A CIDADE da Beira tem condições favoráveis para abastecer-se de energia eléctrica gerada a partir das águas do mar, segundo convicção do académico português, Moreno Ferreira, uma das figuras que arquitectou aquela urbe.
Segundo Moreno, que é de Arquitecto é docente universitário das cadeiras de Edifícios, Topografia a obras marítimas, favorecem essa possibilidade a localização geográfica da cidade, na zona costeira e com o mesmo nível do lençol oceânico.
Falando numa palestra subordinada ao tema ‘’Beira: Soluções do Passado, Desafios do Futuro’’, organizada pela Universidade Zambeze (UniZambeze), a fonte explicou que Beira é a única cidade costeira do continente africano que se localiza ao mesmo nível das águas do mar dai que esteja sujeita a marés altas que variam de 200 a 300 metros, o que, por conseguinte, com tais subidas e descidas de marés pode gerar energia para alimentar milhares de pessoas.
Considerou que para o efeito bastaria construir um sistema de barragens para acumulação de águas no desaguadouro das Palmeiras e duas turbinas de grande capacidade para controlar a entrada e saída de águas de marés altas e, neste processo, estar-se-ia a gerar energia para o consumo doméstico e até para uso industrial.
A fonte disse ter constatado igualmente que a cidade da Beira tem um grande problema no fornecimento de energia e de água devido ao crescimento da população que se situa em cerca de 600 mil habitantes o que tem contribuído para a redução dos esforços do executivo na disponibilização dos serviços da primeira necessidade.
Entretanto, a vice-reitora da Universidade Zambeze para a área de academia, Ana Piedade, afirmou que a sua instituição vai continuar a desenvolver acções que visam contribuir para a busca de soluções que apoquentam o país.
“A UniZambeze, como instituição do nível superior, vai fazer a sua parte de modo a contribuir nas acções do desenvolvimento do país. Por exemplo, gerar energia através das águas do mar é um grande desafio não só para o Governo mas também para nós na busca de ideias e parcerias para que esta possibilidade passe a realidade”, referiu a vice-reitora da UniZambeze"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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