sábado, 24 de julho de 2010

MOÇAMBIQUE E OS OUTROS PAISES DA CPLP - 2.1

"CPLP deve ser poderosa - destacam intervenientes na abertura da cimeira da comunidade lusófona

A COMUNIDADE dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) possui potencialidades que a podem tornar numa força poderosa e dinâmica capaz de contribuir para a paz e segurança, bem como acelerar o crescimento e o desenvolvimento, assente na cooperação em várias áreas temáticas.Maputo, Sábado, 24 de Julho de 2010:: Notícias
Esta foi a tónica dominante do discurso de abertura, ontem, em Luanda, da VIII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, proferido pelo Presidente de Angola, país anfitrião, José Eduardo dos Santos.
No acto solene, também presenciado pelo estadista moçambicano, Armando Guebuza, que se encontra em Luanda desde a tarde da última quinta-feira, Dos Santos referiu que tal potenciação deve recair em áreas tais como a sociedade civil, educação para o desenvolvimento, energias renováveis, saúde, justiça, juventude, trabalho, entre outras.
O Presidente de Angola que assume a Presidência da CPLP, em substituição de Portugal, disse ser justo valorizar a solidariedade como eixo central da acção desta organização lusófona, já que os países membros possuem níveis diferentes de desenvolvimento.
“Reconhecemos que é no respeito da nossa diversidade que encontramos a base da nossa unidade, a razão para nos apoiarmos mutuamente”, afirmou Dos Santos, no encontro marcado pela ausência do Presidente brasileiro, Lula da Silva, mas que é representado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Celso Amorim.
O estadista angolano destacou o facto de os países membros se localizarem em regiões diferentes dos quatro continentes, o que confere o estatuto privilegiado de ‘porta-vozes’ uns dos outros.
O orador não se referia apenas ao alargamento da projecção da língua comum, pois esta já se inscreve no quadro das mais faladas mundialmente e, por conseguinte, já começa a ganhar respeito e a permitir um maior acesso a um mercado de centenas de milhar de pessoas, mas também a nível de outras aéreas como a económica.
É nesta perspectiva que a CPLP é vista como sendo um instrumento importante para desenvolver e fortalecer a afirmação dos países membros a nível regional e internacional, garantindo a sua participação justa e efectiva na configuração da ordem política e económica mundial.
Por seu turno, o Presidente cessante da CPLP, Cavaco Silva, disse que durante os dois anos em que o seu país esteve à frente dos destinos desta organização emergiram desafios importantes que ultrapassados podem satisfazer as expectativas das suas organizações.
O governante português referia-se ao estatuto do cidadão da CPLP que, segundo ele, tem de ser concluído com celeridade, bem como ao primeiro fórum da sociedade civil da CPLP, que, para a fonte, deve se materializar.
Participaram na cerimónia de abertura, para além de Guebuza, dos Santos e Cavaco Silva, os Presidentes Pedro Pires, de Cabo Verde Malam Bacai Sanhá, da Guiné-Bissau, Fradique de Menezes, de São Tome e Príncipe o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim em representação de Lula da Silva.
A sessão de abertura contou ainda com a presença do Vice/Primeiro-Ministro de Timor Leste, José Guterres, assim como o Presidente da Guine-Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, e o Ministro do Estado, Emprego e Função Pública do Senegal, estes dois últimos na qualidade de observadores.
Até ao final da cimeira a Guiné Equatorial saberá se foi ou não admitida como membro da CPLP.
Almiro Mazive, da AIM, em Luanda"

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