A FALTA de uma barragem, em Mapai, no distrito de Chicualacuala, em Gaza, assim como o facto dos diques que na altura das recentes cheias não estavam suficientemente preparadas para fazer face à violência das águas dos rios, constituem uma preocupação central do executivo moçambicano que continua na busca de financiamentos para a materialização daquele empreendimento.O facto foi revelado na última sexta-feira, na vila autárquica da Macia, pelo Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, no decurso de uma conferência de Imprensa que serviu para fazer o balanço da sua visita de trabalho à província de Gaza, no âmbito da presidência aberta e inclusiva. O Presidente da República respondia assim a uma das questões apresentadas, na ocasião, pelo "Notícias" sobre a eventualidade de um projecto de construção de uma barragem, em Mapai, tendo em vista a redução dos efeitos dramáticos das cheias que, ciclicamente, afectam a província de Gaza, provocando luto, dor e destruição de infra-estruturas económicas e sociais."O problema da barragem de Mapai não é apenas um problema de intenção, não é um problema de um projecto em tanto que tal, mas é sim, um problema de recursos financeiros, e o governo moçambicano tem estado sempre a trabalhar no sentido de obter financiamento para esse projecto e, naturalmente, não para de o fazer. Nós acreditamos que depois desta tragédia, aqueles que têm recursos possam compreender que é prioritário termos uma barragem em Mapai" disse o Chefe do Estado moçambicano.
Guebuza teceu, na ocasião, palavras de apreciação ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo governo provincial de Gaza e pela população local mesmo depois das cheias ocorridas em Janeiro e Fevereiro últimos e que, para além de desalojar milhares de famílias, provocou mortes e destruição de diversas infra-estruturas económicas e sociais.Para o estadista moçambicano foi, sem dúvidas, impressionante verificar que, depois daquela tragédia, a província de Gaza se restabeleceu num período recorde e retomou a vida normal, não obstante o facto de ainda estar em curso um intenso trabalho de recuperação de tudo aquilo que foi objecto da destruição pelas recentes cheias.O Presidente da República disse que foi igualmente algo especial verificar a forma como as populações do Posto Administrativo de Pafúri confrontam-se com alto sentido de consciência ambiental, facto que, conforme assinalou, se caracteriza pela não ocorrência de queimadas descontroladas naquele ponto da província de Gaza, ao contrário do que ocorre em muitas regiões do país.Guebuza disse, a propósito, que este gesto deve ser acarinhado porque, efectivamente, responde aos esforços do governo que é pelo reflorestamento, através do plantio de árvores de fruta com o intuito de, não só se preservar o ambiente, como também de dar-se um contributo para a nutrição.Sobre o que lhe preocupou, em particular nesta sua presidência aberta, à província de Gaza, Armado Guebuza referiu-se ao facto de ser ainda uma prioridade continuar-se a trabalhar no sentido de se levar água para cada vez maior parte dos cidadãos naquele ponto do país.O Chefe do Estado moçambicano entende ser ainda necessário a criação de condições para que mais crianças, em Gaza, possam estudar em salas de aula de construção convencional e sentadas em carteiras.Por outro lado, ainda de acordo com o Presidente da República, continua a ser um grande desafio a necessidade de tudo ser feito para que as mulheres deixem de morrer por terem partos fora das maternidades ou a caminho das unidades sanitárias, por falta de ambulância. VIRGÍLIO BAMBO" FONTE JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
Sem comentários:
Enviar um comentário