sábado, 24 de novembro de 2012

AMECOM ASSOCIAÇÃO MOÇAMBICANA DOS ECONOMISTAS VIII CONFERENCIA ANUAL DE ECONOMISTAS DE MOÇAMBIQUE REUNE EM MAPUTO


Expansão da banca continua um desafio - afirma Pinto de Abreu, vice-governador do BM


O vice-Governador do Banco de Moçambique (BM), António Pinto de Abreu reconheceu ontem que, não obstante os avanços positivos registados nos últimos 20 anos ao nível da bancarização da economia, existem ainda problemas sérios na expansão dos serviços. Maputo, Sábado, 24 de Novembro de 2012:: Notícias A VIII Conferência Anual de Economistas de Moçambique, foi aberta pelo Presidente da República, Armando Guebuza que elogiou a evolução temática qualitativa que se regista na Associação Moçambicana dos Economistas (AMECOM) no debate dos assuntos que marcam o desenvolvimento do país.O Chefe do Estado recordou, na ocasião, que no início o foco de análise económica era a dívida externa, o ajustamento estrutural e o equilíbrio macro-económico, aspectos essenciais, na época, para a vida económica do país. Esse debate evoluiu depois para temáticas como integração regional e para aspectos sectoriais da nossa economia, vencida que tinha sido a batalha da dívida externa. Hoje, a realidade leva-nos para novos patamares e exige de todos maior proactividade, inovação e iniciativa criadora para “continuarmos a executar programas assentes em estratégias que assegurem que o crescimento económico em Moçambique se consolide como inclusivo: em termos territoriais; em termos demográficos; e em termos de abrangência de uma diversificada gama de ramos de actividade económica”.A Conferência Anual da AMECOM tinha como tema principal “Desafios para o Crescimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique”. Chamado para dissertar sobre o Sistema Financeiro Moçambicano, Pinto de Abreu referiu que hoje os serviços bancários nacionais registam ainda uma grande concentração ao nível das cidades, sendo a capital do país aquela que mais balcões continua a concentrar.Sem avançar, se essa concentração nas cidades é boa ou não para o estado actual da economia moçambicana, Abreu apontou como um dos grandes desafios da banca nacional a necessidade do rompimento daquilo a que chamou de ciclo informal que domina a economia.Pronunciando-se sobre o grande défice dos serviços de intermediação financeira em Moçambique, ele apontou que se se tomar em consideração as estatísticas eleitorais, como indicadores da população elegível à conta bancária pode se concluir que entre sete a dez milhões de moçambicanos estão para 478 balcões actualmente existentes.“Se formos às zonas rurais, encontramos que o número de cidadãos por balcão é de 100 mil moçambicanos, o que representa uma grande carência de intermediação financeira”, disse.Por seu turno, o Presidente da Associação Moçambicana dos Economistas, Joaquim Tobias Dai, destacou que um dos principais desafios que Moçambique enfrenta, é que para além de crescer, deve desenvolver-se e alcançar níveis satisfatórios de diversificação económica ou diversificação das suas fontes de riqueza.Argumentou que Moçambique tem uma forte vantagem comparativa relativamente aos países da região que é a sua posição geográfica na costa oriental do Índico. “A maior parte dos commodities produzidas na região são compradas pelos países da bacia do Índico. Assim, Moçambique pode também ser conhecido como o país da logística, com a comercialização e transformação destas matérias-primas”." Fonte Jornal NOTICIAS.

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