segunda-feira, 2 de março de 2020

MÁRIO MACHUNGO DEIXOU-NOS PARA A ETERNIDADE, JORNAL ZAMBEZE, OPINIÃO DE FRANCISCO RODOLFO


“| opinião | MÁRIO MACHUNGO: Vida inteira dedicada à “Pátria Amada”… Odia 17 de Fevereiro de 2020 ficará indelevelmente a ser “Uma Data na História”, não só para aquela rubrica da “invenção” ou “criação” de Rafael Maguni na RM (Rádio Moçambique), mas também nos corações dos moçambicanos. Com efeito, os moçambicanos ficaram seriamente abalados com a triste notícia dada pelo Porta-Voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, anunciando a morte em Lisboa, do Dr. Mário Machungo, ao mesmo tempo anunciava a “decisão” (deliberação) do “Luto Nacional”, por 2 dias e Funeral Oficial dedicado a este ilustre filho de wa gaya. Já as “redes sociais” estavam inundadas com a “triste notícia”, perante a incredibilidade de muitos, pois muitos não sabiam que este ícone da “Revolução Moçambicana”, este guru da economia, estava enfermo com um vaivém ora de Maputo para Lisboa, ora de Maputo para Espanha, onde regularmente recebia assistência médica especializada. Mário Machungo paralisou a sua igreja Anglicana ali no Fajardo, para na missa dedicada ao finado, no Sábado dia 22 de Fevereiro de 2020, sendo de destacar as palavras elogiosas do Primeiro- -Ministro Carlos Agostinho do Rosário: “Machungo foi um grande nacionalista, um grande profissional, um grande economista; foi um grande professor de Economia e da vida, um grande político e tecnocrata; foi um grande dirigente com muita ética”. Para o professor Reverendo Jamisse Taimo: Machungo “foi um líder que lutou pela libertação económica do país, trazendo acima a dimensão social, pois sob ver a pobreza como uma oportunidade e engajou-se na luta para o desenvolvimento de um país próspero.” Mário Machungo mereceu o Funeral Oficial, que teve lugar no Salão Nobre do Conselho Municipal de Maputo, que teve lugar dass 10 horas até às 14 horas, com a parte oficial realizada com a chegada do Presidente da República Filipe Jacinto NYUSI e sua Esposa Isaura Ferrão, na passada Segunda- -feira, dia 24 de Fevereiro de 2020, uma data de “triste memória” para os moçambicanos. Dentre várias mensagens destacamos a do Chefe de Estado, Jacinto NYUSI, que consternado disse: “O país perdeu um nacionalista convicto, um exímio economista, um lutador pela justiça, liberdade e igualdade, cuja grandeza de alma é uma lição que permanecerá enraizada nos moçambicanos”. Destacamos também a mensagem da família, da filha, que sugerimos para a posteridade deviam as nossas televisões fazer CD, para que a “Obra e Vida” de Mário Machungo não seja esquecida pelas gerações vindouras, sobretudo pelos economistas, pois nelas se reflecte como esse ícone da Economia vivia com a família. O Dr. Joaquim de Carvalho, outro guru da nossa Economia, com créditos firmados em vários domínios, fez um elogio fúnebre dignos de maiores encómios, tendo terminado bitongalmente com: Inda guady pary iango Mário… Dr. Mário Machungo ou simplesmente MACHUNGO, eras de uma dimensão popular, que entre amigos era Mário e o povo te chamava tão simplesmente MACHUNGO. A sua popularidade conhecemos nós, o autor** em Tete, naquelas reuniões em que juntávamos os Governos Provinciais de Manica, Sofala, Tete e Zambézia, participando Marcelino dos Santos, Mário Machungo (Dirigentes das Províncias de Sofala, da Zambézia) Eduardo Arão e o Coronel Manuel António (Governadores de Tete e Manica), o seu cunho de que deveríamos dirigir a Zona Centro numa ECONOMIA DE GUERRA, ficou bem patente e ainda hoje me recordo com Armindo Barradas, então Director Provincial do Comércio Interno da Zambézia, numa altura em que com o teu cunho Zambézia teve não obstante as sabotagens, índices de produtividade sem precedentes. Triunfamos com a sua persistência (sua inteligência e saber) para que não deixássemos a RENAMO e as forças da Rodésia e da África do Sul do apartheid dividir Moçambique a partir de Tete. Mas isso, será matéria de “Livro de Memórias” do autor ainda na forja, porque o Salomão Moyana, esse GRANDE jornalista emprestado à CNE (Comissão Nacional de Eleições) diz que o jornal não é elástico. **o autor Francisco Rodoldo foi Director Provincial dos Transportes e Comunicações em Tete nos anos oitenta e noventa e era o Coordenador do Secretariado das Reuniões do Governo da Zona Centro. *Inda guady pary iango Mário - Descanse em PAZ, vá em PAZ meu amigo…”
FONTE: JORNAL ZAMBEZE DE MOÇAMBIQUE, OPINIÃO DE FRANCISCO RODOLFO.

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