sábado, 10 de novembro de 2012

MASSINGIR AGROINDUSTRIAL PROJECTO MAI TEM A VISITA DO CHEFE DE ESTADO ARMANDO GUEBUZA

"Guebuza visita mega-projecto em Gaza


Guebuza-massingirO Projecto “Massingir Agroindustrial” (MAI), cuja entrada em funcionamento está prevista para 2016, vai absorver um financiamento no valor de 740 milhões de dólares americanos e criar sete mil postos de trabalho na forma de mão-de-obra directa.
Trata-se, fundamentalmente, de um projecto de produção de açúcar que será executado numa extensão territorial calculada em 37 mil hectares no distrito de Massingir, oeste da província meridional de Gaza, na mesma área onde devia se concretizar o defunto “sonho” da Procana.O projecto, detido conjuntamente pela Sociedade de Investimentos Agroindustriais do Limpopo (SIAL) com 49 por cento das acções e a Tbs (51 por cento), subsidiária integral da REMGRO, alistada na bolsa de Joanesburgo, foi alvo de uma visita do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, para se inteirar dos progressos no terreno.Octávio Muthemba, Administrador do Projecto e Presidente do Conselho de Administração (PCA) do SIAL, disse que o MAI terá um efeito multiplicador na economia do distrito e do país, porque não só vai alimentar os negócios das pequenas e médias empresas, mas também contribuir para a captação de divisas, dado que 70 por cento da produção se destina essencialmente à exportação.Muthemba disse estar a decorrer, no momento, a demarcação das áreas envolvendo as comunidades a fim de identificar as áreas que eram da Procana, bem como a sua confirmação, um trabalho que esta , por sinal, quase concluído, aguardando-se, desta feita, a aprovação do projecto pelo Conselho de Ministros. A expectativa dos parceiros do projecto MAI, segundo a fonte, é que seja nessa altura também atribuído o Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT).Enquanto isso, o passo subsequente consistirá no arranque do estudo de viabilidade devendo olhar questões que vão desde a qualidade dos solos para a concretização do projecto, a disponibilidade da água (custos relacionados com a sua captação), o impacto ambiental que deve estar em conformidade com os convénios internacionais.Aliás, na fase de consulta, os representantes das comunidades abrangidas tiveram a oportunidade de visitar, em Março, às fábricas de Malalane e Komatipoort, província sul-africana de Mpumalanga, a fim de perceberem melhor como é que uma empresa do ramo funciona e ver alguns benefício que advirão do desenvolvimento do projecto.“Em termos de desenvolvimento às comunidades, estão previstos, numa primeira fase, mil hectares para a segurança alimentar com o auxílio do projecto, assim como uma fábrica de produção da ração animal”, disse Muthemba.Mais tarde, segundo o administrador do MAI, serão igualmente abertos 2500 hectares onde as próprias comunidades vão produzir a cana, para além dos centros de formação, escolas e centros de saúde contemplados no projecto.O director geral da Tbs, John du Plessis, disse, por seu turno, acreditar no forte potencial existente no país que vai desde a natureza dos solos para a produção da cana sacarina, fonte de água segura que é a barragem de Massingir, boa luz solar e bacias hidrográficas longas.O país, segundo o director-geral, oferece óptimas previsões para alta produção da cana, a comunicação entre Maputo e Macarretane é feita de estrada alcatroada até ao Porto de Maputo, donde o produto vai sair para os mercados.“O projecto MAI está próximo das operações existentes da Tbs na África do Sul, o que facilitará todo o apoio técnico na implementação do projecto”, disse du Plessis, que prevê a expansão de uma vasta gama de actividades secundárias no país.Ainda em Massingir, o estadista moçambicano escalou a barragem, construída entre 1972/77, onde foi se inteirar das obras de reabilitação do descarregador auxiliar que visa garantir a segurança daquela infra-estrutura no caso de ocorrência de cheias extremas.Os trabalhos, avaliados em 29 milhões de dólares americanos, financiados pelo governo em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estarão, segundo as previsões, concluídos até Março de 2014, e estão a ser executadas pelo empreiteiro chinês CHICO.No sábado, Armando Guebuza vai escalar a capital provincial de Gaza, onde vai visitar o Regadio do Baixo Limpopo desde a estação de bombagem de “Chimbonhanine”, o acampamento de agro-processamento de Wambo de Chimbonhanine e a zona de expansão em Muzingane entre outras áreas de interesse.(RM/AIM)" Fonte Rádio Moçambique.

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