terça-feira, 13 de março de 2012

ALGODÃO MOÇAMBIQUE VAI DEIXAR DE SER NECESSÁRIO IMPORTAR SEMENTE A PARTIR DE 2014

"Moçambique vai deixar de importar semente de algodão. Maputo, 13 Mar. (AIM) – As autoridades moçambicanas do sector do algodão estão a implementar um programa visando garantir que Moçambique deixe de importar semente desta cultura de rendimento a partir de 2014.A informação foi avançada última Segunda – feira em Cafumpe, no distrito de Gondola, na província central de Manica, no decurso da reunião técnica anual do subsector do algodão. Na campanha finda, o défice de semente do algodão foi de cerca de três mil toneladas. Norberto Mahalambe, Director do Instituto do Algodão de Moçambique (IAM), é citado hoje pelo “Diário de Moçambique”, jornal editado na cidade central da Beira, a explicar que este facto levou a que Moçambique recorresse à importação de semente de algodão da África do Sul, Zâmbia e do Zimbabwe para satisfazer as necessidades internas dos produtores do sector familiar. A cifra anual de produção do algodão caroço no país, segundo Mahalambe, é de cerca de setenta mil toneladas, colheita feita numa área de 130 mil hectares.  As previsões para a presente campanha agrícola indicam para 85 mil toneladas, um aumento na ordem de quinze mil toneladas. Este esforço visa conquistar, efectivamente, o mercado internacional, onde é colocada metade da produção do algodão do país.“Não só a produção de semente é assumida como um desafio como também a sua maximização e melhoramento, em termos de qualidade, tendo em conta as exigências do mercado, sobretudo, internacional, para onde vai cerca de cinquenta por cento da produção nacional”, explicou a fonte.
Em Moçambique, mais de duzentos mil produtores cultivam o algodão, com particular destaque para o sector familiar. O país conta com cerca de doze indústrias de processamento (descaroçamento).A China, Indonésia e Tailândia são os potenciais compradores do algodão moçambicano, que é exportado em fibra pelo facto de o país não estar em condições de exportar em produto acabado (tecido), devido à falência das indústrias ligadas à tecelagem. O processamento nacional do chamado “ouro branco” consiste apenas no descaroçamento, embora se considere que a observação, na totalidade, da cadeia de valor, confere qualidades acrescidas ao produto.
Contudo, o subsector do algodão avança para um plano de produção de melhor qualidade, para o seu maior enraizamento no mercado internacional, podendo vir a ser solicitado por indústrias de vestuário de reconhecidas marcas, conforme o Director do IAM.“Existem esforços para assegurar toda a cadeia de semente face aos desafios tendentes a tornar o país auto-suficiente na produção do algodão numa dimensão muito maior e de qualidade mais elevada”, frisou o Director do IAM." Fonte Portal do Governo de Moçambique. 

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