segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

PORTUGAL EXPORTACOES DA FILEIRA DO PINHO ( MADEIRA E REZINA ATINGEM NOVO RECORDE DE 2.700 MILHOES DE EUROS EM 2022!

27-02-2023 15:05 Exportações da fileira do pinho atingem novo recorde de 2.700 ME em 2022 Exportações da fileira do pinho atingem novo recorde de 2.700 ME em 2022 facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Porto, 27 fev 2023 (Lusa) – As exportações da fileira do pinho aumentaram 28% para o valor recorde de 2.700 milhões de euros em 2022, representando 3,4% das exportações portuguesas e 37% das exportações das indústrias da fileira florestal, anunciou hoje o Centro Pinus. Em comunicado, o Centro Pinus – Associação para a Valorização da Floresta de Pinho destaca que os últimos dados relativos ao comércio internacional divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) “revelam um aumento que supera em mais de 581 milhões de euros o valor registado em 2021, ano em que também se registou um recorde no histórico das exportações portuguesas da fileira do pinho em mais 437 milhões de euros (+25%) comparativamente a 2020”. Segundo salienta, “estes resultados refletem o aumento da procura de madeira e de resina de pinho justificadas por tendências como o aumento da utilização de madeira em construção ou em embalagens de papel usadas nas vendas ‘online’ e impulsionadas pelas políticas de substituição de produtos da base fóssil”. “Estamos bastante satisfeitos com a evolução crescente das exportações na fileira do pinho e com um maior reconhecimento externo dos produtos de alto valor acrescentado produzidos em Portugal. Este crescimento afirma a capacidade de adaptação e a resiliência das empresas deste setor”, afirma o presidente do Centro Pinus, João Gonçalves, citado no comunicado. De acordo com a associação, o subsetor do ‘mobiliário’ continuou destacar-se como o que mais exporta, alcançando em 2022 um novo recorde de 933 milhões de euros (+26%). Já os subsetores ‘papel e embalagem’ e ‘painéis’ exportaram 586 milhões de euros e 240 milhões de euros, respetivamente, o que representou, em ambos os casos, um crescimento de 24%, enquanto a ‘madeira’ vendeu 522 milhões de euros (+18%) nos mercados externos. Quanto ao subsetor da ‘resina’, cresceu 19%, com vendas ao exterior no valor de 201 milhões de euros (+19%). PD // CSJ Lusa/Fim FONTE LUSA

MOCAMBIQUE ARRANCOU HOJE 27 DE FEVEREIRO UMA CAMPANHA DE VACINACAO CONTRA A COLERA GOVERNO E ORGANIZACAO MUNDIAL DA SAUDE COORDENAM!

27-02-2023 13:33 Arranca campanha de vacinação contra cólera em Moçambique Arranca campanha de vacinação contra cólera em Moçambique facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Maputo, 27 fev 2023 (Lusa) – O Governo moçambicano, em coordenação com a Organização Mundial da Saúde, começou hoje uma campanha de vacinação contra cólera, prevendo abranger 720 mil pessoas em todo o país, anunciou hoje fonte oficial. “A campanha de vacinação será crucial para conter a propagação da cólera e ajudar a salvar vidas”, disse Severin von Xylander, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moçambique, num comunicado distribuído hoje. Segundo o documento, durante a campanha, os vacinadores vão usar uma “abordagem mista” de vacinação de doentes nos centros de saúde, através de equipas móveis e visitas porta a porta. “Vacinas orais contra a cólera serão usadas em conjunto com melhorias na água e saneamento para controlar surtos de cólera e para prevenção em áreas conhecidas como de alto risco para a doença”, refere-se no documento. Segundo dados avançados pela organização, a OMS desembolsou 856 mil dólares (811 mil euros) para apoiar a resposta contra o surto de cólera em Moçambique, além de suprimentos médicos e medicamentos. O surto de cólera que afeta alguns países da região austral africana desde finais do ano passado provocou a morte de um total de 37 pessoas em Moçambique, segundo dados do Ministério da Saúde moçambicano. As vítimas estão entre os 5.260 casos registados pelas autoridades moçambicanas, num momento em que o país atravessa um período marcado por “doenças de origem hídrica” devido à época chuvosa. Surtos de cólera e outras doenças diarreicas surgem sazonalmente em Moçambique durante a época das chuvas. Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral. EYAC // VM Lusa/Fim FONTE LUSA

MOCAMBIQUE ESSUATINI ANTIGA SUAZILANDIA, LINHA FERREA RESTABELECIDA DEPOIS DAS CHEIAS

Maputo, 27 fev 2023 (Lusa) – A linha ferroviária que liga Moçambique e Essuatíni foi reativada, após cerca de duas semanas de inatividade provocada pelas cheias que assolam a província de Maputo, disse hoje à Lusa o porta-voz dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM). “A reposição da linha férrea era uma prioridade para restabelecermos o transporte de carga e passageiros”, afirmou Adélio Lucas. ​​​​​​​O porta-voz dos CFM explicou que a empresa teve de adotar alternativas para, pelo menos, assegurar, a circulação ferroviária no interior da província de Maputo, na sequência dos estragos causados pelas inundações na via de Goba. Na sequência das intempéries, um comboio de carga que rebocava 39 tanques cisterna vazios descarrilou há duas semanas no quilómetro 20 da linha, devido a um deslizamento de terras. As bacias hidrográficas do sul de Moçambique estão a registar cheias desde o início do mês devido a chuva intensa que se tem abatido sobre aquela parte do país. PMA // VM Lusa/Fim FONTE LUSA

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

QUEIJO DE SERPA, FEIRA DO QUEIJO DO ALENTEJO EM SERPA PORTUGAL, COM RECORDE DE 140 EXPOSITORES, COMECA EM 24 DE FEVEREIRO, SEXTA FEIRA.

22-02-2023 14:04 Feira do Queijo do Alentejo em Serpa com recorde de 140 expositores Feira do Queijo do Alentejo em Serpa com recorde de 140 expositores facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Serpa, Beja, 22 fev 2023 (Lusa) – A Feira do Queijo do Alentejo começa, na sexta-feira, em Serpa, no distrito de Beja, com um número recorde de 140 expositores, dos quais quase um terço da área dos queijos, revelou hoje o presidente do município. Organizado pela Câmara de Serpa e pela comissão promotora, constituída por várias entidades, o certame, que vai para a sua 22.ª edição, realiza-se, até domingo, no Parque de Feiras e Exposições da cidade alentejana. “Estamos a preparar um regresso em grande, depois das limitações da pandemia. Temos cerca de 140 expositores”, dos quais “40 da área dos queijos”, incluindo “seis de Espanha”, realçou à agência Lusa o presidente da Câmara de Serpa, João Efigénio Palma. Segundo o município, estarão representados no certame queijos com Denominação de Origem Protegida (DOP) oriundos de todo o país, nomeadamente Serpa, Azeitão, Castelo Branco, Évora, Nisa e Serra da Estrela. A par de outros queijos nacionais e internacionais, também estarão presentes DOP espanhóis originários da ilha de Minorca, Galiza, Cádis e Málaga, adiantou a autarquia alentejana. Nas declarações à Lusa, o presidente do município realçou que a organização decidiu “aumentar significativamente o espaço da feira, com mais duas tendas, para albergar mais 40 expositores do que na edição anterior”, realizada em 2020. “Esperamos uma feira com um regresso em força, dando a conhecer os nossos produtos. Além do queijo, que é, efetivamente, o produto de eleição, também os vinhos, os enchidos e outros produtos do concelho”, referiu. De acordo com a câmara municipal, o programa da feira inclui oficinas de fabrico de queijo, exposição de ovelhas e mostra de cães de pastoreio, demonstrações de tosquia e concursos de ovinos da raça ‘Ile de France’ e do Cão da Serra de Aires. O concurso “O Melhor Queijo da Feira do Queijo do Alentejo”, gastronomia e atividades culturais e de animação, com destaque para atuações de grupos corais do concelho, são outros dos atrativos do certame. SM // MLS Lusa/Fim FONTE LUSA

TAP CHRISTINE OURMIERES-WIDENER CEO DA TAP CONFIANTE DE QWUE PRIVATIZACAO GARANTIRA TODOS OS INTERESSES DO PAIS.

22-02-2023 06:23 CEO da TAP confiante de que privatização "garantirá todos os interesses do país" CEO da TAP confiante de que privatização garantirá todos os interesses do país facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Nova Iorque, Estados Unidos, 22 fev 2023 (Lusa) - A presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse na terça-feira à Lusa estar confiante de que o processo de privatização da companhia aérea "garantirá todos os interesses do país". Em Nova Iorque, para apresentar ao mercado norte-americano as novas vantagens do programa 'Portugal Stopover', Christine Ourmières-Widener evitou responder às questões da Lusa sobre o processo de privatização, remetendo para o Governo, uma vez que "o processo será administrado pelos acionistas da companhia", mas disse "ter a certeza que todos os interesses do país serão garantidos". Em relação ao 'Portugal Stopover', a responsável afirmou que o mercado norte-americano é muito importante para a companhia aérea e que este está em crescimento, o que levará ao aumento das frequências dos voos no próximo verão. "É um mercado que queremos desenvolver e a ligação entre Portugal e os Estados Unidos é muito forte", advogou a CEO. O evento de apresentação das novas vantagens do programa 'Portugal Stopover' a vários 'stakeholders’ decorreu na terça-feira no hotel Pestana Park Avenue, no centro de Manhattan, e contou ainda com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, e da cônsul-geral em Nova Iorque, Luisa Pais Lowe. "Nós estamos numa fase muito boa da atração de investimento norte-americano para Portugal, temos uma relação historicamente muito boa com os Estados Unidos (...) e este programa da TAP dá-nos a nós, enquanto um país que quer atrair investimento estrangeiro e que quer atrair turistas para Portugal, mais um mecanismo para que fique ainda melhor conhecido nos Estados Unidos", disse Ivo Cruz. "A ideia foi mostrar que, a caminho da Europa, vale a pena parar em Portugal, ficar dez dias, que é o que o programa agora oferece. E até conhecer mais do que uma cidade. (...) É muito importante também valorizar o facto de que as comunidades portuguesas ou jovens gerações de lusodescendentes cada vez querem mais ir a Portugal e conhecer a terra dos seus antepassados. Portanto, há uma nova onda de turistas que são lusodescendentes e que é um mercado a valorizar também para a TAP", defendeu, por sua vez, Luisa Pais Lowe. Lançado em 2016, o 'Portugal Stopover' tem incentivado os passageiros da TAP a visitarem Portugal quando este não é o seu destino final. A partir de dezembro de 2022, o programa aumentou o número máximo de dias possíveis de 'stopover' em Portugal de cinco para dez dias. MYMM // JMC Lusa/Fim FONTE LUSA NB AINDA SOBRE A TAP PODEM CONSULTAR POR FAVOR TRANSPORTES & NEGOCIOS edicao de 03 de Fevereiro de 2023 e MAGAZINE INDEPENDENTE, de Mocambique, edicao de 14 de Fevereiro de 2023, página 08.

domingo, 19 de fevereiro de 2023

ANGOLA PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL ANTONIO COSTA VISITA ANGOLA EM JUNHO

18-02-2023 16:22 Primeiro-ministro português visita Angola em junho para assinar pacote de cooperação Primeiro-ministro português visita Angola em junho para assinar pacote de cooperação facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Adis Abeba, 18 fev 2023 (Lusa) – O primeiro-ministro português, António Costa, vai visitar Angola em junho, a convite do Presidente angolano, para assinar o novo pacote de cooperação estratégica, que está a ser fechado pelos dois governos. No final de uma reunião com João Lourenço, à margem da 36.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), António Costa disse que o encontro visou também avaliar como é que dois países podem “ajudar a dar um novo impulso a esta relação entre a Europa e África”. “Foi importante para fazermos o ponto da situação dos diferentes temas bilaterais que temos sempre em desenvolvimento, apontarmos uma data para a minha próxima visita a Angola e para podermos assinar o novo pacote de cooperação estratégica”, explicou António Costa no final da reunião. Quanto à data específica, António Costa remeteu essa informação para o Presidente angolano, embora adiantando que “será no princípio de junho”. “Os acordos anteriores estão a ser ultimados, os problemas técnicos que ainda bloqueavam algumas das linhas de financiamento” e a “senhora ministra das Finanças de Angola esteve em Lisboa em dezembro” e “o nosso ministro das Finanças estará no próximo mês em Luanda” para tratar desses assuntos. Até à visita, “do ponto de vista técnico, os programas ficarão resolvidos” para o “novo plano estratégico de cooperação que vigora para o próximo triénio”, acrescentou. No plano das relações bilaterais e no papel de Portugal como intermediário de África junto da União Europeia, António Costa destacou também candidaturas a financiamentos internacionais. “Uma das áreas de trabalho que julgamos poder desenvolver com Angola no futuro é um grande corredor logístico entre a bacia do [rio] Dande e o porto de Sines”, explicou. Na “semana passada apresentámos essa candidatura a um financiamento no quadro da União Europeia, no grande programa de investimentos estratégicos que a União Europeia tem, identificando este [projeto] como um grande corredor estratégico” para os dois continentes, acrescentou. Na foz do rio Dande, o governo de Luanda quer construir um Terminal Oceânico que irá servir como plataforma logística do país e na ligação ao interior da África Austral. PJA // SLX Lusa/Fim FONTE LUSA

SAO TOME E PRINCIPE MEDICOS ESPECIALISTAS PORTUGUESES PROMOVEM DESDE HOJE DOMINGO MISSAO HUMANITARIA EM SAO TOME E PRINCIPE ATE 26 DE FEVEREIRO.PARABENS!

