Para os vinhos que hoje vos sugiro nesta crónica báquica, segui de perto a obra de Maria de Lourdes Modesto e Afonso Praça (texto) e Nuno Calvet (fotos) sobre Festas e comeres do Povo Português. No volume II desta mostra essencial do nosso património gastronómico procurei o período referente à Páscoa, no qual me inspirei para algumas propostas vínicas.
Para ser acompanhado com vinhos brancos encontrei canja de galinha à moda de Alcains (Beira Baixa) e para tintos, também desta povoação, temos o cabrito recheado e assado com o arroz de forno correspondente; o folar transmontano (leva azeite e carnes diversas), a sopa de sarapatel ou as pernas de borrego assadas no forno (Castelo de Vide) requerem igualmente um tinto, assim como o borrego à pastora em Serpa ou ensopado de borrego em Reguengos de Monsaraz.
Para a sobremesa destaco os bolos de Páscoa ainda de Castelo de Vide (folares, biscoitos e esquecidos) acompanhados com um Moscatel de Setúbal ou com um Porto Tawny. O pão-de-ló de Margaride (Felgueiras) é um monumento a que concorre o celebérrimo pão-de-ló de Ovar. Para ambos um Moscatel de Setúbal.
Pode abrir a festa familiar, caso a Páscoa sirva de pretexto para isso, com um espumante para acompanhar ostras ou camarões fritos ao alho, antes da chegada dos folares de carne ou dos assados no forno. Além da doçaria acima inventariada pode concluir o repasto com um queijo de ovelha amanteigado (Serra, Azeitão ou Serpa certificados) para saborear com um Porto Vintage novo.
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