domingo, 17 de janeiro de 2016

SANTUÁRIO MARINHO EM MOÇAMBIQUE NO DISTRITO DO IBO, PROVINCIA DE CABO DELGADO TEM O APOIO DA WWF WORLD WIELD FUND

WWF LANÇA SANTUÁRIO MARINHO EM MOÇAMBIQUE

16-01-2016 14:49:01
Maputo, 16 Jan (AIM) – O World Wield Fund, uma organização internacional que defende a biodiversidade, lançou hoje, no distrito de Ibo, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, uma delimitação de cerca de 528 hectares, constituindo assim o santuário marinho denominado Mujaca.

Localizado na região sul do arquipélago das Quirimbas, o santuário abrange 12 ilhas, entre as quais a do Ibo, e visa proteger os recursos marinhos encontrados no Parque Nacional das Quirimbas (PNQ). E' uma iniciativa comunitária que visa proteger os recursos pesqueiros locais.

A cerimónia consistiu na colocação de bóias sinalizadoras na área abrangida. Este acto eleva para dez, o número de áreas marinhas de protecção total dentro do Parque.

Um comunicado de imprensa do WWF Moçambique, recebido hoje na Redacção da AIM, diz que evidências científicas recentes indicam que o PNQ encontra-se no centro da biodiversidade dos recifes de coral que ocorrem na região ocidental do Oceano Índico.

Tal facto, segundo a fonte, significa que o PNQ detém uma das mais altas taxas de biodiversidade de peixe e de coral da região.

A directora nacional do WWF Moçambique, Anabela Rodrigues, citado no comunicado, afirma que o santuário vai ajudar a conservar várias espécies marinhas, incluindo espécies de corais, peixes e tartarugas, bem como uma população residente de golfinhos, todas actualmente sobre alguma pressão.

Acrescentou que a iniciativa vai beneficiar largamente as comunidades locais e o sector turístico, protegendo economicamente a região.

Criado em 2002, com o apoio do WWF,o PNQ tem uma área de 9.130 quilómetros quadrados, dos quais 1.185 correspondem a área marinha.

De acordo com a nota, o PNQ é considerada a primeira iniciativa de âmbito comunitário para a criação de um parque nacional em Moçambique.

A criação de zonas interditas a actividades pesqueiras no interior do parque tem sido uma intervenção de grande impacto defendida pelo WWF, que suportou com evidências científicas a definição desta área de protecção.

Os santuários marinhos, também conhecidos como zonas de protecção total, são áreas onde não é permitida qualquer actividade pesqueira, com o objectivo de possibilitar o crescimento e reprodução de espécies marinhas, geralmente sobre grande pressão dos impactos da actividade humana.

A directora-geral do WWF Moçambique sublinhou que, ao se estabelecer iniciativas do género, “não só estamos a garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros e das comunidades locais, como também estamos a proteger este importante património nacional”.

Testemunharam o acto de lançamento a administradora do Ibo, Helena Nikutume, o administrador do PNQ, Baldeu Chande, líderes comunitários, o representante do WWF no norte de Moçambique, António Serra, entre outros.
(AIM)
Acácio Chirrinzane (AC)/sn

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FONTE: SAPO MZ

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