18-02-2023 09:12 Médicos especialistas portugueses promovem missão humanitária em São Tomé Médicos especialistas portugueses promovem missão humanitária em São Tomé facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button São Tomé, 18 fev 2023 (Lusa) - Um grupo de médicos especialistas portugueses realizará uma missão humanitária em São Tomé, durante uma semana, com consultas e cirurgias ortopédicas gratuitas aos doentes mais carenciados, numa iniciativa apoiada pelo presidente da Assembleia da República portuguesa. A missão humanitária é organizada pela Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR) e inclui vários especialistas, nomeadamente em Ortopedia, Reumatologia, Pediatria, Dermatologia, Estomatologia e Farmacêutica. “Tudo começou como uma bolinha de neve que se tornou numa missão enorme já com caráter oficial, porque conseguiu o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e de muitos parceiros que se juntaram a nós”, disse à Lusa a presidente da ANDAR, Arsisete Saraiva. Numa nota enviada à Lusa, a organização refere que a missão “tem o alto patrocínio do Presidente da Assembleia da República de Portugal”, Augusto Santos Silva, e vinha a ser desenhada ainda durante o mandato do ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde Lacerda Sales, que também integrará a comitiva como médico ortopedista, permitindo que “pela primeira vez se vá colocar uma prótese no joelho em São Tomé”. Além de consultas e cirurgias no hospital central Doutor Ayres de Menezes, na capital são-tomense, as equipas médicas vão promover atividades na Santa Casa da Misericórdia de São Tomé e no projeto das Irmãs Franciscanas, na cidade de Neves, no norte da ilha de São Tomé. Durante a missão serão entregues às instituições de São Tomé e Príncipe cerca de 500 livros de histórias infantis, 10.500 lápis, 2.500 canetas, 800 mochilas, cadernos, blocos, entre outros materiais didáticos, bem como bens alimentares não perecíveis, brinquedos e vestuário. “Todos os que se puderem juntar a nós ficaremos sempre felizes e o que nós queremos é que os são-tomenses fiquem também felizes com a nossa ida, como nós os vamos acolher com coração aberto”, sublinhou a presidente da ANDAR. A missão começa este domingo e decorre até ao próximo dia 26. JYAF // JH Lusa/fim FONTE LUSA

sábado, 18 de fevereiro de 2023

JOAO GOMES CRAVINHO MINISTRO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS, AFIRMOU PORTUGAL QUER SER ELEMENTO DE LIGACAO ENTRE AFRICA E EUROPA, CONCORDO EM ABSOLUTO, MAS QUAIS ALGUNS DOS CAMINHOS A PERCORRER_____DIREI EU!

17-02-2023 19:54 Portugal quer ser elemento de ligação entre África e Europa – MNE português Portugal quer ser elemento de ligação entre África e Europa – MNE português facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Adis Abeba, 17 fev 2023 (Lusa) – O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou hoje em Adis Abeba que Portugal quer funcionar como elemento de ligação entre África e a Europa, por ser visto pelas nações africanas como um “país intermédio”. Fazendo um balanço da mais de uma dezena de reuniões bilaterais que teve hoje na capital da Etiópia, à margem da 36.ª Cimeira da União Africana, João Gomes Cravinho explicou à Lusa que Portugal é visto como um parceiro, que “faz a ponte com a Europa”. “Eles sabem, eles não olham para nós como se fôssemos verdadeiramente de fora, olham para nós com um país intermédio que não é bem um país africano, mas que é um país muito próximo” e mesmo nos casos em que há relações “menos intensas”, há “essa recetividade”, afirmou João Gomes Cravinho, que fez um “balanço muito positivo” dos encontros realizados. O primeiro-ministro português, António Costa, vai estar presente na cimeira, sábado e domingo, e vai participar em vários encontros, um sinal de um reconhecimento por parte dos parceiros africanos, já que será o único chefe de Governo não africano presente. “Ganharmos um conhecimento muito detalhado da situação, por exemplo, no Sahel ajuda-nos muito a explicar em Bruxelas porquê e de que maneira é que o apoio europeu pode fazer a diferença” em África, ilustrou o ministro. “Eu não tenho dúvidas nenhumas que a Europa precisa de África da mesma maneira que a África precisa da Europa e a paz na região do Sahel vai precisar de um forte apoio europeu”, mas, “para isso, é preciso que do lado europeu haja algum conforto através do conhecimento daquilo que se passa”. Portugal “pode desempenhar esse papel, tem vindo a desempenhá-lo. Felizmente não somos os únicos, mas somos, diria, especiais neste relacionamento”, acrescentou o governante. PJA // JH Lusa/Fim FONTE LUSA EIS A MINHA REFLEXAO Portugal tem a "faca e o queijo na mao", o seu passado colonial que é um facto, quanto ao conhecimento. Tem a CPLP, como um dos caminhos. Tem a TAP,nao vou repetir aquilo que já disse na revista on line TRANSPORTES E NEGOCIOS de 03 de Fevereiro de 2023 e no Magazine Independente na pagina 08 de 14 de Fevereiro de 2023.Os nossos principais EMBAIXADORES nos paises africanos sao a comunidade portuguesa praticamente existentes em todos eles, pelo que nao faz sentido quando um governante portugues visite um espaco de um Pais africano onde haja portugueses e nao "encontre tempo"para se reunir com eles, como acontece com alguma regularidade, ou cometam outro tipo de erros nos seus encontros com as entidades oficiais, por ai nao vamos lá nao.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

LISBOA FOI ELEITA A CIDADE CAPITAL MAIS ROMANTICA DA EUROPA, EXCELENTE, PARABENS!

É oficial: a cidade mais romântica da Europa é portuguesa Por Sandra M. Pinto em 11:01, 14 Fev 2023 Lisboa foi eleita a capital mais romântica da Europa, de acordo com o estudo desenvolvido pelo grupo Catamaran Charter Croatia, que analisou os dados disponibilizados pelo TripAdvisor sobre os restaurantes e hotéis mais românticos das capitais europeias. “Vermos Lisboa ser considerada como a capital mais romântica da Europa deixa-nos, obviamente, muito honrados e vem confirmar aquilo que já temos vindo a afirmar nos últimos anos. Lisboa dispõe de uma grande variedade de opções para todos os segmentos e motivações.”, afirma a diretora executiva do Turismo de Lisboa, Paula Oliveira. Esta pesquisa revelou que Lisboa é a mais romântica cidade europeia e a melhor para passar o Dia dos Namorados. Apesar de ter a 9ª área mais pequena das cidades incluídas no estudo, é a capital que apresenta a maior proporção de restaurantes e hotéis românticos por cada milhão de habitantes. No site da Associação do Turismo de Lisboa são disponibilizadas as melhores sugestões para conhecer Lisboa, bem como todas as atividades de cultura e lazer que podem ser a escolha ideal para dias românticos. FONTE SAPO VIAGENS

ILHA DE MOCAMBIQUE, CAPELA DE NOSSA SENHORA DO BALUARTE, A MAIS ANTIGA EDIFICACAO EM ALVENARIA NA COSTA DO INDICO, OS GOVERNOS DE PORTUGAL, MOCAMBIQUE E A MOTA ENGIL ASSINARAM HOJE UM MEMORANDO PARA A SUA REABILITACAO

15-02-2023 19:54 Portugal, Moçambique e Mota-Engil vão recuperar o mais antigo edifício em alvenaria do Índico Portugal, Moçambique e Mota-Engil vão recuperar o mais antigo edifício em alvenaria do Índico facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Ilha de Moçambique, Moçambique, 15 fev 2023 (Lusa) - Os governos de Portugal e Moçambique e a construtora Mota-Engil assinaram hoje um memorando de entendimento para reabilitação da Capela de Nossa Senhora do Baluarte, na Ilha de Moçambique, a mais antiga edificação em alvenaria na costa do Índico. "Nós, a partir de hoje, temos uma grande responsabilidade, de reabilitar esta capela com robustez para que tenha uma durabilidade de mais 500 anos", ou seja, mais tantos quantos completou em 2022, frisou Aníbal Leite, diretor-executivo da Mota-Engil África, em declarações à Lusa. A robustez é necessária para enfrentar ciclones, que caracterizam a região, como aconteceu há um ano quando o ciclone Gombe destruiu casas e infraestruturas na ilha e em 2019 quando o ciclone Kenneth também se abateu sobre a região, deixando a capela muito danificada. A empresa vai realizar o trabalho a preço de custo, enquadrando-o nas suas ações de responsabilidade social, num valor que ainda está a ser avaliado em termos técnicos, mas que se prevê possa arrancar em maio, explicou Aníbal Leite. Até lá, a Mota-Engil vai mobilizar e formar trabalhadores da Ilha de Moçambique. A Fundação Manuel António da Mota, fundador da empresa, vai ao mesmo tempo fazer uma contribuição monetária para a requalificação. Os trabalhos deverão prolongar-se "por seis a oito meses", atendendo à "complexidade" de alguns pormenores e aos requisitos de material, detalhou. A capela é património classificado, único exemplar de arquitetura manuelina em Moçambique, um edifício erguido em 1522 pela armada portuguesa a caminho da Índia e que está dentro do perímetro da fortaleza de São Sebastião. A Ilha de Moçambique foi declarada Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 1991 e a ministra da cultura moçambicana, Edelvina Materula, espera que a ação da Mota-Engil se estenda para lá da reabilitação da capela – extensão prevista no memorando hoje assinado. A governante classificou a assinatura como “um gesto de amizade, irmandade e cooperação” que demonstra “a vontade comum” de continuar “nesta caminhada” de requalificação com a expectativa de que venha a ser “longa”. "Espero que tenha visto o tamanho desta fortaleza. E não termina por aqui: a ilha é muito mais que a fortaleza", disse em tom descontraído ao agradecer a parceria a Aníbal Leite e após subscrever o documento ao lado de Francisco André, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, de visita a Moçambique. "O secretário de Estado disse há pouco que não me conseguem dizer que não, portanto, fiquei com a deixa", sublinhou. O Camões - Instituto da Cooperação e da Língua mantém um núcleo de cooperação em várias áreas na Ilha de Moçambique e vai apoiar a reabilitação da capela, face ao pedido de Moçambique. Francisco André explicou à Lusa, acerca da parceria com a Mota-Engil, que "foi identificado pela parte moçambicana a necessidade de encontrar um parceiro privado com experiência e capacidade para levar por diante" esta atividade, face ao "perigo iminente" de as fundações da capela ruírem. "Neste diálogo surge a Mota-Engil como parceiro privado disponível para participar" e que o faz "ao abrigo da sua responsabilidade social" com "uma contribuição financeira para suportar os custos da própria obra", referiu. "Portugal fará como sempre faz na cooperação com Moçambique: encontrámos o projeto e agora acertamos os detalhes do nosso apoio financeiro às autoridades de Moçambique", que é "o dono da obra" que vai dialogar com o empreiteiro - uma "negociação à qual Portugal é completamente alheio", clarificou o governante. E concluiu: "Aquilo que nós fizemos foi responder sim a Moçambique e manifestar a nossa disponibilidade para apoiar financeiramente este projeto que sentimos que é importante". LFO // LFS Lusa/Fim FONTE LUSA

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

PORTUGAL CONCEDE TOLERANCIA DE PONTO NO CARNAVAL A 21 DE FEVEREIRO.

13-02-2023 06:47 Governo concede tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval Governo concede tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Lisboa, 13 fev 2023 (Lusa) - O Governo vai conceder tolerância de ponto no dia 21 de fevereiro, terça-feira de Carnaval, aos trabalhadores que exercem funções públicas no Estado, segundo um despacho já assinado pelo primeiro-ministro, António Costa. "É concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e nos institutos públicos, no dia 21 de fevereiro de 2023", lê-se no despacho, a que a agência Lusa teve acesso. O primeiro-ministro sustenta que, "pese embora a terça-feira de Carnaval não conste da lista de feriados obrigatórios estipulados por lei, existe em Portugal uma tradição consolidada de organização de festas neste período". De acordo com o despacho assinado por António Costa, excetuam-se "os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente". "Sem prejuízo da continuidade e da qualidade do serviço a prestar, os dirigentes máximos dos serviços e organismos referidos no número anterior devem promover a equivalente dispensa do dever de assiduidade dos respetivos trabalhadores, em dia a fixar oportunamente", refere-se no documento. Desde que António Costa assumiu funções como primeiro-ministro, em novembro de 2015, a única vez que não assinou o despacho de tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval foi há dois anos, por o país se encontrar em confinamento geral devido à pandemia da covid-19. Em fevereiro de 2021 vigorava em Portugal o estado de emergência, com dever geral de recolhimento – e consequente proibição de festividades públicas – e com um amplo conjunto de atividades encerradas para contenção da propagação da doença. FM (PMF) // JPS Lusa/Fim FONTE LUSA

CABO VERDE UNIAO EUROPEIA FINANCIA PROJECTO PARA MAIS DE 450 CASAS DE BANHO EM BAIRROS POBRES DA PRAIA.

