terça-feira, 26 de outubro de 2021

EXXON VAI CONTINUAR EM CABO DELGADO, MOCAMBIQUE, REAFIRMOU A APOSTA NO PROJECTO AFUNGI, DISSE O MINISTRO DA ENERGIA E RECURSOS MINERAIS, ERNESTO MAX TONELA.

"25-10-2021 14:22 Governo moçambicano diz que Exxon vai continuar em Cabo Delgado Governo moçambicano diz que Exxon vai continuar em Cabo Delgado facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Maputo, 25 out 2021 (Lusa) – O Governo moçambicano disse hoje que a Exxon lhe assegurou a continuidade dos seus projetos de gás natural no norte do país face a informações de que a empresa está a repensar a sua carteira de negócios nos combustíveis fósseis. “Da parte das empresas, incluindo da Exxon, a indicação que temos foi de reafirmar a aposta no projeto de Afungi, mesmo depois das notícias que foram postas a circular”, afirmou o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela. Tonela falava aos jornalistas à margem do sexto conselho coordenador do seu ministério, que decorre em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, norte do país. Aquele governante avançou que representantes da petrolífera norte-americana visitam Maputo no início de novembro para um ponto de situação em relação aos empreendimentos em Moçambique. “Temos estado a trocar informações com a Exxon, estando previsto para breve mais um encontro em Maputo, no início do mês de novembro”, declarou. O Wall Street Journal noticiou na última semana que a petrolífera norte-americana está a estudar a possibilidade de cancelar investimentos como o que está previsto para o norte de Moçambique, citando pressões dos investidores para limitar a aposta em combustíveis fósseis. Em causa, uma redução das emissões de carbono e, ao mesmo tempo, aumentar o retorno aos investidores, já que a aposta em megaprojetos como o de Cabo Delgado demora vários anos até chegar à fase de maturidade. De acordo com as fontes citadas pelo Wall Street Journal, não é claro que destas discussões saia uma decisão sobre o investimento em Moçambique, que aguarda ainda pela Decisão Final de Investimento, passo a partir do qual o projeto é irreversível, sob pena de as sanções suplantarem os custos de investimento. A Exxon já gastou 2,8 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) para adquirir uma posição importante no projeto da Área 4 da bacia do Rovuma, o maior projeto de exploração de gás natural de África subsaariana, mas há vários anos que adia a decisão final sobre a o investimento, que segundo o Governo de Moçambique pode ficar entre os 27 e os 33 mil milhões de dólares (23,2 a 28,3 mil milhões de euros). A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas. Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020. PMA (MBA) // VM Lusa/Fim" FONTE: LUSA

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