"Moçambique
Estão lá 97 idosos, distribuídos por 8 pavilhões. São idosos provenientes de várias províncias do país.
Alguns foram abandonados pelos seus parentes, outros não têm mais ninguém no mundo e há ainda os que, por diversos motivos, perderam o contacto com os filhos ou outros membros da sua família.
A Irmã Celina Bueno, espanhola, é a responsável do Lar Nossa Senhora dos Desamparados. Diz que, por mês, são gastos cerca de dez mil dólares americanos para que nada falte aos idosos. Roupa e alimentação, sobretudo.
E gastam mais ainda, por estas alturas.
No Natal, procura-se dar muito mais, para garantir uma festa minimamente condigna.
Nora Cossa, 56 anos, natural da Matola, província de Maputo, está no Lar Nossa Senhora dos Desamparados desde 2004. Tem um filho deficiente, o marido abandonou-a, já não tem família e decidiu refugiar-se naquele centro das religiosas.
E não se arrepende. Diz que lá, nada lhe falta.
O Natal, para Nora Cossa, é sempre feliz, na casa onde vive.
E é assim para todos os que a Voz da América entrevistou.
Zacarias Jeque, 70 anos, natural de Machanga, província de Sofala, centro de Moçambique, casado e pai de seis filhos, é cego. E foi por ter perdido a visão que optou por passar a viver no Lar Nossa Senhora dos Desamparados.
Diz que a família não o abandonou, mas que é no centro das freiras católicas onde se sente melhor.
O Natal é, também para Zacarias Jeque, um momento de verdadeira festa.
Paulino dos Santos Virgílio, 47 anos de idade. Nasceu em Lugela, província da Zambézia. Tem quatro filhos.
Os filhos estão em Inhambane, com a ex-mulher. A esposa abandonou-o quando ele foi atingido pela cegueira.
E foi por causa da deficiência que os filhos o foram deixar no Lar Nossa Senhora dos Desamparados.
Neste lar, onde vive quem já muito experienciou na vida, os idosos partilham o significado do Natal com a Voz da América. Lina Ntivane canta quando nos aproximamos. Tem 67 anos, nasceu em Manjacaze, província de Gaza, sul de Moçambique. É freira, mas está também no grupo de pessoas classificadas como vulneráveis.
Já não está na Congregação a que pertencia, a Missionárias Nossa Senhora de Louvor. Adoeceu e foi transferida para o Lar Nossa Senhora dos Desamparados.
Gosta de lá estar e, segundo ela, a vida fica ainda mais leve, "quando chegam as festas do Natal e do final do ano".
E o que os idosos desejam é que todos os outros tenham festas felizes."
FONTE: VOA, VOZ DA AMÉRICA.
Natal em Moçambique: Idosos cantam para celebrar época que lhes traz alegria
No Natal, procura-se dar muito mais
25.12.2014 06:10
No Lar Nossa Senhora dos Desamparados ouvem-se as vozes de pessoas mais velhas, idosos acolhidos numa instituição de caridade.
O lar está localizado num dos bairros suburbanos da capital moçambicana.
É gerido por freiras. Freiras da congregação Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados. E foi esta congregação que construiu as instalações, erguidas em 1999.
O lar está localizado num dos bairros suburbanos da capital moçambicana.
É gerido por freiras. Freiras da congregação Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados. E foi esta congregação que construiu as instalações, erguidas em 1999.
Natal em Moçambique: Idosos cantam para celebrar época que lhes traz alegria
Alguns foram abandonados pelos seus parentes, outros não têm mais ninguém no mundo e há ainda os que, por diversos motivos, perderam o contacto com os filhos ou outros membros da sua família.
A Irmã Celina Bueno, espanhola, é a responsável do Lar Nossa Senhora dos Desamparados. Diz que, por mês, são gastos cerca de dez mil dólares americanos para que nada falte aos idosos. Roupa e alimentação, sobretudo.
E gastam mais ainda, por estas alturas.
No Natal, procura-se dar muito mais, para garantir uma festa minimamente condigna.
Nora Cossa, 56 anos, natural da Matola, província de Maputo, está no Lar Nossa Senhora dos Desamparados desde 2004. Tem um filho deficiente, o marido abandonou-a, já não tem família e decidiu refugiar-se naquele centro das religiosas.
E não se arrepende. Diz que lá, nada lhe falta.
O Natal, para Nora Cossa, é sempre feliz, na casa onde vive.
E é assim para todos os que a Voz da América entrevistou.
Zacarias Jeque, 70 anos, natural de Machanga, província de Sofala, centro de Moçambique, casado e pai de seis filhos, é cego. E foi por ter perdido a visão que optou por passar a viver no Lar Nossa Senhora dos Desamparados.
Diz que a família não o abandonou, mas que é no centro das freiras católicas onde se sente melhor.
O Natal é, também para Zacarias Jeque, um momento de verdadeira festa.
Paulino dos Santos Virgílio, 47 anos de idade. Nasceu em Lugela, província da Zambézia. Tem quatro filhos.
Os filhos estão em Inhambane, com a ex-mulher. A esposa abandonou-o quando ele foi atingido pela cegueira.
E foi por causa da deficiência que os filhos o foram deixar no Lar Nossa Senhora dos Desamparados.
Neste lar, onde vive quem já muito experienciou na vida, os idosos partilham o significado do Natal com a Voz da América. Lina Ntivane canta quando nos aproximamos. Tem 67 anos, nasceu em Manjacaze, província de Gaza, sul de Moçambique. É freira, mas está também no grupo de pessoas classificadas como vulneráveis.
Já não está na Congregação a que pertencia, a Missionárias Nossa Senhora de Louvor. Adoeceu e foi transferida para o Lar Nossa Senhora dos Desamparados.
Gosta de lá estar e, segundo ela, a vida fica ainda mais leve, "quando chegam as festas do Natal e do final do ano".
E o que os idosos desejam é que todos os outros tenham festas felizes."
FONTE: VOA, VOZ DA AMÉRICA.
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