13-02-2023 10:09 UE financia projeto para mais de 450 casas de banho em bairros pobres da Praia UE financia projeto para mais de 450 casas de banho em bairros pobres da Praia facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Praia, 13 fev 2023 (Lusa) - Um projeto financiado pela União Europeia (UE) vai permitir construir ou reabilitar mais de 450 casas de banho dos bairros mais pobres da Praia, segundo dados do concurso lançado pela autarquia da capital cabo-verdiana. De acordo com o edital do concurso, consultado hoje pela Lusa, as intervenções serão feitas nos bairros do Alto da Glória, Simão Ribeiro, Achada Grande Frente, Tira-Chapéu, Castelão, Safende e Eugénio Lima, prevendo a reabilitação de 311 casas de banho e a construção de 145 novas ao abrigo do projeto “Praia + Inclusiva”, que resulta ainda de uma parceira com a autarquia de Madrid, Espanha. O projeto, segundo a Câmara da Praia, visa promover a inclusão social das cidades pela ampliação do acesso a serviços básicos de distribuição de água e esgotos, bem como as ligações internas, num projeto piloto de construção de casas de banho para os agregados mais pobres. As obras terão de ser concluídas em 90 dias e a escolha das empresas que irão realizar os trabalhos está prevista para o mês de março. O Governo cabo-verdiano aprovou em janeiro a Estratégia Nacional para a Erradicação da Pobreza Extrema até 2026, situação em que se encontram quase 12.200 famílias no arquipélago. “É uma estratégia transversal que impõe uma responsabilidade também para os vários setores e é uma estratégia que pretende, acima de tudo, reforçar o sistema de proteção social focalizando no aumento da cobertura dos programas sociais e da transferência de rendimento”, explicou anteriormente a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Janine Lélis. A Estratégia Nacional para a Erradicação da Pobreza Extrema até 2026 “define as ações estratégicas necessárias”, como a “expansão do rendimento social de inclusão” e apoios diretos às famílias com crianças. “Vai-se também utilizar o mecanismo da promoção da inclusão produtiva através das medidas de formação e apoio à criação do próprio negócio para os adultos e ainda expandir a cobertura da pensão social”, enumerou. “Cerca de 13,1% da população cabo-verdiana vive na condição de extrema pobreza, considerando que são pessoas que têm menos do que o que corresponderia a 135 escudos [1,20 euros] por dia para a satisfação das suas necessidades básicas”, explicou a ministra. Acrescentou que os dados atuais “apontam para a existência de 12.184 agregados familiares a viver em extrema pobreza”. “As crianças representam cerca de 37% daquelas que estão nesta situação de extrema pobreza”, sublinhou. PVJ // VM Lusa/Fim FONTE LUSA

domingo, 12 de fevereiro de 2023

SAO TOME E PRINCIPE E PORTUGAL ANALISAM NOVAS AREAS DE COOPERACAO ABRANGENTES.

cooperação São Tomé e Príncipe e Portugal analisam novas áreas de cooperação abrangentes Fevereiro 10, 202329 0 São-Tomé, 10 Fev. 2023 (STP-Press) – São Tomé e Príncipe e Portugal anunciaram hoje novo ciclo de cooperação, no âmbito da visita oficial e de trabalho do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho. O chefe da diplomacia portuguesa foi hoje recebido pelo seu homólogo são-tomense, Alberto Pereira, num encontro que serviu para os dois países analisarem as novas áreas de cooperação. No fim do encontro, João Gomes Cravinho disse à imprensa que “os dois países tiveram a oportunidade de passar em revista aquilo que é o conjunto de áreas de trabalho e que no âmbito de cooperação, as relações políticas são muito boas, que a cooperação está a funcionar muito bem e que Portugal pode trabalhar no novo programa no apoio à administração pública são-tomense, que se concretizar durante próximos meses, trará pessoas qualificadas para dar formação em diversas áreas, desde as finanças, segurança social, justiça, agricultura e também no departamento das mulheres, atendendo à criação do novo ministério das mulheres”. Por tudo isso, o ministro dos Negócios Estrangeiros português entende que os dois países estão a iniciar o novo ciclo de cooperação e que têm ambos, coincidentemente, o mesmo calendário de legislatura, o que permite “um bom trabalho de continuidade”. “Esta é uma ideia de um projecto novo do reforço da administração pública são-tomense em diferentes áreas, que foi lançada pelo primeiro-ministro, Patrice Trovoada, quando esteve em Lisboa em dezembro, e que acolheu do nosso lado a total disponibilidade, mas, no entanto, vamos trabalhar para agora concretizar as diferentes áreas”, sublinhou o ministro português. Outro aspecto de cooperação que o governante português destacou diz respeito à segurança e defesa. “Portugal tem um papel muito importante em São Tomé e Príncipe e tem vindo a assumir esse papel através do navio NRP Zaire, e estamos agora a olhar para a sua substituição por outros meios e estamos a trabalhar nessa matéria no próprio quadro da CPLP”. “Nesta região do Golfo da Guiné há um problema grave de pirataria; mais de 90% de pirataria ao nível mundial tem lugar aqui nesta região e temos que apoiar São Tomé e Príncipe, quer seja com informação e meios que possam permitir que as suas águas territoriais sejam devidamente salvaguardadas”, afirmou João Gomes Cravinho. Da parte do ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Alberto Pereira, o destaque é a próxima cimeira da CPLP, a ter lugar em São Tomé, e que o país vai assumir a presidência da organização. O ministro são-tomense diz que “o país está nos preparativos e como pode imaginar será uma logística muito elevada, neste encontro com o ministro dos negócios Estrangeiros de Portugal abordamos questões de possíveis apoios que nós iremos necessitar e estamos a fazer os contactos também com outros países amigos, membros da CPLP também para nos ajudar na logística da organização desse evento”. O ministro não avançou a data da cimeira, mas disse que poderá ser, em princípio, em finais de Julho ou no início de Agosto. STP-Press /JS FONTE STP PRESS

sábado, 11 de fevereiro de 2023

NESPEREIRA, CINFAES, VISEU, PORTUGAL, HOJE DIVULGO A TERRA ONDE NASCI E MINHA MAE TANTO AMAVA|

Nespereira (Cinfães) Artigo Discussão Ler Editar Ver histórico Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Portugal Portugal Nespereira Freguesia Gentílico nespereirense Localização Localização no município de Cinfães Localização no município de Cinfães Nespereira está localizado em: Portugal Continental Nespereira Localização de Nespereira em Portugal Coordenadas 41° 0' 10" N 8° 09' 39" O Município CNF.png Cinfães Administração Tipo Junta de freguesia Presidente Mário Durval Pinto Leitão (PS) Características geográficas Área total 35,99 km² População total (2011) 1 977 hab. Densidade 54,9 hab./km² Outras informações Orago Santa Marinha Sítio http://www.nespereira.ciberjunta.com Procurar imagens disponíveis Nespereira é uma freguesia portuguesa do município de Cinfães, com 35,99 km² de área e 1 977 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 54,9 hab/km². Foi vila e sede de concelho, e após a sua extinção, passou a integrar o concelho de Sanfins que por sua vez, foi extinto em 24 de Outubro de 1855; a partir dessa data integrou o município de Cinfães.[1] População População da freguesia de Nespereira [2] 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2 497 2 242 2 432 2 623 2 764 3 016 3 158 3 426 3 766 3 352 2 859 2 786 2 582 2 217 1 977 História À proveniência e atribuição do nome de Nespereira, muitos se referem de diferentes modos. Alguns sustentam que terá tido origem na quantidade de árvores de onde provêm as nêsperas (ou magnórios) e que abundavam nestas paragens; outros, porém, - e parece ser esta a mais provável das razões - sustentam que tal se ficou a dever porque, um fidalgo na altura dominante no Julgado de Sanfins e instalado lá para o mosteiro de Alpendurada, se terá enamorado duma bonita mulher chamada Inês Pereira, nascida e residente nesta freguesia cinfanense, terra reguenga na posse de nobres e fidalgos dominantes nos Séculos XIV e XV. Ao tempo, segundo alguns sustentam, este lindo vale terá servido de guarida ao dito fidalgo, afeito a andanças entre Alpendurada e todo o julgado de Sanfins mas, com paragem nesta localidade. A existência de povoamento, na era megalítica, parece inferir-se dos topónimos Pedra Posta, Pedra e Cova da Moira, esta com indícios de galerias artificiais e que pertence à cultura dolménica. Por outro lado, povos pré-celtas levantaram fortificações castrejas no morro do castelinho recordadas nos povoados adjacentes de Castro e Castelo. Alguns nomes auxiliam a identificar essas tribos errantes, como Ardena, o rio que foi buscar o radical aos Áravos, e Grou, lugar a recordar o povo germano-celta dos Gróvios. Os Romanos lançaram-se na exploração agrícola, organizando diversos núcleos fundiários, documentados nas "villas", no Paço do superintendente senhorial, na Mó, ou lugar dos Moinhos e na pequena ponte sobre a ribeira da Assureira, hoje quase soterrada devido à estrada de Ervilhais. A tradição a as lendas falam da presença muçulmana, além de nomes como Alqueive e Marvão. O primeiro documento referente a Nespereira data de 30 de Março de 1131 e descreve uma doação a favor de Afonso País e mulher. A freguesia de Nespereira resultante das antigas de Santa Marinha, Santo Irício e S. Miguel de Ervilhais (já desaparecida no início do século XV), foi concelho com sede na aldeía do Souto onde existia o pelourinho e no campo do Travaço o Tribunal e a Câmara, com foral dado por D. Manuel a 15 de Abril de 1514. A Igreja Matriz guarda uma cruz românica de ferro, uma custódia renascença e a imagem da padroeira em pedra ançã do século XV. Na Fraga da Venda, encontram-se vestígios de minas de estanho. Na parte alta da freguesia, já na Serra de Montemuro, na estação arqueológica de Chão de Brinco, foram encontradas duas mamoas de grande valor arqueológico. Património Pelourinho de Nespereira Ponte da Balsa Igreja de Santo Erício (matriz) Capelas de São Vicente (ou de Santa Cruz), de Nossa Senhora da Livração, de Nossa Senhora das Necessidades, d São Brás, de Souto e de Santa Ana Nicho da Senhora do Castelo com capela Quintas de Cadafaz, de Pindelo e de Borral Casas da Quinta da Granja, da Portela e dos Coutinhos gruta da Senhora das Lurdes Castelo de Ervilhais Quedas da Falfa Miradouro do Grou Penedo do Redondo Pedras do Picoto Dois coretos Associativismo Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Nespereira ASSRN - Associação de Solidariedade Social e Recreativa de Nespereira Banda Marcial de Nespereira (Centro Recreativo e Cultural) Grupo Folclórico de Nespereira (Associação Recreativa de Nespereira) Nespereira Futebol Clube Associação de Caça e Pesca de Nespereira Casa do Povo de Nespereira Kuljovem - Associação Juvenil de Nespereira ARDENA - Associação de Revitalização, Desenvolvimento Ecológico, Natural e Ambiental de Nespereira Grupo Cultural e Desportivo de Pindelo ALCE - Associação dos Amigos dos Lugares do Castelo e Ervilhais Locais a visitar Alto de Nossa Senhora do Castelo O Castelo é uma proeminência rochosa, que atinge 1021 metros de altitude, situada a meio caminho entre Ervilhais e Cristelo, no interior de um «triângulo» cujos vértices são Castelo de Paiva, Arouca e Cinfães, ficando, no entanto, bastante mais próximo da última localidade do que das primeiras. Do ponto de vista morfológico corresponde a um tor (acumulação de bolas graníticas), que domina uma escarpa de falha de direcção NE-SW. A forma alcandorada e imponente terá levado as gentes da serra a «baptizar» tal local de Castelo. Este fenómeno é, aliás, extremamente frequente, como o revelam os estudos toponímicos, e apontando para antigas civilizações castrejas. Sítio que a natureza privilegiou também pela panorâmica que dele se avista. Para Norte e Litoral todo o vale do Douro até ao Mar ( com especial vista para a Barragem do Carrapatelo) , para sul, do S. Macário até à serra da Estrela. Realiza-se um Festa no primeiro domingo de Agosto. Mamoas de Chão de Brinco A Mamoa 1 de Chão de Brinco é um monumento de grandes dimensões, situado em plena Serra do Montemuro, a cerca de 1000 mteros de altitude, fazendo parte de um núcleo de 3 mamoas, sendo a que mais se destaca na paisagem. Do seu espólio ressalta o elevado número de contas de colar, discoídes, em xisto (cerca de 4 mil), 2 dezenas de micrólitos em sílex, uma minúscula e rara peça em ouro, além de cerâmica campaniforme. Da sua estrutura megalítica, restaram apenas 3 esteios em granito, dos quais 2 com gravuras e um com ténues, mais inequívocos vestígios de pinturas. O ersteio de cabeceira apresenta-se profusamente isncuípido, sendo os motivos predominantemente, de tipologia meandriforme. Frente a este na direcção de nascente, a escavação realizada revelou uma estrutura que pode, ainda que com reservas, ser considerada como um “corredor incipiente”, não usual no megalitismo português. Na entrada desta estrutura surgiu uma pedra, de configuração rectangular, tendo na superfície interna (voltada para a Câmara) um conjunto de gravuras, de que ressalta um motivo que pode ser considerado como antropomorfo esquemático, de membros arqueados, localizados na parte superior do suporte lítico. No decurso da primeira campanha de escavações realizada a este monumento( Verão de 1988) foi encontrada, na zona da câmara dolménica (local que apesar de remexido, forneceu a maioria do espólio), uma pedra alongada, em granito que, quando observada com mais cuidado, evidenciou uma gravura de feição antropomórfica. Além do interesse histórico e secular de referir ainda que se trata de um belo lugar para caminhadas, passeios BTT entre outros. Minas da Fraga da Venda Na Fraga da Venda, encontram-se vestígios de minas de estanho e volfâmio, onde passa um pequeno riacho límpido. Com uma área considerável de grutas de grande interesse, podemos encontrar neste local um abrigo recentemente construído pelos caçadores, com a colaboração da Junta de Freguesia, que serve os que ali passam. Gruta de Nossa Senhora de Lurdes Localizada perto da Igreja de Santa Marinha, esta gruta foi inaugurada em 1896 e é uma réplica Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, que se encontra em Massabielle, em França. Situada num espaço arborizado e com vegetação abundante, dispõe de bancos e mesas em pedra. Pela sua morfologia natural, constitui um anfiteatro natural, com excelentes condições acústicas, onde se realizam várias actividades e concertos ao ar livre. É sem dúvida o ex-libris de Nespereira, um local para visitar, passear, descansar, merendar ou, simplesmente, relaxar em contacto directo com a natureza. Ponte da Balsa Ponte antiga em arco construída em pedra, ao lado da qual foi recentemente construída uma pequena ponte em madeira. Inserida numa zona fluvial completamente recuperada e aprazível, o espaço tem servido de cenário à realização de actividades de cultura e lazer. Rio Ardena ( açudes e albufeira da mini-hidrica) Os tempos obrigaram o homem a aproveitar o bom que a Natureza lhe dá, pelo que numa encosta virada a sul, rica em água os nossos antepassados meteram mão à obra e trouxeram até estas encostas a água e para tal construíram os açudes de forma a direccionar a água para os campos de cultivo e para os moinhos e o vale do Ardena possuí muitos quer no trecho principal do Ardena, quer nos afluentes. Mais tarde e na parte final do seu percurso foi aproveitado para produção energética com a construção da Mini-Hidrica. Estes espaços, bem como todo o seu percurso possuem condições óptimas para banhos, pesca de recreio e para passeios (BTT e pedestres) que queremos ver potenciados. Quedas de água da Falfa e Golas Situada nas encostas da serra do Montemuro, Nespereira tem uma grande bacia hidrográfica rica em quedas de água, resultantes da sua morfologia que passa em poucos km’s dos 1000m aos 400m. Dessas quedas de água destacamos as da Falfa (situadas no Ribeiro dos Espiches ) e que podem ser avistadas da zona da Pedra da Moura (na estrada municipal que liga Nespereira a Vilar d’ Arca). As quedas de água das Golas, situadas pouco abaixo da Mini-Hidrica do Ardena ressaltam a conjugação de duas quedas, que pela sua inserção natural resultam de um belo equilíbrio entre o trabalho realizado pela erosão da água e pela conjugação de cores naturais. Pode ser vista do Estradão que liga Nespereira à Espiunca. Casa Museu “Quinta dos Fidalgos da Granja” Reconstruída pela Associação Recreativa de Nespereira com o apoio do PRODER, das autarquias locais e da população a partir da Quinta do João de Deus e com aspectos ligados à resistência monárquica, esta Casa Museu pretende salvaguardar a identidade local e regional, através da preservação, partilha e mostra de vivencias, “istórias” e aspectos da ancestralidade dos nossos povos. Com dois corpos, um destinada a Casa Museu, onde ficará exposto todo o espólio e outro corpo operacional, onde estão as estruturas de apoio que ajudam a criar elementos de atracção e complementaridade à infra-estrutura. Esta infra-estrutura não pretende ser um espaço fechado que só é aberto com a visita do turista, mas mais do que isso um espaço aberto à comunidade, onde serão recuperadas e mantidas vivas velhas e saudosistas tradições. Será um espaço de eleição para a partilha, vivência conjunta, onde as actividades serão os pólos de atracção a este espaço. Não será um espaço de objectos, mas um espaço vivo, em constante movimento e onde a atracção dos diversos visitantes estará alicerçada na mostra viva e na gastronomia… Neste momento encontra-se em fase de acabamentos da parte operacional (salão multiusos, sala administrativa e camaratas)…pelo que se espera que em breve esteja operacional na totalidade. Pedra da Moira O local designado por "Pedra da Moira" é constituído por umas velhas ruínas do que se pensa ter sido um forno romano. A este local está associada uma lenda, segunda a qual lá habita uma "moira encantada", transformada em cobra, que aparece em tardes soalheiras aguardando a chegada de um cavalheiro que a beije, colocando fim no encantamento e transformando-se numa bela mulher. Referências «Paróquia de Nespereira». Arquivo Distrital de Viseu. Consultado em 5 de Novembro de 2013 Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes Ligações externas Paróquia de Nespereira, no Arquivo Distrital de Viseu FONTE WIKIPEDIA

