segunda-feira, 18 de abril de 2016

ADRIANO MALEIANE MINISTRO DA ECONOMIA E FINANÇAS DE MOÇAMBIQUE DEFENDEU DURANTE AS REUNIÕES DO BANCO MUNDIAL E FMI QUE A ÚNICA FORMA DE ORGANIZAR O ORÇAMENTO DE MOÇAMBIQUE É APOSTAR NO DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL

A "ÚNICA FORMA" de organizar o orçamento de Moçambique é apostar no desenvolvimento humano e social, afirmou o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, durante as reuniões de primavera no Banco Mundo e no FMI.
"A única forma de organizarmos o nosso orçamento é apostar no desenvolvimento humano e social com uma abordagem integrada que tem a ver com educação, saúde, protecção social e inclusive nutrição", declarou.
O ministro Maleine participou na última quinta-feira num painel sobre o desenvolvimento da primeira infância na sede do Banco Mundial, em Washington.
Segundo Adriano Afonso Maleiane, o actual Governo elegeu, entre as suas prioridades, focar-se na educação, saúde e rendimentos.
"Todo o programa está baseado nesta ideia do índice de desenvolvimento humano combinando a educação, saúde e rendimento. Precisamos de um ensino que possa trazer as pessoas para competir, além de criar empregos com qualidade", afirmou.
Maleiane adiantou que "vale a pena investir na primeira idade".
"É mais fácil moldar a pessoa quando ainda é criança e dar todas as capacidades. Isso é o que está a ser feito", destacou.
Maleiane referiu-se a um programa piloto, iniciado em 2008, para reforçar o desenvolvimento da primeira infância em 30 aldeias da província de Gaza. A iniciativa foi implementada pela organização não-governamental ''Save the Children''.
O êxito do projecto instigou o Ministério da Educação que resolveu alargar a iniciativa a outras 600 comunidades, em cinco províncias, abrangendo 84.000 crianças de tenra idade, com serviços que estimulam o seu crescimento e desenvolvimento.
O Fundo do Banco Mundial para os Mais Pobres (AID) apoiou o incremento do projecto em Moçambique com um empréstimo de 40 milhões de dólares (35,5 milhões de euros) provenientes de verbas para a política de educação, que financia também actividades de desenvolvimento de capacidades e conhecimentos em agências governamentais e outras partes interessadas, com o fim de assegurar a sua sustentabilidade.
O painel realizado no auditório ''Preston'', na sede do Banco Mundial, contou com a participação do ministro de Negócios Exteriores da Noruega, da chefe executiva do Fundo de Investimento das Crianças (Children's Investment Fund Foundation), do presidente do banco e do director executivo do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF).
Um quarto das crianças no mundo, 150 milhões, sofre de desnutrição na primeira idade, segundo o Banco Mundial.
"O fracasso colectivo de ajudar os pais a providenciar uma alimentação adequada aos bebês nos seus primeiros anos de vida, pode limitar a sua capacidade cognitiva para o resto de sua vida e condená-las à pobreza e à exclusão social", afirmou Jim Yong Kim, presidente da instituição.
"Não adianta darmos empréstimos para a construção de infra-estruturas, se não investirmos nas crianças e nos seus cérebros. Não teremos um futuro para nossos países"."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE

1 comentário:

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