"Moçambique regista desempenho macro-económico “forte” e cumpre programa de reformas – Fundo Monetário Internacional . 14/12/2010. Moçambique registou um recente desempenho macro-económico "forte" e está a cumprir o programa de reformas, apesar do encarecimento das importações de combustíveis e menor investimento estrangeiro, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), noticia hoje (terça-feira) a agência Lusa. A conclusão saiu da primeira revisão do acordo de apoio às políticas (PSI, na sigla inglesa) entre Maputo e o FMI, feita segunda-feira pela administração executiva do Fundo em Washington, Estados Unidos. "O desempenho macro-económico de Moçambique foi, de modo geral, forte e o seu programa económico apoiado ao abrigo do PSI continua em linha com o delineado", refere um comunicado do FMI.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) moçambicano deverá acelerar para 7,2 por cento este ano, graças à recuperação da procura externa. Mas o ambiente externo tem sido mais adverso do que o esperado, com a balança de pagamentos a ser penalizada pela subida dos custos da importação de combustíveis e de bens alimentares. Também o fluxo de investimento estrangeiro tem sido inferior ao esperado, salienta o FMI. A resposta do Banco Central moçambicano, adianta, tem passado por uma política monetária mais restritiva. A nível orçamental, o governo tem beneficiado de uma subida de receitas "notável" e uma execução "prudente", que compensou alguns gastos extraordinários, como o subsídio para os combustíveis. A maioria dos objectivos quantitativos do programa, até final de Junho de 2010, foi alcançada e os progressos têm sido "bons" na implementação de reformas estruturais, sublinha o FMI.
O segundo programa PSI, com uma duração de três anos, foi aprovado a 14 de Junho deste ano.
Moçambique beneficiou de apoios extraordinários do Fundo no pós-crise económica e financeira de 2008 e foi recentemente considerado um dos países africanos que melhor lidaram com as dificuldades vividas nesse período. O programa económico subjacente ao actual PSI vai "continuar a enfatizar a preservação da estabilidade macro-económica e a sustentabilidade da dívida, promovendo ao mesmo tempo o desenvolvimento económico", precisa o FMI. Está prevista uma aceleração do investimento público em infra-estruturas, em parte financiado por crédito externo comercial. A curto prazo, as autoridades deverão promover um estreitamento das políticas orçamental e monetária para combater a inflação. Será ainda lançado o projecto da nova estratégia de redução de pobreza, com um horizonte de quatro anos, e em consulta com a sociedade civil e parceiros internacionais. As reformas estruturais dirigem-se à melhoria da gestão das finanças públicas, da dívida pública, política fiscal e supervisão do sector financeiro." Fonte Rádio Moçambique.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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