou Lona, para a própria Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO), presidida, de forma rotativa, durante os próximos doze meses, pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
“A CEDEAO está a atravessar um momento critico da sua história com revoltas militares em vários países, nomeadamente no Mali, na República da Guiné-Conacri, recentemente no Burkina Faso, paralelamente a essa situação militar há uma outra situação mais preocupante que é o terrorismo na zona”, notou Lona.
Todas estas situações preocupam a França, mas o caso do Mali, referiu o analista guineense, constitui a principal dor de cabeça para o palácio do Eliseu, ao ponto de mandar retirar o continente militar que tinha estacionado naquele país, por incompatibilidades com a Junta Militar no poder em Bamako.
“Também há uma outra dimensão, para além das duas situações que citei, que é a geopolítica decorrente da presença de um outro ator maior na República do Mali que é a Rússia, que está a substituir o espaço que a França tinha até aqui”, destacou Armando Lona.
Assiste-se a um reposicionamento da França nesta zona da África, observou o analista guineense, que fala num processo complexo em que a Guiné-Bissau acaba por entrar, sem ser “um ator muito importante”, disse.
Armando Lona é da opinião de que a Guiné-Bissau só dirige a CEDEAO por força de ‘lobbies’ do Senegal, da Costa do Marfim e da Nigéria.
“O Presidente do Senegal, que está a dirigir a União Africana, não poderia, paralelamente, também dirigir a CEDEAO e contribuiu, através de corredores, para que a Guiné-Bissau pudesse dirigir a CEDEAO, sabemos também que a Costa do Marfim, que recentemente abriu um corredor aéreo para Bissau, através dos voos da Air Côte D'Ivoire que passa agora a operar, isto constitui um sinal daquilo que é a relação agora entre o regime de Bissau, Senegal, Costa de Marfim, mas também a Nigéria, embora o Presidente (da Nigéria) esteja quase a terminar o seu mandato”, defendeu Armando Lona.
O analista político guineense afirmou que a Guiné-Bissau foi apanhada no meio de uma disputa geopolítica regional, situação que soube capitalizar promovendo a visita histórica de um chefe de Estado francês ao país.
O Presidente francês visitará os Camarões, Benim e a Guiné-Bissau entre segunda-feira e quinta-feira, anunciou a Presidência francesa.
Esta viagem é a primeira deslocação de Macron a África desde a sua reeleição, em abril.
A crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia, a produção agrícola e as questões de segurança estarão no centro desta viagem, adiantou a Presidência francesa.
MB // VM
Lusa/Fim
FONTE LUSA
ANTONIO COSTA PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL CONVOCOU HOJE OS SEUS MINISTROS PARA UMA REUNIAO INFORMAL NA BASE NAVAL DO ALFEITE EM ALMADA PARA UMA REFLEXAO ESTRATEGICA SOBRE PRIORIDADES E LINHAS DE ACCAO APOS FERIAS DE VERAO.
23-07-2022 21:22
Costa afirma que reunião informal de ministros "foi extremamente útil e produtiva"
Costa afirma que reunião informal de ministros foi extremamente útil e produtiva
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Lisboa, 23 jul 2022 (Lusa) – O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que "foi extremamente útil e produtiva" a reunião informal de ministros que convocou para uma reflexão estratégica, realizada durante o dia na Base do Alfeite, em Almada.
"Tivemos hoje uma intensa jornada. A reunião informal de ministros, que decorreu na Base Naval do Alfeite, foi extremamente útil e produtiva", escreveu o primeiro-ministro nas suas contas nas redes sociais Twitter e Instagram.
Na mesma mensagem, acompanhada de fotografias, o primeiro-ministro refere que "estes quase quatro meses de XXIII Governo têm sido muito ativos e exigentes".
António Costa acrescenta que "este dia de reflexão e de análise política e prospetiva para os próximos meses foi muito enriquecedor".
