"Economia
Descoberto ferro em Tete.CERCA de cinco milhões de reservas de ferro-vanádio e titânico
foram descobertos e inventariados durante as actividades de prospecção e
pesquisa levadas a cabo pelo Ministério do Recursos Minerais na província de
Tete, segundo anunciou ontem a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias,
na abertura do XXVII Conselho Coordenador a decorrer de 3 a 6 de Agosto na vila
de Cateme, distrito de Moatize, em Tete.
Descoberto ferro em Tete.
Maputo, Sábado, 4 de Agosto de 2012
Notícias . A titular da pasta dos Recursos Minerais do nosso país afirmou que, neste
momento, decorrem trabalhos de conclusão do estudo de pré-viabilidade a ser
finalizado ainda este ano, contemplando a construção de uma fábrica de fundição
de ferro na zona de Tenge, a cerca de 50 quilómetros da cidade de Tete.“Em 2016 prevê-se, então, o lançamento da indústria pesada de produção de
ferro e aço em Moçambique, com um investimento de 690 milhões de dólares norte
americanos”, disse Esperança Bias.A ministra dos Recursos Minerais assegurou que até finais deste ano serão
concluídos os estudos de viabilidade técnico-económica para a exploração dos
fosfatos de Evate no distrito do Monapo, na província de Nampula, e da sua
utilização num complexo químico para a produção de fertilizantes, que poderá vir
a ser construído em Nacala, através de um investimento de cerca de 3 biliões de
dólares norte-americanos.Referindo-se sobre a indústria extractiva do jazigo de carvão, Esperança Bias
revelou que desde 2007 para cá foram atribuídas quatro concessões mineiras para
a extracção de carvão na província de Tete. O empreendimento de Moatize iniciou
a produção e exportação de carvão no segundo semestre de 2011 e até ao final do
primeiro trimestre deste ano, 2012, o valor da produção superou 2 milhões de
toneladas.“Este valor é mais do que o triplo da produção anual desde sempre alcançada
em Moçambique, no tempo das extintas Companhia Carbonífera de Moçambique e
Carbomoc, Empresa Estatal. Este ano, testemunhámos a inauguração do
empreendimento de Benga e durante o primeiro trimestre de 2012 foram produzidas
neste empreendimento 250.000 toneladas de carvão, das quais 34.000 foram
exportadas”, referiu a ministra dos Recursos Minerais do nosso país.A pesquisa de carvão, segundo a titular da pasta dos Recursos Minerais, está
em fase avançada em outras áreas tituladas com licenças de prospecção e
pesquisa, a destacar para novas concessões mineiras a serem atribuídas para os
projectos do Zambeze e Ncondedzi, assim como para as áreas de Revubue e Cahora
Bassa.O Estado, através da Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM, S.A.),
realizou este ano a sua participação de 5 por cento como accionista no
empreendimento de Moatize e está presentemente a ser negociado o mesmo nível de
participação na empresa do empreendimento de Benga.“É nosso objectivo garantir uma participação moçambicana, mesmo se
minoritária, nos grandes empreendimentos do sector, incluindo de carvão e de
hidrocarbonetos. Através destes desenvolvimentos, Moçambique poderá, dentro de
poucos anos, atingir uma capacidade de produção anual de 50 milhões de
toneladas, com um volume anual de exportações de mais de 5 biliões de dólares
norte-americanos”, indicou Esperança Bias.Escoamento mantém-se como desafio prioritário
Maputo, Sábado, 4 de Agosto de 2012Segundo Esperança Bias, o maior desafio neste momento é a garantir a
capacidade de transporte para o escoamento e exportação de elevadas quantidades
de carvão, estando o Governo e as companhias mineiras agora empenhadas na
identificação e implementação de soluções adequadas.“As novas vias de transporte, linhas de transmissão de electricidade,
sistemas de abastecimento de água, sistemas de comunicação e outros meios
criados para o desenvolvimento destes ou outros empreendimentos na área mineira
irão servir para desenvolver outras actividades económicas e beneficiar a
população em geral, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconómico do
país” - disse no seu discurso a ministra Esperança Bias.Actualmente, no país existem 1165 títulos mineiros atribuídos e estão em
vigor 12 contratos de concessão de pesquisa e produção de petróleo.O potencial em recursos de gás natural na bacia do Rovuma poderá colocar o
país como um grande exportador deste produto a nível mundial, sem pôr em risco a
sua ampla utilização no país para o desenvolvimento de novas indústrias e para a
sua utilização como combustível.Existe, agora, uma boa oportunidade para a comercialização de gás natural
liquefeito no mercado mundial, em particular para países do extremo oriente
(Japão, Coreia do Sul, Tailândia, China, Índia e outros) e Moçambique poderá ter
de concorrer com vários outros países produtores de gás natural. Por esse
motivo, o factor tempo é vital para que o nosso país conquiste o mercado.“Os concessionários das áreas das novas descobertas elaboraram já estudos de
viabilidade detalhados para o desenvolvimento dos jazigos e instalação de
unidades industriais para a liquefacção do gás natural e sua exportação para o
mercado internacional. O total de investimento a realizar, numa primeira fase
para uma capacidade de 20 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL),
será superior a 20 biliões de dólares norte-americanos. Estima-se que o início
das exportações tenha lugar no ano de 2018” - disse a dado passo a ministra dos
Recursos Minerais.
Notícias .
As novas descobertas de gás natural ocorrem no mar e em águas profundas, de
cerca de 1500 metros, no extremo norte da província de Cabo Delgado, e as
instalações para o tratamento, liquefacção e exportação do GNL, via marítima,
localizar-se-ão em terra, no distrito de Palma. Existem vários aspectos
multidisciplinares (ambientais, desenvolvimento espacial, infra-estruturas
portuárias existentes em Pemba e outras novas a instalar no local do projecto,
formação de força de trabalho e quadros nacionais, de entre outros), que vão ser
cuidadosamente analisados e discutidos pelo Governo e seus parceiros.“Para o efeito, foi constituído um grupo interministerial. Através de uma
planificação e programação adequadas, teremos de assegurar que se obtenha o
máximo de benefícios tanto para o país como para o desenvolvimento
socioeconómico integrado da região onde se localizará o empreendimento” -
finalizou Esperança Bias.A realização do XXVII Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos
Minerais em Cateme, distrito de Moatize, sob o lema “RECURSOS MINERAIS E OS
DESAFIOS DO FUTURO”, reveste-se de particular importância, pois acontece num
local onde em 2010 foi estabelecido um novo centro habitacional, incluindo
infra-estruturas sociais de educação, saúde, desporto e outras, como resultado
do maior projecto mineiro desde sempre implementado em Moçambique, o
empreendimento de carvão de Moatize.Durante o dia de ontem, os participantes, divididos em grupos, estiveram
empenhados nos debates dos documentos apresentados, concretamente o Balanço das
Decisões e Recomendações do XXVI CC, Balanço do Meio-termo do Programa
Quinquenal do Governo e do Plano Económico Social (PES) – 2012, primeiro
semestre e perspectivas para o segundo semestre 2012.Hoje serão apresentados e debatidos os relatórios das direcções provinciais,
relatório do Estudo sobre o Impacto Económico e Social da Actividade Mineira em
Moçambique, Informação sobre o Plano-director para a Utilização do Gás Natural
em Moçambique e Metodologia Tarifária de Transporte de Gás Natural por Gasoduto
de Alta Pressão, entre outros temas pertinentes. Bernardo Carlos" Fonte Jornal NOTICIAS.
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