A ligação ferroviária entre as cidades de Cuamba e Lichinga, na província do Niassa, será reatada em Novembro deste ano, após seis anos de interrupção devido à degradação da ferrovia.
A garantia foi dada ontem ao Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, durante uma visita às obras de reabilitação da via.
O gestor do projecto de reabilitação daquele troço do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), Carlos Mucave, explicou ao Primeiro-Ministro que foram investidos cerca de 100 milhões de dólares na iniciativa, que contemplou a reabilitação de cerca de 240 quilómetros de ferrovia, que já não oferecia segurança para circulação de comboios.
Mucave disse que a perspectiva da CDN é que, após reabilitação, a linha tenha capacidade para transportar um milhão de toneladas de mercadorias por ano.
As obras, segundo previsão da fonte, estarão concluídas em Outubro próximo. No geral, a empreitada, que está a ser executada por uma empresa portuguesa, consiste na colocação de travessas metálicas em alguns troços, às quais foram acrescentadas as que foram retiradas na linha Cuamba/Nacala-Porto.
Incluiu também trabalhos de construção de novas pontes, desminagem, mitigação dos efeitos da erosão e desmatamento, porquanto nos cerca de seis anos em que a ferrovia esteve fora de uso foi tomada pela vegetação, propiciando o surgimento de vários tipos de obstáculos.
Para Carlos Agostinho do Rosário, o regresso dos comboios à linha Cuamba / Lichinga será um ganho para a população do Niassa que, deste modo, terá mais alternativas para o escoamento dos seus bens para qualquer ponto do país através do Porto de Nacala.
Com a estratégia de cabotagem aprovada recentemente pelo governo, os produtos da província de Niassa ficarão mais perto do mercado pelas facilidades de escoamento em condições seguras que a ferrovia oferece para o Porto de Nacala.
O Primeiro-Ministro sublinhou, durante a visita que efectuou aos locais onde decorrem os trabalhos de reabilitação do sistema ferroviário, nomeadamente, em Uti e Itepela, que o foco do governo é ligar a província do Niassa ao resto do país e com os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), no quadro da estratégia regional de facilitação da livre circulação de pessoas e bens."
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE
Sem comentários:
Enviar um comentário