O primeiro-ministro convocou os seus ministros para uma reunião informal, hoje, a partir das 12:45, na Base Naval do Alfeite, em Almada, para uma reflexão estratégica sobre prioridades e linhas de ação após as férias de verão.
Não houve declarações à comunicação social no fim deste encontro, que o executivo não caracterizou como reunião do Conselho de Ministros.
O lançamento em setembro do novo pacote de apoios às famílias e às empresas para mitigar os efeitos da inflação e o início da preparação da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022 são dois assuntos que deverão ter sido discutidos nesta reunião.
Segundo o jornal Expresso, que avançou com a notícia desta reunião informal, o encontro do executivo na Base Naval do Alfeite não tinha uma agenda fixa em termos de ordem de trabalhos e destinava-se sobretudo a lançar "o ano político que aí vem".
Na quarta-feira, logo na abertura do debate sobre o estado da nação, no parlamento, o primeiro-ministro anunciou que em setembro o Governo vai adotar um novo pacote de medidas para apoiar famílias e empresas face aos efeitos da inflação.
IEL (PMF) // MCL
Lusa/Fim
FONTE LUSA
VINHO VERDE ELOGIADO NOS EUA, É A MELHOR CONTRIBUICAO DE PORTUGAL PARA O VERAO, 13 ANOS ANTES EU DISSE, 09 DE JUNHO de 2009 : Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por tudo isso faz jus comercial deste tesouro. "A ignorância sempre foi muito atrevida". Foi com estas sábias palavras que, numa das aulas de Direito Romano, ouvi há mais de quarenta anos o Professor Doutor Sebastião Cruz a referir-se a muitas situações que esta me faz recordar. Se ele estivesse ainda entre nós, diria, pouco se alterou., AFINAL PARECE QUE SE ALTEROU, PARABENS!
gourmet e vinhos
O vinho verde elogiado nos EUA: “É a melhor contribuição de Portugal para o verão”
A referência tem uma "efervescência subtil" e é ideal como aperitivo para preparar o paladar, lê-se no "The Washington Post".
22/07/2022 às 16:09
Fotografia: Taisiia Shestopal no Unsplash.
texto
Patrícia Santos
Há muito que o valor dos vinhos portugueses é reconhecido internacionalmente, sendo comum vê-los conquistar importantes prémios e elogios de especialistas um pouco por todo o mundo. Esta quinta-feira, 21 de julho, foi a vez do “The Wahington Post” prestigiar um dos rótulos nacionais, ao recomendá-lo para enfrentar as altas temperaturas que se fazem sentir.
“O calor do verão pede vinhos frescos, leves e refrescantes para nos reanimar e preparar o nosso paladar para a refeição que se avizinha. O vinho verde de Portugal faz exatamente isso, com um teor alcoólico relativamente baixo, alta acidez e efervescência rápida”, começa por escrever Dave McIntyre, crítico de vinhos do jornal norte-americano.
Sugere, em seguida, o Costa do Sol Vinho Verde NV, ao qual atribui duas estrelas em quatro, para aperitivo. “O vinho verde tornou-se a melhor contribuição de Portugal para o verão desde o cocktail Porto Tónico. Estes vinhos leves e cítricos vêm com uma ligeira carbonização que os torna extra refrescantes”, explica.
Ressalva, contudo, que “o Costa do Sol inclina-se mais para um pomar de damascos do que de citrinos”, característica que lhe confere “uma plenitude satisfatória no paladar”. Já “a sua efervescência é mais subtil do que a da maioria dos vinhos verdes”, pelo que se bebe facilmente, acrescenta. Tem 10,5 por cento de teor alcoólico.
Esta marca, adquirida pela Casa Ermelinda Freitas, que se dedica à produção de vinho desde 1920, apenas está disponível para o mercado externo, razão pela qual não consegue comprá-la em Portugal. Caso visite os Estados Unidos nos próximos tempos, pode encontrá-la à venda por 12 dólares (cerca de 11,8€) em lojas especializadas.
