quinta-feira, 1 de maio de 2014

SÁBIÉ COM ÁGUA POTÁVEL, POSTO ADMINISTRATIVO DO DISTRITO DA MOAMBA, PROVINCIA DE MAPUTO

MAIS de duas mil famílias do posto administrativo de Sábiè, no distrito da Moamba, já tem acesso à água potável fornecida a partir do centro de abastecimento a funcionar naquela região da província de Maputo.O centro abastece directamente cinquenta famílias, havendo mais sete fontanários implantados nos bairros que fornecem água captada num dos afluentes do rio Incomáti e posteriormente submetida a tratamento laboratorial antes de ser distribuída pelos bairros de Sábiè.Trata-se de um investimento do Governo Central através do Programa Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento Rural (PRONASAR), que prevê para os próximos tempos o alargamento do raio de cobertura de abastecimento.A governadora da província de Maputo visitou ontem a infra-estrutura para se inteirar do funcionamento do sistema.No âmbito da visita que efectuou até ontem ao distrito da Moamba, Maria Elias Jonas orientou um comício popular na sede do posto administrativo de Sábiè, durante o qual tomou pulso das preocupações da população local e colheu propostas para a solução das mesmas.Na ocasião os residentes de Sábiè manifestaram a sua preocupação com a falta de meios de produção agrícola, ambulâncias e com a problemática da usurpação de terras por parte de alguns investidores e agentes económicos. Também manifestaram vontade de ver incrementada a cobertura da rede de unidades sanitárias.
“Temos na localidade de Malengane um senhor que nos levou grandes extensões de terra onde praticávamos a agricultura alegadamente porque ele tinha documentação sobre o terreno. Pedimos intervenção da governadora pois já não temos espaço para a lavoura”, disse Ámina Simbine, uma das intervenientes no comício.Por seu turno, a população de Goane 2 denunciou esquemas de corrupção nos Serviços de Migração daquele posto sempre que estes se dirigem para requerer o passaporte de emergência, documento para cujo acesso chegam a desembolsar mil meticais ou mais, contra os 170,00 meticais tabelados pelo Estado.A demora no processo de atribuição dos títulos de Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT), a falta de meios de trabalho para os agentes da Polícia e de transporte para os líderes comunitários e chefes de localidade são algumas das preocupações que tiram sono aos residentes de Sábiè.Em resposta a estas inquietações, Maria Elias Jonas comprometeu-se a trabalhar com as entidades responsáveis para avaliar possíveis soluções locais e coordenar a nível da base mecanismos para a resolução dos problemas.“Estivemos atentos aos problemas por vós apresentados e vamos trabalhar com o Governo Distrital e com as direcções responsáveis para garantir celeridade no processo de atribuição de DUAT’s, porque não é saudável que os nativos não tenham acesso à terra”, garantiu.Depois do comício a governadora reuniu com os membros do Governo Distrital e exigiu saídas para o problema da corrupção no sector da Migração, na demora na emissão dos DUAT’s e apresentou algumas propostas para soluções locais.Ainda na governação aberta e inclusiva ao distrito da Moamba, que ontem terminou, Maria Elias Jonas visitou projectos financiados no âmbito dos “sete milhões” e um farmeiro que se dedica à produção e exportação de banana.
Ana Rita "
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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