Maputo, Sábado, 25 de Agosto de 2012A operação iniciou depois de um processo longo e sinuoso de legalização e
sensibilização das comunidades locais, que também reivindicavam a área
mineira.Foi uma cerimónia que consistiu na entrada em acção da vasta maquinaria
adquirida pela empresa e que chegou a Namanhumbir a 3 de Abril passado, depois
do momento oficial, dirigido pelo director provincial dos Recursos Minerais e
Energia, Ramiro Nguiraze, que cortou a fita para o acesso à primeira área a ser
lavrada pelas máquinas da empresa exploradora.Nguiraze confirmou na oportunidade, à nossa reportagem, que se tratava, na
verdade, da entrada da fase de exploração, a partir da qual o Governo começa ao
mesmo tempo a fazer o competente controlo, de modo a informar-se,
permanentemente, sobre a actividade daquela indústria mineira.O director dos Recursos Minerais e Energia garantiu ao nosso jornal que todos
os aspectos de ordem ambiental estão acautelados, não havendo de momento o
perigo de uma alegada degradação do ambiente em resultado da lavra que acaba de
iniciar.“Depois de fazerem a exploração desta área, terão a responsabilidade de
minimizar os danos ambientais causados, principalmente na floresta, enquanto
estiverem a trabalhar na área seguinte. O que não se vai fazer é tapar o buraco,
porque isso significaria fazer um outro buraco”, explicou Nguiraze.Ramiro Nguiraze aproveitou a oportunidade para admoestar, desde já, a
empresa, no sentido de ter em conta todos os pormenores ligados principalmente à
legislação laboral, incluindo a disponibilização e uso, pelos seus
trabalhadores, dos meios e instrumentos da sua própria defesa, visando a
segurança no trabalho.A área que foi escolhida como a primeira a ser explorada, de 50 por 50
metros, coincide com aquela cobiçada pelos garimpeiros ilegais, que a haviam
apelidado de “maningue nice”, pondo assim em definitivo goradas as expectativas
dos fora-da-lei em relação à sua continuidade na exploração do minério.O director do projecto, Sanjay Kumar, pediu na oportunidade as autoridades
para colaborarem com a sua empresa, principalmente no que aos aspectos ligados à
legislação diz respeito, alegadamente porque é sua intenção ver o empreendimento
abraçado no seio das comunidades locais, bem assim sem desentendimentos de
qualquer espécie com o Governo.
Notícias .
Enquanto isso e segundo a nossa reportagem
constatou, continua a montagem de infra-estruturas de apoio à actividade mineira
naquilo que há menos de um ano era uma mata fechada, vendo-se blocos de
residências, parques de diverso equipamento, vias internas de acesso e uma
miscelânea de cidadãos de várias nacionalidades.
Pedro Nacuo. FONTE JORNAL NOTICIAS.
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