O CAFE DA GORONGOZA, PROVINCIA DE SOFALA, MOCAMBIQUE O AMBIENTE E VDESENVOLVIMENTO.

"Início > Pesquisa da Ufes identifica melhores cultivares de café para reflorestamento em Moçambique Pesquisa da Ufes identifica melhores cultivares de café para reflorestamento em Moçambique Por @EquipeGN 08/02/2023 O pesquisador moçambicano, Niquisse José Alberto (à direita) foi orientado em seu mestrado pelo professor capixaba Fábio Partelli (à esquerda) | Foto: Divulgação/Ufes Uma pesquisa desenvolvida na Ufes amplia a possibilidade de cultivar café em uma área de conservação localizada na região central de Moçambique: o Parque Nacional da Gorongosa. Durante seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento da Ufes, o pesquisador moçambicano Niquise José Alberto investigou a diversidade genética de nove cultivares de coffea arabica plantadas no parque, avaliando concentração, acúmulo, retirada e retorno de nutrientes e características biométricas e anatômicas. As cultivares são espécies de plantas que foram melhoradas devido à alteração ou à introdução, pelo homem, de uma característica que antes não possuíam. Elas se distinguem das outras variedades da mesma espécie de planta por sua homogeneidade, estabilidade e novidade. O Parque Nacional da Gorongosa tem cerca de 4 mil quilômetros quadrados de território, área semelhante à dos municípios brasileiros de Linhares (ES) e Campos dos Goytacazes (RJ). Fundado em 1960, o local passou por uma grande destruição durante a guerra civil ocorrida nas décadas de 1970 e 1980. Está sendo reflorestado com a ajuda do cultivo de café, plantado juntamente com árvores nativas. O projeto Tricafé, feito em parceria da Ufes com o Parque e o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (Portugal), colabora para a revitalização do parque e o desenvolvimento sustentável de cerca de mil famílias que vivem no local, com geração de renda e instalação de equipamentos públicos, como escolas. “O café é uma cultura nova que está sendo introduzida em Moçambique, dessa maneira surge a necessidade de avaliar quais cultivares podem ser mais adaptáveis a essa região, de modo que aconteça, também, uma produção sustentável. Assim, garante-se a proteção ambiental dessa região, a fonte de renda, a segurança alimentar e o acesso à educação para a população local”, explica Alberto. A produtividade e a diversidade de cafés no Brasil levaram o pesquisador a fazer seu mestrado no país. O orientador de Alberto, professor Fábio Partelli, coordena a parte brasileira do projeto. Partelli ressalta que a Gorongosa é uma área em que a maior parte da população vive em situação de pobreza e falta de oportunidades. “Nessa região, que é uma das mais pobres de Moçambique, cerca de 95% dos jovens são analfabetos. Então, pensando na preservação do parque e na geração de renda das pessoas que ali vivem, nossa função consiste em levar conhecimento técnico para cultivar coffea arabica, e também auxiliar na formação de recursos humanos, com dissertações de mestrado e teses de doutorado”. O estudo analisou a presença de nutrientes no fruto de café e também no grão. O plantio de café contribui para gerar renda para as famílias da região do Parque Nacional da Gorongosa | Foto: Divulgação/Ufes Método e conclusões A técnica utilizada pelo Tricafé, chamada de agrossilvicultura, consiste no plantio de safras de café, caju e outras plantas lenhosas perenes. Entre elas, intercala-se o plantio de árvores nativas, como mogno da África Oriental, titi, albizia, muonha, panga-panga e mussulo. Essas árvores cooperam para promover maior captação de carbono da atmosfera, ajudando a desacelerar os efeitos das mudanças climáticas e a restaurar a floresta tropical e sua biodiversidade. Em quatro anos de pesquisa, foi possível identificar um conjunto de novas espécies animais dentro do parque, como o morcego Miniopteru wilsoni, descoberto em 2020. A conclusão do estudo indicou que as cultivares alcançaram maior acúmulo de macronutrientes como nitrogênio, potássio e cálcio no grão, no fruto e na palha de café. Eles são necessários para que a planta tenha um desenvolvimento saudável em larga escala. Houve, ainda, um acúmulo de micronutrientes como ferro, manganês e boro, os quais são necessários, ainda que em menor escala. O Tricafé é fruto de um acordo entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a Organização das Nações Unidas (ONU), o Instituto Camões, de Portugal, e a Administração Nacional das Áreas de Conservação (Anac), que é responsável pelas áreas de preservação ambiental de Moçambique. As instituições brasileira e portuguesa financiam os custos da iniciativa, que tem como principais objetivos realizar pesquisas sobre o comportamento do café nas condições edafoclimáticas de Moçambique e ensinar sobre o seu cultivo. O projeto se encerra em novembro de 2023, quando será apresentado um guia de orientação para o plantio no país" FONTE GRAFFITTI NEWS/UFES.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

SAO TOME E PRINCIPE PRESIDENTE DO BRASIL LUIZ INACIO LULA DA SILVA PODERA PARTICIPAR NA CIMEIRA DE CHEFES DE ESTADO DA CPLP A REALIZAR EM JULHO DE 2023 EM SAO TOME E PRINCIPE.

07-02-2023 20:33 Presidente do Brasil deverá participar na cimeira da CPLP em São Tomé - embaixador Presidente do Brasil deverá participar na cimeira da CPLP em São Tomé - embaixador facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button São Tomé, 07 fev 2023 (Lusa) - O embaixador brasileiro em São Tomé e Príncipe disse hoje que o Presidente do Brasil deverá participar na cimeira da CPLP, prevista para julho na capital são-tomense, realçando o interesse que Lula da Silva sempre demonstrou na organização lusófona. “Eu acredito, embora não esteja confirmada ainda, mas o Presidente Lula enquanto esteve no Governo participou de todas as cúpulas da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], então é possível que ele também venha a São Tomé e Príncipe este ano”, disse Pedro Dalcero, que entregou as cartas credenciais como novo embaixador do Brasil junto do Estado são-tomense. O diplomata brasileiro disse também que “o Presidente Lula [da Silva] fez um convite oficial ao Presidente Carlos Vila Nova para visitar o Brasil”, e que a data e os detalhes da visita, que poderá acontecer ainda este ano, será acertada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe. Após entregar as cartas credenciais, Pedro Dalcero reuniu-se com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, com quem analisou a cooperação bilateral entre Brasil e São Tomé e Príncipe. “A história de São Tomé e Príncipe e a história do Brasil estão interligadas, temos laços culturais, falamos a mesma língua e temos laços de sangue […] faz sentido que esses laços se intensifiquem”, advogou. Pedro Dalcero sublinhou que nos seus dois mandatos anteriores o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva “renovou e aprofundou as relações do Brasil com o continente africano”, tendo sido durante o seu primeiro mandato em 2003 que foi aberta a embaixada do Brasil em São Tomé e Príncipe, no mesmo ano em que Lula da Silva visitou o arquipélago. “Nós temos uma tradição na área da cooperação, formação profissional, na saúde, gestão pública, e todas essas áreas o Brasil tem atuado com muita intensidade nos últimos 20 anos […] o meu desafio como embaixador é elevar essa relação à um novo patamar”, apontou. O diplomata referiu que pretende agora trabalhar para “atrair empresários brasileiros para São Tomé e Príncipe”, considerando que o país “pode ser um parceiro importantíssimo para o Brasil nas relações comerciais com os países da costa africana”. Desde 2014 que São Tomé e Príncipe e Brasil têm uma cooperação militar no domínio da guarda costeira, sobretudo na formação de fuzileiros navais da marinha são-tomense. JYAF // LFS Lusa/Fim FONTE LUSA

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

SAO TOME E PRINCIPE JAPAO ENTREGA 2.800 TONELADAS DE ARROZ EM AJUDA ALIMENTAR A SAO TOME E PRINCIPE

06-02-2023 16:13 Japão entrega 2.800 toneladas de arroz em ajuda alimentar a São Tomé e Príncipe Japão entrega 2.800 toneladas de arroz em ajuda alimentar a São Tomé e Príncipe facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button São Tomé, 06 fev 2023 (Lusa) - O Governo japonês entregou hoje 2.800 toneladas de arroz, equivalente a cerca de 2 milhões de euros, de ajuda alimentar a São Tomé e Príncipe, cuja contrapartida será aplicada em projetos socioeconómicos no arquipélago, foi hoje anunciado. “Esta ajuda alimentar não reembolsável, no valor de 2.800 toneladas de arroz, visa em primeiro lugar reduzir a escassez de alimentos em São Tomé e Príncipe e contribuirá para garantir a segurança alimentar, tornando rentável o arroz oferecido a um preço preferencial a operadores económicos selecionados no mercado local. Posteriormente as receitas destas vendas serão utilizadas para constituir um fundo de contrapartida após consulta entre os nossos dois governos”, disse o embaixador do Japão em São Tomé, Shuji Noguchi. Durante a cerimónia de entrega oficialm que decorreu em São Tomé, o diplomata nipónico precisou que a ajuda corresponde a cerca de 50 milhões de dobras e faz parte da parceria de mais de 40 anos entre os dois países, “no domínio da ajuda alimentar, que representa um símbolo de cooperação sincera e ativa”. Shuji Noguchi recordou que, com o fundo de contrapartida da ajuda alimentar de 2021, também estimada em 2.800 toneladas de arroz, foi possível financiar projetos socioeconómicos, e contribuir para a organização de eleições presidenciais, legislativas, autárquicas e regionais realizadas nos últimos anos no arquipélago são-tomense. “No mesmo espírito de fraternidade, amizade e solidariedade, o Japão tem prestado apoio necessário em áreas fundamentais para a sociedade são-tomense, tais como a educação e a pesca. No âmbito de micro-projetos, o Japão implementou 33 projetos no país, num montante total de mais de 52 milhões de dobras”, sublinhou. “Esta assistência apoia hoje os esforços fornecidos pelo Governo de São Tomé e Príncipe para reforçar a segurança humana num contexto socioeconómico difícil afetado pela instabilidade global que levou à escassez internacional de alimentos e ao aumento dos preços dos cereais”, acrescentou o embaixador do Japão. Por outro lado, Shuji Noguchi assegurou que “o Japão estará sempre ao lado” de São Tomé e Príncipe nos esforços para “consolidar a estabilidade, democracia, assistência humanitária e proteção das populações afetadas pela crise alimentar”. O diplomata encorajou os são-tomenses “a envolverem-se mais na gestão escrupulosa do arroz doado, bem como no fundo de contrapartida” de modo a “contribuir plenamente para atenuar a escassez alimentar e promover o desenvolvimento económico e social do país para o bem-estar das populações”. Os ministros dos Negócios Estrangeiros, Alberto Pereira, e do Plano e Finanças, Genésio da Mata, representaram o Governo no ato de entrega do donativo do Japão. “Este apoio não somente irá ajudar a fazer face aos problemas alimentares, mas também vai ser vendida a um preço módico, e este preço tem contribuído para o fundo de contrapartida e com este fundo o país tem realizado muito projetos socioeconómicos com a benevolência do Governo do Japão”, disse Alberto Pereira. Entretanto, o diretor do Comércio e Indústria, Fernando Amadeu Pereira, adiantou que as autoridades são-tomense estão a investigar um caso de infestação de 17 contentores de arroz que foram entregues no último donativo feito pelo Japão. “Estamos à espera que os especialistas enviados pelo fornecedor nos digam qual é o procedimento a seguir […] normalmente esses insetos não trazem nenhum problema à saúde humana nem para os animais”, disse o responsável. O Governo são-tomense fixou o preço oficial do arroz a 17 dobras (0,69 euros) nos armazéns e a venda ao público não deverá ultrapassar 20 dobras (0,82 euros) o quilo. JYAF // JH Lusa/Fim FONTE LUSA

