segunda-feira, 16 de maio de 2011

ILE, ZAMBÉZIA NA ROTA DA PRESIDÊNCIA ABERTA, PRETENDE FÁBRICA DE ÓLEO DE AMENDOIM

"Ile pede fábrica para processar amendoim. A IMPLANTAÇÃO de uma fábrica de processamento de amendoim, com capacidade para produzir óleo alimentar e seus derivados, foi a tónica principal das intervenções feitas pelos residentes do posto administrativo de Mulevala, distrito de Ile, na Zambézia, durante o comício popular orientado pelo Chefe do Estado, Armando Guebuza, que ontem cumpriu o terceiro dia da presidência aberta e inclusiva àquela província do centro do país.Maputo, Segunda-Feira, 16 de Maio de 2011:: Notícias . O distrito de Ile é considerado um dos maiores produtores de amendoim depois de Pebane, Alto Molócuè, Namarrói e Gilé. Dados em nosso poder indicam que na última campanha agrícola a província da Zambézia produziu 55 mil toneladas de amendoim, das quais 80 porcento saíram dos solos de Mulevala e Pebane. Os residentes de Mulevala disseram ao Chefe do Estado que a produção já justifica a construção de uma unidade de produção de óleo alimentar e seus derivados, o que na sua óptica poderia contribuir para a melhoria da dieta alimentar das populações, para a criação de postos de emprego e colecta de receitas por parte do Estado. Para a concretização do empreendimento, segundo Pedro Moisés, um dos cidadãos que interveio no comício, será necessário estender a energia eléctrica da rede nacional a Mulevala, de forma a alimentar a fábrica, o que segundo ele impulsionaria o desenvolvimento social e económico e estimularia o surgimento de novos de negócios. A outra preocupação apresentada pelos populares tem a ver com a insuficiência de infra-estruturas socioeconómicas como estradas transitáveis, fontes de abastecimento de água, estabelecimentos de ensino, hospitais, bem como a falta de oportunidades de emprego nas empresas mineiras. Para Mateus Casimiro, outro cidadão que subiu ao pódio, o atraso económico do Ile não se justifica uma vez que o distrito tem recursos minerais em abundância, cuja exploração em pouco ou quase em nada beneficia os residentes locais. A problemática do baixo preço praticado na comercialização foi outra preocupação manifestada pelos populares. Os cidadãos que falaram sobre o assunto acusaram os comerciantes de obrigar os camponeses a vender os seus excedentes a preços muito baixos, acabando por não compensar o seu esforço de produção. Miguel José, outro orador, disse por exemplo, que o preço tabelado para a venda de um quilograma de milho é de cinco meticais mas, segundo denunciou, os operadores económicos obrigam os produtores a vender o quilo de amendoim ao preço de dois meticais.
Em resposta, o Chefe do Estado exortou os produtores a unirem-se em associações de forma a discutirem e estabelecer preços únicos na comercialização dos seus excedentes. Guebuza disse ainda que o combate à pobreza passa por vender a produção a um preço justo, de forma que os produtores possam resolver os seus problemas sociais. Ainda ontem, Guebuza orientou uma reunião com os jovens da província da Zambézia. Hoje, escala o distrito de Gilé, onde irá visitar empreendimentos socioeconómicos, nomeadamente o hospital rural e projectos financiados no contexto do Fundo de Desenvolvimento Distrital. Depois da vila, o Presidente da República estará na região mineira de Moiane, onde vai visitar empresas mineiras e participar na feira de produtos agrícolas e mineiros. JOCAS ACHAR" Fonte Jornal  NOTICIAS.

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