domingo, 5 de maio de 2024

CAMÕES NA ROTA DE CAMÕES, A PROPOSITO DOS 500 ANOS DE CAMÕES, ESTE ANO A SEREM COMEMORADOS TEXTO DA AUTORIA DE AUGUSTO MACEDO PINTO, EM 2008

"12/06/2008 Na rota de camões! Conto do Verão Augusto Macedo Pinto Advogado, Antigo cônsul de Moçambique em Portugal Na rota de camões! Pesquisando a VIDA DE CAMÕES, nomeadamente em “BREVE NOTÍCIA DA VIDA DE LUÍS DE CAMÕES”, o mesmo chegou à Índia em 1561. Encontrava-se em graves dificuldades financeiras quando lhe surgiu o “apoio” de Pedro Barreto e o levou até Sofala. Aqui em Sofala e passo a transcrever a situação por si vivida e referida nesta obra:”,…e em summa pobreza; e vendo que lhe naõ aproveitava diligência para alguma, para sahir de taõ extremas misérias, se lhe offereceo Pedro Barreto para o levar comsigo a Sofala, onde passava como posto de capitam.Seguio o Poeta a Pedro Barreto, mas chegando a Sofala Experimentou nelle hum tratamento tal,que aportando alli humas Nãos da Índia, que vvinham para o Reino, se resolveo a embarcar nellas:embargava-o Pedro Barreto (como já Miguel Rodriguez Fios Seccos) dizendo lhe devia duzentos cruzados,que com elle havia despendido; mas mas a esta dívida acudíram promptamente alguns Cavalheiros, que para o Reino vinham nas mesmas Nãos, e a pagaram de boa vontade, só pelo interesse de trazerem na sua companhia a Luís de camões.Foram estes Heitor da Sylveira, Antonio Cabral, Luís da Veiga, Duarte de Abreum Antonio Ferraõ, e outros.Regastado assim Luís de Camões, voltou na companhia daquelles Cavalheiros para a Pátria.No anno de 1569 chegou a Lisboa, que achou ardendo em hum horrível contagio.” Outra versão nos chega sobre as relações entre Camões e o capitão de Sofala Pedro Barreto, em “Camões e a busca dos trunfos perdidos” de Eduardo Ribeiro: …Ou seja, Pero Barreto Rolim não foi só quem proveu o Poeta a mando de D. Francisco Coutinho em 1562, foi mais, muito mais. Foi grande amigo dele e, como tal, foi mais tarde, por suas mãos (na sua nau), que Camões sai de Cochim e faz a viagem até Moçambique, onde Barreto foi ocupar o posto de capitão-mor de Sofala (capitania de «Sofala e Moçambique») (1567-1569), para o qual lhe havia sido passada em Lisboa carta de concessão de 4 de Setembro de 1563, cargo que exerceu a partir de fins de 67 (ou inícios de 68) até 1569, ano em que, em Novembro, parte na «Santa Clara» para o Reino com o Poeta, Diogo do Couto e outros. Ou seja, estas ligações entre o capitão-mor e o Poeta vêm reforçar o argumento de que foi ele quem proveu o Poeta no cargo de provedor, um lugar que era ocupado por indivíduos sem relevo social e, por vezes, até mesmo de baixo nível moral (sobre isto, vd. o livrinho verde, p. 209). Camões deve o emprego a D. Francisco Coutinho, por vontade deste de afrontar o rival D. Francisco Noronha, e a Pero Barreto Rolim, por ser seu amigo. É certo que seria difícil a Barreto desacatar a ordem do Vice-rei, mas, a este, mais fácil era dar a ordem sabendo que laços de amizade uniam o capitão-mor e o Poeta”. Parece-nos pacífico Luís de Camões ter vivido em Sofala e daqui partir para Lisboa, independentemente de ter estado na Ilha de Moçambique. A Fortaleza de São Caetano de Sofala iniciou a sua construção em 25 de Setembro de 1505. Será coincidência os Cavalheiros Abreu e Ferrão virem da Índia e em Moçambique haver conhecidas famílias com esses apelidos? O AUTARCA - 12.06.2008" FONTE MOÇAMBIQUE PARA TODOS

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