quarta-feira, 13 de abril de 2016

OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO EM MOÇAMBIQUE NO ÂMBITO DO FUNDO EMPRESARIAL DA COOPERAÇÃO PORTUGUESA ( FECOP ).

EMPRESÁRIOS nacionais continuam a demonstrar falta de conhecimento das oportunidades de financiamento disponíveis para alavancar os seus negócios no âmbito da implementação do Fundo Empresarial da Cooperação Portuguesa (FECOP).
O Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME), entidade encarregue pela assistência aos empresários para o acesso a este financiamento considera que em 2015, dos 11 projectos submetidos apenas três foram aprovados.
Falando durante um seminário de divulgação dos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro do FECOP, Madina Ismael, quadro do IPEME pediu aos empresários moçambicanos, sobretudo os das Micro, Pequenas e Médias Empresas para que adiram à iniciativa tendo em conta as vantagens financeiras que este mecanismo apresenta.
Madina justificou que das 11 propostas de financiamento apresentadas em 2015, grande parte não foram aprovadas porque não satisfaziam os requisitos exigidos.
A fonte precisou que muitos empresários demonstram fraco domínio na elaboração de projectos, deficiente capacidade de preenchimento de fichas para além de ausência de garantias necessárias para o efeito.
Para o representante da Associação Moçambicana de Bancos, Oldemiro Belchior, explicou que o FECOP assegura que a nível intermédio as Micro, Pequenas e Médias Empresas possam ter um instrumento que as dê capacidade de intervenção nas áreas da indústria, serviços, agricultura e hotelaria.
Explicou igualmente que a mesma iniciativa tem dois níveis de cobertura: a primeira é a da possibilidade de ter uma percentagem de cobertura até 80 por cento para as Pequenas e Médias Empresas e a segunda vai até aos 100 por cento para as Micro-Empresas.
Orçado em cerca de 434 milhões de meticais o FECOP constitui um importante instrumento para o apoio ao desenvolvimento empresarial virado para as Micro, Pequenas e Médias Empresas. Três bancos estão envolvidos na operacionalização do fundo, nomeadamente, o Banco Internacional de Moçambique, Banco Comercial e de Investimentos, Moza e Banco Único.
Luísa Diogo, na qualidade de presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Câmara de Comércio de Moçambique manifestou-se convicta no sucesso do FECOP. “Esta é uma linha que trás uma experiência de sucesso. Um país para se desenvolver tem de ter empreendedores e os mesmos precisam ter um suporte financeiro para o efeito, daí vemos a importância do surgimento deste fundo”, sublinhou a antiga Primeira-Ministra.
Diogo destacou ainda que cada iniciativa de um empreendedor gera uma mudança na sua vida e na sua condição, pelo que um milhão de mudanças podem provocar outras mudanças dentro de um país.
Refira-se que o encontro da última segunda-feira foi o primeiro de uma série de três que deverão ser realizados em Maputo, Beira e Nampula, com vista a divulgação do FECOP. O evento foi co-organizado pela Câmara de Comércio de Moçambique e o IPEME e tinha como objectivo principal tornar mais acessível a informação sobre aquela fonte de financiamento e incentivar a participação de mais empresas na procura de acesso efectivo aos fundos."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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