Leia ainda sobre o branco, distinguido com o prémio Prestígio, que é um bom acompanhante para pratos de bacalhau. Carregue na galeria e conheça outros vinhos nacionais com preços simpáticos e que deve acrescentar à sua garrafeira."
FONTE CNN, TEXTO DA AUTORIA DE PATRICIA SANTOS
Augusto Macedo Pinto
09 de Junho de 2009 às 11:43
OPINIÃO
Vinho verde: Portugal, único produtor mundial
Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por...
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Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por tudo isso faz jus comercial deste tesouro. "A ignorância sempre foi muito atrevida". Foi com estas sábias palavras que, numa das aulas de Direito Romano, ouvi há mais de quarenta anos o Professor Doutor Sebastião Cruz a referir-se a muitas situações que esta me faz recordar. Se ele estivesse ainda entre nós, diria, pouco se alterou.
Nos nossos dias utilizam-se métodos produtivos adequados à preservação do meio ambiente com uvas de elevada qualidade, com criteriosa escolha das mesmas, seleccionadas para a sua produção, permitindo criar vinhos com aromas muito agradáveis e diversificados, e de elevada qualidade. Hoje, há vinho verde que nada tem a ver com a acidez que tradicionalmente lhe era conhecida, com características de conservação quase idênticas a qualquer outro tipo de vinho.
Mas face às suas particularidades, pode-se tornar imbatível em mercados onde o clima, a gastronomia - seja peixe ou marisco -, os convívios e os gostos, tão bem dele dizem e apreciam!
Em concreto, o que se tem feito para mercados novos ou tradicionais para se incentivar a promoção das vendas, a comercialização do vinho verde, produto unicamente produzido por Portugal? Não se admire se ouvir a portugueses dizer que desconhecem que somos o único produtor mundial, que não sabem bem onde fica a sua região demarcada e acham que o vinho se estraga quando passa o equador! Segundo as estatísticas teremos cinco milhões fora de portas, em Portugal somos dez milhões.
Um produto que tem tanto de único, como de ser ignorado no mundo, não deveria obedecer a critérios de ser associado a mercados onde Portugal está a ter grande crescimento nas suas exportações? Um produto que sendo vinho verde de alta qualidade pode chegar ao consumidor final em África, América e Ásia apenas por €7 a €10 a garrafa? Porque não se buscam novos mercados sem utilizar critérios, estudos e estatísticas absurdas? Refiro-me em concreto em associar indicadores genéricos de exportação de produtos portugueses para mercados onde os países de destino têm, por exemplo, diferenças mais do que o dobro da sua população. Que produtos alternativos de qualidade, preço baixo e únicos tem Portugal para exportar?
Como curiosidade, no portal da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes ( CVRVV ) podemos ver mais esta qualidade: "Para além do baixo teor alcoólico, o Vinho Verde pode apresentar benefícios graças à presença de antioxidantes naturais, característica associada à capacidade de reduzir a incidência de danos degenerativos, como os que estão associados a doenças como Alzheimer e cancro. Neste sentido, e em parceria com várias instituições de ensino superior e de investigação, a CVRVV apresentou um projecto à Fundação para a Ciência e Tecnologia de forma a caracterizar o papel protector dos Vinhos Verdes em danos oxidativos biológicos e produzir vinhos de maior poder antioxidante."
Advogado, Antigo Cônsul de Moçambique em Portugal,
augustomacedopinto@gmail.com
TEXTO DA MINHA AUTORIA PUBLICADO NO JORNAL DE NEGOCIOS EM 2009
GORONGOSA , PARQUE NACIONAL DA GORONGOSA, PROVINCIA DE SOFALA, MOCAMBIQUE PEDRO MUAGURA, ADMINISTRADOR RECEBE PREMIO INTERNACIONAL "KENTON R. MILLER"PARA INOVACAO EM PARQUES NACIONAIS E SUSTENTABILIDADE DE ÁREAS, CELMIRA PENA DA SILVA, DIRECTORA GERAL DA ANAC E QUADROS DO MINISTERIO DA TERRA E AMBIENTE E PEDRO MUAGURA PARTICIPAM NO CONGRESSO AFRICANO DAS ÁREAS PROTEGIDAS.
