O ACESSO à Saúde, através de assistência sanitária de qualidade, chega a 92 mil residentes do posto administrativo de Bajone, no distrito de Mocubela, na província da Zambézia, mercê da construção de uma enfermaria no centro de saúde local, com a capacidade de doze camas.
Deste modo, a disponibilidade de camas nesta unidade passou de quatro para dezasseis e o sector de Saúde alocou um médico e reforçou a quantidade de fármacos na expectativa de aumentar a assistência sanitária.
O vice-ministro da Saúde, Mouzinho Saíde, que inaugurou há dias a enfermaria, disse que a população vai deixar de percorrer 45 quilómetros ou mais para a sede distrital de Mocubela ou Maganja da Costa, onde existem unidades sanitárias de referência.
Segundo Saíde, que falava durante um encontro popular com os residentes locais, depois da inauguração, a infra-estrutura por si só pode não resolver o problema da qualidade de assistência e, por isso, convidou a população, através das lideranças comunitárias, para junto com o pessoal técnico ir procurando soluções para os eventuais problemas que possam surgir.
Mouzinho Saíde convidou os técnicos da Saúde a auscultarem, constantemente, os líderes influentes e a população local sobre as suas necessidades e expectativas em termos de acesso e tratamento sanitário, vincando que o sucesso na gestão hospitalar reside, entre outros aspectos, na comunicação e humanização no atendimento.
Ainda segundo o vice-ministro, o desafio do Executivo não reside apenas na ampliação de infra-estruturas para aumentar a capacidade de internamento dos pacientes, mas também na prevenção de doenças.
Entretanto, os residentes de Bajone pediram ao governante a construção de um hospital distrital e alocação de mais médicos e mobiliário hospitalar para elevar, ainda mais, a qualidade de assistência sanitária.
O distrito de Mocubela tem mais de 130 mil habitantes, dos quais 92 mil estão no posto administrativo de Bajone, região que se debate com insuficiência da rede sanitária, energia eléctrica da rede nacional para a conservação do pescado, entre outras necessidades.
A população do posto administrativo de Bajone mostrou-se satisfeita com a entrega da nova unidade sanitária. Munira Isaque regozijou-se com a entrega às comunidades locais da infra-estrutura, afirmando que as mulheres, principalmente, deixarão de percorrer perto de 50 quilómetros para o serviço de parto. “Estou satisfeita, o Governo ouviu o nosso grito de socorro e hoje já temos uma maternidade com muitas camas”, disse.
Mocubela é um dos seis distritos que nasceu à luz da nova divisão administrativa aprovada pelo Conselho de Ministros há três anos. Antes desta decisão, Mocubela era um posto administrativo da Maganja da Costa.
No entanto, debate-se com inúmeros problemas, desde a falta de infra-estruturas públicas, nomeadamente escolas, unidades sanitárias, fontes de água, energia eléctrica da rede nacional, estabelecimentos comerciais formais. A sua economia é totalmente rural e é dominada pelos comerciantes estrangeiros, nomeadamente bengalis e chineses.
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FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.
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