sexta-feira, 1 de novembro de 2013

LUIS PEREIRA DIRECTOR DA TECHNOSERVE DEU CONTA QUE MAIS DE TRÊS MILHÕES DE DÓLARES NOMEADAMENTE DO FUNDO HOLANDÊS, IRÃO FINANCIAR CINQUENTA PEQUENOS AGRICULTORES DA REGIÃO NORTE DA PROVINCIA DA ZAMBÉZIA: MAQUINARIA DE LAVOURA, UNIDADES DE PROCESSAMENTO, SEMENTE E ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA A CULTURA DA SOJA.

"ZAMBÉZIA - Agricultores têm apoio técnico 
CINQUENTA pequenos agricultores da região norte da província da Zambézia serão financiados, a partir deste trimestre, em maquinarias para lavoura, unidades de processamento, semente e assistência técnica para relançar a cultura da soja.
O investimento global disponível para esta iniciativa, segundo Luís Pereira, director de programas na empresa TECHNOSERVE, que falava há dias à nossa Reportagem, em Quelimane, está avaliado em mais de três milhões de dólares norte-americanos, provenientes de diferentes contribuições, incluindo do Fundo Holandês.Luís Pereira afirmou que há condições agro-ecológicas para o relançamento da cultura na região da Zambézia, nomeadamente Gúruè, Alto Molócuè, Namarrói e Milange. Aliás, segundo as suas declarações, antes da última guerra civil, a província da Zambézia já tinha iniciado com a produção da soja no distrito de Gúruè mas, devido à situação político-militar de então, tudo parou.Apesar deste facto, dados apurados pela nossa Reportagem indicam que a província da Zambézia contribui com 45 por cento da produção nacional, estimada em 35 mil toneladas anuais. Animados com estes resultados, aquele responsável entende que um maior investimento seria irreversível nos impactos que isso poderá produzir na economia nacional, nomeadamente no reforço da dieta alimentar das famílias, produção de ração para avicultura e depois a exploração do óleo alimentar.O nosso entrevistado afirmou que os maiores desafios da soja, não só na província da Zambézia como também nas regiões centro e norte do país, passa pelo maior investimento na mecanização agrícola para a expansão das áreas.Explicou que, actualmente, a mecanização, neste caso o uso de tractor nas áreas de soja, está na ordem dos 25 por cento, pelo que maior investimento terá de ser feito nos próximos dois anos para elevar a “tractorização” para 75 por cento.O outro desafio, segundo aquele especialista agrário, será prestar maior atenção ao pequeno produtor na expectativa de transformá-lo em grande produtor, num espaço curto de tempo, de forma a contribuir nos esforços da produção daquela oleaginosa para cobrir o défice do país e da região da SADC.Actualmente, o país tem uma área de 31 mil hectares para a produção da soja, com maior concentração para as regiões centro e norte. Os níveis de produção estão na ordem das 36 mil toneladas e uma população de 24 mil agricultores, entre familiares, associativos e individuais.O preço de comercialização é considerado como sendo bom e varia entre os 15 e 18 meticais o quilograma da soja. Os agricultores que estão envolvidos na produção desta oleaginosa mostraram, em Quelimane, as suas experiências sobre o impacto dessa cultura na vida das famílias. João Catxava é um dos empreendedores agrícola no posto administrativo de Lioma, no distrito de Gúruè, que neste momento está a trabalhar 20 hectares, dos quais, cinco são de soja.Com os rendimentos das últimas duas campanhas conseguiu terminar a edificação de uma casa melhorada, iniciar o seu negócio na restauração e comprou uma viatura de quatro toneladas que facilita as operações de transporte dos campos para o mercado e o transporte de pessoas para vários pontos da província da Zambézia.JOCAS ACHAR"
FONTE JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
 

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