domingo, 18 de outubro de 2015

SIMO SOCIEDADE INTERBANCÁRIA DE MOÇAMBIQUE JÁ FUNCIONA COM O OBJECTIVO DE REDUZIR OS CUSTOS DE TRANSACÇÕES FINANCEIRAS, ATRAVÉS DE UM PROGRAMA TECNOLÓGICO DE UNIFICAÇÃO DO SISTEMA ELECTRÓNICO DOS BANCOS COMERCIAIS, MICROFINANÇAS E DE MICROCRÉDITO

Já é uma realidade no país a implementação da Sociedade Interbancária de Moçambique (SIMO), projecto lançado em Junho de 2011, com o objectivo de reduzir os custos de transações financeiras, através de um programa tecnológico de unificação do sistema electrónico dos bancos comerciais, microfinanças e de microcrédito.
Estabelecido com um atraso de cerca de cinco anos, este sistema permite que os utentes das diferentes instituições financeiras nacionais partilhem os terminais electrónicos de pagamento, nomeadamente, máquinas automáticas de pagamento, vulgo ATM´s, e POS´s, sem nenhum custo para os seus bolsos.
Para além de poder usar as ATM´s e POS´s e as demais transações efectuadas via Internet e telemóveis em qualquer banco integrado na SIMO, os clientes receberão um cartão doméstico (para uso em território nacional) e outro com pelo menos uma rede internacional para operações no estrangeiro.
O cliente que apenas precise de cartão para uso doméstico não será obrigado a possuir outro cuja compensação possa ser feita fora do país como são os casos de cartões Visa ou Master Card”, indicou o governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove aquando da assinatura da escritura da SIMO. 
Dados em nosso poder indicam que o Moza Banco e o Standard Bank já dispõem de cartões SIMO para distribuição pelos respectivos clientes e espera-se que os outros bancos ligados a esta rede procedam de igual modo muito em breve.
Para além da vantagem orientada para os clientes, no sentido destes poderem utilizar indistintamente os meios de pagamento, este mecanismo deverá contribuir para uma melhor distribuição sobretudo das ATM´s, pois, com o cartão SIMO será possível realizar operações na ATM que estiver disponível, independentemente do banco.
Por esta via, conforme foi revelado quando do lançamento desta iniciativa, deixará de haver enchentes em alguns bancos ou pontos de ATM em detrimentos de outros.
Para os bancos comerciais, prevê-se ganhos que vão desde uma maior eficiência na prestação de serviços e racionalização dos custos, porque passam a estar servidos por uma rede comum de acesso universal para a satisfação dos clientes domésticos e dos que viajam para além fronteiras.
Na época em que esta iniciativa foi apresentada, em Junho de 2011, Ernesto Gove sublinhou que a mesma terá um papel impulsionador para a bancarização da economia através da massificação da utilização dos instrumentos de pagamento electrónicos alternativos ao numerário, contribuindo para a melhoria das condições de prestação de serviços a nível nacional.
Foi tendo em conta a multiplicidade de vantagens que a SIMO mereceu a aderência do sistema bancário, que compreendeu que a concorrência não será afectada pelo facto de partilharem a mesma infra-estrutura tecnológica”, disse Gove em Junho de 2011.
O nosso jornal apurou que a rede está a funcionar normalmente, tendo havido apenas uma mudança do Ponto 24 para SIMO, as cobranças feitas são as mesmas. Nas Caixas Automáticas (vulgo ATM’s) aparecem informações necessárias para prosseguir com qualquer transacção, bastando para tal seguir as instruções. Aliás, em caso de dúvida, o cliente tem a Linha do Cliente disponível e o contacto está disponível nas ATM’s.
Consta que a implementação desta sociedade registou um atraso de cerca de quatro anos devido a testes informáticos e à interconexão de uma rede única com a rede dos bancos.
A ideia de criação da SIMO ganhou uma maior dinâmica em 2008, quando o Banco de Moçambique contratou uma empresa para assessorar na avaliação da situação da máquina económica nacional e apurar as principais formas de tomar uma direcção em que os bancos, em conjunto, pudessem criar um mecanismo em que o cidadão pudesse ter melhor acesso aos serviços bancários.
Actualmente, a SIMO tem como accionistas o Banco de Moçambique com 51 por cento do capital social, sendo que os 49 por cento são controlados por bancos privados, nomeadamente Millennium BIM, Barclays, Standard Bank, Banco Comercial e de Investimentos (BCI), International Commercial Bank (ICB), The Mauritius Commercial Bank Moçambique e pela Cooperativa de Poupança e Crédito.
Também integram esta rede o African Banking Corporation (ABC), The First National Bank (FNB), Socremo Banco de Microfinanças, Banco Tchuma, Banco Mercantil e de Investimentos (BMI), Ecobank, Banco Oportunidade de Moçambique, Banco Terra, Mozabanco, Banco Nacional de Investimento (BNI), United Bank of Africa (UBA) e Banco Único."
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.

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