"Porto da Beira: Concluído terminal provisório de carvão
FOI concluído ontem com sucesso o primeiro ensaio do carregamento de carvão
mineral no terminal provisório, especialmente erguido no Porto da Beira, em
Sofala. A infra-estrutura, equipada com tecnologia de ponta, tem capacidade
anual para manusear seis milhões de toneladas do minério.
Maputo, Terça-Feira, 28 de Fevereiro de 2012Para tal efeito, um navio com capacidade de transportar até 35 mil toneladas
e baptizado com o nome de “BulK Zambeze” zarpou na manhã de ontem daquele
recinto ferro-portuário até ao alto-mar para baldear o minério numa outra
embarcação de maior dimensão do tipo “Panamax”, dotada para escoar acima de 60
mil toneladas. Trata-se do carvão extraído no distrito de Moatize, em Tete, pela
companhia brasileira Vale Moçambique e que se destina à exportação no mercado
asiático.O facto acontece numa altura em que se multiplica o escoamento de carvão pela
Linha de Sena, havendo já grandes quantidades deste mineral no Porto da Beira,
enquanto a operadora Rio Tinto se prepara para entrar nesta acção a partir de
Março próximo. Falando ontem ao “Notícias” na Beira, o Chefe do Departamento de Marketing e
Vendas na Cornelder de Moçambique, Félix Machado, precisou que antes desta
operação-experimental do terminal provisório de carvão a entidade gestora do
Porto da Beira realizava a mesma actividade como alternativa, com investimentos
próprios para acomodar a vinda dos primeiros navios para o transporte de
carvão.Na base do embarque por via de banheiras soubemos ainda que o Porto da Beira
já manuseou mais de 246 mil toneladas de carvão mineral da Vale Moçambique para
o mercado externo, entre Agosto e Janeiro passados, representando um
significativo incremento no Produto Interno Bruto (PIB) no país. Mesmo com a entrada em funcionamento do terminal provisório de carvão,
conforme reza o acordo firmado entre a Cornelder de Moçambique e a Vale
Moçambique, a carga vai continuar a ser manuseada manualmente no Porto da
Beira.Contudo, Félix Machado reconheceu que a sua instituição tem plena consciência
de que a capacidade instalada no Porto da Beira, especificamente para o carvão,
não é suficiente para o manuseamento de todo o minério que existe tanto em Tete,
como na região da África Austral, pois, na sua óptica, o vizinho Zimbabwe também
está à procura de um porto para efectuar igual exportação.Reafirmou que mesmo que a autoridade competente, a Empresa Pública Portos e
Caminhos de Ferro de Moçambique, consiga encontrar parceiros e construa a futura
terminal de carvão projectada para manusear 20 milhões de toneladas por ano e
adicionadas às actuais seis milhões, o Porto da Beira não terá capacidade.Horácio João" Fonte Jornal NOTICIAS.
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