sábado, 8 de dezembro de 2018

“EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA/ POÉTICA DE LISIER CHAMPIER AJUDA A CURAR DOENTES NO HOSPITAL CENTRAL DA BEIRA - Nem sempre dos medicamentos vive o doente. O doente precisa um pouco de música, de um pouco de talento para poder sobreviver – Nelson Mucopo, DG do HCB Beira (O Autarca)


“Exposição fotográfica/ poética de Lisié Champier ajuda a curar doentes no Hospital Central da Beira - Nem sempre dos medicamentos vive o doente. O doente precisa um pouco de música, de um pouco de talento para poder sobreviver – Nelson Mucopo, DG do HCB Beira (O Autarca) – Está patente desde o último fim-de-semana e por tempo indeterminado no salão das consultas externas de ginecologia do Hospital Central da Beira (HCB), na capital provincial de Sofala – centro de Moçambique, uma exposição fotográfica/ poética da autoria de Lisié Champier e Mariano Silva. A exposição faz parte do Projecto “Teresinha – Uma Vida Em Moçambique” – apoiado pelo BCI – Banco Comercial e de Investimentos. “O BCI assume, desde a sua fundação, uma forte e permanente preocupação social, identificando-se com causas que afectam as comunidades locais, no quadro da sua missão, a de contribuir activamente para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Sendo a Cultura um dos seus pilares em matéria de responsabilidade social corporativa, o BCI mostrou-se disponível, desde a primeira hora, para ser um parceiro de referência do Projecto ‘Teresinha – Uma Vida
Em Moçambique’, com a certeza de que o mesmo alcançará os objectivos que se pretendem, dando corpo à arte como veículo de inserção social” – Adriano Palito, Representante do Banco Comercial e de Investimentos. A originalidade do projecto que relata a história de vida de uma mulher em Moçambique, a Teresinha, da Manga, um dos bairros periféricos da cidade da Beira, explora diversas vertentes culturais, entre elas Exposição fotográfica/ poética nos principais hospitais do país, tendo começado no Hospital Central de Maputo, agora da Beira, depois de Nampula, Quelimane e Hospital Provincial de Pemba; Lançamento do livro “Teresinha – Uma Vida Em Moçambique”; Peça de teatro; Filme e por fim Novela. “O livro ‘Teresinha – uma Vida em Moçambique’ conta a história de uma mulher típica moçambicana. Estou a falar da mulher que veste capulana, que vai a machamba, que vende na rua, que faz neneca o seu bebé porque não tem com quem deixar. E ela é uma mulher super apaixonada pelo seu marido, que começa a história como sendo vendedor, mas depois passa a ser pescador. E os dois lutam pela vida para educar e passar os melhores valores aos seus filhos” – Lisié Champier, autora da obra, por sinal a sua primeira no mundo da arte e literatura. “Este é o meu primeiro livro e não pretendo ficar por aqui porque realmente descobri uma grande paixão e algo que me transforma e me acrescenta conhecimento. Portanto, daqui para frente ainda temos muitos passos a dar para terminar o Projecto Teresinha”. Exposição ajuda a curar doentes no Hospital Central da Beira É a primeira vez que o Hospital Central da Beira acolhe uma iniciativa do género. A exposição está patente no salão das consultas externas de Adriano Palito, Representante do BCI – Banco Comercial e de Investimentis Nelson Mucopo, Director Geral do HCB – Hospital Central da Beira Lisié Champier, autora da obra “Teresinha – Uma Vida Em Moçambique”, patente no HCB ginecologia, um sítio que todos os dias recebe mulheres, tanto doentes como acompanhantes. É um lugar onde elas procuram buscar algum aconchego, algum tratamento por parte dos médicos. Nelsom Mucopo, Director Geral do Hospital Central da Beira, afirma que o facto de a exposição estar onde está fará com que as mulheres ao chegarem ao local encontrem alguma paz de alma e de espírito. “Como nós sabemos, nem sempre dos medicamentos vive o doente. O doente precisa um pouco de música, de um pouco de talento para poder sobreviver. Portanto, julgamos que essa exposição fotográfica vai fazer parte do tratamento daquelas mulheres e não só, homens também que vem para o nosso hospital a procura de cura para as suas patologias”. Mucopo destaca trata-se de uma grande honra o Hospital Central da Beira, um sítio público e frequentado por muita gente, receber esta exposição, principalmente por ter um grande significado, tendo em conta a histó


ria que se conta nela, que fala exactamente daquilo que é a mulher moçambicana, do Rovuma ao Maputo. Dar importância de vida ao hospital O facto de Lisié Champier e Mariano Silva terem escolhido o hospital para a exposição não deixa de ser motivo que suscita questionamento. E a resposta é simples: “Porque o hospital é um lugar mais importante a seguir ao respirar, comer e todas as actividades básicas de um ser humano. Agente nasce no hospital e morre no hospital. Então, se ele tem essa importância toda desde onde a gente inicia uma vida e onde agente termina, temos que lhe dar essa importância de vida”. Lisié Champier acrescenta: “A seguir a isso, o hospital é um lugar carenciado de entertenimento e vemos a classe baixa que é a maioria da população moçambicana muito envolvida com o hospital. Portanto, é necessário que se tenha algo que passe cultura, informação, história para que as pessoas possam enteter-se e assim vão adquirindo a literatura, a arte da fotografia, todos esses valores que são tão importantes para o ser humano”. A autora, entrevistada pelo O Autarca, sublinha a necessidade de todos os dias as pessoas terem a preocupação de querer apreender, até o último dia da vida, porque é sempre muito importante ganhar conhecimento e valorizar sempre o que o coração diz. “Por muito que haja tendências a dizer-nos o contrário, mas ouçam bem o coração porque ele sabe a verdade” – concluiu. Lisié Chavry Champier, moçambicana, nasceu na cidade da Beira, província de Sofala, em 1984. Vive actualmente em Maputo, onde reside há trinta anos. Formou-se em Informática de Gestão e trabalha actualmente na área de Marketing. Em Julho de 2016 iniciou a sua incursão no ramo da arte e escrita, compondo pequenas histórias e poemas sobre diversos temas. Os seus textos e poemas já foram publicados em algumas revistas e antologias. (Chabane Falume)”
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.

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