domingo, 5 de fevereiro de 2023

MARI ALKATIRI SECRETARIO GERAL DA FRETILIN MAIOR PARTIDO DE TIMOR LESTE REUNIU EM CONFERENCIA E TECEU CONSIDERACOES

05-02-2023 13:22 Conferência da Fretilin reafirma organização e a sua liderança – secretário-geral Conferência da Fretilin reafirma organização e a sua liderança – secretário-geral facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Díli, 05 fev 2023 (Lusa) – A 5.ª Conferência Nacional da Fretilin, maior força política no parlamento timorense, serviu para reafirmar a organização e a sua liderança e pensar o programa para as próximas legislativas, disse à Lusa o secretário-geral do partido. “A maioria absolutíssima da conferência foi completamente direcionada para a afirmação da Fretilin como organização e da sua liderança”, disse Mari Alkatiri, em declarações à Lusa. “Fiz uma abordagem muito sucinta do que vamos fazer em termos de campanha. Vai ser diferente. Tenho andado a descer às bases e quero simplesmente voltar e perguntar: o que é que vocês querem e não têm”, afirmou. A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), atualmente o maior partido dos três que integram o Governo, vai ainda dar conta do que considera serem alguns dos sucessos da governação, com destaque para o programa de construção de casas. “Este Governo, que é muito criticado pelos nossos adversários, no fim do mandato vai apresentar um resultado de 9.800 casas construídas para a população e da distribuição de quase 10 mil kits de materiais de construção para outras famílias”, exemplificou. Caberá agora à Comissão Política Nacional do partido a “apreciação e aprovação do compromisso eleitoral da Fretilin para as eleições parlamentares de 2023”, como define uma das resoluções aprovadas este fim de semana. Grande parte do debate, explicou Mari Alkatiri, centrou-se no novo órgão criado no partido, a “troica de liderança”, conceito que, por ser “uma inovação”, o secretário-geral diz ter “explicado bem” aos participantes. A Troica de Liderança” é formada por Francisco Guterres Lú-Olo, presidente da Fretilin, por Alkatiri e pelo ex-comandante das forças armadas Lere Anan Timur, todos com a posição de “copresidente”. A criação da troika, aprovada no congresso do partido em 2022, é vista dentro da Fretilin como uma forma de “reabilitar politicamente” Lere Anan Timur, reintegrando-o no partido, de onde esteve afastado devido às funções militares. Lere Anan Timur apresentou-se como rival de Lú-Olo nas presidenciais do ano passado, levando a grandes debates internos sobre a futura liderança da Fretilin. “A troika foi bem explicada. Esta é uma liderança, de momento, tendo em consideração os antecedentes históricos de cada um dos seus membros. Mas fui claro: se algum de nós desaparecer, física e biologicamente, a troika acaba”, explicou. “A troika existe enquanto existirem estes três elementos, com todo o seu percurso desde 1974, 1975. É irrepetível no futuro da Fretilin. Como há inovação, criatividade, nesta solução, nem sempre é logo entendida”, referiu. Uma das questões imediatas tem a ver com o facto de Lú-Olo e Alkatiri terem competências próprias, devido à sua função na estrutura do partido, o que não ocorre no caso de Lere Anan Timur. “Lere está habituado à vida militar, em que só existem funções se houver competências. Eu nunca fui militar. Mas ele próprio já definiu claramente que veio para ter um valor acrescentado para a Fretilin”, afirmou. “Naturalmente, o aparecimento do Lere permitiu algum oportunismo político de algumas pessoas que se aproximaram dele para o tentar usar para se afirmarem dentro da Fretilin. A verdade é que nem assim o conseguiram. Mesmo assim sou de opinião que o Lere é o que é, ele próprio, pelo seu roteiro de militância desde 1974 até hoje”, afirmou. Alkatiri considera que Lere Anan Timur pode ser “um reforço, mas depende naturalmente de ele se enquadrar na solução”, já que a Fretilin “existe como uma organização coesa”, capaz de resistir, durante todos estes anos “a muitas investidas”. “O mais importante é que a troika existe porque há três figuras dentro da Fretilin com o passado e o presente que têm. O mais importante disso tudo é enquadrar-se nisso e cumprir o programa da Fretilin, não o de cada um”, disse. Além dos estatutos revistos, que vão ser agora publicados no Jornal da República, a conferência aprovou ainda algumas resoluções incluindo “delegar ao Comité Central da Fretilin a revisão e aprovação do manual e programa político”. À liderança do partido foi delegada a responsabilidade de “negociar e subscrever formas de aliança prévias ou posteriores” às legislativas. Neste âmbito, Mari Alkatiri disse que os atuais parceiros da Fretilin no Governo – o Partido Libertação Popular (PLP) e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) – já “facilitaram as coisas”. “Disseram que não queriam coligação pré-eleitoral e essa também é a nossa preferência. Nós vamos querer manter a plataforma de entendimento, mas dentro de um novo contexto, de eleições e de resultados das eleições”, disse. “Um compromisso pré-eleitoral em que os resultados de cada um determinam a aliança”, disse, sublinhando outras pré-condições como limite de um Governo de 35 membros e de representação proporcional, relativamente às cadeiras no parlamento, no que toca ao total de pastas por partido. Finalmente, o partido aprovou ainda um voto de reconhecimento e congratulação às várias “organizações de base” do partido, incluindo profissionais, jovens, estudantes, ativistas e várias brigadas. ASP // VM Lusa/Fim FONTE LUSA

SAO TOME E PRINCIPE ANTONIO COSTA PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL REUNIU-SE COM PATRICE TROVOADA, PRIMEIRO MINISTRO, EM SAO TOMÉ E PRINCIPE QUANDO VIAJA A CAMINHO DA REPUBLICA CENTRO AFRICANA.

03-02-2023 09:40 Costa reuniu-se hoje com Patrice Trovoada em São Tomé a caminho da RCA Costa reuniu-se hoje com Patrice Trovoada em São Tomé a caminho da RCA facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button São Tomé, 03 fev 2023 (Lusa) – O primeiro-ministro português reuniu-se hoje com o seu homólogo são-tomense, Patrice Trovoada, em São Tomé, onde fez escala antes de partir para a República Centro-Africana (RCA), encontro que teve como tema central a cooperação bilateral. No final do pequeno-almoço de trabalho com Patrice Trovoava, que durou cerca de uma hora e em que não houve declarações à imprensa, foi salientado o apoio dado por Portugal no passado mês de dezembro no valor de 15 milhões de euros. “Continuamos a trabalhar na identificação das necessidades e oportunidades que se apresentam a São Tomé e Príncipe”, escreveu o primeiro-ministro português na sua conta na rede social Twitter. Em dezembro passado, o Governo português aprovou uma resolução que autorizou a disponibilização de um montante extraordinário de 15 milhões de euros para apoio direto ao Orçamento Geral do Estado de São Tomé e Príncipe. Um apoio financeiro destinado a contribuir para o desenvolvimento nos setores da educação, saúde e segurança alimentar, bem como do robustecimento da democracia e do Estado de direito. Esta subvenção resultou de uma visita a Portugal do primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, em 08 de dezembro passado, ocasião em que advertiu que o arquipélago estava a viver um "momento crítico" em termos económicos. Por sua vez, António Costa realizou uma visita oficial a São Tomé em 19 de dezembro de 2021, durante a qual salientou os "fortes laços de cooperação que existem entre os dois países e que, na sua perspetiva, se consolidou com a assinatura do Programa Estratégico de Cooperação entre 2021 e 2025". O Programa Estratégico de Cooperação (PEC) tem um valor estimado em 60 milhões de euros até 2025 e dá prioridade às áreas da saúde, educação e cultura, proteção social, trabalho e formação profissional, justiça, segurança e defesa, agricultura, pescas, energia e ambiente, finanças públicas, economia e infraestruturas. Na sua visita a São Tomé e Príncipe em dezembro de 2021, António Costa destacou o projeto de cooperação Saúde para Todos, lançado em 1988 e que é considerado um dos mais importantes da cooperação portuguesa. Inclui a telemedicina desde 2011 e tem sido alargado a áreas de especialidade como a imagiologia, cardiologia, dermatologia e oftalmologia, otorrinolaringologia e gastroenterologia, num total de 26 especialidades. Já em 27 de setembro passado, o primeiro-ministro português, António Costa, elogiou o povo são-tomense pela "maturidade política" demonstrada nas últimas eleições, mas também a ADI (Ação Democrática Independente) e o seu presidente pela vitória eleitoral. "Felicito o povo são-tomense pela demonstração de maturidade política e vitalidade democrática. Congratulo também todos os partidos e candidatos, em particular a ADI e o seu Presidente, Patrice Trovoada, pela vitória eleitoral", escreveu António Costa na sua conta na rede social Twitter. Na sua última visita a este país, o líder do executivo português jantou com membros das guarnições do navio-patrulha Zaire e do navio hidrográfico Dom Carlos, no Espaço Cacau, em São Tomé. António Costa considerou então que as forças nacionais destacadas “cumprem uma missão muito importante para o país, porque ajudam Portugal a projetar-se internacionalmente, a reforçar a sua posição no âmbito das Nações Unidas, da União Europeia, da NATO, mas também ao nível da cooperação bilateral”. “Estas missões em São Tomé e Príncipe são boa prova disso, já que contribuem para a segurança coletiva, designadamente no Golfo da Guiné – um ponto crítico de trânsito no Atlântico e para a missão científica em curso no âmbito do programa Mar Aberto”, disse. Desde o final do ano passado que São Tomé e Príncipe e Portugal estão a negociar a substituição do navio-patrulha Zaire, com mais de 50 anos, que tem ajudado a dissuadir crimes nas águas do arquipélago situado no Golfo da Guiné. O navio da República Portuguesa (NRP) Zaire opera nas águas são-tomense desde janeiro de 2018, com uma guarnição mista de militares portugueses e são-tomenses, no âmbito de um acordo de cooperação bilateral. PMF // ACL Lusa/Fim FONTE LUSA

sábado, 4 de fevereiro de 2023

FILIPE JACINTO NYUSI PRESIDENTE DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE RECONHECE QUE O RESTABELECIMENTO DA PAZ E A RECONSTRUCAO DOS EDIFICIOS PUBLICOS EM AREAS AFETADAS PELAS INCURSOES REBELDES EM CABO DELGADO SAO PRIORIDADES, APESAR DE AINDA EXISTIREM FOCOS ISOLADOS DE ATAQUES.

03-02-2023 11:24 Restabelecimento da paz e reconstrução em Cabo Delgado são prioridades - PR Restabelecimento da paz e reconstrução em Cabo Delgado são prioridades - PR facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Maputo, 03 fev 2023 (Lusa) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que o restabelecimento da paz e a reconstrução dos edifícios públicos em áreas afetadas pelas incursões rebeldes em Cabo Delgado são prioridades, apesar de ainda existirem “focos isolados” de ataques. “Apesar de existirem ainda focos isolados de ataques terroristas, há um grande esforço para o restabelecimento da segurança nos locais afetados”, declarou o chefe de Estado moçambicano. O Presidente falava durante as cerimónias centrais das comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, que se assinala hoje. Segundo Filipe Nyusi, além de esforços para estabilização dos pontos afetados pela insurgência, as autoridades moçambicanas desdobram-se para cumprir os calendários da reconstrução dos edifícios públicos devastados pelos rebeldes. “Temos estado a reconstruir gradualmente os edifícios de serviços e outras infraestruturas socioeconómicas, como as de energia, água, saúde, comunicações e vias de acesso”, afirmou o chefe de Estado moçambicano. Embora classifique os resultados operacionais das forças governamentais no terreno como positivos, Filipe Nyusi reiterou que não se pode considerar que a ameaça terrorista foi extinta. “Não estamos a dizer que o terrorismo acabou”, frisou o Presidente moçambicano, destacando os esforços das forças governamentais que combatem os rebeldes no terreno. A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula. O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED. O Estado moçambicano consagrou o dia 03 de fevereiro como Dia dos Heróis em homenagem ao fundador da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Eduardo Mondlane, assassinado nesta data em 1969, num atentado atribuído à antiga Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), entidade do regime colonial português. EYAC // VM Lusa/Fim FONTE LUSA

ANGOLA EXPORTACOES PARA ESPANHA AUMENTARAM 700% EM 2022, PRINCIPALMENTE PETROLEO.

