Parte considerável do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) alocado pelo governo distrital de Angoche, vai ser aplicado este ano, para financiar a compra de motores para equipar embarcações pesqueiras com vista a dinamizar a economia local.
Fonseca Etide, administrador de Angoche disse que se pretende com a medida, potenciar os pescadores locais para que possam ter maior autonomia no exercício da sua actividade, sobretudo, no mar aberto, onde há maior disponibilidade de recursos marinhos.
Acredita-se que a medida possa também contribuir para o aumento de volumes das pescarias de várias espécies ao nível do distrito.
Nos últimos tempos, devido à pressão exercida pela pesca artesanal no limite das três milhas náuticas, regista-se a escassez do pescado na área, facto que compromete as metas da segurança alimentar e nutricional no distrito.
Angoche que conta com uma população estimada em 333 mil habitantes conseguiu, no primeiro semestre, 224 mil toneladas de pescado diverso, tendo a aquacultura contribuído com cerca de três toneladas.
Fonseca Etide reconheceu que o desempenho do distrito no domínio das pescas, no período em análise foi fraco, salientando que algo deve ser feito no sentido de inverter o actual cenário.
A meta fixada para este ano é de uma produção estimada em 34 mil toneladas de pescado diverso.
"A intenção do distrito é aumentar o número de embarcações motorizadas e garantir uma produção de mais de trinta mil toneladas no corrente ano, duplicar os volumes em 2017 e chegarmos a 90 mil toneladas em 2018”, disse o governante.
Segundo o administrador, são metas alcançáveis, pois o distrito conta com três empresas de pesca semi-industrial, número que poderá crescer tomando em consideração o universo de pescadores do sector artesanal que vai passar a usar embarcações equipadas com motores permitem navegar em mar aberto.
O “Notícias” apurou que cada motor de 40 cavalos de potência custa, no mercado, cerca de 160 mil meticais.
Angoche recebe do Governo central, na rubrica do FDD, 13 milhões de meticais dos quais sessenta por cento devem ser canalizados para financiar as actividades produtivas do ramo agrário e o resto garante a sustentabilidade e dinamização da economia do distrito."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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