sábado, 4 de agosto de 2012

FERRO DESCOBERTO EM TETE ANUNCIOU ESPERANÇA BIAS MINISTRA DOS RECURSOS MINERAIS DE MOÇAMBIQUE; FERRO - VANÁDIO E TITÂNICO

"Economia


Descoberto ferro em Tete. CERCA de cinco milhões de reservas de ferro-vanádio e titânico foram descobertos e inventariados durante as actividades de prospecção e pesquisa levadas a cabo pelo Ministério do Recursos Minerais na província de Tete, segundo anunciou ontem a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, na abertura do XXVII Conselho Coordenador a decorrer de 3 a 6 de Agosto na vila de Cateme, distrito de Moatize, em Tete.
Maputo, Sábado, 4 de Agosto de 2012:: Notícias . A titular da pasta dos Recursos Minerais do nosso país afirmou que, neste momento, decorrem trabalhos de conclusão do estudo de pré-viabilidade a ser finalizado ainda este ano, contemplando a construção de uma fábrica de fundição de ferro na zona de Tenge, a cerca de 50 quilómetros da cidade de Tete.“Em 2016 prevê-se, então, o lançamento da indústria pesada de produção de ferro e aço em Moçambique, com um investimento de 690 milhões de dólares norte americanos”, disse Esperança Bias.A ministra dos Recursos Minerais assegurou que até finais deste ano serão concluídos os estudos de viabilidade técnico-económica para a exploração dos fosfatos de Evate no distrito do Monapo, na província de Nampula, e da sua utilização num complexo químico para a produção de fertilizantes, que poderá vir a ser construído em Nacala, através de um investimento de cerca de 3 biliões de dólares norte-americanos.Referindo-se sobre a indústria extractiva do jazigo de carvão, Esperança Bias revelou que desde 2007 para cá foram atribuídas quatro concessões mineiras para a extracção de carvão na província de Tete. O empreendimento de Moatize iniciou a produção e exportação de carvão no segundo semestre de 2011 e até ao final do primeiro trimestre deste ano, 2012, o valor da produção superou 2 milhões de toneladas.“Este valor é mais do que o triplo da produção anual desde sempre alcançada em Moçambique, no tempo das extintas Companhia Carbonífera de Moçambique e Carbomoc, Empresa Estatal. Este ano, testemunhámos a inauguração do empreendimento de Benga e durante o primeiro trimestre de 2012 foram produzidas neste empreendimento 250.000 toneladas de carvão, das quais 34.000 foram exportadas”, referiu a ministra dos Recursos Minerais do nosso país.A pesquisa de carvão, segundo a titular da pasta dos Recursos Minerais, está em fase avançada em outras áreas tituladas com licenças de prospecção e pesquisa, a destacar para novas concessões mineiras a serem atribuídas para os projectos do Zambeze e Ncondedzi, assim como para as áreas de Revubue e Cahora Bassa.O Estado, através da Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM, S.A.), realizou este ano a sua participação de 5 por cento como accionista no empreendimento de Moatize e está presentemente a ser negociado o mesmo nível de participação na empresa do empreendimento de Benga.“É nosso objectivo garantir uma participação moçambicana, mesmo se minoritária, nos grandes empreendimentos do sector, incluindo de carvão e de hidrocarbonetos. Através destes desenvolvimentos, Moçambique poderá, dentro de poucos anos, atingir uma capacidade de produção anual de 50 milhões de toneladas, com um volume anual de exportações de mais de 5 biliões de dólares norte-americanos”, indicou Esperança Bias.

Escoamento mantém-se como desafio prioritário

Maputo, Sábado, 4 de Agosto de 2012:: Notícias . Segundo Esperança Bias, o maior desafio neste momento é a garantir a capacidade de transporte para o escoamento e exportação de elevadas quantidades de carvão, estando o Governo e as companhias mineiras agora empenhadas na identificação e implementação de soluções adequadas.“As novas vias de transporte, linhas de transmissão de electricidade, sistemas de abastecimento de água, sistemas de comunicação e outros meios criados para o desenvolvimento destes ou outros empreendimentos na área mineira irão servir para desenvolver outras actividades económicas e beneficiar a população em geral, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconómico do país” - disse no seu discurso a ministra Esperança Bias.Actualmente, no país existem 1165 títulos mineiros atribuídos e estão em vigor 12 contratos de concessão de pesquisa e produção de petróleo.O potencial em recursos de gás natural na bacia do Rovuma poderá colocar o país como um grande exportador deste produto a nível mundial, sem pôr em risco a sua ampla utilização no país para o desenvolvimento de novas indústrias e para a sua utilização como combustível.Existe, agora, uma boa oportunidade para a comercialização de gás natural liquefeito no mercado mundial, em particular para países do extremo oriente (Japão, Coreia do Sul, Tailândia, China, Índia e outros) e Moçambique poderá ter de concorrer com vários outros países produtores de gás natural. Por esse motivo, o factor tempo é vital para que o nosso país conquiste o mercado.“Os concessionários das áreas das novas descobertas elaboraram já estudos de viabilidade detalhados para o desenvolvimento dos jazigos e instalação de unidades industriais para a liquefacção do gás natural e sua exportação para o mercado internacional. O total de investimento a realizar, numa primeira fase para uma capacidade de 20 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL), será superior a 20 biliões de dólares norte-americanos. Estima-se que o início das exportações tenha lugar no ano de 2018” - disse a dado passo a ministra dos Recursos Minerais.
As novas descobertas de gás natural ocorrem no mar e em águas profundas, de cerca de 1500 metros, no extremo norte da província de Cabo Delgado, e as instalações para o tratamento, liquefacção e exportação do GNL, via marítima, localizar-se-ão em terra, no distrito de Palma. Existem vários aspectos multidisciplinares (ambientais, desenvolvimento espacial, infra-estruturas portuárias existentes em Pemba e outras novas a instalar no local do projecto, formação de força de trabalho e quadros nacionais, de entre outros), que vão ser cuidadosamente analisados e discutidos pelo Governo e seus parceiros.“Para o efeito, foi constituído um grupo interministerial. Através de uma planificação e programação adequadas, teremos de assegurar que se obtenha o máximo de benefícios tanto para o país como para o desenvolvimento socioeconómico integrado da região onde se localizará o empreendimento” - finalizou Esperança Bias.A realização do XXVII Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais em Cateme, distrito de Moatize, sob o lema “RECURSOS MINERAIS E OS DESAFIOS DO FUTURO”, reveste-se de particular importância, pois acontece num local onde em 2010 foi estabelecido um novo centro habitacional, incluindo infra-estruturas sociais de educação, saúde, desporto e outras, como resultado do maior projecto mineiro desde sempre implementado em Moçambique, o empreendimento de carvão de Moatize.Durante o dia de ontem, os participantes, divididos em grupos, estiveram empenhados nos debates dos documentos apresentados, concretamente o Balanço das Decisões e Recomendações do XXVI CC, Balanço do Meio-termo do Programa Quinquenal do Governo e do Plano Económico Social (PES) – 2012, primeiro semestre e perspectivas para o segundo semestre 2012.Hoje serão apresentados e debatidos os relatórios das direcções provinciais, relatório do Estudo sobre o Impacto Económico e Social da Actividade Mineira em Moçambique, Informação sobre o Plano-director para a Utilização do Gás Natural em Moçambique e Metodologia Tarifária de Transporte de Gás Natural por Gasoduto de Alta Pressão, entre outros temas pertinentes. Bernardo Carlos" Fonte Jornal NOTICIAS.

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