04-02-2023 09:13 Exportações angolanas para Espanha aumentaram 700% em 2022 Exportações angolanas para Espanha aumentaram 700% em 2022 facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Luanda, 04 fev 2022 (Lusa) – As exportações de produtos angolanos para Espanha aumentaram 700% até outubro de 2022, para 1.531 milhões de euros, colocando o país ibérico entre os principais clientes de Angola. Segundo dados oficiais consultados pela Lusa, o aumento foi expressivo face a 2021, ano em que Espanha importou 628 milhões de euros a Angola, dos quais 92% correspondentes a compras de petróleo. Nesse ano, as exportações espanholas para o país africano atingiram 145 milhões de euros, um valor já ultrapassado em 2022, tendo em conta que, entre janeiro e outubro, as vendas alcançaram os 160 milhões de euros e indicando que o comércio bilateral está a recuperar no período pós-pandemia. Atualmente, mantêm instalações permanentes em Angola 38 empresas e outras quatro dezenas operam no país. Estão registados na secção consular da Embaixada de Espanha 536 cidadãos espanhóis, mas no total a comunidade espanhola deverá ter cerca de 1.000 pessoas contabilizando os que residem de forma permanente e temporária. As empresas espanholas atuam em vários setores com destaque para a energia, tratamento de águas e saneamento, frio industrial, pescas, tecnologias da informação, engenharia e bens de equipamento e construção. Entre agosto de 2018 e 30 de junho de 2022, o investimento direto espanhol representou 401 milhões de dólares, em cinco projetos, num total de 493 projetos de 50 países registados nesse período, de acordo com a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (Aipex). Angola recebe na segunda-feira os reis de Espanha, numa visita de Estado de três dias, a primeira dos monarcas a um país da África subsaariana. A visita contempla uma série de encontros de alto nível e a participação num fórum empresarial, bem como a assinatura de três memorandos de entendimento na área da diplomacia, da indústria e do desporto. RCR // LFS Lusa/fim FONTE LUSA

ANGOLA E ESPANHA REIS DE ESPANHA CHEGAM A ANGOLA A 06 DE FEVEREIRO 2023, PROXIMA SEGUNDA FEIRA.

03-02-2023 18:53 Reis de Espanha chegam a Angola na segunda-feira Reis de Espanha chegam a Angola na segunda-feira facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Luanda, 03 fev 2023 (Lusa) - Os reis de Espanha, Felipe VI e Letizia, chegam na segunda-feira a Angola para uma visita de três dias que contempla encontros de alto nível, assinatura de acordos e a participação num fórum empresarial. Segundo o programa a que a Lusa teve acesso, a chegada está prevista para segunda-feira, mas a visita oficial inicia-se apenas na terça-feira com uma deslocação à Praça da República - onde se encontra o Memorial António Agostinho Neto e o jazigo do ex-presidente José Eduardo dos Santos, que morreu no ano passado - a anteceder um encontro com o chefe de Estado, João Lourenço. No Palácio Presidencial, está prevista uma cerimónia de condecorações e a assinatura de acordos, seguindo-se na parte da tarde uma passagem pelo Banco Económico e um encontro com a comunidade espanhola. Segundo fontes contactadas pela Lusa serão assinados três memorandos de entendimento: um na área da formação diplomática, outro relativo à indústria 4.0 e um terceiro relacionado com a prática desportiva. Por outro lado, o edifício do Banco Económico será palco de uma apresentação da Universidade Internacional do Cuanza (Cuíto, Bié), que entrou em funcionamento em outubro de 2021, e de duas exposições dedicadas ao pintor catalão Joan Miró. O fórum empresarial, que reúne empresários dos dois países, terá lugar na quarta-feira. No mesmo dia, os reis de Espanha visitam ainda a Assembleia Nacional e o Museu de História Militar, antes de regressarem ao país na parte da tarde. Trata-se da primeira visita de Estado dos reis de Espanha a um país da África subsaariana e é aguardada "com especial entusiasmo", como afirmou Felipe VI ao anunciar a deslocação. O rei destacou os esforços que Espanha tem desenvolvido para aumentar o número de embaixadas em África, assim como "o aumento de contactos em diferentes níveis" com os países africanos. O chefe de Estado de Espanha acrescentou que África é "um continente vasto e plural, com infinitas necessidades e cheio de possibilidades de cooperação", com vista ao seu desenvolvimento. RCR (MP) // LFS Lusa/Fim FONTE LUSA

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

TAP: PORQUE NAO A MAIOR COMPANHIA AÉREA DO MUNDO? E A LAM QUE CAMINHOS DEPOIS DE MARCO 2023?

• TAP: Porque não a maior companhia aérea do mundo? TAP: Porque não a maior companhia aérea do mundo? TAP: Porque não a maior companhia aérea do mundo?T&N PUBLICADO EM TRANSPORTES & NEGOCIOS TAP: Porque não a maior companhia aérea do mundo? por Augusto Macedo Pinto 03/02/2023 em Opinião 0 Realmente, porque não quer ainda. Mais tarde, poderá ser tarde. A TAP, tendo sido criada em 14 de Marco de 1945, tem uma existência de quase 78 anos. Então, o que faltará à TAP para ser a maior companhia de transporte aéreo mundial? Serão preconceitos e falta de vontade de trabalhar que impedirão a decisão de abrir a sua participação societária a potenciais investidores públicos e privados, sejam de Países da CPLP, sejam de Países onde há forte presença de emigrantes portugueses, seja de mercado puro e duro? Essa abertura já foi reflectida? Não será este o melhor momento? Pessoalmente, e como passageiro, utilizei a TAP pela primeira vez em Julho de 1960, no percurso da então Lourenço Marques (hoje Maputo) – Lisboa, pela mão dos meus saudosos e queridos pais e no avião Super-Constellation. Quando comemorei cinquenta anos de passageiro frequente da TAP, fui agraciado com uma singela, mas significativa, cerimónia em Lisboa e fui cumprimentado pelo então seu Presidente, Fernando Pinto. Algures nos anos oitenta e poucos, com o entusiasmo, dinamismo e capacidade empreendedora do então Chefe de Carga da TAP no Porto e querido amigo Angelino Carvalho, criámos as primeiras expedições em carga aérea de castanha fresca em quantidades razoáveis de Portugal para o Brasil, em concorrência com o transporte marítimo. Haverá algum estudo de mercado relativamente às possíveis novas rotas, de uma possível nova TAP, entre os diversos mercados europeus, africanos, americanos e outros? Esta minha modesta e simples reflexão será que não passará de uma utopia? E por que não, uma provocação pela positiva? Um simples exemplo de alguma capacidade empreendedora da TAP: foi criado este mês em Moçambique um nova oferta de serviço de carga aérea denominado DE MOCAMBIQUE PARA O MUNDO, uma parceria entre a empresa moçambicana Portador Diário, bem conhecida e muito utilizada em Moçambique em todas as suas Províncias, e a TAP Air Cargo. Assim se pode dinamizar o mercado de logística e transporte de carga de Moçambique para Portugal e através deste corredor possibilitar abrangência global com ênfase no mercado Europeu, diz a dado passo o seu comunicado conjunto. O aeroporto internacional da cidade da Beira, Província de Sofala, Moçambique, no passado muito utilizado pela TAP, bem no centro do País, dotado de meios infraestruturais para partidas e chegadas, de passageiros e carga e trânsito e servir os Países vizinhos em trânsito. Que ligações diretas em transporte aéreo há entre o Brasil, América Latina e os Países do Continente africano, por exemplo?!? Na Beira não há falta de hotéis, portanto, que argumento lhes resta? Pelo que sobre o futuro da TAP não serei nunca aliado dos “velhos do restelo”, andem eles por onde andarem. Acredito que a TAP, se assim o bem entender encontrará espalhados pelo Mundo emigrantes ou outros cidadãos de diversos Países que poderão dar o seu contributo, em termos opinativos sobre haver uma TAP podendo vir a ser a maior companhia mundial de transporte aéreo. E a LAM, que caminhos depois de Março? Importante também o facto de o Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, a propósito da LAM Linhas Aéreas Moçambique, ter manifestado que algo terá de ser decidido sobre a companhia de transporte aéreo de Moçambique, seja a sua privatização ou transformação societária diferente da actual. Realmente, a dimensão geográfica de Moçambique e pelo menos os seus Países vizinhos, exigem uma especial e particular reflexão, sem contudo pôr de lado o tráfego intercontinental, seja de passageiros, seja de carga. É o verdadeiro MUNDO DA CPLP em mudança. Não deveríamos todos estar atentos a estas mudanças, a estas oportunidades????? FICA O DESAFIO! AUGUSTO MACEDO PINTO PUBLICADO EM TRANSPORTES & NEGOCIOS

EDUARDO CHIVAMBO MONDLANE, HEROI DE MOCAMBIQUE HEROI DA HUMANIDADE, ASSASSINADO POR LIVRO BOMBA A 03 DE FEVEREIRO DE 1969, PRIMEIRO PRESIDENTE DA FRELIMO.

