"Moçambique homenageado no Carnaval de São Paulo
Nenê de Vila Matilde conta a história de Moçambique a partir do baobá (embondeiro), a árvore sagrada - Heitor Feitosa/VEJA.com
Uma das mais tradicionais escolas de samba da cidade brasileira de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde, encerrou o primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi. O desfile começou quando eram 6h00 (10h desta manhã em Moçambique).
Com o enredo "Moçambique - A Lendária Terra do Baobá Sagrado", a agremiação fala sobre Moçambique por meio da lenda do baobá (embondeiro), árvore milenar que é um dos símbolos do nosso país.
Em Moçambique, o embondeiro é reverenciado. As pessoas atiram moedas e fazem oferendas ao pé da planta. O enredo mostrou ainda a chegada do embondeiro ao Brasil, pelas mãos dos escravos na época da colonização. Recife, capital de Pernambuco, recebeu a maior quantidade de mudas.
A Nenê de Vila Matilde, que já conquistou 11 títulos no carnaval paulistano, desfilou com 3 mil integrantes, divididos em 24 alas e cinco carros alegóricos. Entre as alegorias, a Nenê apostou nas esculturas como ponto forte do seu desfile. No abre-alas, a águia símbolo da agremiação foi para a passarela do samba toda articulada. Os 190 ritmistas comandados pelo mestre Markão tinham como rainha Ariellen Domiciano. Outros destaques da escola foram a apresentadora Livia Andrade.
Confira o samba-enredo da Nenê de Vila Matilde:
Bate o tambor do meu samba
Surdo, tarol e repique
A vila hoje canta moçambique
Vem bateria de bamba
Quem esperou pra me ver
Chegou Nenê
Amanheceu, resplandeceu, outra vez clareou
Eu sou raiz do povo banto
Presente que o tempo ofertou
Sabedoria, legado dos meus ancestrais
Trago um "eldorado" de riquezas naturais
História singular, guerreira ao despertar
Sagrado meu nome é baobá
O mar virou mareia
Ao longe ouço o cantar, sereia
Eu vi chegar o invasor
Dragões e filhos de alah
Demônios de além mar
Testemunhas de batalhas, resistência
Eu não me curvo jamais
Liberdade, veio a independência
Um forte laço se faz
Hoje a savana renasce
E a vida floresce nos braços da paz
Pérola do índico
Terra de encantos e magia
Surge o "leão da tecnologia"
Vejo um futuro promissor
Espírito ancestral, eu vim pro carnaval
Trazendo o sorriso dessa gente
Minha águia espalha essa semente
Bate o tambor do meu samba
Surdo, tarol e repique
A vila hoje canta moçambique
Vem bateria de bamba
Quem esperou pra me ver
Chegou Nenê
Amanheceu, resplandeceu, outra vez clareou
Eu sou raiz do povo banto
Presente que o tempo ofertou
Sabedoria, legado dos meus ancestrais
Trago um "eldorado" de riquezas naturais
História singular, guerreira ao despertar
Sagrado meu nome é baobá
O mar virou mareia
Ao longe ouço o cantar, sereia
Eu vi chegar o invasor
Dragões e filhos de alah
Demônios de além mar
Testemunhas de batalhas, resistência
Eu não me curvo jamais
Liberdade, veio a independência
Um forte laço se faz
Hoje a savana renasce
E a vida floresce nos braços da paz
Pérola do índico
Terra de encantos e magia
Surge o "leão da tecnologia"
Vejo um futuro promissor
Espírito ancestral, eu vim pro carnaval
Trazendo o sorriso dessa gente
Minha águia espalha essa semente
A seguir algumas imagens do desfile que homenageou Moçambique (Fotos de Heitor Feitosa, da Veja.com, com a devida vênia)
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