A ligação entre Grupos de Poupança e Crédito informais, um dos principais mecanismos financeiros nas zonas rurais do país à instituições bancárias está a produzir um impacto positivo, evidenciam experiências nas províncias de Sofala, Manica e Inhambane.
Um estudo realizado pela International Capital Corporation (ICC), revela que entre 2013 e 2015 cerca de 7.500 pessoas membros de grupos de poupança abriram contas individuais ou beneficiaram da conta do seu grupo, no âmbito do programa ProEcon da GIZ – Cooperação Alemã, que implementa um projecto de ligação financeira com as organizações nacionais Kukula, ADEM Manica e ADEL Sofala, naquelas províncias.
Segundo a fonte, no mesmo período, mais de 15 mil pessoas receberam informação sobre as vantagens, requisitos e procedimentos para uso dos serviços financeiros formais, tanto bancários como de dinheiro móvel.
A ICC revela ainda que que 90 por cento dos inquiridos para o estudo declararam que o nível da sua poupança aumentou depois de terem aberto uma conta bancária - por saberem que o seu dinheiro estava guardado num local seguro, e 60 por cento afirmaram ter investido as suas poupanças em activos ou negócios.
“Estes dados apontam de forma inequívoca para o potencial da ligação financeira”, frisa o estudo a que tivemos acesso.
A ligação entre os Grupos de Poupança e Crédito Informais (também conhecidos pela sigla inglesa ASCAs), existentes nas comunidades e as instituições bancárias é facilitada por organizações nacionais sem fins lucrativos, neste caso, a ADEL Sofala, a ADEM Manica e a Kukula em Inhambane.
“São as organizações que trabalham nas comunidades através dos seus voluntários capacitados, assegurando que os Grupos estejam informados sobre os serviços financeiros disponíveis e as suas vantagens, que os apoiam no processo de abertura de conta e, frequentemente os ajudam a organizar adequadamente a sua estrutura e funcionamento”, frisa a ICC.
Esses dois aspectos, ainda de acordo com a fonte, são cruciais para o sucesso da ligação financeira.
“Como evidencia o Inquérito a Consumidores FinScope(FinScope Consumer Survey Mozambique 2014), divulgado pelo FinMark Trust em Setembro de 2015, a insuficiente educação sobre serviços financeiros é uma das principais razões para que cerca de 80 por cento dos moçambicanos não tenha conta bancária”, revela a fonte que temos vindo a citar."
Fonte: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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