Novo Livro Sobre a Morte de Mondlane fevereiro 22, 2010 Partilhe Imprimir Vamos agora falar de um acontecimento trágico da história de Moçambique. Falamos do assassinato do primeiro presidente da Frelimo, Eduardo Chivambo Mondlane, morto ainda durante a luta armada. Mondlane foi morto por uma bomba enviada como se fosse um livro. Poucas duvidas hoje há que Mondlane foi vitima de um atentado preparado pela policia secreta portuguesa PIDE. O nome do agente que teria preparado a bomba também é conhecido. Trata se de Casimiro Monteiro. Em Portugal, foi lançado, na segunda-feira, um livro sobre Eduardo Mondlane e o seu autor, José Manuel de Jesus, diz que, na verdade, várias entidades estiveram envolvidas no assassinato. FONTE: VOA QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2021 3 DE FEVEREIRO DIAS DOS HEROIS MOÇAMBICANOS, EDUARDO CHIVAMBO MONDLANE FUNDADOR DA FRELIMO FOI ASSASSINADO COM UM LIVRO BOMBA A 3 DE FEVEREIRO DE 1969, UMA VERSÃO DA HISTÓRIA E DOS FACTOS. GUERRA COLONIAL (1961 1974) LUIS ALVES DE FRAGA (Alguns extractos da obra sobre Moçambique, contém um comentário meu sobre o assassinato de Eduardo Mondlane. “Foi, em 1959, na Tanzânia que se fundou o primeiro partido moçambicano defensor da independência, que começou por ser regionalista — com a designação de Maconde African National Union (MANU). Mais tarde, embora mantendo a sigla, transformou-se em Mozambique African National Union. Também fora do território, nasceram, na antiga Rodésia do Sul, a União Democrática Nacional de Moçambique e, no Malavi, em 1961, a União Nacional Africana de Moçambique. A dispersão de 64-65, 75, 82-83 e 112-113 da obra Guerra Colonial, da autoria de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, editada em Lisboa pela Editorial Notícias no ano de 2000. 32 Será curioso notar que foi, também, neste ano que se instalou a PIDE em África, mas ainda e só com funções de polícia de fronteiras. Os seus efectivos eram tão ínfimos que nem chegavam para o serviço nos principais portos marítimos. Cf. Dalila Cabrita Mateus, A PIDE/DGS na Guerra Colonial. 1961 – 1974, Lisboa, Terramar, 2004, p. 24. 33 Segundo a descrição sumária de Pezarat Correia, ainda será polémica a data e até a forma como se fundou o MPLA, todavia, ele foi o pólo aglutinador de diversos grupúsculos existentes em Angola que ambicionavam e estavam dispostos a lutar pela libertação do território, formando um Estado 12 esforços foi reconhecida em 1962 e, como o objectivo era comum, acabou por permitir que se fundasse um único movimento no qual todos se reconhecessem. Assim nasceu a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). 48 >Não será excessivo referir que a PIDE/DGS era a organização que centralizava as informações de guerra, em especial as consideradas de nível «estratégico», retirando a liberdade ao Exército e mesmo à Força Aérea e Marinha de desenvolver serviços informativos e de espionagem. Se, por um lado, a não dispersão de esforços foi vantajosa, por outro, ajudou a que aquela polícia se comportasse como um corpo autónomo das restantes forças que combatiam nas colónias. 149 Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, op. cit., p. 504. A guerra em Moçambique A guerrilha em Moçambique começou a ser preparada ainda em 1963, quando os primeiros quadros foram mandados para a Argélia com a finalidade de se instruírem nesse novo tipo de guerra. Eram vários os movimentos que reivindicavam a independência daquela colónia, logo no começo dos anos 60 do século XX. A FRELIMO foi, contudo, a frente que conseguiu, dada a acção de Eduardo Mondlane, conciliar as forças de todos através de sucessivas depurações e clivagens. E fê-lo, porque era o único movimento que apresentava uma textura ideológica consistente, ainda que de matriz marxista. Em Fevereiro de 1969, Eduardo Mondlane foi vítima de uma carta armadilhada que o matou. Tratou-se de uma morte oportuna, porque, internamente, o líder era considerado demasiado brando, e, externamente, parecia ser uma vitória da contraguerrilha. Nunca foi bem esclarecido o assassinato de Mondlane157 e num primeiro momento afectou o desenvolvimento das operações, mas, com a evolução interna, resultante da criação da unidade de comando centrada em Samora Machel, a FRELIMO 157 Hoje há quase a certeza de ter sido o inspector da PIDE, Casimiro Monteiro quem manipulou a carta armadilha que provocou a morte do líder da FRELIMO. Vd., a este propósito, Dalila Cabrita Mateus, op. cit., pp. 171-173. (Porém, em entrevista dada à RTP pelo filho de Casimiro Monteiro à época residente na África do Sul, terá dito que o seu pai antes de falecer Confidenciou que foi ele que preparou o livro bomba a partir da cidade da Beira para assassinar Eduardo Mondlane) ouvi e vi eu. Direi ainda, acontece que Casimiro Monteiro pertencia à época às chamadas “BRIGADAS ESPECIAIS DA PIDE”, Salazar embora hospitalizado, estava vivo, há elementos crediveis que Marcelo Caetano nada mandava “nesta PIDE” que estaria em roda livre ou ainda em articulação directa com Salazar.), ganhou nova dimensão e maior empenhamento tanto diplomático como militar. Foi por essa altura que ficou decidida a abertura da frente de Tete158 . a) A Insurreição Os primeiros acontecimentos que se podem inscrever no começo da insurreição em Moçambique ocorreram em 16 de Junho de 1960, no Norte, no planalto dos Macondes, e tiveram a sua origem em reivindicações justas das populações agrícolas. Foram reprimidas brutalmente pelas autoridades portuguesas, de tal forma que não mais se refez o clima de bom entendimento entre colonos e autóctones. Os quatro anos que se seguiram destinaram-se, de facto, à preparação da luta armada. A partir da Tanzânia, no ano de 1964, começaram a entrar armas no Norte de Moçambique para equipar os primeiros núcleos de guerrilheiros. Mas, efectivamente, estes só em Agosto é que penetraram no território, na província de Cabo Delgado. Tinham como objectivo ocupar três zonas: Macomia em direcção a Porto Amélia, Mueda e Montepuez. Estavam envolvidas duas etnias locais que não aceitavam já de bom agrado a presença das autoridades portuguesas: os Macondes e os Nianjas. A verdadeira insurreição armada veio a ocorrer no dia 25 de Setembro, data em que a FRELIMO decidiu159 atacar o posto do Chai, em Cabo Delgado, colocar abatises nos caminhos que ligavam Miteda a Nangololo, Muatide Muidumbe e Estrada das Oliveiras, destruir as pontes de Quivedo, Esposende, rio Mueda, Nangade e Machomba, e cortar as linhas telefónicas de Quivedo e Esposende160. Também, na véspera, o posto de Coboé, no Niassa, foi atacado, tal como a lancha Castor, da Marinha de Guerra foi alvejada no dia seguinte. Nessa altura a guerrilha não contava com mais do que 250 homens em armas, contudo, nos últimos anos de guerra e segundo os cálculos do Exército português as forças guerrilheiras rondariam já os 6.500 homens (3.500 em Cabo Delgado, 1.000 no Niassa e 2.000 em Tete)161. O esforço insurreccional assentou, em primeiro lugar, na etnia Maconde a qual, ainda que maioritariamente católica, se sentia superior a todas as restantes do Norte e Centro de Moçambique e, por isso, suficientemente forte para enfrentar o Exército. Também junto ao lago Niassa se infiltraram guerrilheiros com a finalidade de subverter as populações ribeirinhas. 158 Joseph Sanchez Cervelló, «Movimentos de libertação. Evolução política» in Guerra Colonial (Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes), p. 430. 159 Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, op. cit., p.168. 160 Idem, op. cit., pp.132-133. 161 Idem, op. cit., p. 168.. 60 A reacção portuguesa foi, nos anos iniciais, independentemente da experiência já adquirida em Angola, desadequada, porquanto o então Comandante-chefe, general Caeiro Carrasco, entendia ser pela utilização da força que se dobraria a subversão. Claro que os efeitos foram logo de imediato desastrosos. Só com o general Augusto dos Santos, seu sucessor no comando, oficial com mais experiência de guerra de guerrilha, é que se começou a tentar cativar as populações civis de forma a subtraí-las à acção da FRELIMO162. Este princípio determinou que logo desde o começo das acções de guerrilha se adoptasse a chamada «política de aldeamento», isto é, a fixação das populações em grandes áreas e protegidas pelas suas próprias milícias. Julgava-se, desta forma, dificultar a actividade de propaganda do inimigo. Nos primeiros anos de acção militar o armamento utilizado pela guerrilha era ainda bastante rudimentar, mas rapidamente foi sendo substituído por outro melhor quer de origem chinesa, quer fabricado na União Soviética. Durante a maior parte do tempo que durou a guerra em Moçambique o mais tormentoso para as tropas portuguesas foram as minas que constantemente rebentavam com viaturas e matavam ou feriam o pessoal163. As carências mais vivas sentidas pelo Exército para, em Moçambique, poder fazer a guerra era, em terra, a falta de transportes para as deslocações tácticas e, no ar, a necessidade de mais helicópteros para participarem em operações de evacuação sanitária e de colocação das forças no terreno. Do ponto de vista da guerrilha, a zona do Niassa estava destinada a constituir território libertado, enquanto em Cabo Delgado se pretendia criar uma zona de passagem para sul, rumo à Zambézia e a Tete. b) A localização da guerrilha Nos anos de 1964 a 1970, as grandes acções de guerrilha foram levadas a efeito na província de Cabo Delgado, reduzindo-se a quase nada as operações na zona do Niassa, tendo o comando português adoptado como medida de contra-subversão a instrução no campo de modo a aperfeiçoar o dispositivo de campanha sem perda de tempo com preparação teórica nos quartéis longe da zona de intervenção, tanto mais que a geografia da colónia possibilitava um distanciamento entre os grandes centros populacionais e as matas onde se desenrolava toda a acção. Por outro lado, como foi 162 Augusto dos Santos, «Tirar água ao peixe» in A Guerra de África (coord. José Freire Antunes), 1.º vol., pp. 278-279. 163 Idem, op. cit., p. 284. 61 referido, agiu-se sobre a população, procurando subtraí-la à influência da guerrilha e nisso procedeu-se ao reordenamento das aldeias tradicionais. Ainda, para conter a acção do inimigo, levou-se a efeito o desenvolvimento de uma larga rede informativa. Nos anos de 1966 e 1967, houve o cuidado de ampliar o número de unidades de quadrícula, tendo como objectivo dar maior segurança às populações contra as investidas da FRELIMO, contudo, entre 1968 e 1970, a guerrilha alastrou significativamente para o lago Niassa, tendo sido contida a Norte de Cabo Delgado, principalmente como resultado do reforço das unidades implantadas no terreno. Os avanços da subversão foram uma consequência directa de, no ano de 1968, ter conseguido introduzir armamento sofisticado no território, nomeadamente morteiros de 82 mm, canhões sem recuo 7,5 cm e metralhadoras pesadas de 12,7 mm, tendo começado a fazer utilização de aparelhos rádio de emissão e recepção164 . Em Moçambique, quanto mais o tempo passava mais se iam implantando em algumas zonas do mato os santuários guerrilheiros, tornando intransitáveis certas regiões que se podiam considerar já libertadas. Contudo, a acção militar da guerrilha fazia sentir-se mais intensamente pela ausência do confronto directo, visto socorrer-se, em grande quantidade, dos engenhos explosivos que flagelavam as colunas portuguesas. Fosse como fosse e, até talvez, por uma certa dificuldade de ultrapassar baixos níveis de acção, a FRELIMO não conseguia tirar dividendos políticos externos do facto de já manter santuários em território nacional, porque a descontinuidade geográfica entre eles era muito grande. Faltava-lhe uma logística e os respectivos meios que unisse o que estava desagregado165 . O comando português organizou, para efeitos defensivos, o território em quatro sectores operacionais a saber: o «Sector A» com sede em Vila Cabral e «Sector E» com comando em Marrupa, os quais cobriam a região do Niassa; o «Sector B» cobria a província de Cabo Delgado e o «Sector F» coordenava as operações, ainda incipientes até 1970, em Tete. Em 1970 a situação militar junto ao lago Niassa tinha sido estabilizada e contido o avanço da guerrilha, vindo a facilitar a transferência do esforço de pacificação de Cabo Delgado. Contudo, numa manobra estratégica de alto impacto, como resultado das obras de construção da barragem de Cahora Bassa, a FRELIMO fez transferir uma 164 Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, op. cit., p. 134. 165 O grande problema militar da FRELIMO foi a ausência de uma estrutura logística capaz de suportar as distância que tinham de ser vencidas entre as bases recuadas e as áreas de confronto. 62 parte do seus homens para a península166 de Tete, dando início à actividade operacional naquela zona. A possibilidade de, mais tarde ou mais cedo, a colónia vir a ser cortada por um corredor de guerrilha que chegasse à cidade da Beira perfilou-se no horizonte da guerra167. A acontecer uma tal evolução o conflito estaria irremediavelmente perdido. A manobra mais apropriada à situação teria sido a de contenção da guerrilha do Niassa a norte da linha de caminho-de-ferro de Nampula-Nova Freixo e a de Cabo Delgado a norte do rio Messalo e serra do Mapé, de modo a permitir dar combate na península de Tete sem criar grandes margens para o avanço rumo à cidade da Beira. A estabilização e contenção deveriam ter sido as grandes linhas de força da estratégia militar em Moçambique. O incremento da guerrilha em Moçambique esteve, também, ligado à mudança de direcção ocorrida no seio da FRELIMO, em consequência do assassinato de Eduardo Mondlane, na manhã de 3 de Fevereiro de 1969, embora não tivesse sido essa a intenção de quem o mandou matar168 . c) Operação «Nó Górdio» O general Kaúlza de Arriaga foi um dos comandantes-chefes que maior prática de governo tinha junto da Ditadura e de Salazar. Por isso, transportou para o teatro de operações conceitos políticos do poder central sem a cautela de os confrontar com a realidade militar que se vivia no terreno. Para ele, a vitória militar era admissível e alcançável, quando, outros generais, na mesma altura, eram muitíssimo mais prudentes nas suas afirmações. Em 1969, quando Kaúlza de Arriaga substituiu como comandante das forças terrestres o general Costa Gomes, ficou claro que pretendia modificar o modo de actuação do Exército, gerando uma maior actividade operacional de modo a provocar o confronto directo. Por sua iniciativa foram, então, criadas as unidades de comandos com 166 O termo é aqui usado não no seu sentido literal, mas atendendo ao formato geográfico do território e respectivas fronteiras. 167 Resenha Histórico-Militar (...), 4.º vol., Dispositivo das Nossas Forças. Moçambique, pp. 70-71. 168 A propósito do autor material do assassinato parece não haver dúvidas quando se aponta o inspector da PIDE/DGS Casimiro Monteiro, ainda que se atribua a ordem para a execução a diversas personalidades, entre eles o chefe da delegação daquela polícia em Moçambique, António Vaz e o engenheiro Jorge Jardim, então figura de relevo na política da colónia e homem de confiança do Governo de Lisboa. Terão havido cúmplices no crime, entre eles Lázaro Nkavandame e Silvério Nungu. Vd., a este propósito, Dalila Cabrita Mateus, op. cit., pp. 171-173. 63 recrutamento local e os chamados Grupos Especiais (GE) e Grupos Especiais Páraquedistas (GEP) constituídos exclusivamente com militares africanos. Em Moçambique, com Kaúlza de Arriaga, as relações entre o Governo-geral e o comando militar tornaram-se tensas e difíceis devido ao desencontro de entendimentos sobre a condução da guerra e a interferência de elementos que sobre ela expressavam opinião, mas não tinham responsabilidade, tal como foi o caso do engenheiro Jorge Jardim — oficialmente limitava-se a ser o cônsul do Malawi na cidade da Beira — que, efectivamente, desempenhava funções de agente secreto do Governo de Lisboa e do Governo-geral junto de Estados africanos com quem não era possível manter relações diplomáticas. A ocorrência dessas circunstâncias também não foi favorável aos planos de Kaúlza. De Julho de 1969 a 31 de Março de 1970, data em que foi nomeado Comandante-chefe (ao arrepio da vontade do Governador-geral) mandou que o seu estado-maior preparasse uma grande acção militar contra as zonas que considerou serem santuários da FRELIMO. Foi-lhe dado um nome de código: «Operação Nó Górdio». Tratava-se da grande ofensiva militar com que sempre havia sonhado como processo de ganhar a guerra — fosse que guerra fosse — já que, desde os seus tempos de professor do Instituto de Altos Estudos Militares, Kaúlza de Arriaga era um acérrimo defensor de métodos clássicos ao invés de adaptar o pensamento, de forma dialéctica, ao tipo de guerra mais dialéctico que existe169 . Antes que tivesse tempo de dar início à grande manobra militar que havia imaginado foi o Comandante-chefe confrontado com a abertura de acções militares em Tete, cujo objectivo era, claramente, dificultar a construção da barragem de Cahora Bassa. Kaúla teve de desviar efectivos afectos à operação «Nó Górdio», ao mesmo tempo que fez baixar o nível de empenhamento no Niassa e tentou evitar a progressão da guerrilha, em Cabo Delgado, à custa de tropa de quadrícula e de engenharia170. A FRELIMO estava, no final do ano de 1971, a assenhorear-se da situação. Olhando em particular a grande manobra concebida por Kaúlza de Arriaga vemos que ela assenta no pressuposto verdadeiro de que no planalto central de Cabo Delgado a guerrilha estava, em 1969, enraizada de tal forma que nem pára-quedistas, nem comandos conseguiam penetrar no terreno. Aliás, nesse mesmo planalto a 169 Vd. Carlos Matos Gomes, Moçambique. Operação Nó Górdio, Lisboa, Prefácio, 2002, pp. 29-30. 