segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MOÇAMBIQUE PRECISAR DE DIVERSIFICAR AS SUAS FONTES DE ENERGIA

MOÇAMBIQUE precisa de diversificar as suas fontes de produção de energia eléctrica, como forma de evitar problemas de fornecimento em caso de ocorrência de secas, uma vez que actualmente depende única e exclusivamente de recursos hídricos.
Este alerta foi dado pelo Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM), Augusto de Sousa Fernando, que falava durante a 43ª reunião do Comité de Gestão do Pólo Energético da África Austral (SAPP), que decorreu recentemente na cidade de Maputo sob o lema “Desenvolver um Mercado de Electricidade Competitivo para o Desenvolvimento Sustentável da Região”.
Segundo Augusto de Sousa Fernando, noventa e nove por cento da energia eléctrica produzida em Moçambique é baseada em fontes hídricas, o que é muito arriscado, pois o país pode enfrentar sérios problemas em períodos secos.
Por isso, Augusto Fernando considera que o gás natural vai, nos próximos tempos, contribuir significativamente para a redução desta dependência em relação aos recursos hídricos.
“O gás natural vai ser determinante para Moçambique. É a solução para os próximos tempos. Por isso, há empreendimentos com base neste recurso que vão ser construídos como forma de diversificar as fontes. O país sai a ganhar e o excedente poderá ser exportado para os países da região”, explica Augusto de Sousa Fernando.
Entretanto, enquanto tal não acontece, e para contornar o défice de energia no país, “há acções que estão a ser levadas a cabo, as quais passam pela introdução de políticas de minimização do consumo e implementação de políticas de eficiência energética”.   
Por seu turno, Laura Nhancale, directora de Estudos e Planeamento do Ministério da Energia, considera que o encontro constitui uma oportunidade para discutir os problemas com que se depara o sector de energia no mundo e na região, em particular.
De acordo com Laura Nhancale, para fazer face aos problemas deste sector é necessário que haja segurança no fornecimento de energia eléctrica, o acesso e estabilidade energética, o que inclui o desenvolvimento de vários projectos e medidas de gestão do consumo.    
Ainda de acordo com Laura Nhancale, é necessário que os países da região Austral concentrem e juntem esforços no sentido de desenvolver o sector energético, pois só assim é que poderão melhorar as condições de acesso à energia eléctrica e, consequentemente, as condições de vida das populações.
O Comité de Gestão do Pólo Energético da África Austral (SAPP) é uma organização fundada em 1995 e subordinada à Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), sendo formada por empresas fornecedoras de energia eléctrica dos respectivos países."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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