segunda-feira, 12 de agosto de 2013

TETE PRESIDENCIA ABERTA DE ARMANDO GUEBUZA E AS NOVAS VIAS FERROVIARIAS

Guebuza destaca mais valias de novas ferrovias em Tete
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Comboio vagoes carvaoO Presidente moçambicano, Armando Guebuza, afirmou que as novas ferrovias que vão nascer e atravessar o distrito de Mutarara, no extremo sul da província central de Tete, vão trazer uma nova realidade de desenvolvimento socio'económico, mas que só será possível com o país a trilhar os caminhos da paz.
O estadista moçambicano manifestou a convicção durante o comício havido sabado na localidade da Vila Nova da Fronteira, Posto Administrativo de Charre, ponto de entrada à Tete, no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva que o levará a escalar também os distritos de Tsangano, Macanga, Changara assim como a própria capital provincial.

No comício havido na Vila Nova da Fronteira, por sinal próximo da fronteira com o Malawi, Guebuza debruçou-se sobre matérias de desenvolvimento que o país está a registar, porém muitas vezes passam quase de despercebidos da vista da maioria.

Na Vila Nova da Fronteira vai nascer uma nova ferrovia que atravessará a província da Zambézia através dos distritos de Morrumbala, Nicoadala até Macuzi, onde será construído um porto de águas profundas, para o escoamento do carvão que vem da bacia carbonífera de Moatize.

Ainda em Mutarara, segundo o presidente, haverá uma outra linha férrea que atravessará a Zambézia indo para Nacala, por onde far-se-á também o escoamento dos grandes volumes de carvão que está a sair de Moatize para os mercados internacionais.

As exportações de carvão tiradas das reservas carboníferas de Tete podiam, segundo o presidente, atingir 100 milhões de toneladas por ano, mas dada a falta de vias de escoamento as quantidades que saem do país ainda não são superiores a 10 milhões.

Essas novas realidades constituem, segundo o presidente, reflexos do desenvolvimento na medida em que vão melhorar a situação de Mutarara, em particular de Nhamayabue, bem como a vida das pessoas que directa ou indirectamente estarão ligadas aos grandes projectos ainda por vir.

Para o efeito, disse, os moçambicanos tem uma responsabilidade muito grande, pois muitas há pessoas que não querem ver o país a concretizar todas essas realizações, pelo contrário “gostam de nos ver a chorar e não de emoção e alegria, mas sim de sofrimento e dor”.

Desta feita, o presidente disse aos milhares de presentes no comício para continuarem vigilantes para garantir que a paz não seja perturbada, para que a futura linha férrea chegue a Vila Nova, abrir novos postos de trabalho, que as crianças continuem a estudar.

“A nossa missão é garantir que o desenvolvimento continue, por isso devemos continuar a segurar a paz com as duas mãos, porque ela é que nos permite sair da pobreza”, explicou o presidente, anotando que é sabido que ela ainda não acabou, mas a pobreza não é igual a pobreza de ontem.

O estadista moçambicano destacou, por outro lado, a futura machamba de cultivo da cana sacarina que vai abrir no Posto Administrativo, em Mutarara. Disse que ela é outra fonte de emprego que terá uma grande impacto na vida dos residentes directa ou directamente envolvidos.

No comício, que serve também como momento de aprendizagem mútua sobre vários aspectos relativos a governação, as comunidades levantaram várias inquietações, com particular realce para a necessidade de aumentar o número de comboios de passageiros que escala a vila municipal de Moatize.

Os residentes de Nhamayaba, sede distrital de Mutarara, qua passa a futura autarquia, afirmaram que o único comboio que passa por ali todas as quartas-feiras, para Moatize e faz o movimento de regresso no dia seguinte, devia aumentar o número de viagens para que mais gente possa viajar.

A Ponte Dona Ana precisa, segundo os residentes, de ser melhorada na área reservada a circulação de peões, porque as barras outrora existentes caíram e as crianças, que atravessam a ponte, na tentativa de saltar os espaços abertos caiem para o leito do rio Zambeze, situação que continua a provocar luto em muitas famílias.

A expansão de serviços sociais como o abastecimento de água, saúde e educação bem como os serviços bancários, pois ali não existe nenhuma unidade, o que força os residentes a recorrerem ao vizinho Malawi. A vontade de consumir a energia da rede nacional são outras questões que marcaram as reivindicações dos residentes.

O Chefe de Estado trabalha, este domingo, no distrito de Tsangano, onde além de orientar o seu segundo comício tem marcadas reuniões com os órgãos ligados a governação a nível local.
(RM/AIM)" FONTE RADIO MOÇAMBIQUE.

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