170 Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, op. cit., p. 454. 64 FRELIMO possuía duas bases consideradas inexpugnáveis: Gungunhana e Moçambique. Era a partir do triângulo serra do Mapé-Macomia-Chai que a guerrilha forçava a penetração para Sul. O seu avanço fazia-se muito especialmente por recurso à minagem dos itinerários, comprometendo, de imediato, as acções de patrulhamento das tropas de quadrícula que se viam cada vez mais confinadas aos seus aquartelamentos, não podendo exercer o controle das populações as quais passaram a reconhecer à guerrilha a superioridade que já não encontravam junto do Exército. Kaúlza, que havia criado, em 1969, o Comando Operacional das Forças de Intervenção (COFI) como uma tropa capaz de juntar forças dos três ramos, atribuiu a este mesmo Comando a execução da operação que ficou designada por «Nó Górdio». A primeira experiência da articulação das forças especiais foi feita em Maio de 1970 ao longo da estrada de Mueda-Mocímboa da Praia, usando-se pára-quedistas, comandos e fuzileiros apoiados por artilharia e aeroplanos. A partir deste mês as tropas em Moçambique ficaram empenhadas para o novo conceito de operações, tendo-se concentrado no Norte peças de artilharia, auto-metralhadoras, e todos os reforços possíveis. Aumentou-se a pista do aeródromo de Mueda de modo a nela poderem aterrar Fiats G-91. Foi o planalto de Mueda que serviu de ponto de concentração dos meios para a acção. A operação começou exactamente no dia 1 de Julho de 1970 e durou até 6 de Agosto, tendo envolvido mais de 8.000 homens, quase toda a artilharia de campanha, toda a tropa de reconhecimento e de engenharia171 . A acção desenrolou-se no planalto dos Macondes, tomando como objectivo os santuários da FRELIMO que até então tinham sido intocáveis. Preconizava-se a acção de cerco, seguindo os itinerários Mueda-Sagal-Muidumbe-Nangololo-Miteda-Mueda numa extensão de cerca de 140 km. O cerco seria apoiado por acção de fogo de artilharia e de aeronaves de modo a ir apertando o anel até atingir as bases «Gungunhana» — de artilharia —, a «Moçambique» — que era a principal da província — e a base «Nampula». Toda a acção militar era acompanhada de acção psicológica para desmotivar e desmoralizar tanto a população abrigada pela guerrilha como os próprios guerrilheiros. Ainda que todo o esforço tenha incidido na ocupação das bases inimigas, a verdade é que, quando tal foi conseguido, elas já estavam abandonadas havia, nalguns casos, dois meses e o mesmo insucesso ocorreu com as populações, que 171 Idem, op. cit., p. 466. 65 se apresentaram às autoridades nacionais em muito baixo número. Os Macondes, havia já mais de dez anos, tinham deixado de acreditar nos Portugueses, quando foram massacrados por causa das suas justas reivindicações. A operação saldou-se com as seguintes baixas: FRELIMO — 67 mortos; 101 capturados entre crianças, mulheres e homens (destes, foram-no 31); Exército — 26 mortos; 81 feridos entre graves e ligeiros; 15 viaturas destruídas e danificadas172. Como se pode ver, para os meios envolvidos os resultados foram escassos e isso deveu-se à tentativa de aplicar processos de guerra clássica num ambiente eminentemente favorável à guerrilha. A tentação da espectacularidade foi superior à norma do trabalho paulatino, mas eficaz. O facto de se terem desalojado os guerrilheiros das suas bases não alterou grandemente o desenrolar da guerra, dada a precariedade que a própria guerrilha imprimia aos seus aquartelamentos173 . d) Cahora Bassa e a mudança estratégica da FRELIMO A barragem de Cahora Bassa foi um projecto português amplamente estratégico e ideológico174 favorecido pela conjuntura internacional a partir de segunda metade da década de 60 do século XX. Realmente, a guerra israelo-árabe, que tornou intransitável o canal do Suez, veio dar à rota do Cabo da Boa Esperança uma nova importância para o mundo ocidental, em especial para a Europa, que não poderia ver aquelas paragens em mãos politicamente instáveis. Daí que o regime político da África do Sul e o apartheid tenham passado a ser suportáveis, embora condenados. Por outro lado, o regime branco da Rodésia, com Ian Smith à frente, saiu reforçado, porque era a cúpula que, a par de Moçambique e Angola, criava as condições de viabilidade e tranquilidade de navegação dos imensos «mamutes» transportadores de petróleo. O mundo tinha, regionalmente, a estabilidade de que careciam as grandes indústrias europeias e, até, americanas. Esta situação era favorável ao reforço dos laços entre territórios da África austral e, para consolidá-la, só faltava um projecto que os solidarizasse. Ele nasceu com a ideia de uma grande barragem — a maior do mundo — capaz de fornecer energia suficiente ao desenvolvimento paralelo de Moçambique, Angola, Rodésia e África do Sul. A barragem foi pensada para ser construída em território de Moçambique, aproveitando o caudal do Zambeze na zona de Tete, mais 172 Idem, op. cit., p. 471. 173 Aliás, essas mesmas bases foram pouco tempo mais tarde utilizadas de novo, constituindo santuários outra vez inacessíveis às forças do Exército. 66 concretamente na garganta de Cahora Bassa. Só a África do Sul assegurou a compra de 80% da energia produzida logo que o empreendimento estivesse em fase de rentabilização175. Todavia a responsabilidade do aval financeiro do empreendimento era português, facto que ia ao arrepio da mais elementar medida de segurança económica e esteve na origem da demissão do ministro Dias Rosas176 . Claro que a construção da barragem era uma mais-valia incalculável para a região e, em especial, para Moçambique. A FRELIMO não desconhecia esse facto, nem o desprezava. Contudo o atraso e as dificuldades na construção eram um objectivo estratégico fundamental para a guerrilha, dado acrescentar dificuldades às dificuldades já existentes. A conclusão do projecto era o símbolo da vitória de Portugal e o da derrota da FRELIMO que se veria relegada para a posição de um mero movimento de guerrilha sem importância nem valor. Também no plano estratégico Portugal, ainda por decisão de Salazar, procurou afastar os capitais americanos e ingleses, dos quais desconfiava, para dar a primazia a alemães, sul-africanos, suíços, italianos, portugueses e franceses. A barragem, quando em pena laboração, seria motivo para fixar cerca de um milhão de portugueses que usufruiriam não só da energia, mas, também, do plano de rega. Esperava-se que fosse uma forma de reduzir ou acabar com a guerrilha no Norte de Moçambique, tal a prosperidade que se imaginava. Por outro lado, a avaliação das forças guerrilheiras no território levaram o ministro da Defesa Nacional, em 1968, a subestimar as capacidades da FRELIMO pois não previu a possibilidade de esta transferir, numa distância de 800 Km, os seus homens para abrirem uma nova frente de operações177 . Os estrategistas da FRELIMO não perderam a excelente oportunidade de, com um esforço adicional mínimo, flagelarem, então, os Portugueses em três frentes dentro da colónia: Niassa, Cabo Delgado e Tete. E foi isso que fizeram, com a agravante de, a partir de 1972, ser notável o ardor combativo em Cabo Delgado e em Tete. Na primeira zona, tentando e conseguindo penetrar para Sul e, na segunda, impondo um clima de insegurança ao regular andamento das obras o qual obrigou ao desvio dos reforços militares para a península de Tete, descurando o Norte. Por exaustão da Metrópole foi determinante o recurso ao recrutamento de forças em África, em especial, africanas. 174 Idem, op. cit., pp. 474-475. 175 João Paulo Guerra, op. cit., p. 71. 176 Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, op. cit., p. 474. 177 Idem, op. cit., p.475. 67 Para a guerrilha era tão importante retardar as obras como tentar penetrar ao longo do corredor da Beira rumo a este porto de mar de forma a tornar instáveis as ligações entre a costa e o interior, o mesmo é dizer Cahora Bassa e Rodésia. A operação «Nó Górdio» deu um precioso impulso à mudança de estratégia da guerrilha, porque, ao mesmo tempo que flexibilizava a resposta ao ataque em Cabo Delgado, conseguia disponibilidade para transferir efectivos daquela zona para Tete. 1970 foi o ano da passagem e preposicionamento de meios no novo teatro regional de operações. Tudo foi feito devagar, com a consciência de que era necessário, em primeiro lugar, conquistar as populações, essencialmente agrícolas, mentalizando-as politicamente para o fenómeno colonial. A percepção deste tipo de desenvolvimento da guerrilha foi um dos factores determinantes para aumentar a colaboração militar entre Portugal, a África de Sul e a Rodésia, tendo ambos os Estados passado a desenvolver operações aéreas em território de Moçambique178 e Angola. A evolução das acções bélicas entre 1970 e 1971 levou a que tivesse de ser criado mais um comando militar em Moçambique: o da Zona Operacional de Tete (ZOT) com o fim de reunir e controlar as operações na região. Tete passou a absorver tropa de quadrícula, comandos, pára-quedistas, GE’s. e GEP’s. Os efectivos portugueses, depois de 1972, à volta da barragem eram já da ordem de 50%179 do total existente em Moçambique, facto que demonstra bem o esforço desenvolvidos por ambas as partes para concretizar fins estratégicos antagónicos. Em Novembro de 1973, a FRELIMO começava a ter destacamentos a operar no parque da Gonrongosa, coração turístico de Moçambique, que fica a cerca de 100 Km da cidade da Beira180 . Em Janeiro de 1974, antecedendo o que se poderia preconizar no futuro próximo, as populações civis europeias de Vila Pery (Chimoio) e da Beira, durante mais de 48 horas, sitiaram a messe de oficiais do Exército, clamando contra a incapacidade das forças armadas porem fim à guerrilha. Deve notar-se que, por esta altura já a FRELIMO havia actuado contra fazendeiros da região e havia gerado a instabilidade no corredor da Beira. A acção das populações civis europeias teve a clara conivência da 178 João Paulo Guerra, op. cit., p. 76. 179 Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, op. cit., p. 477. 180 Companhias do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas n.º 31, com sede na Beira, para evitar gerar o pânico entre os turistas chegados para safaris fotográficos no Parque da Gorogonsa, operaram à paisana, durante os primeiros meses (Novembro, Dezembro e Janeiro) de infiltração da guerrilha na zona de Vila Machado. 68 PIDE/DGS, que não alertou os comandos militares para a iniciativa em marcha, muito embora ela não tivesse sido planeada em segredo. A este incidente não deve ter sido estranha, também, a acção do engenheiro Jorge Jardim que teria visto com bons olhos a evolução do quadro político para encontrar uma solução autónoma do problema da guerrilha em Moçambique181 . Abril de 1974 pôs cobro a uma situação operacional em degradação acelerada que em pouco tempo confrontaria Lisboa com um desaire militar de grande envergadura. e) Os massacres em Moçambique Em qualquer guerra, seja ela em que tempo for e sejam quais forem os intervenientes, sempre existiu a tentação de exceder o sofrimento para além do estritamente necessário. Em Moçambique não houve excepções. Foram vários os massacres de que há conhecimento mais ou menos documentado e, que se saiba, lá só as forças do Exército tomaram parte neles182 . O massacre só se justifica com base em fanatismos de quaisquer naturezas ou desequilíbrios psíquicos de quem o pratica. Muitas vezes é o medo o grande motivador dessa forma desumana de fazer a guerra. Em Moçambique, o mais célebre foi o de Wiriamu183 que constituía um conjunto de três povoações indígenas — Chawola, Juwau e Wriamu —, porque foi aquele que passou para as páginas da imprensa internacional, através do padre Adrian Hastings. A acção foi levada a efeito, em Dezembro de 1972, por tropas dos Comandos como retaliação sobre um disparo feito contra uma aeronave e uma emboscada. Na impossibilidade de distinguir os guerrilheiros da população — até porque esta não os acusou — as povoações foram chacinadas, ferindo-se, matando-se a eito mulheres, velhos e crianças. Alguns dos sobreviventes, dada a proximidade de Tete, procuraram tratamento no hospital, acabando por morrer na picada (estrada improvisada), ou conseguindo somente chegar à missão de S. Pedro, a Sul daquela cidade onde contaram o sucedido. As religiosas, indignadas, relataram aos seus superiores, da congregação dos 181 Vd. José Freire Antunes, Jorge Jardim, Agente Secreto, Venda Nova, Bertrand Editora, 1996, pp. 523-549. 182 Não podemos esquecer que a acção da UPA, em 1961, no Norte de Angola, se iniciou exactamente por um massacre tão hediondo como os mais hediondos que as forças armadas portuguesas praticaram... mas um não justifica os outros. 183 Ou, também, conhecido por Wliamu, porque os naturais do Centro de Moçambique, em especial os que habitam no mato, têm tendência a trocar o r pelo l. 69 padres de Burgos, que divulgaram a ocorrência. O impacto foi brutal na precária posição política internacional de Portugal184 . Não foi só Wiriamu o único caso conhecido de massacre; já antes, em Mucumbura, também em Tete, em Maio e Novembro de 1971, tinham sido flageladas as populações da aldeia que, depois de mandadas recolher às suas cubatas, foram metralhadas, incendiando, a tropa, de seguida, as habitações alvejadas. Também este massacre foi denunciado na igreja do Macúti, diocese da Beira, pelos padres Joaquim Teles Sampaio e Fernando Mendes, os quais foram presos pela PIDE/DGS e encarcerados em Lourenço Marques185. Aliás o volumosos processo da polícia política portuguesa sobre a Ordem dos Padres Brancos, que se encarregaram de dar a conhecer este último massacre — e por isso foram expulsos de Moçambique —, não poupa nomes de intervenientes, destacando-se o aviso, feito às autoridades militares e civis, pelo coronel Craveiro Lopes, que taxativamente disse: «Dentro de bem pouco tempo, os nossos aviões e comandos estarão na região de Buxo. Agora é tempo de devastar a área e de lhe lançar fogo, pois já lhes demos tempo suficiente para partirem para as posições seguras e não se misturarem com terroristas». E, no dia seguinte cumpriu-se à risca o que havia sido anunciado. Felizmente as populações, embora deixando para trás todos os seus haveres, salvaram a vida186 . As investigações mandadas fazer pelo comandante-chefe, tanto no caso de Wiriamu, como no de Mucumbura e António (outra povoação devastada) foram sempre inconclusivas. Já em 1974 o padre holandês José Martens denunciou o massacre de Inhaminga, província de Sofala, no qual foram mortos cerca de 500 homens, entre Agosto de 1973 e Março de 1974, por agentes da PIDE/DGS, sob vigilância de tropas pára-quedistas, por se negarem a sair das suas terras para serem reordenados em aldeias controladas pela tropa187 . Embora na região da Zambézia não houvesse acções militares desenvolvidas pelos guerrilheiros, ocorreram, também, massacres de população negra por simplesmente se desconfiar que davam guarida a elementos da FRELIMO188 . 184 Vd. João Paulo Guerra, op. cit., pp. 287-293. Veja-se cópia de documentação oficial em José Amaro (org., introd. E notas), Massacres na Guerra Colonial. Tete, um exemplo, Lisboa, Ulmeiro, 1976. 185 João Paulo Guerra, op. cit., p. 293-294. 186 Pº CI (2) n.º16570 cx.. 7775 187 Idem, op. cit., p. 299 e Dalila Cabrita Mateus, op. cit., p. 176. 188 Dalila Cabrita Mateus, Ibidem. 70 Com exclusão dos massacres iniciais dos anos 50 e 60, onde se impunha uma certa cultura imperial de repressão das manifestações de massas, os ocorridos nos anos finais da guerra, em Moçambique, indiciavam já a proximidade de um fim militar que não se desejava ou que se queria evitar a todo o custo. O cansaço da guerra, o medo, o ódio, foram os ingredientes necessários para esquecer que no conflito de guerrilhas quando não se conquistam as populações se perde o combate e a campanha.” PUBLICADA POR AUGUSTO MACEDO PINTO À(S) 08:01 FONTE NANDI IWE BLOG