A SOCIEDADE Algodoeira do Niassa (SAN) anunciou ter investido cerca de 120 milhões de meticais para garantir a comercialização de 7,6 mil toneladas do algodão caroço na campanha prestes a findar.
Cerca de oitenta por cento deste valor reverteram a favor dos camponeses e pequenos agricultores em seis distritos, onde a empresa fomenta esta cultura estratégica para a economia nacional.
Em jeito de balanço dos resultados obtidos, o director-geral da SAN, Manuel Delgado, considerou que o mesmo foi positivo, tendo em conta que os factores agro-climáticos não foram favoráveis para o desenvolvimento harmonioso da cultura.
A fonte referiu-se à queda de chuvas satisfatória no início da época, mas que registou uma interrupção abrupta e prolongada.
Para Manuel Delgado, o importante é que os actores da produção conseguiram alcançar os lucros que justificam o esforço empreendido pela classe. Do lado da empresa, o investimento no fomento da cultura resultou em ganhos traduzidos em 2,8 mil toneladas de fibra de algodão.
Estes indicadores permitem encarar a época agrícola 2016-2017 com mais optimismo em termos de novos investimentos.
“A campanha agrícola 2015-2016 foi atípica, porque no mês de Março as precipitações foram fortes, o que fazia antever inundações, contudo, de forma repentina, houve uma interrupção prolongada que afectou as culturas alimentares que os produtores de algodão também praticam para a sua auto-subsistência”, enfatizou.
A fonte indicou que a falta de chuvas foi preocupante porque a política da sua empresa focaliza, por um lado, a produção de algodão e, por outro, a segurança alimentar e nutricional da população.
Indagado pelo “Notícias”, se constata alguns progressos do ponto de vista social ao nível das 4.4 mil famílias dos distritos de Cuamba, Mecanhelas, Marrupa, Maua, Metarica e Nipepe, que são áreas da intervenção da SAN, a fonte não hesitou em responder positivamente. “O melhor termómetro para medir esta evolução são as exigências em termos de bens que as comunidades pretendem que a sua empresa coloque no mercado para que possam adquirir, o que demonstra o seu poder de compra”.
A SAN adoptou um pacote de incentivos às famílias produtoras de algodão para que estas possam melhorar, gradualmente e de forma sustentável, o nível de colheitas nas culturas alimentares, garantindo a disponibilização de sementes certificadas de milho e feijão, cujos excedentes são depois comprados pela fomentadora.
Para estabelecer contactos de forma regular com os produtores e garantir assistência técnica e preparação dos processos de comercialização, não só de algodão, como também dos excedentes agrícolas das culturas alimentares, a SAN ofereceu na última campanha agrícola cinco mil telefones móveis celulares e na presente safra o número deverá subir para seis mil aparelhos.
“É uma estratégia que visa manter os produtores em família e em constante interação com a nossa empresa, o que permite sanar as preocupações que possam surgir no seio dos mesmos”, disse Manuel Delgado."
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.