ARRANCA ainda este ano a asfaltagem das estradas nacionais número 280 que liga o Posto Administrativo de Tica, em Nhamatanda, a vila do Búzi, e a 281 entre as localidades de Guara-guara e Nova Sofala, nesta província do centro do pais, numa extensão total de 134 quilómetros.
A empreitada inclui a construção de uma ponte sobre o rio Búzi.
O Delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) naquela província, Mateus Espírito Santos, que facultou esta informação ao nosso Jornal na Beira, sublinhou que para a execução da empreitada que conta com 140 milhões de dólares norte-americanos financiados pelo Governo da Índia já foi concluído o respectivo projecto de engenharia pelo consultor WAPCOS Lda & Aarvee Associates.
Está igualmente prevista para Junho próximo a fase de pré-qualificação do empreiteiro para adjudicação das obras na base do lançamento de um concurso público, a assinatura do contrato e a fixação de prazos entre ambas as partes.
A fonte descreve o empreendimento como altamente estratégico, sendo que a sua conclusão terá um grande impacto na livre circulação de pessoas e bens constituindo-se numa autêntica “espinha dorsal” ao na província de Sofala.
Segundo Espírito Santos a asfaltagem daquela via poderá mesmo contribuir no descongestionamento do tráfego das estradas nacionais números um, entre Maputo e Rovuma, e seis, que liga a cidade portuária da Beira à vila fronteiriça de Machipanda junto ao vizinho Zimbabwe.
Além disso, referiu que vai encurtar sobremaneira as comunicações internas entre a sede do Posto Administrativo de Tica e Casa Nova na Estrada Nacional Número Um, no distrito de Chibabava.
Ciclicamente, no período chuvoso, a Estrada Tica-Búzi-Nova Sofala fica interrompida ao tráfego na sequência das inundações que deixam a plataforma submersa.
Além disso, a fúria das águas do rio Búzi interrompe frequentemente, no pico da época chuvosa, a circulação do único batelão em estado obsoleto que garante a circulação de pessoas e bens entre as duas margens, sendo que cenário semelhante se verifica na época de estiagem com o surgimento de bancos de areia o que implica uma dragagem manual com risco de as pessoas envolvidas serem atacadas por crocodilos.
A falta de uma ponte sobre o rio Búzi dificulta igualmente a circulação de camiões de transporte da cana das zonas de Manguena e Bândua para alimentar a Açucareira de Moçambique em Mafambisse, no Dondo.
Também afecta o escoamento da madeira de Chissinguana, Estaquinha, Ampara e Bândua, do gergelim e arroz de Cherimónio, evacuação dos doentes dos postos sanitários espalhados noutra margem aos hospitais de referência, assistência dos Postos Administrativos e Localidades, zonas turísticas do santuário de Mwenhe-Mukuro, Bwe-Nhanhy e fortaleza de Nova Sofala.
Horácio João"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE
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