SETENTA e cinco profissionais do Hospital Central de Maputo já receberam formação para lidar com casos de cancro, no contexto do projecto de Acção Integrada na área da Oncologia, que é apoiada por hospitais e institutos portugueses.
Satish Tulsidàs, médico oncologista do HCM, já fala de avanços no contexto da parceria e com maior ganho para o doente, que passou a ser visto por vários médicos numa só consulta, contrariamente ao que acontecia antes, com os doentes seguidos em vários serviços, com todo o desconforto que isso implicava.
Assim, os médicos e técnicos de diversas áreas relacionadas com a oncologia têm ido periodicamente a Portugal para melhorarem a sua prestação no ramo. Para além de quadros do HCM, o pacote de formação, que vai até 2017, abarcou também técnicos do Hospital Central de Nampula.
O projecto Acção Integrada ao doente oncológico funciona no HCM desde 2014 e basicamente dedica-se à formação do pessoal para apoio ao doente. O mesmo surgiu com o aumento da incidência e morbilidade, numa altura em que os doentes tinham um acompanhamento um pouco demorado.
“Sentimos que havia uma necessidade de dar um tratamento integrado e multidisciplinar. Para que isso acontecesse tínhamos de ter pessoal formado para o efeito.
No processo de formação envolveu-se o Serviço de Radiologia, a Unidade da Dor, tendo em conta que um dos sintomas é a dor, o Serviço de Anatomia Patológica, que é fundamental no diagnóstico da doença oncológica, e outros serviços relacionados nos Serviços de Oncologia.
Carla Carrilho, médica oncologista na área do diagnóstico, referiu que volvido um ano e meio de trabalho e com um relatório em preparação, foram diagnosticados 1500 cancros com 90 por cento dos diagnósticos definitivos e não são somente baseados em exames clínicos.
Na mulher o mais frequente é de longe o cancro do colo do útero, com cerca de 34 por cento dos casos, sendo que destes 80 por cento aparecem em estado muito avançado. Segue-se o sarcoma de Kaposi, muito associado à SIDA, para além do cancro da mama.
No homem os dois cancros mais frequentes são os da próstata e sarcoma de Kaposi, este último também associado à SIDA em cerca de 17 por cento, e em terceiro lugar está o cancro do fígado, que vem num estádio avançado. “Praticamente é impossível fazer alguma coisa senão tentar melhorar um pouco a vida do doente”, lamenta.
Já em crianças registam-se mais cancros líquidos ou de sangue, que são a leucemia e os linfomas, assim como casos de sarcoma de Kaposi na forma infantil.
Para Carla Carrilho, trata-se de indicadores bastante importantes, pois irão permitir uma planificação baseada no que é mais frequente, quer em termos de meios para diagnóstico, quer nas necessidades em tratamento da doença.
Investir no rastreio continua a ser a principal aposta para reduzir-se casos que aparecem em fase mais avançada da doença e uma forma de contrariar-se o actual cenário, em que a maior percentagem é registada já muito tarde.
“Agora já temos meios adequados de diagnóstico que facilitam a escolha do tipo de tratamento a fazer”, disse Carla Carrilho.
Soubemos que actualmente o Hospital Central de Maputo já tem todo o tipo de medicamento fundamental para o tratamento do cancro, graças a melhorias que vêm acontecendo do diagnóstico mais preciso e tratamento de casos.
Para além de Maputo, o medicamento é canalizado para outros hospitais com os quais o HCM coopera no domínio do tratamento do cancro, desde que para o efeito haja um oncologista.
A parceria do HCM com Portugal data desde 2014, altura em que se assinou um protocolo de parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, o Camões-Instituto de Cooperação e da Língua Portugal, o Banco Millennium bim e a Fundação Millennium bcp."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
Tenho 7 caixas do medicamento Zithyga para o tratamento do cancro na próstata, dentro do prazo de validade e em perfeitas condições.
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