quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ALBERTO VAQUINA PRIMEIRO MINISTRO DE MOÇAMBIQUE PRIMEIRO DIRIGENTE POLITICO AFRICANO A VISITAR O TAJIQUISTÃO, MOMENTO HISTÓRICO

"Histórico: Alberto Vaquina primeiro dignatário africano a visitar Tajiquistão


Alberto-vaquina-radio-mocambiqueMoçambique e o Tajiquistão acabam de abrir uma nova página no seu relacionamento, algo que também constitui um marco histórico entre este país da Ásia Central e o continente africano.O Primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, foi o primeiro dignitário africano a seu nível e de Chefes de Estado a pisar o solo do Tajiquistão desde que este país adquiriu a sua independência da extinta União Soviética em 1991. A visita de Vaquina ao Tajiquistão tinha como principal objectivo garantir uma participação condigna de Moçambique na Conferência Internacional de Alto Nível Sobre Cooperação no Domínio das Águas, um evento de três dias, iniciado na Terça-feira da semana corrente, em Dushanbe, capital do Tajiquistão. “A deslocação do Primeiro-ministro moçambicano ao Tajiquistão é uma nova página na história do relacionamento entre ambos os países”, asseverou o ministro tajique dos negócios estrangeiros, Hamrokhon Zarifi, visivelmente satisfeito, falando no término de um encontro mantido hoje com o governante moçambicano.
Zarifi explicou que ambos os países partilham muitos aspectos em comum, incluindo índices de desenvolvimento económico, onde Moçambique tem vindo a registar uma taxa de crescimento anual na ordem de 7,5 por cento a semelhança do Tajiquistão. Na área dos recursos naturais, incluindo minerais, Moçambique e o Tajiquistão também possuem similaridades no seu potencial no que concerne a reservas de pedras preciosas, energias renováveis, electricidade, entre outras. Durante o encontro, ambos os governantes também discutiram o estabelecimento de relações diplomáticas e de cooperação. “Discutimos o estabelecimento de uma sólida base legal, que vai permitir a preparação de vários acordos económicos e de comércio entre Moçambique e o Tajiquistão e que deverão ser assinados num futuro próximo”, disse o ministro tajique, para de seguida acrescentar que ”isso vai ajudar a incrementar as nossas relações bilaterais”.
Refira-se que ambos os países fizeram o mesmo percurso histórico e na mesma sequência, ou seja independência, guerra e desenvolvimento. Por isso, um membro da delegação moçambicana que acompanha o Primeiro-ministro disse num comentário em privado que “é sempre bom cooperarmos com que temos algo de comum”.Comentado sobre o facto de o Primeiro-ministro moçambicano ter sido o primeiro dignitário a seu nível a pisar o solo do Tajiquistão, o vice-ministro moçambicano dos negócios estrangeiros, Henrique Banze, confirmou o sentimento manifestado pelos governantes do país anfitrião, explicando que “abre-lhes boas perspectivas pois consideraram que o encontro com o Primeiro-ministro é uma boa oportunidade para trabalharem com Moçambique e servir como uma plataforma de cooperação na SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e também em África. Fazendo um balanço dos encontros mantidos pelo Primeiro-ministro com os membros do governo do Tajiquistão, Banze frisou que os mesmos eram de cortesia, pois o objectivo principal da visita a este país da Ásia Central era garantir uma participação condigna de Moçambique na Conferência Internacional de Alto Nível Sobre Cooperação no Domínio das Águas . Na segunda-feira, Vaquina também manteve um encontro com o Presidente do Tajiquistão, Emomali Rahmon e hoje com o seu homólogo tajique Akil Akilov. O diplomata moçambicano aproveitou a oportunidade para anunciar que já foram identificadas as possíveis áreas de cooperação que incluem gestão das águas, infra-estruturas e formação profissional. “Focalizamos fundamentalmente a área de gestão das águas, infra-estruturas de apoio, bem como a área energética e formação profissional”, disse. O Tajiquistão não possui nenhuma representação diplomática em África e isso pode explicar o baixo nível de relacionamento entre aquele país asiático e o continente africano. Por isso, os contactos entre as entidades governamentais das duas partes são realizados nos diferentes centros nevrálgicos da diplomacia universal, nomeadamente Nações Unidas e outros fora internacionais. Talvez a situação de pobreza em que o país se encontra justifique a concentração da sua acção diplomática apenas em círculos de maior interesse e com retornos imediatos como na própria Ásia Central, China e Rússia.(RM/AIM)" FONTE RÁDIO MOÇAMBIQUE.

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