"Agricultura passa da palavra à acção: Terra ociosa vai para quem a
trabalha
POUCO mais de 64 mil hectares de terra estão em processo de revogação dos
respectivos Direitos de Uso e Aproveitamento de Terra e reversão a favor do
Estado, constatado que foi o abandono por parte dos requerentes. O Ministério da
Agricultura, que promete passar da palavra à acção, pretende com esta cruzada
disponibilizar a terra a quem de facto a trabalha para que ela possa contribuir
na produção de alimentos.
Maputo, Quinta-Feira, 1 de Março de 2012Sobre o assunto, o Director Nacional de Terras e Florestas, Dinis Lissave,
disse ontem a jornalistas, na capital do país, depois de mais uma sessão do
Conselho Consultivo do Ministério da Agricultura, que aquela extensão de terra
refere-se a um total de 201 Títulos de Uso e Aproveitamento (DUATS), cujo
processo de extinção foi accionado no ano passado por falta de
aproveitamento.Com efeito, segundo Dinis Lissave, durante o ano passado foi lançada uma
campanha de fiscalização tendo sido visitadas 1362 parcelas com Direito de Uso e
Aproveitamento numa área de 455 mil hectares, tendo se constatado que 42
porcento dos titulares continuam a não aproveitar as terras, segundo o seu plano
de exploração.De acordo com o Director de Terras e Florestas, a falta de aproveitamento das
parcelas deve-se, na maioria dos casos, à incapacidade financeira dos titulares
para a implementação de projectos, o que leva a um aparente abandono de terra
por parte dos requerentes.Dinis Lissave indicou, porém, que a sua direcção vai continuar a prestar
particular atenção a esta questão, tendo em vista reduzir o número de casos de
ociosidade a que estão votadas numerosas parcelas que dariam um grande
contributo para a produção de alimentos, visto que algumas delas estão em áreas
com elevado potencial agrícola.Nesse sentido, segundo indicou a nossa fonte, a Direcção de Terras e
Florestas está a capacitar os seus técnicos no sentido de se intensificar a
fiscalização aos planos de exploração de DUATs com vista a disponibilizar terra
para a produção de alimentos e outros projectos de investimento.No mesmo contexto, pretende-se melhorar o sistema de cobrança das taxas aos
titulares de terra e de gestão do solo, bem como a sua integração de modo a que
se saiba quem faz o quê e onde. O esforço feito durante o ano passado permitiu a
cobrança de 23 milhões de meticais, correspondentes a um crescimento na ordem de
67 porcento em relação a 2010.
Notícias .
Uma atenção particular tem sido dada às comunidades locais e aos ocupantes de
boa fé, através da demarcação e emissão de certidões oficiosas e títulos,
respectivamente.
De acordo com os dados apresentados recentemente ao Parlamento pelo Ministro da Agricultura, José Pacheco, foram já identificadas cerca de 913 mil hectares de terra ociosa que corresponde a cerca de 37 porcento da área total autorizada para ser explorada por singulares e empresas durante o período de 2005 a 2010.
A lista é liderada pelas províncias de Gaza, com 442.965,77 hectares; Sofala com 96.316,79; Maputo-província com 93.320,45; seguindo-se depois a Zambézia com 88.626,53 hectares, respectivamente. Para este ano, a Direcção Nacional de Terras e Florestas tem como missão aprimorar os mecanismos de fiscalização de forma a dar terra a quem está realmente interessado em realizar actividades socioeconómicas que contribuam para o aumento da renda. O alvo serão as zonas com potencial agrícola e de maior conflito." Fonte Jornal NOTICIAS.
De acordo com os dados apresentados recentemente ao Parlamento pelo Ministro da Agricultura, José Pacheco, foram já identificadas cerca de 913 mil hectares de terra ociosa que corresponde a cerca de 37 porcento da área total autorizada para ser explorada por singulares e empresas durante o período de 2005 a 2010.
A lista é liderada pelas províncias de Gaza, com 442.965,77 hectares; Sofala com 96.316,79; Maputo-província com 93.320,45; seguindo-se depois a Zambézia com 88.626,53 hectares, respectivamente. Para este ano, a Direcção Nacional de Terras e Florestas tem como missão aprimorar os mecanismos de fiscalização de forma a dar terra a quem está realmente interessado em realizar actividades socioeconómicas que contribuam para o aumento da renda. O alvo serão as zonas com potencial agrícola e de maior conflito." Fonte Jornal NOTICIAS.
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