"Cimeira África-União Europeia: Guebuza defende mais investimentos para infra-estruturas . 30/11/2010
O Presidente Armando Guebuza, defende maiores investimentos na área de infra-estruturas em África, sector considerado como um dos maiores impedimentos para o crescimento económico do continente.
“Reconhecidamente, um dos grandes desafios do desenvolvimento das infra-estruturas africanas é a escassez de financiamento e a excessiva demora na conclusão dos processos para o seu desembolso”, disse Guebuza falando na III Cimeira África-União Europeia (África-UE), terminada esta terça-feira em Tripoli, Líbia.
Por isso, disse Guebuza, deve-se ampliar os programas de apoio financeiro para o desenvolvimento das infra-estruturas africanas tendo em conta os programas já concebidos, a nível dos países, das comunidades económicas regionais e da União Africana. Como forma de resolver o défice de financiamento, o estadista moçambicano sugere que se deve impulsionar as parcerias público-privadas e promover a África como um destino seguro para os investimentos. Estudos recentes do Banco Mundial referem que para a implementação do programa de reabilitação e construção de novas infra-estruturas em África serão necessários, nos próximos anos, um financiamento calculado em cerca de 93 biliões de dólares EUA por ano, uma soma que corresponde a cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto do continente. Deste montante, cerca de 40 por cento seria para a área de produção de energia. A III Cimeira África-Europa recomendou o contínuo reforço da parceria estratégica entre os dois continentes. A informação foi prestada numa conferência de imprensa pelos presidentes das comissões da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, da União Africana, Jean Ping, convocada para apresentar os resultados da cimeira. Durão Barroso sublinhou que foi decidido reforçar a parceria Europa/África, não em termos de ajuda ao desenvolvimento, de doador/necessitado, mas em termos de se encontrar soluções para melhores investimentos e comércio em África e na Europa. O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, disse corroborar das declarações do comissário europeu e reconheceu a importância da integração regional para o crescimento e desenvolvimento do continente. Jean Ping sublinhou que os acordos de parceria visam a integração da África na economia mundial e que as parte se predispõem a trabalhar no quadro do respeito mútuo, com vantagens recíprocas.
Reconheceu que a situação na Europa é difícil devido à crise económica mundial, mas assinala que as partes manifestam o interesse em cumprir com os seus compromissos. Participaram na Cimeira de Tripoli, iniciada na segunda-feira, em cerimónia presidida pelo líder líbio, Mouammar Kadhafi, representantes de 53 países da África e 27 da Europa. Países como a Zâmbia, São Tomé e Príncipe, Eritreia, Tanzânia, Hungria, Comores, Namíbia, Cabo Verde, África do Sul, Moçambique, Argélia, Gabão e Togo participam com Chefes de Estados. Por Marrocos esteve o Rei Mohammed VI, enquanto outros como a Itália, Portugal e Bélgica e Irlanda se fazem representar por primeiros-ministros. Sob o tema "Investimento, Crescimento Económico e Criação de Emprego", os líderes europeus e africanos discutiram sobre a "paz e segurança", "governação e direitos humanos" e "emigração, mobilidade e criação de emprego". Debateram também a "integração regional, infra-estruturas, tecnologia de informação e desenvolvimento do sector privado", "energia e alterações climáticas" e "objectivos de desenvolvimento do milénio, agricultura e segurança alimentar". A primeira cimeira África-Europa decorreu no Cairo (Egipto), em 2000, e a segunda em Dezembro de 2007, em Lisboa (Portugal). (RM/AIM)" Fonte Rádio Moçambique.
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