"Chiveve na rota de internacionalização a partir de Lisboa
Beira (O Autarca) – Chiveve
já não é apenas o nome do rio que serpenteia
a cidade da Beira e que nos últimos
anos, graças ao interesse firme
da edilidade local, tem beneficiado de
importantes projectos. Recentemente
foram desenvolvidas obras de grande
impacto ambiental para devolver a sua
função natural ecológica para tornar a
urbe, que também é apelidade por
“Chiveve”, mais resiliente às mudanças
climáticas. Mas a iniciativa da elididade
não parou por aí. Sobre o Chiveve
e suas margens, foi lançado ontem
um ambicioso projecto de implanttação
do parque de infra-estruturas urbanas
verdes, que prevê combinar a
sua função ecológica a oportunidade de criação de novos espaços de laser e atracção
turística da cidade da Beira, ocupando
uma área de 470 mil metros
quadrados, onde será construído um
jardim botânico a mistura com várias
infra-estruturas sociais e culturais, com
destaque para pelo menos seis edifícios
imponentes para acomodar serviços de
restauração, comércio e recreacção, estando
igualmente prevista a implantação
de mercado, campos desportivos e
anfiteatro. O parque de infra-estruturas
urbanas verdes da cidade da Beira já
carrega o selo de maior de toda África,
devendo proporcionar diversas vantagens
sócio-culturais e económicas, tornando
a urbe portuária mais competitiva
no ranking do turismo e comécrcio
regional.
Sobre a internacionalização do
Chiveve a partir de Lisboa
Afinal, o trabalho que o Município
da Beira está a promover para agregar
novas mais valias ao Chiveve,
tornando-o numa área potencialmente
turística com sustentabilidade própria,
já está a ter réplica além fronteiras.
Enquanto decorria ontem na
Beira a cerimónia de lançamento da
primeira pedra para simbolizar o arranque
da segunda fase das obras de beneficiação
do Chiveve, no mesmo dia acontecia
em Lisboa, capital portuguesa,
a abertura do primeiro restaurante
no mundo fora do Chiveve ostentando
o nome de Chiveve. Segundo os promotores
da iniciativa, trata-se de um
período experimental (soft-opening). O
sítio está localizado na Rua Filipe Folque
19A, Lisboa.
Edner Divan Abreu, cidadão
beirense residente em Lisboa, e a esposa
Sheila Abreu são é o rosto principal
do “Chiveve” em Lisboa.
“Sou natural da Beira e um dos
sócios do Chiveve em Lisboa” – priEREIRO DE 2017 assumir-se também um ponto de encontro
obrigatório de beirenses em Lisboa
e em outras partes do mundo, e sobretudo
os que saem da Beira com destino
a Portugal.
Acredita-se que seja apenas o
início da rota de internacionalização do
Chiveve, pois o Chiveve já em si é
uma marca que ostenta enorme potencial
para ser rotulado a diversificadas iniciativas,
seja na Europa, Ásia, América,
África, Moçambique e especialmente
na Beira.
Sobre o próprio Rio Chiveve
O Rio Chiveve é uma espécie
de coração e pulmão da cidade da Beira
que se localiza no seu centro.
A história do surgimento da cidade
da Beira e do desenvolvimento
sócio-económico da urbe está ligada ao
Rio Chiveve. A actual cidade da Beira
foi uma povoação fundada pelos portugueses
em 1887, numa área conhecida
pelo nome de Aruângua, e logo suplantou
Sofala como principal porto no território
da actual província de Sofala.
Originalmente chamada Chiveve, o nome
do rio local, foi rebaptizada para
homenagear o Príncipe da Beira.
O Rio Chiveve é cortejado por
vários quilómetros de valas de drenagem
que escoam as águas residuais,
quando a maré baixa, e acolhem a água
oceânica quando o mar fica bravo.
Trata-se de um sistema que, a
funcionar em pleno, permite a sã convivência
entre o mar e a cidade.
Portanto, sem o Rio Chiveve a
cidade da Beira tornava-se hiper-vulnerável
a sua própria protecção.■ (Falume
Chabane)
O beirtense Edner Divan Abreu e a esposa Sheila Abreu, a Chef da cozinha do Chiveve em Lisboa
meira reacção de Edner Divan Abreu
na interação com a reportagem do Jornal
O Autarca.
Na ocasião já ficamos a saber
que a especialidade da casa é comida
típica moçambicana e também a portuguesa.
“Temos os nossos mariscos e a
nossa cerveja também cá presente no
restaurante”.
Edner Divan Abreu explicounos
que a idéia partiu da vontade de recriar
um negócio antigo na área da restauração
que a família teve em tempo
na cidade na Beira. E mais: “Porque a
minha mulher é muito boa cozinheira,
decidimos abrir um restaurante e dar a
conhecer as pessoas um pouco mais do
Chiveve” – acrescentou.
Edner acredita que neste mês
de Agosto, com muita gente de férias,
será oportuno para testar o conceito, apurar
a maravilhosa cozinha de raiz
moçambicana e portuguesa sob cuidados
da Chef Sheila Abreu e criar as bases
para uma história de sucesso a partir
de Setembro. “Nesta fase, pedimos
aos clientes que nos queiram pôr à prova,
que nos ajudem a levar de vencida
este desafio. Bom proveito, o Restaurante
Chiveve já chegou”!
Assim, Chiveve deixa de ser apenas
o nome do rio que serpenteia a
cidade da Beira.
E mais: mais pessoas fora de
África já tem o privilégio de degostar a
gastronomia típica do Chiveve e ter
mais conhecimento sobre a história
deste importante rio que contribui para
a sustentabilidade ambiental da cidade
da Beira.
O Chiveve de Lisboa passa a"
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE