domingo, 6 de dezembro de 2015

NIASSA EMPRESA SAN SOCIEDADE ALGODOEIRA DO NIASSA DO GRUPO JFS OFERECE TELEMÓVEIS AOS PRODUTORES DE ALGODÃO, CHEGARA AOS VINTE MIL , PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE

Vinte mil telefones vão ser oferecidos aos produtores de algodão da província de Niassa até finais de Dezembro próximo, assegurou Manuel Delgado, director-geral da Sociedade Algodoeira de Niassa/JFS, proprietária da iniciativa, durante a cerimónia da entrega simbólica dos primeiros cinco mil celulares, que teve lugar na passada quarta-feira, no bairro Minas, município de Cuamba.
De acordo com a mesma fonte, a iniciativa tem em vista garantir uma melhor comunicação entre todos os actores e parceiros envolvidos nesta cultura de rendimento, nomeadamente a empresa fomentadora, os produtores, activistas e os governos locais.
Comunicar para desenvolver, é o slogan que aparece estampado sobre a caixa dos celulares. O objectivo é sensibilizar os produtores no sentido de, a partir de agora e com o aparelho adquirido, passarem a comunicar com todos os intervenientes no processo de produção do chamado ouro branco, informando-lhes de tudo quanto ao algodão diz respeito, desde a sementeira até à fase de colheita, não se esquecendo de reportar as condições atmosféricas, floração, aparecimento de pragas, entre outras situações anómalas.
Visivelmente satisfeitos, os líderes comunitários por nós contactados falaram da importância do acto, lembrando que “se antes dos telefones, a produção do algodão na província de Niassa era satisfatória, agora, com uma comunicação mais incisiva, as coisas vão melhorar ainda mais.
A este propósito, o régulo Matias, ou Arcanjo Malande, nome com o qual foi registado, disse que os telefones recebidos vão ajudar a mobilizar as suas comunidades, incentivando-as a aumentar as áreas de produção, bem como estar a par dos problemas por que os produtores passam na sua relação com a empresa fomentadora, tornando a distância que os separa muito mais curta.
Buanar Máquina, também conhecido como régulo Muicuna, falou à nossa reportagem. Disse que os telefones também vão ajudar a socializar as pessoas, permitindo a identificação das razões por que um certo produtor não se fez à machamba ou aflorar as causas que estiveram por detrás do insucesso nesta ou naquela campanha agrícola. Com os celulares, podemos saber, em tempo recorde, da baixa dos índices de produção, encontrar soluções e perspectivar o futuro, anotou aquele líder comunitário.
De salientar que os celulares são oferecidos sem algum custo adicional para os beneficiários, estimando-se que tenham sido gastos ao todo cerca de 18 milhões de meticais, ao preço de 900 meticais por unidade. Para melhor identificação, todos os celulares têm o logótipo da JFS.
OITO TRACTORES PARA
PRODUÇÃO DE COMIDA
Por seu turno, as autoridades da Agricultura, através do Fundo de Desenvolvimento Agrário, FDA, aproveitaram a ocasião para proceder à entrega à população municipal e distrital de Cuamba, através da SAN, de oito tractores com as respectivas alfaias agrícolas, alocados no âmbito da mecanização e desenvolvimento do sector agrário, considerado pelo governo base para o desenvolvimento económico do país.
Na ocasião, Elina Massengele, do FDA-Delegação Regional Norte, explicou que os oito tractores ora entregues à Sociedade Algodoeira de Niassa são uma parte dos 45 atribuídos pelo governo, nesta primeira fase, à província de Niassa, tendo sublinhado que aquelas máquinas são propriedade do Estado e visam apoiar as populações no desenvolvimento da actividade agrícola do país.
Explicou que os 45 tractores serão parqueados por zonas, sendo que em Niassa estão seleccionados cinco distritos. Em Cuamba, a responsabilidade de parquear e prover de assistência técnica dos tractores será entregue à SAN que, juntamente com as lideranças das comunidades, deverá elaborar um plano de utilização, bem como os custos de aluguer, esclareceu Massengele, para quem a prioridade daquelas máquinas está na produção de comida.
Por sua vez, Manuel Delgado, director-geral da SAN disse que toda a produção resultante do aumento da produção por causa da acção dos tractores vai ter mercado garantido, pois, segundo ele, a empresa vai comprar todo o excedente agrícola, bastando para tal os produtores inscrever-se naquela unidade fabril.
Em jeito de fecho, o director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, Eusébio Tumuitikile, explicou que “é preocupação do governo criar condições para o aumento da produção e produtividade, tendo em conta a eliminação da fome e o combate à pobreza."
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.

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