domingo, 10 de janeiro de 2016

PROPESCA EM MOÇAMBIQUE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PARA AS PEQUENAS EMPRESAS DE PESCA

Para contrariar o actual quadro de redução dos resultados da pesca e minimizar os impactos do uso de técnicas nocivas, o Instituto para o Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala (IDPPE), através de um programa denominado ProPESCA, está a facilitar o acesso a motores e a promover a construção de embarcações de maiores dimensões.
Trata-se de um projecto que é financiado pelo governo moçambicano, em parceria com a União Europeia e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), o qual abarca também a reabilitação de vias de acesso que ligam os centros de pesca às estradas principais, construção de mercados de primeira venda, electrificação, meios de conservação de pescado e de produção de gelo, entre outros.
Segundo os pescadores abordados pela nossa Reportagem, aquele projecto tem estado a facilitar o acesso a artes de pesca selectivas que, associadas aos motores e a embarcações de dimensões maiores torna possível a pesca de espécies marinhas de maior valor comercial.
Na área de Quissanga, por exemplo, pelo menos 12 pescadores beneficiaram de motores, em regime de comparticipação (50 por cento) e um grupo não especificado de mulheres teve acesso a financiamento para actividades de rendimento complementares à pesca.
No que se refere à comercialização, apuramos que na região costeira da província de Cabo Delgado foram construídos mercados de primeira venda em Pemba, Mocímboa da Praia, Macomia, Palma e Quissanga que, apesar de alguns não estarem concluídos, são geridos pelos Conselhos Comunitários de Pesca.
Aliás, alguns destes mercados de primeira venda funcionam como referência em terra firme para os pescadores que se encontram em alto mar, como acontece com o mercado Quissanga-Praia, sobretudo em dias de mau tempo.
Trata-se de pontos que oferecem condições de higiene, com acesso a água, bancas e saneamento para o processamento primário de espécies como raias e tubarões. Em geral, estes locais possuem energia eléctrica da rede nacional ou fotovoltaica (energia solar), congeladores, entre outras facilidades.
A par de todos estes investimentos, o ProPESCA também dissemina informações sobre boas práticas atinentes à conservação do pescado, como a construção de estendais, com particular incidência para os centros de pesca desprovidos de sistemas de frio." FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE

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