Moçambicano PEDRO MUAGURA, Administrador do Parque Nacional da Gorongosa, recebe Prémio Internacional “Kenton R. Miller” para Inovação em Parques Nacionais e Sustentabilidade de Áreas
Áreas Protegidas”
Moçambicano PEDRO MUAGURA, Administrador do Parque Nacional da Gorongosa, recebe Prémio Internacional “Kenton R. Miller” para Inovação em Parques Nacionais e Sustentabilidade de Áreas
Áreas Protegidas”
MAPUTO, 23 DE JULHO DE 2022 - O Administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Pedro Muagura, foi reconhecido publicamente, em Kigali, na República do Rwanda, no Congresso de Áreas Protegidas, como vencedor do prestigiado prémio” Kenton R. Miller para Inovação em Parques Nacionais e Sustentabilidade de Áreas Protegidas”.
O prémio foi atribuído pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pela Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA) na Suíça.
Pedro Muagura, convidado especial ao Congresso Africano das Áreas Protegidas pelo trabalho excepcional desenvolvido.
Confrontado no seu dia-a-dia, com o dilema de desmatamento contínuo, perda de biodiversidade e a luta pela subsistência dos agricultores locais após a guerra dos 16 anos em Moçambique, Muagura teve a ideia de cultivar café nas encostas das montanhas desmatadas. Ele propôs que o café fosse cultivado à sombra de árvores nativas replantadas, dando uma renda à população local e, ao mesmo tempo, restaurando a floresta.
Na altura, A ideia de Pedro Muagura não foi compreendida pelos colegas da equipa. Por acreditar no poder transformativo da iniciativa nas Comunidades, Pedro Muagura perseverou e continuou focado em provar que a sua visão ganharia espaço, apesar de não ter sido registada experiência de cultivo de café na zona da Gorongosa, ou mesmo em muitas partes de Moçambique. Muagura reuniu mudas de café e plantou. Dois anos e meio depois, colheu os frutos de Café e levou a Reunião de Coordenação do Parque e apresentou o resultado. A sua iniciativa foi aceite o Projecto financiado pelo Parque e Parceiros.
Pedro Muagura trabalhou em estreita colaboração com a comunidade auscultando as suas necessidades e demonstrar que os benefícios da restauração superariam os ganhos de curto prazo da agricultura de corte e queimada. Muagura teve também a perspectiva do género, garantindo que as mulheres tivessem autonomia para contribuir com os viveiros de mudas e árvores recém-plantadas.
Actualmente, a população da Serra da Gorongosa planta cerca de 200.000 árvores de café por ano, juntamente com 50.000 árvores da floresta tropical, e as mulheres representam 50% dos pequenos agricultores.
O Congresso de Áreas Protegidas foi Organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e contou com o apoio dos Governos africanos e organizações internacionais ligadas a conservação de Biodiversidade.
A delegação moçambicana ao Congresso Africano das Áreas Protegidas -APAC - é Chefiada por Celmira da Silva, DIRECTORA Geral da ANAC e integra quadros do Ministério da Terra e Ambiente, e em particular da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).(x)
MAPUTO, 23 DE JULHO DE 2022 - O Administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Pedro Muagura, foi reconhecido publicamente, em Kigali, na República do Rwanda, no Congresso de Áreas Protegidas, como vencedor do prestigiado prémio” Kenton R. Miller para Inovação em Parques Nacionais e Sustentabilidade de Áreas Protegidas”.
O prémio foi atribuído pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pela Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA) na Suíça.
Pedro Muagura, convidado especial ao Congresso Africano das Áreas Protegidas pelo trabalho excepcional desenvolvido.
Confrontado no seu dia-a-dia, com o dilema de desmatamento contínuo, perda de biodiversidade e a luta pela subsistência dos agricultores locais após a guerra dos 16 anos em Moçambique, Muagura teve a ideia de cultivar café nas encostas das montanhas desmatadas. Ele propôs que o café fosse cultivado à sombra de árvores nativas replantadas, dando uma renda à população local e, ao mesmo tempo, restaurando a floresta.
