"Alunos da Católica garantem microcrédito a carenciadosGrupo de estudantes juntou-se para conceder microcrédito a empreendedores de Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor. Recentemente criaram igualmente um programa para combater o desemprego em Portugal.
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Como mudar a vida de pessoas a milhares de quilómetros de distância em países carenciados? É a esta questão que um grupo de alunos da Universidade Católica tem procurado responder e ajudado a solucionar.
O MOVE nasceu em 2009 com o intuito de promover o crescimento das populações, auxiliando-as através da formação e do acesso ao microcrédito.
Uma ideia que Joana Quintanilha, uma das responsáveis pela organização, conta ao Quero Estudar Melhor: "Somos uma associação sem fins lucrativos que acredita no empreendedorismo como forma de combater a pobreza. Queremos ajudar futuros microempreendedores, apoiando as melhores iniciativas e garantindo a sua sustentabilidade. Nesse âmbito apoiamos a criação do negócio, fornecemos o conhecimento estratégico e promovemos a sustentabilidade", afirma.
A MOVE começou por centrar as suas atenções em Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, onde atualmente se encontram cerca de cinco voluntários em cada uma das localizações, além de 30 elementos (sobretudo estudantes, mas também pessoas que fazem pausas na suas atividades profissionais e que possuem competências necessárias) a colaborar com a estrutura em Portugal.
Aposta em Portugal
O processo de concessão do microcrédito é complexo e rigoroso. A primeira preocupação é perceber se "o potencial empreendedor tem filhos a frequentarem a escola bem como capacidade de poupar o montante equivalente a uma prestação". Faz-se então uma pré-seleção, seguida de uma entrevista detalhada ao candidato.
No final, a aprovação do projeto passa também pela instituição financeira parceira. Joana Quintanilha exmplifica que "na primeira edição, em Moçambique, o MOVE contou com 461 candidaturas, porém, apenas apoiou 21. Isto porque o projeto deve cumprir 3 critérios-chave: potencial do negócio e impactos na comunidade e na família."
No total, a responsável estima que o MOVE já contou com 93 voluntários no terreno e apoiou cerca de 70 ideias de negócio atrávés de empréstimos, além de ter formado cerca de 1000 pessoas com cursos e workshops o que, em termos monetários, corresponde a cerca de 40 mil euros.
Joana Quintanilha adianta que a organização se encontra a dar os primeiros passos em Portugal, onde a organização implementou o Pro-MOVE, um programa que visa combater o problema do desemprego através da formação e certificação de desempregados.
Os objetivos futuros do MOVE passam agora por reforçar a posição em Portugal, sobretudo através do estabelecimento de parcerias com instituições de microcrédito no contexto nacional, bem como a partir do reforço das fontes de receita independentes. Um processo para o qual se espera que contribua o Plano de Sócios lançado em abril.
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