Na altura, A ideia de Pedro Muagura não foi compreendida pelos colegas da equipa. Por acreditar no poder transformativo da iniciativa nas Comunidades, Pedro Muagura perseverou e continuou focado em provar que a sua visão ganharia espaço, apesar de não ter sido registada experiência de cultivo de café na zona da Gorongosa, ou mesmo em muitas partes de Moçambique. Muagura reuniu mudas de café e plantou. Dois anos e meio depois, colheu os frutos de Café e levou a Reunião de Coordenação do Parque e apresentou o resultado. A sua iniciativa foi aceite o Projecto financiado pelo Parque e Parceiros.
Pedro Muagura trabalhou em estreita colaboração com a comunidade auscultando as suas necessidades e demonstrar que os benefícios da restauração superariam os ganhos de curto prazo da agricultura de corte e queimada. Muagura teve também a perspectiva do género, garantindo que as mulheres tivessem autonomia para contribuir com os viveiros de mudas e árvores recém-plantadas.
Actualmente, a população da Serra da Gorongosa planta cerca de 200.000 árvores de café por ano, juntamente com 50.000 árvores da floresta tropical, e as mulheres representam 50% dos pequenos agricultores.
O Congresso de Áreas Protegidas foi Organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e contou com o apoio dos Governos africanos e organizações internacionais ligadas a conservação de Biodiversidade.
A delegação moçambicana ao Congresso Africano das Áreas Protegidas -APAC - é Chefiada por Celmira da Silva, DIRECTORA Geral da ANAC e integra quadros do Ministério da Terra e Ambiente, e em particular da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).(x)"
FONTE: PARQUE DA GORONGOSA
quarta-feira, 20 de julho de 2022
SAO TOME E PRINCIPE PRESIDENTE DA REPUBLICA CARLOS VILA NOVA REAFIRMA ELEICOES SERAO EM 25 DE SETEMBRO.
19-07-2022 22:21
Presidente são-tomense reafirma que eleições serão em 25 de setembro
Presidente são-tomense reafirma que eleições serão em 25 de setembro
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São Tomé, 19 jul 2022 (Lusa) – As eleições legislativas, regional e autárquicas são-tomenses serão em realizadas em 25 de setembro, reafirmou hoje a Presidência da República são-tomense, em comunicado de imprensa que apela à paz social durante o processo.
“Todos os órgãos com responsabilidade neste processo, sabiam desde 2021, com a aprovação do novo pacote [de lei eleitoral, que em 2022, neste período, haveriam de realizar-se eleições”, sublinha o comunicado do gabinete do chefe de Estado são-tomense enviado à Lusa.
O comunicado refere que “por imperativo legal, as eleições devem realizar-se num domingo, entre 22 de setembro e 14 de outubro”, sendo que “as três datas possíveis e conhecidas previamente por todos os atores políticos, eram 25 de setembro, 02 ou 09 de outubro”.
“A Presidência da República exorta ainda as instituições, a sociedade civil, a comunicação social, os partidos e os movimentos políticos e os cidadãos, a participarem e a colaborarem em mais este ato da nossa história, com serenidade, cordialidade e respeito institucional mútuo, sentido de Estado, para que estas eleições se realizem num clima de harmonia, responsabilidade, paz social e tranquilidade”.
Além disso, “a Presidência da República agradece, em nome do povo de São Tomé e Príncipe, aos parceiros internacionais pelos apoios já concedidos para a realização destas eleições e exorta a todos os são-tomenses, em particular, os da diáspora, para seguirem e participarem neste processo eleitoral, celebrando esta conquista da democracia” que pela primeira vez permitirá aos cidadãos residentes no estrangeiro eleger deputados à Assembleia Nacional.
JYAF // RBF
Lusa/Fim
FONTE LUSA
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